Terça-feira, 31 de Maio de 2011
Perfil de Sidónio Pais
Bruno de Montalvão
Lisboa, 1942
Sidónio Pais ocupa lugar de relevo no conjunto de valores da nossa Raça.
O seu nome pode inscrever-se na galeria dos mártires e, por isso, tem um lugar escolhido no meu coração,
Nunca recebi qualquer benesse da política ou da obra sidonista e no entanto, à medida que o tempo passa mais se afervora o meu culto e a minha admiração por essa nobre figura de português.
Se este pequeno e singelo preâmbulo à «Vida e Obra de Sidónio Pais», trabalho a que pacientemente me tenho dedicado, for agora bem acolhido pelo público, não me furtarei a lançar à luz da publicidade essa obra em que procuro focar, com a maior clareza possível, a vida, a obra e as intenções do desventurado Presidente.
O AUTOR
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O Poder e o Povo
(A Revolução de 1910)
Vasco Pulido Valente
Moraes Editores, 1982
Da revolução de 1820 à queda da Monarquia, em 1910, a Coroa apoiou invariavelmente os partidos moderados «cartistas» contra o perigo do jacobinismo urbano. E excepto por breves intervalos, estes conseguiram prevalecer sobre as forças «democráticas» e radicais, a que apenas se aliaram nos mais negros dias da guerra civil Entre 1847 e 1852, a esquerda pequeno-burguesa dissolveu-se em dúzias de facções impotentes ou foi absorvida e domada pela Regeneração. A nova burguesia terra-tenente, financeira e comercial dos «barões» liberais dominou o Estado, quase sem desafio, até 1903-1905. Os médicos, advogados, professores, oficiais, funcionários públicos, comerciantes, pequenos empresários da indústria oficinal e médios proprietários rurais, que haviam dirigido a ala intransigente do «Vintismo», a revolução de Setembro e a revolta da Patuleia ficaram sessenta anos numa posição subordinada.
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Quinta-feira, 25 de Novembro de 2010
A Revolta de Ontem nas Palavras de HojeVários
Porto, s. d.Reúne este opúsculo onze discursos proferidos no 78.° aniversário do 31 de Janeiro cujas comemorações estão (e estarão, até quando?) intimamente ligadas à longa e árdua luta de emancipação político-social de todo um povo. Calou entretanto, e para sempre, uma das vozes que aqui se englobam: Mário Sacramento. Foi sua vontade que a breve mensagem dita no Porto tivesse por complemento o discurso que proferiu em Aveiro, não obstante já ter sido publicado. Se tantos outros não houvessem, restar-nos-iam esses dois actos bem recentes a afirmar da perseverança de quem se integrara desde a juventude no parapeito duma trincheira comum, e da lucidez do combatente que nas horas de opção sabia discernir a falácia
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A Revolta do Grelo
Vasco Pulido Valente
Assírio & Alvim, 1974 Apedrejaram-se o matadouro e as lojas para os obrigar a fechar, as oficinas e fábricas ainda abertas e até casas particulares, onde presumivelmente moravam fiscais de impostos conhecidos. Centenas de manifestantes dirigiram-se também ao liceu local e à Universidade, invadiram-nos pela força, interromperam as aulas o pediram o apoio dos estudantes, que logo lhes foi dado. Naturalmente, a multidão atacou a «repartição do selo» (a Repartição de Finanças), assaltou-a e partiu mobília e vidros.
Durante todos estes acontecimentos, os gritos que se ouviram – «Abaixo os do selo, os impostos a ladroeira! O povo não quer pagar mais» limitaram-se quase exclusivamente à questão que suscitara o protesto. Apenas alguns «vivas à liberdade» - na verdade, pouco frequentes
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Sábado, 4 de Setembro de 2010
Perfil de Sidónio PaisBruno de MontalvãoLisboa, 1942 Sidónio Pais ocupa lugar de relevo no conjunto de valores da nossa Raça.
O seu nome pode inscrever-se na galeria dos mártires e, por isso, tem um lugar escolhido no meu coração,
Nunca recebi qualquer benesse da política ou da obra sidonista e no entanto, à medida que o tempo passa mais se afervora o meu culto e a minha admiração por essa nobre figura de português.
Se este pequeno e singelo preâmbulo à «Vida e Obra de Sidónio Pais», trabalho a que pacientemente me tenho dedicado, for agora bem acolhido pelo público, não me furtarei a lançar à luz da publicidade essa obra em que procuro focar, com a maior clareza possível, a vida, a obra e as intenções do desventurado Presidente.
O AUTOR
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O Poder e o Povo(A Revolução de 1910)Vasco Pulido ValenteMoraes Editores, 1982Da revolução de 1820 à queda da Monarquia, em 1910, a Coroa apoiou invariavelmente os partidos moderados «cartistas» contra o perigo do jacobinismo urbano. E excepto por breves intervalos, estes conseguiram prevalecer sobre as forças «democráticas» e radicais, a que apenas se aliaram nos mais negros dias da guerra civil Entre 1847 e 1852, a esquerda pequeno-burguesa dissolveu-se em dúzias de facções impotentes ou foi absorvida e domada pela Regeneração. A nova burguesia terra-tenente, financeira e comercial dos «barões» liberais dominou o Estado, quase sem desafio, até 1903-1905. Os médicos, advogados, professores, oficiais, funcionários públicos, comerciantes, pequenos empresários da indústria oficinal e médios proprietários rurais, que haviam dirigido a ala intransigente do «Vintismo», a revolução de Setembro e a revolta da Patuleia ficaram sessenta anos numa posição subordinada.
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