Quarta-feira, 9 de Fevereiro de 2011

A ingenuidade que me assalta, ou o Ramadão que deveria haver em cada um de nós

 


 

 

 

 

 

 

 

José Magalhães


Começou em Agosto, a onze, e terminou em nove de Setembro o mês sagrado do Islão.

Para nós, os que não somos Muçulmanos, o jejum alimentar é a parte mais visível do Ramadão. Durante este mês, os crentes não podem comer nem beber, entre outras coisas, entre o nascer e o pôr do sol, com honrosas excepções.

É um dos pilares do Islão, e serão cerca de dezasseis, as horas diárias de jejum.

Há porém uma parte escondida neste jejum, da qual nós, os que não somos Muçulmanos, não falamos.

Mas não são os fiéis que a escondem, somos nós que não a queremos ouvir. Talvez que não nos convenha.

É que o jejum não se limita a ser físico. Também é espiritual, e este implica não mentir, não prejudicar o próximo, não caluniar e ser mais piedoso, durante todo o mês sagrado.

Bem que poderíamos aprender um pouco com eles. E aqui começa a minha eterna ingenuidade. Esta coisa de fazer jejum espiritual, só nos faria bem. Só nos elevaria, colocando-nos num patamar superior.

Já imaginaram o que seria o nosso mundo, com as pessoas de um modo geral e os políticos em especial (vejam o caso actual desta aprovação do Orçamento para 2011), a não mentirem durante um mês em cada ano?

Já imaginaram o que seria o nosso mundo com as pessoas de um modo geral a não prejudicarem os outros, nem que fosse só durante um mês em cada ano?

Já imaginaram o que seria o nosso mundo sem calúnias, nem que fossem só trinta os dias em cada ano em que isso acontecia?

E por fim, já imaginaram o que seria o nosso mundo com gente mais piedosa, mesmo que essa piedade elevada ao rubro só se verificasse durante o mês do Ramadão?

Eu sei que todas as religiões, no fundo, têm (todas) a mesma base, reclamam para si todas essas coisas, da piedade, da não mentira, e do não prejudicar seja quem for, durante todo o ano, mas na verdade, a não ser em pequenos redutos ortodoxos, ninguém as cumpre, ninguém liga a mínima importância a essas regras, e, pelo que se sabe, na religião Muçulmana, pelo menos durante este mês, são milhões os que se esforçam para que tal aconteça.

publicado por João Machado às 16:00
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Quarta-feira, 3 de Novembro de 2010

A ingenuidade que me assalta, ou o Ramadão que deveria haver em cada um de nós

José Magalhães



Começou em Agosto, a onze, e terminou em nove de Setembro o mês sagrado do Islão.

Para nós, os que não somos Muçulmanos, o jejum alimentar é a parte mais visível do Ramadão. Durante este mês, os crentes não podem comer nem beber, entre outras coisas, entre o nascer e o pôr do sol, com honrosas excepções.

É um dos pilares do Islão, e serão cerca de dezasseis, as horas diárias de jejum.

Há porém uma parte escondida neste jejum, da qual nós, os que não somos Muçulmanos, não falamos.

Mas não são os fiéis que a escondem, somos nós que não a queremos ouvir. Talvez que não nos convenha.

É que o jejum não se limita a ser físico. Também é espiritual, e este implica não mentir, não prejudicar o próximo, não caluniar e ser mais piedoso, durante todo o mês sagrado.

Bem que poderíamos aprender um pouco com eles. E aqui começa a minha eterna ingenuidade. Esta coisa de fazer jejum espiritual, só nos faria bem. Só nos elevaria, colocando-nos num patamar superior.

Já imaginaram o que seria o nosso mundo, com as pessoas de um modo geral e os políticos em especial (vejam o caso actual desta aprovação do Orçamento para 2011), a não mentirem durante um mês em cada ano?

Já imaginaram o que seria o nosso mundo com as pessoas de um modo geral a não prejudicarem os outros, nem que fosse só durante um mês em cada ano?

Já imaginaram o que seria o nosso mundo sem calúnias, nem que fossem só trinta os dias em cada ano em que isso acontecia?

E por fim, já imaginaram o que seria o nosso mundo com gente mais piedosa, mesmo que essa piedade elevada ao rubro só se verificasse durante o mês do Ramadão?

Eu sei que todas as religiões, no fundo, têm (todas) a mesma base, reclamam para si todas essas coisas, da piedade, da não mentira, e do não prejudicar seja quem for, durante todo o ano, mas na verdade, a não ser em pequenos redutos ortodoxos, ninguém as cumpre, ninguém liga a mínima importância a essas regras, e, pelo que se sabe, na religião Muçulmana, pelo menos durante este mês, são milhões os que se esforçam para que tal aconteça.
publicado por Carlos Loures às 19:30
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