Massimo Zucchetti Líbia: Impacto de los Misiles Crucero de Uranio Empobrecido
El apoyo militar a los golpistas de Benghazi se está desarrollando en detrimento de la población civil.
De cada 10 misiles disparados más o menos uno se sale de control y se estrella en cualquier punto de la zona a la que se apunta. Pero todos los misiles, tanto los dotados de una cabeza revestida de uranio empobrecido como los que sólo tienen uranio empobrecido en los estabilizadores, contaminan la zona. O sea, este bombardeo supuestamente «humanitario» matará a miles de civiles en los años venideros, indica el profesor Massimo Zucchetti.
Las problemas vinculados al uranio empobrecido y su toxicidad han desbordado varias veces el campo de la ciencia en los últimos años. El autor de este trabajo se ocupa de la protección radiológica desde hace dos décadas y del uranio empobrecido desde el año 1999. Después de una experiencia de publicación de trabajos científicos en revistas, de presentaciones en coloquios internacionales y conferencias en Italia sobre el uranio empobrecido, este artículo trata de hacer una estimación del impacto que el uso de uranio empobrecido en la guerra contra Libia (2011) está teniendo sobre el medio ambiente y la salud. Informes sobre su uso han aparecido en los órganos informativos desde el principio del conflicto.
Dadas sus características físicas específicas, en particular por su densidad que lo hace extremadamente penetrante, así como por su bajo costo -la producción de uranio empobrecido cuesta alrededor de 2 dólares el kilogramo- y la dificultad que presenta su tratamiento como desecho radioactivo, el uranio empobrecido ha encontrado excelentes modalidades de utilización en el sector militar.
Si recibe el tratamiento adecuado, la aleación U-Ti (Uranio-Titanio) constituye un material muy eficaz para la construcción de elementos penetrantes impulsados por energía cinética, de barras metálicas densas capaces de perforar un blindaje si se usan como proyectiles de alta velocidad.
para os europeus se envolverem na guerra civil líbia.
Há duas semanas que se pondera a vontade e os inconvenientes de um envolvimento militar da NATO no conflito líbio. O governo dos Estados Unidos tem dado sinais de não se querer envolver em mais uma guerra, enquanto na Europa as ex-potências coloniais, França e Reino Unido, pressionam para passar por cima da legalidade de uma resolução do Conselho de Segurança (CS) das Nações Unidas.
Não vai haver uma zona de exclusão aérea autorizada pelo CS da ONU, dos 10 países membros não permanentes, Líbano, Brasil, Índia e África do Sul, já disseram ser contra, e a Alemanha pela voz de Angela Merkel diz-se céptica. Dos 5 permanentes, Rússia e China desaprovam, impedindo qualquer resolução explícita a favor do bloqueio. Seriam necessários 9 votos e desses a totalidade dos cinco países com assento permanente no Conselho de Segurança.
Para complicar a situação, não é incontestável que o bloqueio aéreo seja suficiente para impedir que as forças militares governamentais tomem conta de todo o território líbio.
Resolvida a revolta a oeste de Tripoli, o grosso dos efectivos e material militar pode ser empregue em Bengashi, decerto não numa batalha de guerra total, mas confinando a oposição armada a uma área sitiada. A diferença de poderio militar entre as forças leais a Kadhafi e os revoltosos ditaria o desfecho da contenda. É nesse quadro que EU/NATO discutem o seu possível envolvimento directo na guerra civil líbia.
Dos exemplos anteriores de zonas de exclusão aérea, quer as ilegais no Iraque, para proteger a minoria curda a norte e os xiitas a sul, quer na Bósnia Herzegovina, não impediram os ataques executados por Sadam ou pelos Sérvios. Os Ingleses parecem dispostos a agir sem mandato e Sarkozy vai mais longe, propondo “ataques aéreos cirúrgicos”. No fundo foi o que sucedeu no Iraque, onde a imposição da zona de exclusão aérea foi pretexto para bombardeamentos selectivos sobre objectivos militares iraquianos.
