Segunda-feira, 20 de Dezembro de 2010

O estrolabio vai mudar para o sapal...

tudo porque depois do texto da Andreia Dias ficámos apaixonados pelo batráquio. Estamos mesmo convencidos de que em cada sapo há um principe pronto a revelar-se (ou vice-versa).


Leiam este belo texto da Andreia e digam lá se não temos razão:




Sapo-parteiro-ibérico

Como prometido, desta vez falo de sapos. Augusta, perdão…

Certa vez recebi um e-mail que se intitulava “Como compreender um biólogo”. Entre outras coisas referia: “ […] entenda que o conceito de beleza de seu amigo biólogo é um tantinho diferente do seu. Sapos verdes, gosmentos e verruguentos são lindos.

Escorpiões, aranhas, opiliões (hein??), ay-ays são todos lindos. Tente não vomitar quando ele te mostrar as fotos da última necrópsia feita num golfinho […].

E este sapo… não sei se será encantado, mas é encantador… este foi o meu único encontro com um sapo-parteiro-ibérico. O meu pai, a quem devo o “bicho da bicharada”, tinha-o encontrado timidamente oculto entre paus e lama. Ali estava, o pobre coitado “baby-sitter”, à espera que o deixassem em paz… o tempo suficiente para tirar a fotografia. Admitamos que lá fotogénico é!



Por momentos apeteceu-me beijá-lo, não fosse às vezes transformar-se em príncipe… mas atempadamente me lembrei que se carregasse com ele filhos machos, poderiam transformar-se todos ao mesmo tempo em muitos príncipes o que seria bem mais complicado do que um só…

O Sapo-parteiro-comum é uma espécie semelhante. Ao contrário do Sapo-parteiro-ibérico, a sua distribuição em Portugal é praticamente contínua em toda a região Norte e Centro até ao rio Tejo (apresentando distribuição fragmentada numa zona litoral desde o Baixo Vouga até Sintra). Distinguem-se, por exemplo, pelo facto do Sapo-parteiro-ibérico apresentar dois tubérculos palmares e o Sapo-parteiro-comum, três.

É uma espécie endémica do Centro e Sudoeste da Península Ibérica e em Portugal apresenta uma distribuição praticamente contínua a Sul do rio Tejo (excepto península de Setúbal e pequena orla do litoral algarvio).

A reprodução ocorre no Outono e na Primavera, altura em que os machos cantam à noite. Após fecundação, os machos enrolam os cordões de ovos nos membros posteriores. O mesmo macho pode transportar a postura de várias fêmeas. Após 3 semanas de incubação, os machos deslocam-se até uma massa de água e os ovos eclodem de forma sincronizada. As larvas completam a metamorfose em 3 a 5 meses.

Os adultos capturam presas vivas: formigas, caracóis, escaravelhos e aranhas. As larvas alimentam-se essencialmente de matéria vegetal e de invertebrados aquáticos.

As principais ameaças são a alteração e destruição dos habitats onde possa ocorrer a espécie, e a presença de predadores introduzidos. As medidas de conservação passam pela preservação de charcos e ribeiros de pequena e média dimensão.

Curiosidades: É conhecido como “parteiro” pelo facto de ser o macho quem transporta os ovos nas costas, até que estejam prestes a eclodir, altura em que os deposita na água.

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publicado por Luis Moreira às 23:00
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