Quarta-feira, 18 de Maio de 2011

Gera o nosso sistema de ensino capital humano de qualidade?

 

 

O jornal Correio da Manhã organizou uma conferência sobre “O Estado da Nação”, dedicando um painel à Educação e Competitividade. O FLE fez-se representar por Francisco Vieira e Sousa.

 

Colocou-se a votação pública a seguinte questão: Estará o nosso sistema de ensino a criar capital humano de qualidade? Dois terços dos votantes afirmaram que não.

 

Portugal tem graves problemas estruturais de aprendizagem e de qualidade educativa, índices educativos que ganham dimensão social. Numa frase, diríamos que hoje já temos escola para todos os jovens mas ainda não conseguimos que todos, mesmo os que a frequentam, aprendam na escola.

 

São vários os indicadores internacionais que nos alertam para este problema de eficiência do nosso sistema educativo, nomeadamente:

- No PISA, embora tenhamos melhorado, e a despesa do Estado ser semelhante aos de outros sistemas educativos, os jovens Portugueses ainda não conseguem chegar à média da OCDE nos conhecimentos básicos de matemática, ciências e literacia (aqui estamos perto);

 

 

 

 

 

- Estudos internacionais evidenciam que Portugal desperdiça o potencial humano dos seus alunos porque mesmo em relação aos jovens com elevado percentil de aprendizagem, a nossa escola não está a dar resposta e a utilizar o seu potencial de aprendizagem. Vejam como nas disciplinas de ciências os alunos Portugueses aprendem sempre abaixo do seu potencial de aprendizagem, agravando-se à medida que são alunos com maior capacidade de aprendizagem.

 

 

 

 

 

- A taxa de repetição denuncia que apenas um em cada três alunos faz a sua escolaridade sem chumbar;
- A elevada taxa de alunos que chumba de forma repetida ilustra a dificuldade de aprendizagem de muitos milhares de jovens portugueses;
- A nossa taxa de abandono escolar é de cerca de 37,1% a maior da EU e longe da média da EU.
- A escolaridade média dos portugueses 2010 é de 7,89 anos, mantemos a mesma posição relativa que ocupávamos em 1960.

 

Por isso, analistas internacionais caracterizam o nosso sistema educativo como produtor de cábulas e de capital humano pouco preparado para os desafios que temos de enfrentar. Veja-se o comentado artigo publicado recentemente no Finantial Times Weak Educational System Hobbles Portugal - A Nation of Dropouts Shakes Europe.


Para os intervenientes na conferência, as razões que levam a estes fracos resultados encontram-se na excessiva intervenção estatal no ensino, na partidarização do sector, sendo a escola estatal altamente ideológica.
Esta redução da função de Ministro a um Director de Escola permite a ausência de uma política educativa de longo prazo e que aposte na qualidade e não na quantidade. Uma máquina centralizadora que aposta na quantidade está a acentuar um sistema de escola bipolar, com uma cada vez maior desigualdade social. É pois urgente alterar o paradigma das políticas educativas de massificação do ensino para uma política para um sistema de qualidade sob pena de agravar o fosso social. Junto enviamos alguns trechos e um curto vídeo sobre as intervenções.

 

Artigo Correio da Manhã Online e video.

Artigo Correio da Manhã 13 Mai 2011

publicado por siuljeronimo às 11:00

editado por Luis Moreira em 17/05/2011 às 22:53
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Terça-feira, 26 de Abril de 2011

O Estrolabio a crescer e a espalhar-se por toda a parte - Luis Moreira

 

 Somos muito jovens mas estamos a crescer muito e bem, como é apanágio de um adolescente. E a chegar muito longe, somos lidos em vários países, onde portugueses sedentos de informações nos procuram.

 

Não abdicamos da qualidade e não usamos títulos bombásticos nem matérias "tipo tablóide" e estamos a ser recompensados por isso. Não nos interessa crescer a qualquer preço. Se formos ao blogómetro ( o ranking dos blogues) verificamos que são os blogues de gajas e futebol que vão muito na frente. Não tem pois, qualquer interesse entrar em competições que não tem significado nenhum.

 

O Dia 25 de Abril, é um marco de qualidade e de audiencia. Ontem, seguimos a par e passo, hora a hora, todos os momentos mais importantes daquele dia histórico, com poemas, vídeos, textos, testemunhos e fomos recompensados com uma grande audiencia.