A zona de exclusão aérea sobre a Líbia não consegue consenso nem entre os rebeldes, havendo membros do “governo provisório” em Benghazi, que têm declarado à comunicação social ser a questão líbia um problema interno a resolver sem a presença de tropas estrangeiras, pois essa intervenção tiraria a legitimidade à revolta. No mesmo “governo” interino, há quem suplique às potências ocidentais ataques aéreos sobre as forças militares fiéis a Kadhafi, como o seu ex-ministro da Justiça, Mustafa Abdel-Jalil, que tem a cabeça a prémio.
A reticência dos Estados Unidos em se envolverem numa nova frente, sem nada terem solucionado no Iraque onde têm milhares de soldados, ou no Afeganistão onde estão há dez anos, é justificada. Mais uma vez, será a relação de forças militares e políticas internas dos EU, a definir o caminho. Declarações como as do Secretário da Defesa Robert Gates, (o chefe do Pentágono) ao Congresso, revelam cautelas. Para “deixar as coisas claras” disse aos congressistas, “uma zona de exclusão aérea tem de começar com um ataque à Líbia, para destruir as defesas anti-aéreas”, o que “seria um acto de guerra” e significava “uma grande operação num grande país”.
Segundo Hillary Clinton, dia 15 de Março os EU entregariam à NATO o plano visando uma zona de exclusão aérea, ressalvando que a decisão deve ser tomada pela ONU e não pelos Estados Unidos. O governo americano apresenta amanhã o plano, para os europeus se envolverem na guerra civil líbia. Haver ou não mandato da ONU não foi no passado impeditivo de uma coligação de países agirem fora da lei internacional. Se essa for a opção, não se livram, outra vez, da acusação de estarem a intervir por causa do petróleo. Uma cruzada neo-colonial, numa região em ebulição, terá consequências imprevisíveis no mundo árabe, e no sistema de abastecimento energético mundial.
A Rússia juntou-se à NATO (embora a desoras o que nestas coisas tem sempre significado), ficaram de fora a China da mão de obra baratinha para os produtos das multicionais, e o Irão e aqueles países ali à volta.
O Presidente dos US veio cá dizer que não está nada a virar-se para o pacífico, a UE continua a ser o seu grande aliado, e com os países da antiga URSS aí a bater à porta há que dar todas as garantias que estão protegidos do Urso de Leste.
Este executa a política mais velha de sempre " se não os vences junta-te a eles" e vai ajudando o Irão com o enriquecimento do urânio, para efeitos pacíficos e científicos, evidentemente.
A Nato, sem inimigo que se veja não tem coragem de se desmantelar, mas vai reduzir a dimensão, enquanto o Ocidente tem à perna o Afeganistão. A crise faz soar o alarme no Orçamento dos US e grande parte do seu gigantesco déficit vem das tropas que estão estacionadas no exterior.
Há, pois, que levar a UE a reforçar o esforço militar para ter sobras que lhe permitam, aos US, entender-se com os países que estão aí cheios de força e que ameaçam a sua hegemonia. É tão bom mostrar aos europeus que essa coisa do "chapéu de chuva" americano tem que ser pago.
Os atentados terroristas e as ameaças cibernéticas (?) dão nova força à NATO, nascida defensiva, mas no estado actual das coisas, como se viu no Iraque, vira ofensiva em menos de um fósforo, nem precisa de ter o acordo dos parceiros, a não ser os mordomos que sempre aparecem para a fotografia, como aconteceu nos Açores.
Neste mundo global e multiplural creio que seria bem pior não haver uma força que seja bem superior a todas as outras, sob pena de ninguem se entender. Depois do Pacto de Varsóvia, o mundo ficou mais perigoso, havia um equilíbrio que se desfez. O pior de tudo seria não haver equilíbrio nenhum, mesmo que isso represente a hegemonia de uma das partes.
