Os eternos rivais de que falo não são o gato e o cão da minha imagem. Antes fossem! Porque os eternos rivais são pessoas de dois países fronteiriços, sempre de costas viradas, o mais forte sempre a invadir o mais fraco. Como o leitor pode adivinhar, estou a falar do nosso pequeno país Portugal, e do gigante que o rodeia a Espanha. Digo pequeno, por ser a povoação de não mais de dez milhões de habitantes, enquanto a Espanha conta com trinta e nove milhões. As relações entre estes dois países nem sempre foram harmoniosas, apesar dos desencontros terem sido esporádicos. Claro que exagero que estes países sejam como o cão e o gato. Em tempos, Isabel de Castilha, podia ter sido pretendente ao trono de Portugal por ser filha de uma Infanta Portuguesa, Isabel da casa de Avis. Isabel de Castilha, filha de Juan II de Castilla e da sua segunda mulher, Isabel de Portugal (1428-1496), nasceu em Madrigal de las Altas Torres (Ávila) a 22 de Abril, Quinta-Feira Santa, de 1451, no paço que hoje é ocupado pelo Monasterio de Nuestra Señora de Gracia. Lugar e data de nascimento, têm sido historicamente discutidos, ninguém, há época, estava consciente da importância que essa menina teria no futuro Juan II de Aragón, que tratou de negociar em segredo com Isabel a boda do seu filho Fernando. Foi bem sucedido, após grandes batalhas de Corte por causa de serem primos, mas o Vaticano dispensou este impedimento, passando
Assim Fernando de Aragón a ser príncipe consorte de Isabel. Ora, durante seu reinado unificou a Espanha, ganhou as guerras com os emiratos árabes que ocupavam a península e enviou-os para a sua terra, tal como aos mouros que regressaram à sua terra Natal, Marrocos. O resto da história está no meu livro Esperanza, uma história de vida, editado por Estrolabio, 2010, Lisboa, texto que pode ser acedido em: http://estrolabio.blogs.sapo.pt/. Para acabar com a História de vida de Isabel, que recebeu do Vaticano o título da Católica pelas suas proezas de converter, sem medo do perigo, toda a península hispânica, ao catolicismo, confiando em Cristóvão Colombo para circum-navegar os mares proibidos ou temidos, até encontrar uma terra, que denominara Índias Orientais, convicto que estava de ter descoberto uma outra passagem para a Índia, contudo, ao reparar no seu engano navegou pela costa, mais tarde mapeada e cartografada por Américo Vespucio, desta dádiva de Colombo à sua protectora Isabel. Outro motivo, ainda, para ser chamada Isabel a Católica, enobrecer o descobridor, que passou a ser duque de Carvajal, com os seus descendentes ainda vivos e endinheirados.
Até este ponto, não parece haver uma rivalidade eterna entre as duas monarquias, pelo contrário, havia parentesco de consanguinidade entre os habitantes dos dois reinos. No caso de Isabel, e apesar dos esforços do seu irmão, Enrique IV, para a casar com Afonso V de Portugal, o que não veio a ocorrer porque Isabel o achou demasiado velho. Contudo, Enrique IV, que pelo Tratado de los Toros de Guisando teria de aprovar o matrimónio de Isabel, continuava, mesmo após a rejeição de sua irmã por Afonso V, a querer a aproximação ao reino de Portugal, pela via do matrimónio, restando-lhe a sua filha Juana que veio a casar com Juan II de Portugal, filho de Afonso V de Portugal. Assim, Isabel, como membro da família real, iria para o reino vizinho e, à morte do seu esposo, o trono de Portugal e de Castela passaria para D. João II de Portugal e sua esposa, Juana la Beltraneja. Qual, porém, a rivalidade? A rivalidade era casar a Isabel com o Rei de Portugal, ou a filha, Juana a Beltraneja, com o Infante herdeiro do trono português.
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