 

Vamos continuar com a qualidade a que habituamos os nossos leitores e a chegar cada vez mais longe, junto dos nossos compatriotas. Por cada um que nos leia, já dá razão ´a nossa existencia.

 

publicado por Luis Moreira às 14:00
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Quarta-feira, 26 de Janeiro de 2011

O ensino privado e a qualidade do ensino

 

Diário da Educação

(FLE - recebido por e-mail)

 

Custo do Ensino

 

Alexandre Homem Cristo: "O Ministério da Educação não diz quanto custa educar um aluno numa escola pública do Estado, mas diz-nos que cortar 30% no financiamento das escolas públicas com contrato de associação torna os custos equivalentes. Já só os jornalistas podem desmascarar a mentira. Fica então o apelo: não deixem, por favor, cair esta questão." (Blogue APARELHO DE ESTADO no Expresso, ter 25 jan 2011.)

 

Descentralização

 

Jack Soifer: "Há muita insatisfação com as escolas públicas e não só em Portugal. A Suécia, muito socialista, introduziu há 25 anos o que já temos: o colégio privado e cooperativado. Não conheço país civilizado onde o ensino básico seja comandado a partir da capital. Mesmo as escolas públicas são da responsabilidade do município, com algum apoio central." (OJE, ter 25 jan 2011, p. 4)

 

Financiamento do Ensino

 

"A questão é que foi graças ao aumento da oferta do ensino privado que Portugal, desafogando o público e permitindo-lhe ter mais qualidade, que se conseguiu melhorar a performance na educação e, de algum modo, fazer progredir o País nos rankings internacionais" (Editorial DIÁRIO ECONÓMICO, ter 25 jan 2011).

 

SOS Movimento Educação

 

Na semana do tudo ou nada, pais levam luta dos colégios até ao fim (PÚBLICO, ter 25 jan 2011, p. 10).

 

SOS Movimento Educação

 

Se, na estrada, vir passar um carro com uma folha branca e um "SOS" pintado a preto, é um pai ou um professor de uma das 93 escolas com contratos de associação existentes no país (PÚBLICO, ter 25 jan 2011, p. 11).

 

Financiamento do Ensino

 

O Secretário de Estado, João Trocado da Mata, afirma que as escolas só receberão apoio financeiro se subscreverem os cortes propostos pelo Ministério da Educação; o Presidente da Associação de Escolas do Ensino Particular e Cooperativo, João Alvarenga, responde que o Estado deve assumir os compromissos assumidos nos contratos em vigor (PÚBLICO, sáb 22 jan 2011, p. 9).

 

Financiamento do Ensino

 

Rodrigo Queiroz e Melo: "Estamos num impasse.Mas ainda podemos ultrapassar a questão. Basta rever o valor do corte para montantes razoáveis, garantir que cada aluno pode terminar o seu percursos educativo na escola onde o iniciou e manter a estabilidade da rede." (EXPRESSO, sex 21 jan 2011, p. 36.)

 

SOS Movimento Educação

 

Pais dos alunos das escolas com contrato de associação com o Estado vão fechar escolas no dia 26 ou 27 (PÚBLICO, qui 20 jan 2011, p. 9).

 

Estudo do ISEG

 

M. Carmo Gago da Silva, "O sucesso dos alunos depende de quem?" (Cartas à Directora, PÚBLICO, qui 20 jan 2011, p. 38).

 

Parlamento

 

Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo em audiência na Assembleia da República com o Grupo Parlamentar do PSD (RTP, qua 19 jan 2011; via site da AEEP).

 

Opinião dos Pais

 

Bárbara Wong: "Quantas escolas juntam 800 encarregados de educação preocupados com o futuro do estabelecimento de ensino?" (Blogue EDUCAR EM PORTUGUÊS, qua 19 jan 2011.)

 

Financiamento do Ensino

 

Ministra da Educação considera o diploma recentemente aprovado "absolutament justo" (CORREIO DA MANHÃ online, qua 19 jan 2011).

 

Parlamento

 

CDS e PSD vão pedir a apreciação parlamentar do Decreto-Lei que regula os apoios financeiros ao ensino particular e cooperativo (PÚBLICO, qua 19 jan 2011, p. 8).