O que seria de um mundo em que a força caísse nas mãos de todo e qualquer um que, a qualquer momento, lança-se a humanidade no terror de uma terra sem lei? Não gostamos, é a força?
A NATO é uma espécie de polícia do mundo que chamamos quando vemos a casa assaltada!
Nos próximos dias 19 e 20 do corrente mês de Novembro, amanhã e depois de amanhã, realiza-se em Lisboa a cimeira da NATO. Vão ser tratadas questões como a situação no Afeganistão, a defesa anti-míssil, as relações com a Rússia, e outros temas. Parece claro que se vai procurar um maior envolvimento dos países europeus nas acções bélicas da NATO, sobre as quais alguns analistas prevêem um alargamento num futuro próximo. Vai-se discutir com certeza em que parte (ou partes) do planeta vão ser desenvolvidas as novas acções, no Irão, no Extremo Oriente ou na América Latina.
A NATO foi criada em 1949, na sequência do Tratado do Atlântico Norte, assinado em Washington pelos representantes de doze países. Anteriormente, em 1948, cinco países europeus, a Bélgica, a Holanda, o Luxemburgo, a França e o Reino Unido, tinham assinado o Tratado de Bruxelas, formando a Organização de Defesa da União da Europa Ocidental. Assim, foram estes países mais os EUA, o Canadá, Portugal, a Itália, a Noruega, a Dinamarca e a Islândia que posteriormente formaram a NATO. Esta actualmente conta com 28 países, todos situados na Europa, excepto os EUA e o Canadá.
É importante não esquecer que o grupo de países que assinou o Tratado de Bruxelas, sem o Reino Unido, mas com a Itália e a República Federal da Alemanha (ou Alemanha Ocidental), em 1951 formou a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA), embrião do que hoje é a União Europeia. Em 1952 estes mesmos países assinaram um tratado que criava a Comunidade Europeia de Defesa (CED), que inclusive previa a criação de um exército permanente europeu. Mas este tratado nunca entrou em vigor por não ter sido ratificado pela França. A CED nunca chegou a ter uma existência real. Sem dúvida que a história recente e a situação predominante na Europa naquela altura influenciaram determinantemente estes acontecimentos. O receio do rearmamento alemão, o acender da guerra fria, a guerra da Coreia, a ameaça do conflito atómico entre o Leste e o Oeste, a emergência do Japão e da China no primeiro plano da cena internacional foram claramente factores de peso que levaram a que a NATO, organização que no início se pretendia que tivesse mais uma natureza política, mas que rapidamente assumiu um papel predominantemente militar, assumisse o papel de defensora do Ocidente e dos seus valores.
Os EUA, assim, sendo o principal suporte da NATO, financeiro e militar, assumiram o protagonismo da defesa daquilo que se chama o Ocidente. A trave mestra da ideologia política dominante neste país tem sido, desde sempre, o liberalismo económico, que culminou no capitalismo financeiro desenfreado, que tão grandes problemas tem causado, desde há mais de um século, com reflexos em todos o mundo. A sua actuação na esfera pública, com especial relevo nas relações internacionais, norteia-se pelos princípios do realismo político, que dá o primado na vida política ao prosseguimento do interesse nacional, independentemente de considerações ligadas à moral geral. A manutenção da segurança (com a óbvia ligação à defesa do statu quo) é outro ponto primordial. Estes princípios, definidos por Hans Morgenthau, ainda na década de quarenta, e prosseguidos por Henry Kissinger e outros, foram aceites e defendidos pelos sucessivos governos americanos, umas vezes mais entusiasticamente (terá sido o caso dos Bush, pai e filho), outras vezes menos (casos de James Carter e de Obama). O Pentágono, o complexo militar-industrial e outras instituições velam pela continuidade deste sistema, fortemente assente no poderio militar norte-americano.
