Sexta-feira, 22 de Outubro de 2010
Luis MoreiraTivemos um PEC 1 que serviu para "acertar" as contas e baixar o
défice. Depois tivemos o PEC 2 que serviria para "acertar" as contas e baixar o défice. Acontece que nem o défice baixou nem acertamos as contas.
Agora andam a discutir o Orçamento feitos "meninos de coro" com não soubessem eles todos, que sempre desorçamentaram quando lhes deu na real gana, que esconderam despesa sempre que foi necessário para as suas "carpinteiradas" darem um quadro ídilico da porcaria que há 20 anos andam a fazer. Mas são todos os que passaram pelo Ministério das Finanças com a conivência de Primeiros Ministros, Presidentes e Assembleia da República .
Terminado o caminho, defronte de si próprios, andam a dar um espectáculo de todo indecoroso, já todos perceberam que é a altura de ir debaixo do tapete buscar o lixo e fazer a respectiva reciclagem, que consiste em mete-lo nas contas, como quem não quer a coisa,todos os dias há mais despesa, o déficite sobe em vez de diminuir, a despesa, pese embora os supostos cortes e contenção não cessa de crescer.
Há quem clame que são erros, descobriram-se mais umas quantas contas de muitos milhões para pagar, o Ministério das Finanças vem dizer que já foi corrigido, tudo no mesmo dia, dando uma imagem de incompetência que não corresponde à verdade. Do que se trata é que todos os dias entram mais umas contas que estavam esquecidas, entram de sopetão, natureza e classificação dadas à pressa, ontem não estava hoje já está, ninguem se entende. Mas não é incompetência.
Há quem avise que o melhor mesmo é analisar uma e outra vez o Orçamento, não vá aparecerem mais "erros", logo corrigidos, a lavagem acelera à medida que o tempo escasseia. Há que atafulhar depressa e o melhor possível, erros, más políticas, contratos indecentes e prejudiciais para o Estado, indemnizações compensatórias para as empresas que pagam "prémios de gestão" aos cerebros que as colocam na falência, todo o género de parcerias, tudo o que esteve convenientemente escondido debaixo do tapete.
A receita, o nosso dinheiro, esse tem um comportamento decente, razoavel e previsivel. Sempre a subir!
E é isto, o Orçamento mais importante dos últimos 25 anos!
Quinta-feira, 21 de Outubro de 2010
Luis MoreiraEnquanto os nossos políticos se afadigam em nos mostrar que o
sacrifício vale a pena, pouco se sabe dos grandes índices
macro económicos em que assenta o
Orçamento. O crescimento do PIB apresentado pelo Governo já veio ser revisto pelo Banco de Portugal em baixa,
indicio seguro que a recessão vem aí e que as receitas não vão chegar ao que o governo inscreveu no orçamento.
Agora já se fala, não no congelamento dos salários, mas no seu corte, e querem-no
estendido aos privados ou, em
contra partida, diminuir os encargos patronais inerentes e assim, baixar o custo factor mão de obra e aumentar a produtividade. A falta de moeda própria para desvalorizar incita à imaginação e o objectivo são sempre quem trabalha, isto é, os que durante as fazes boas menos são favorecidos. Pagam sempre.
O consumo interno cai, o investimento
também, ficam as exportações que portando-se bem serão a salvação. Não consta é que as EDP,
Galp,
TMN, Banca exportem o quer que seja.
Entretanto, com o melhor conhecimento que se vai tendo do orçamento, há certas despesas que aumentam e muito, na Presidência do Conselho de Ministros é um ver se te avias, em publicidade e propaganda há um crescimento de muitos milhões e na representação dos gabinetes também . Quem parte e reparte e não fica com a melhor parte...lá diz o ditado.
Os Juízes e magistrados estão em pé de guerra, descobriram que levam um corte maior que os políticos (18% estes, 20% os próprios) usam expressões como "roubo" quando se referem à retirada do subsídio da "casa de função" e acusam o governo de estarem a preparar a vingança por casos como a "Face Oculta" que mexeu nos boys e girls e, a preparar lugares bem pagos para os socialistas no Conselho Superior de Magistratura.
A guerra entre corporações faz bem à vista, zangam-se as comadres vamos sabendo do que se trata, é o dinheirinho, o resto são cantigas. A corporação dos professores pela mão do Mário "alucinado" já meteu outra acção nos tribunais, agora por "expectativas goradas", e de acção em acção vai fazendo de conta que pode impedir o quer que seja, o pobre do homem ainda não percebeu que a farra acabou.