 

Descentralizar é preciso, dar autonomia às escolas, responsabilizar quem nelas trabalha. Não é possível ter uma escola excelente com o actual sistema centralizado num qualquer gabinete da 5 de Outubro. Todas as escolas são diferentes, exigem respostas diferentes e isso só é possível se for garantida a autonomia e a responsabilização das escolas. Não é este o argumento dos sindicatos dos professores para o facto dos resultados das escolas não serem comparáveis por serem todas diferentes? A Suécia já descentralizou há 25 anos!






publicado por Luis Moreira às 13:00
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Segunda-feira, 17 de Janeiro de 2011

Professores - os menos eficazes devem ser afastados da sala de aula

No Expresso de hoje dois homens que dedicam a sua vida ao ensino trazem-nos ideias sobre as quais vale a pena reflectir .

 

Erik Hanushek, investigador da Universidade de Stanford.

Tem dedicado o seu trabalho de investigação a medir o impacto dos professores no sucesso dos alunos.

 

 

"É preciso afastar os maus professores da sala de aula"

 

" Se os pais sentirem que a escola dos filhos não está a fazer um bom trabalho devem poder escolher outro estabelecimento. permitir esta influência traz uma boa pressão sobre as escolas"

 

"Se, em 20 anos, todos os alunos portugueses chegassem ao nível da Finlândia nos resultados do PISA, o valor do PIB aumentaria 2,9 biliões de dólares. O factor mais importante no crescimento económico é a educação", e defende que a reforma essencial passa por pagar mais aos melhores docentes e afastar da sala de aula os menos eficazes.

 

"...mas o que sabemos é que há uns que são melhores que outros....vamos definir políticas que ajudem a manter os bons profissionais e afastar os maus professores da sala de aula". Como é que se mede a qualidade de um professor?

 

"A maneira mais simples é ver se os seus alunos estão a aprender e se os seus resultados melhoram ao longo do ano. Há classes em que muitos aprendem muito, outras em que aprendem pouco. Isto tem a ver com a qualidade dos professores."

 

Os salários deviam estar directamente ligados ao desempenho?

 

" Sem dúvida. Numa escola toda a gente sabe quais são os bons e os maus professores". Mas há professores que, por estarem em escolas mais problemáticas, têm um trabalho mais complicado: "A maioria dos estudos que medem o valor acrescentado dos professores tem em conta essas circunstâncias"...por outro lado, nas escolas difíceis, parte daquilo que é ser um bom professor passa por ser capaz de controlar a sala de aula, pegar em miúdos desinteressados e motivá-los"

 

Em Portugal ou nos EUA, a avaliação dos professores é uma questão muito polémica. Porquê?

 

"Em todo o mundo existem sindicatos fortes que têm tradicionalmente defendido a não distinção entre professores e resistido a qualquer tentativa de despedir os maus profissionais. Tenho dito aos dirigentes dos sindicatos que não é boa política apoiar os piores... estudos mostram que os sistemas que melhor têm progredido arranjaram uma forma de afastar os maus professores da sala aula...orientando-os para outras actividades...é universal o conhecimento que o elemento-chave numa escola é o professor..."

 

Quem deve avaliar os professores?Os colegas ou uma entidade externa?

 

"Dentro de uma escola, os professores sabem muito bem quem está a fazer um bom trabalho ou não....tem que haver uma combinação com uma outra avaliação mais uniforme. Dar mais autonomia às escolas para tomar decisões - salários - é uma coisa boa mas acompanhada por uma avaliação externa e de prestação de contas."

 

Quem deve escolher os professores?

 

"É errado pensar-se que um governo central possa gerir todas as escolas. A educação é demasiado complicada e a situação é tão diferente de escola para escola, que é de doidos pensar-se que o poder central pode escolher de forma eficaz os professores certos, colocá-los nas escolas mais apropriadas ou decidir a formação que é preciso dar."

 

E o professor Nuno Crato, intitula: "Os professores e os números"

 

"Usar números para analisar o ensino é uma raridade que merece ser destacada!" Sublinhar este facto, quando a discussão sobre educação é tão manchada por facciosismo e pela ideologia..." "...as escolas mais exigentes são as que mais favorecem os alunos oriundos das classes mais desfavorecidas. Os factores que mais influenciam o ensino, são o currículo e a qualidade dos professores.

 

"Vale a pena ouvir o que nos dizem os dados!"

publicado por Luis Moreira às 13:00
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Sábado, 3 de Julho de 2010

A equipa de todos nós.