Foi este conjunto de acontecimentos e de circunstâncias que nos trouxe até ao momento presente. O primeiro secretário-geral da NATO, Lord Ismay, disse que a NATO existia para manter os russos do lado de fora (out), os americanos do lado de dentro (in) e os alemães derrubados (down). Esta afirmação está sem dúvida desactualizada, os alemães são hoje em dia membros de pleno direito da NATO (mas a Europa continua com uma capacidade militar reduzida), e o programa da cimeira que começa amanhã prevê uma reunião ao mais nível com a Rússia, em que, ao que parece, se vai tentar um acordo sobre o escudo anti-míssil, suspenso o ano passado, mas que se quer relançar (há ali um gigantesco investimento que obviamente não se quer desperdiçar). Contudo aquela afirmação de Lord Ismay, um general inglês com uma longa carreira, dá uma ideia clara sobre o carácter que logo de início se pretendeu imprimir à organização.
A aventura no Afeganistão não parece bem encaminhada, e também se vai discutir com certeza o caminho futuro a tomar. As informações que existem indicam que os militares norte-americanos querem reforçar as forças no terreno para continuarem o conflito em posição de vantagem. A oposição republicana também aponta no sentido da continuação da guerra (assim como alguns democratas). Obama vai portanto continuar com este problema nos braços, e a discussão na cimeira vai provavelmente consistir em como os EUA vão angariar mais apoios para a intervenção no terreno, isto é, mais tropas.
Antigamente a existência da NATO era justificada pelos seus mentores com o perigo comunista. Agora é com o terrorismo e outras ameaças à segurança, como o crime organizado, o tráfico de droga, etc. Obviamente que parte destas competências são, ou deveriam ser, competência da ONU, a quem deviam ser facultados os meios para os prosseguir. Em vez disso os EUA, nomeadamente os seus sectores mais conservadores, hostilizam a ONU, e vetam no Conselho de Segurança moções da maior importância, como por exemplo as respeitantes à Palestina. É verdade que outros países com menos poder, alguns deles europeus, seguem o mesmo caminho, mas sabe-se que o fazem movidos por interesses particulares. E estamos suspensos para ver como no futuro vai actuar a China.
Talvez a Turquia veja reforçado o seu papel na cena internacional, se se confirmar a hipótese de parte do famigerado escudo anti-míssil ser deslocado para o seu território, para ficar mais directamente para o Irão. Este deverá continuar com o papel que lhe atribuíram de lobo mau, e de assim contribuir para a justificação da existência da NATO. Penso realmente que o governo iraniano e a teocracia dominante no país são detestáveis, e que era bom que mudassem rapidamente, mas são os iranianos que deverão ter a palavra decisiva. E que há outros perigos maiores no mundo, como o expansionismo israelita, ou a tensão na Coreia, para além da fome e das epidemias, situações que deveriam essas sim, merecer uma grande atenção dos maiores poderes mundiais. E não acredito que o Irão tenha poderes militares assim tão grandes como lhe parecem querer atribuir.
A minha opinião pessoal é que a NATO devia ser extinta, e os seus serviços (que tenham algum interesse) encaminhados para a ONU, ou para outras organizações com actuação adequada na cena internacional. Os EUA deveriam aceitar que são um país como os outros, rico e poderoso é certo, mas sujeito às regras gerais (por exemplo, para quando a sua adesão ao Tribunal Penal Internacional?). Agências internacionais, mantidas pelos governos, deveriam funcionar nas várias partes do mundo para tratar dos problemas da segurança e do bem-estar. Temo, é verdade, que isto que penso não passe de utopias, e que ainda falte muito para que tenhamos mais paz, transparência, bem-estar e liberdade, coisas que nunca foram o objectivo da NATO, mau grado as opiniões com que nos bombardeiam todos os dias os seus defensores.
