enviado por Júlio Marques Mota
Nota de entrada
De Wall Street escrito , com ternura, da Main Street enviado, com esperança, e do estrolábio ah,daqui, escutada, com temor, a reacção que os super-ricos da Troika este conselho não queiram mandar executar nem, talvez, sequer escutar. Se assim for, é pena, cabe-nos a nós a outra resposta. Acordemos, oh, gente, é assim que acaba o artigo.
Júlio Marques Mota
Tributem-se os ricos ou então enfrente-se uma revolução : o delírio dos super-ricos está-nos a levar para a ruína.
Paul B. Farrell, MarketWatch, Wall Street Journal
San Luis OBispo, Calif. (MarketWatch) — Sim, tributem-se os 1% mais ricos, os super-ricos. Tributem-se já. Antes que os outros 99 % restantes se levantem, desencadeiem uma nova revolução na América, o caos social e a segunda Grande Depressão.
As revoluções são construídas durante longos períodos de tempo - atinge-se a massa crítica, um simples acidente, um detonador. Então, tudo se inflama, de repente, de forma imprevisível. Como o Egipto, que começou na página do facebook de um jovem executivo, no Facebook da Google . Então torna-se virose, mudando de forma de forma incontrolável. Não pode ser parada . Aqui na América o detonador podem ser a massa de delirantes super-ricos. " Os protestos dos trabalhadores na Inglaterra são violentos” dizem.
Um grupo dissidente na manifestação é acusado de partirem janelas e atacarem a polícia enquanto dezenas de milhares protestam contra os cortes do governo.
Sabemos que os super-ricos não se importam. Não, não se importam nada sobre cada um de nós. Nem sobre o público americano. Eles não podem ver, não podem ouvir. Mantenha-se apanhados pela sua posição na classificação dos ricos na Forbes-400 . Estão isolados por uma câmara de eco. Eles vêem o público, como trabalhadores sem rosto, clientes, contribuintes. Vêem o poder do Partido Republicano em ascensão. A Reaganomics está de volta. Os sindicatos estão na corrida. Vêem as massas mal informadas como sendo facilmente manipuladas. Mesmo Obama está secretamente a trabalhar com o Partido Republicano, nunca irá tocar nos seus doadores super-ricos. Sim, o delírio dos super-ricos é de tal modo forte que está a contagiar toda a América.
Luis Moreira
A miséria é, infelizmente, fértil nesse paradoxo: em vez de produzirmos riqueza, produzimos ricos. Antes fossem ricos. Porque são apenas endinheirados. E endinheirados que não produzem.
O Kamasutra não seria a prenda mais apropriada para a presente quadra. Nem sequer seria oferta original. Se é para dar um presente que seja algo que fale do gosto de nos darmos, da identidade de quem dá. Por isso, este Natal vou dar um livro que traduza a nossa originalidade e que, sendo publicação recente, cedo rivalizará com o célebre livro sobre os prazeres do amor.
A longa lista de tentadoras posições sexuais do Kamasutra cedo ficará esquecida perante o rasgão criativo desta outra obra. Falo, é claro, do “Gamasutra, a infinita arte do gamanço”. Um manual ilustrado sobre a roubalheira como modo de viver. Começo deste modo, fazendo paródia junto à fronteira do solene e do sagrado. Não o faço gratuitamente. Tenho uma intenção.
Entenderão ao lerem, se assim tiverem paciência. O melhor do Natal é a festa, a família, a sugestão de um mundo solidário. O tempo do verbo terá que ser, no entanto, alterado: o melhor do Natal já foi o Natal. Porque uma descarada subversão do espírito natalício foi convertendo em mercadoria e comércio aquilo que parecia ser generosidade pura e simples: darmo-nos nós, como somos, e tornarmo-nos mais próximos dos outros. Se ressuscitasse hoje, Cristo não teria que abordar apenas os vendilhões de um templo. O mundo inteiro é um bazar onde tudo se compra e se vende. Incluindo o chamado espírito natalício.
Rectifico o início desta crónica: o melhor do Natal é o espírito do Natal. Esse espírito não resiste à manipulação oportunista que a imagem de um simpático mas estafado Pai Natal, vestido com as cores da Coca Cola, apenas confirma a lógica de lucro a que nem os mitos escaparam. Um dos piores tormentos dos novos tempos de Natal são as mensagens feitas a metro. Por via de email, de telefone celular, as mensagenzinhas entopem as caixas de correio e obrigam-nos a um exercício penoso de as apagar às dúzias. Corro o risco de ser ingrato.
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