Luis Moreira

Foi assim que o saudoso Cândido dos Reis apelidou a equipa das quinas. Eu sou dos que consideram sempre que a selecção nacional é a minha equipa, mesmo que lá joguem meia equipa dos Dragões e a outra meia de naturalizados. É que não gosto nem de uns nem de outros, mas vestindo a camisola, passam a ser dos meus.

No europeu disputado na Holanda e na Bélgica, o meu filho que na altura estudava na Holanda, disse-me que entre os milhares de assistentes aos jogos,ouvia homens e mulheres de todas as nacionalidades, a considerarem a nossa equipa como a de melhor futebol, apaixonados pela qualidade do futebol que Portugal praticava! O rapaz estava cheio de orgulho! Quando percebiam que ele era Português cumprimentavam-no, gostavam de saber quem eram os jogadores, jogavam onde,havia escolas de futebol?

Infelizmente essa beleza perdeu-se ou ,com esperança, está a perder-se.Bem sei que o nível dos jogadores dita essa beleza, O Figo e o Rui Costa, o Pauleta e o João Pinto, o Deco, o Ricardo Carvalho...

Como diz na sua carta, o Carlos Godinho lembra isso mesmo, há muito trabalho de base a fazer, as academias, impedir que os nossos jovens sejam preteridos por carradas de jogadores de qualidade duvidosa, tudo isso tem que continuar a ser feito, mas na medida em que a nossa forma de jogar se mantenha,não temos que correr atrás da bola como os Ingleses nem jogar para trás e para os lados como os Brasileiros, temos que jogar como sabemos, sem "mergulhos" para a piscina, e sem a "preguiça" de jogar vinte minutos e acabou.

Perder essa forma de jogar desgosta-me, é a nossa qualidade, não vale a pena colocar a equipa a defender e depois tentar marcar um golo, porque nós sempre precisaremos de dez tentativas para marcar um golo...

Como dizia o José Maria Pedroto: "Ai, os Ingleses correm muito? Óptimo! Podem fazê-lo desde que não tenham a bola!"
publicado por Luis Moreira às 13:30
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Quarta-feira, 9 de Junho de 2010

O Estrolabio tem muita qualidade!




O Estrolábio é o segundo blogue de que sou fundador, o primeiro é o Aventar, que é um sucesso a nível nacional, no número de leitores e na enorme Liberdade com que são tratados todos os assuntos. Com algumas "bulhas" pelo meio que a liberdade é uma flor.

Cabe dizer, que comparando as duas experiências ao fim de um mês, o Estrolabio é um sucesso. Um grande sucesso! Não só no número de visitantes, embora abissalmente longe do Aventar mas, sobretudo, no número de textos lidos . Cada visitante permanece no Estrolabio, em média, seis vezes mais tempo do que nos blogues mais generalistas.

Quer dizer, procuram-nos leitores que se demoram a ler, não se ficando por um texto ou outro , mas lendo o que o Estrolabio oferece. E, sem falsas modéstias, a razão é simples! Qualidade!

Antes que os nossos textos ocupem as redes sociais, dando-se a conhecer e a trazer mais gente, são necessários seis meses.É preciso trabalhar, manter o ritmo de postagem, manter a qualidade, dar a conhecer aos nossos amigos e conhecidos, difundir no Twitter, no FaceBook, nos nossos contactos.

Nos outros blogues há truques para trazer gente,o que não tem mal nenhum, evidentemente, que podem ser títulos sugestivos, links a jornais e a notícias do dia. No Estrolabio não há títulos sugestivos, há gente que escreve muito bem, que tem coisas interessantes e importantes para dizer e há gente que gosta de ler.

Como se sabem estas coisas? Temos dois senhores muito importantes que são os administradores ( não ganhamos como os gestores públicos...)e que têm acesso a estatísticas e que nos permitem acompanhar tendências e gráficos. Ainda não sabemos como é que vamos passar estes "segredos" para todos "os caçadores de astros" mas um dia destes vamos fazê-lo.E vamos tambem providenciar que todos os autores publiquem os seus próprios artigos, para o que será necessário uma ou duas regras.

Para já minhas caras e caros companheiros ficamos com esta boa notícia! Somos lidos!
publicado por Luis Moreira às 11:00
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