Minha Senhora estava eu a jantar quando vi no telejornal as imagens do bombardeamento sobre a aldeia de Korisa. Imagens da vossa bravura imagens da coragem e determinação do seu marido. Corpos carbonizados dilacerados fumegantes esventrados cabeças estouradas pedaços de vida feitos em pedaços de carne morta. Cem pessoas abatidas e muitas outras feridas gravemente enquanto o diabo esfregou um olho! Cem inocentes que Deus sacrificou às mãos de quem tanto reza! Cem refugiados a caminho da longínqua esperança olhos postos no fictício horizonte da solidariedade humana! Cem pares de olhos brutalmente arrancados à luz entre eles olhitos de crianças com corações pequeninos a bater dentro do peito iguais ao coraçãozito da sua filha quando batia mais apressado lembra-se? Mal vi estas imagens corri ao quarto dos meus filhos e dei com eles todos esquartejados cabeças para um lado pernas e braços para outro. O quarto era um mar de sangue! Felizmente o pesadelo durou apenas alguns segundos mas fiquei com o cérebro esburacado durante toda a noite. Nunca tinha reparado bem mas os meus filhos eram iguaizinhos a todas aquelas crianças. Não sei o que me deu mas fiquei aterrorizado. Tive tanto medo minha Senhora! É que a seguir a estas tenebrosas imagens aparece de imediato na TV posando sorridentemente para uma espécie de retrato de comunhão solene uma catrefa de monstros e eu pensei que estava no inferno rodeado de demónios. Aquele medonho friso de máscaras humanas tendo como sombria antecâmara a ignara maciez da face de um tal porta-voz isolado a garantir a divulgação do resultado de uma investigação em curso! Deu-me a impressão de que ele estava em minha casa que tinha arrombado a minha porta ali na minha frente minha Senhora! Mas o pior é que aparece logo a seguir o seu marido com aquela cara de… como lhe parece a cara do seu marido? A mim não é bem a cara que me mete medo mas a prepotência o descarado unilateralismo e a já bem adulta supremacia militar permanente que ele esconde por detrás daquele ar um tanto despeitado talvez por não o terem deixado acabar as suas tarefas. Mas não se preocupe demasiado minha Senhora ele está arrependido do seu miserável pecado e faz por cumprir religiosamente a penitência bombardeando de outro modo e bombardeando bem. Minha Senhora num daqueles momentos mais íntimos - esqueça lá o que se passou - pergunte ao seu marido quantas criancinhas é preciso matar para atingir o desenvolvimento tecnológico que permita assegurar que as forças de amanhã continuarão a dominar qualquer tipo de operações militares. E se com umas pitadinhas daquela coisa que vocês inventaram e transformaram num monumental barrete para os desiludidos da disfunção eréctil puder arrancar-lhe uns segredozitos veja se sabe quantas aldeias é preciso arrasar para enfrentar as ameaças contra a segurança da nação quantos estropiados é preciso fabricar para atingir os tais 331 mil milhões de dólares necessários ao reforço da tendência para a acção unilateral. Quantas Sérvias é necessário sacrificar para preservar a supremacia militar face a todos os adversários possíveis e imagináveis e considerar que as forças armadas estão prontas para enfrentar os desafios do próximo século continuando a ser as mais bem sucedidas do mundo. Quantas televisões é necessário silenciar quantas megabombas bombas inteligentes bombas de fragmentação e bombas de grafite (o novo lápis da megacensura) é preciso lançar sobre a Sérvia sobre a Europa sobre o Iraque e sobre o resto do mundo para atingir a suprema censura planetária. Ao lado dele o inglês! Brrr!!! O canal da Mancha tão perto! Como é que eu não haveria de correr ao quarto dos meus filhos? Eu não tenho medo dele propriamente dito nem das suas metralhadoras. Até me parece uma daquelas pessoas que ao descongelarem isto é ao perderem o poder se desfazem em merdífera cobardia. Eu tenho medo é da monumental carapaça de ódio cinismo