O Estrolábio é o segundo blogue de que sou fundador, o primeiro é o Aventar, que é um sucesso a nível nacional, no número de leitores e na enorme Liberdade com que são tratados todos os assuntos. Com algumas "bulhas" pelo meio que a liberdade é uma flor.
Cabe dizer, que comparando as duas experiências ao fim de um mês, o Estrolabio é um sucesso. Um grande sucesso! Não só no número de visitantes, embora abissalmente longe do Aventar mas, sobretudo, no número de textos lidos . Cada visitante permanece no Estrolabio, em média, seis vezes mais tempo do que nos blogues mais generalistas.
Quer dizer, procuram-nos leitores que se demoram a ler, não se ficando por um texto ou outro , mas lendo o que o Estrolabio oferece. E, sem falsas modéstias, a razão é simples! Qualidade!
Antes que os nossos textos ocupem as redes sociais, dando-se a conhecer e a trazer mais gente, são necessários seis meses.É preciso trabalhar, manter o ritmo de postagem, manter a qualidade, dar a conhecer aos nossos amigos e conhecidos, difundir no Twitter, no FaceBook, nos nossos contactos.
Nos outros blogues há truques para trazer gente,o que não tem mal nenhum, evidentemente, que podem ser títulos sugestivos, links a jornais e a notícias do dia. No Estrolabio não há títulos sugestivos, há gente que escreve muito bem, que tem coisas interessantes e importantes para dizer e há gente que gosta de ler.
Como se sabem estas coisas? Temos dois senhores muito importantes que são os administradores ( não ganhamos como os gestores públicos...)e que têm acesso a estatísticas e que nos permitem acompanhar tendências e gráficos. Ainda não sabemos como é que vamos passar estes "segredos" para todos "os caçadores de astros" mas um dia destes vamos fazê-lo.E vamos tambem providenciar que todos os autores publiquem os seus próprios artigos, para o que será necessário uma ou duas regras.
Para já minhas caras e caros companheiros ficamos com esta boa notícia! Somos lidos!
Iniciamos hoje o segundo mês de existência. Estava a preparar um editorial apropriado á circunstância, quando me chegou este texto do Pedro. Imediatamente, desisti do tal post e resolvi substituí-lo por estas palavras tão eloquentes e engraçadas. (CL)Pedro GodinhoPrimeiro mês, mais de 300 estrolabiadas.
A grande maioria escrita pelos outros, felizmente.
Mas o Carlos a insistir no fornecimento de mais peças:
- Obrigado, manda mais…
Lembrando que a criatura ganhou vida e, agora, é preciso alimentá-la. Insaciável, quer sempre mais.
E o Carlos, criador, persiste:
- Obrigado, manda mais…
Nascituro e faldreira, a criatura insinua-se e entranha-se no dia-a-dia a querer ocupar tanto espaço quanto encontrar disponível.
- Obrigado, manda mais…
Parafraseando o outro, esta vida de blogueiro está a dar cabo de mim, trá lá lá lá lá lá lá.
Por camaradagem e curiosidade (a tal que matou o gato), sinto-me impelido a ler tudo o que o Estrolabio publica.
Para ler as oitadas tenho de me levantar cedo, banhar, vestir e pequeno-almoçar, tudo antes da hora. Leitura da primeira estrolabiada do dia e ala para o trabalho que se faz tarde.
Sem me poder deitar antes do meio-da-noite, à espera da publicação jornaleira da antologia dos contos da meia-noite.
Sete horas de sono são suficientes, dir-me-ão vocês, não tenho razão de queixa.
Assim seria, se não tivesse também que ler o que foi saindo durante o dia. E pensar no próximo escrito, e escrevê-lo.
E enviada a última produção receber na volta do correio electrónico:
- Obrigado, manda mais…
Já não tenho um momento tranquilo nem durmo descansado; sonho com possíveis temas e textos e recrimino-me por a produção não estar à altura da encomenda.
Procuro nas gavetas, nos cadernos, escritos antigos, algo que possa resgatar e, recauchutado ou não, enviar para alimentar e acalmar a criatura por mais algum tempo.
E recebo de resposta:
- Obrigado, manda mais…
Lavo os dentes e penso: talvez um texto sobre a cárie da classe política e a necessidade de não descurar a higiene…
Sento-me a comer e penso: talvez uma nota sobre a fome e o desemprego e o que fazer para os combater…
Neo-realista, naturalista, modernista, existencialista, surrealista, qualquerista, já estou por tudo, o que é preciso é dar-lhe matéria:
- Obrigado, manda mais…
Por mais ridícula que uma ideia seja penso se não servirá para uma estrolabiada. O meu reino por um texto.
E deito mãos à obra que não há tempo a perder e o capataz encarregue de zelar pela criatura não nos dá descanso.
- Obrigado, manda mais…
Este é mais uma fuga para a frente, um pretenso ardil para enganar a besta e a sua voracidade, mas creio que será em vão e que estou condenado, mais uma vez, a “tomar o sol a toda a hora”:
- Obrigado, manda mais…