crueldade arrogância e desumanidade com que ele abastece os aviões que lhe puseram nas mãos. Minha Senhora quando estiver com ele num daqueles chás em que vocês falam dos 10,5 mil milhões de dólares necessários à pesquisa do sistema de defesa nacional antimíssil entre 2000 e 2005 e passam a mão pelo lombo dos cãezinhos numa manifestação de sensibilidade e ternura lembre-lhe o pequenino dorso das criancinhas que ele ajuda a queimar todos os dias em bombardeamentos como os de Korisa. E faça-o ver ainda que ao de leve a imagem virtual dos seus próprios filhos - aqueles que lhe dão um beijinho todas as noites - no meio dos ensanguentados destroços da caravana de refugiados - o diabo seja surdo cego e mudo -. A vossa Secretária vem logo a seguir na foto. É-me extremamente difícil não ter medo desta mulher. Não é fácil manter-me sereno porque ela encarna perfeitamente o papel que me parece ser o da mulher do diabo. O diabo tem mulher ou não seja ele o pecador major. Não é como Deus! Diga-me se eu tenho ou não tenho razão mas sempre vi a mulher do diabo com uns olhos e um sorriso assim! Não sei o que ela tem dentro do peito se é uma pedra um escorpião ou se não tem mesmo nada. Mas é da sua eventual relação com o diabo que eu tenho medo da autoridade com que o diabo a possa ter investido na planificação da fábrica de vítimas da esterilização de sentimentos a que ele a submeteu e dos estratagemas que na sua cartilha se destinam a tornar adversários políticos e militares do próximo século todos os povos que não se submetam nomeadamente a China. Tudo isto porque enquanto única nação capaz de montar operações em grande escala em teatros muito distantes das suas fronteiras o Estado ocupa uma posição única! Minha Senhora dá-se bem penso eu com esta Secretária da desgraça - ao lado dela o seu marido não corre perigo descanse!- Pergunte-lhe em tom de curiosidade quantos kosovares quantos sérvios palestinianos, iraquianos e afegãos é preciso massacrar ainda para atingir o tal patamar essencial para assegurar que as forças de amanhã continuarão a dominar qualquer tipo de operações militares unilateralmente. O Secretário inglês sempre sorridente para o parceiro do lado numa obtusa postura de marioneta aparente guardião das consciências podres causa-me repugnância pela chocante transparência da sua estrutura que permite ver - ainda que a gente não queira - dentro da sua pessoa aquilo que mais se assemelha a uma total ausência de moral. Reforçar a capacidade para conduzir à escala mundial com o seu patrão operações militares de forte intensidade no século XXI deve ser o seu lema e o seu sonho. Ca God o save!!! O Secretário espanhol é terrível porque não mete medo a ninguém. Parece não ter cérebro. É uma espécie de alínea de um artigo condenatório de que o algoz deita mão naquele fatídico momento em que dela se lembra. Apenas vai alinhando os vivos para que morram melhor. Se o dono manda matar ele ajeita a vítima e chega a arma. Se não é para matar ele recolhe a arma e diz à vítima que aguarde um pouco mais. Minha Senhora eu tinha muito mais coisas a conversar consigo até porque - a despeito do seu papel e da sua posição nesta guerra miserável e nauseabunda - me custa perante a sua simpática figura aceitar que faz parte duma família de monstros. Naquele momento do telejornal pensei dirigir-me a si pois convenci-me de que eu e a Senhora éramos ambos vítimas ou melhor pensei que os nossos filhos se encontravam esfacelados no meio dos destroços causados pelas bombas dos vossos maridos e daqueles hediondos amigos que eles arranjam. Já pensou minha Senhora o que era ver a sua filha esquartejada cabeça para um lado membros para outro esventrada exangue sem qualquer brilho nos olhos nem sopro de vida com o tal coraçãozito palpitante que tantas horas de felicidade lhe deu golpeado irremediavelmente parado para sempre e sem nunca mais poder dizer: “mãe, gosto tanto de ti!”.