Quarta-feira, 11 de Maio de 2011

As mulheres não são homens - por Boaventura de Sousa Santos

 

No passado dia 8 de Março celebrou-se o Dia Internacional da Mulher. Os dias ou anos internacionais não são, em geral, celebrações. São, pelo contrário, modos de assinalar que há pouco para celebrar e muito para denunciar e transformar. Não há natureza humana assexuada; há homens e mulheres.

 

Falar de natureza humana sem falar na diferença sexual é ocultar que a “metade” das mulheres vale menos que a dos homens. Sob formas que variam consoante o tempo e o lugar, as mulheres têm sido consideradas como seres cuja humanidade é problemática (mais perigosa ou menos capaz) quando comparada com a dos homens. À dominação sexual que este preconceito gera chamamos patriarcado e ao senso comum que o alimenta e reproduz, cultura patriarcal. A persistência histórica desta cultura é tão forte que mesmo nas regiões do mundo em que ela foi oficialmente superada pela consagração constitucional da igualdade sexual, as práticas quotidianas das instituições e das relações sociais continuam a reproduzir o preconceito e a desigualdade. Ser feminista hoje significa reconhecer que tal discriminação existe e é injusta e desejar activamente que ela seja eliminada. Nas actuais condições históricas, falar de natureza humana como se ela fosse sexualmente indiferente, seja no plano filosófico seja no plano político, é pactuar com o patriarcado.A cultura patriarcal vem de longe e atravessa tanto a cultura ocidental como as culturas africanas, indígenas e islâmicas.

 

Para Aristóteles, a mulher é um homem mutilado e para São Tomás de Aquino, sendo o homem o elemento activo da procriação, o nascimento de uma mulher é sinal da debilidade do procriador. Esta cultura, ancorada por vezes em textos sagrados (Bíblia e Corão), tem estado sempre ao serviço da economia política dominante que, nos tempos modernos, tem sido o capitalismo e o colonialismo.

 

 

 

publicado por Carlos Loures às 23:00

editado por Luis Moreira em 12/05/2011 às 00:06
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Sexta-feira, 25 de Março de 2011

IRAQUE - Oito anos depois

 

3.ª Audiência Portuguesa do Tribunal Mundial sobre o Iraque

A Situação das Mulheres e das Crianças

no Iraque Ocupado

Lisboa, 26 Março 2011, 15h30

Associação 25 de Abril (Rua da Misericórdia, 95)

IRAQUE. 8 anos depois

Programa

Abertura da sessão

Apresentação do grupo de jurado

Intervenção inicial:

Iraque. 8 anos depois

, por Eduardo Maia Costa, jurista

Depoimento:

 

 

A situação das mulheres e das crianças no Iraque ocupado

, por

Haifa Zangana, escritora e activista iraquiana

 

Deliberação do grupo de jurados

 

 

Jurados

 

(membros confi

rmados)

Alípio de Freitas (professor)

 

Ana Benavente (ex-SE Educação, ex-deputada)

 

Ana Gaspar (professora, Sindicato Professores Grande Lisboa)

 

Diana Andringa (jornalista)

 

Eduarda Dionísio (professora)

 

Fernanda Mestrinho (jurista, jornalista, Ass. Port. de Mulheres Juristas)

 

Helena Carrilho (advogada, CGTP)

 

Isabel do Carmo (médica)

 

Isabel Lourenço (tradutora)

 

João Loff Barreto (advogado)

 

José Charters Monteiro (arquitecto)

 

José Gonçalves da Costa (juiz-conselheiro jubilado do STJ)

 

Jorge Figueiredo (economista)

 

Judite Almeida (professora, Sindicato Professores Norte)

 

Luanda Cozetti (cantora)

 

Margarida Vieira (Associação Abril)

 

Maria José Morgado (magistrada, Procuradora-Geral Adjunta)

 

Natacha Amaro (Movimento Democrático de Mulheres)

 

Regina Marques (Movimento Democrático de Mulheres

 

Extractos do depoimento de Haifa Zangana

 

 

Num passado recente as mulheres iraquianas eram das mais

emancipadas da região, com um elevado nível de educação e presentes em

todas as esferas da vida profissional, onde desempenharam um papel activo e

contribuíram para o progresso da sociedade. Hoje, estão empurradas para um

canto, apertadas entre o esforço de sobreviver à destruição provocada pela

guerra e as políticas feudais e sectárias (em nome da religião) promovidas pela

classe política instalada no poder desde 2003.

 

Um fenómeno novo no Iraque é o casamento temporário. Um homem

casa com uma mulher na presença de uma figura religiosa e especifica por

quanto tempo vai durar o casamento, podendo ir desde algumas horas até

muitos anos. É um contrato a termo, onde um homem paga a uma mulher um

pequeno dote. A maioria das mulheres que aceitam casamentos temporários

fazem-no apenas por necessidades materiais. Esta prática é vista como uma

forma de prostituição religiosa.

 

O deputado Mohamed al Dainy declarou, em 2007, que houve 190

queixas feitas por mulheres contra as forças de segurança e de defesa

iraquianas por agressões sexuais. Nenhum procedimento adequado foi

seguido para punir os agressores e evitar que tais crimes sejam repetidos. Este

número é apenas a ponta de um iceberg.

Um relatório da UNICEF de Abril 2008 indicou que 1 500 crianças

estavam sob custódia das forças oficiais iraquianas e dos EUA. Em

alguns casos, são mantidas presas no mesmo espaço dos adultos, expondo-as

a mais riscos de agressão e abuso. Relatórios dos meios de comunicação sobre

a prisão para crianças de Al Karkh revelam uma longa lista de maus tratos,

abusos e violações.

 

Testemunhos de tortura relatados pela AI ao longo de anos incluem

violação e ameaça de violação, espancamentos com cordas e mangueiras,

choques eléctricos, suspensão pelos membros, perfuração do corpo com

berbequins, asfixia com sacos e plástico, e quebra de membros

 

Os ocupantes culpam os “insurgentes” da morte de civis,

especialmente mulheres e crianças. Mas um estudo recente de

investigadores britânicos e suíços, com dados fornecidos pelo grupo de direitos

humanos Iraq Body Count, descobriu que, de Março 2003 a Março 2008, a

maior parte das mortes de mulheres e de crianças, entre os civis mortos por

certos tipos de armas, foi provocada pelas “forças da coligação”, em particular

por ataques aéreos das forças de ocupação.

 

Em 2006/7 crianças de Bagdad e dos arredores tinham de passar

sobre cadáveres no caminho para a escola. Viram corpos serem comidos

por cães vadios. Recolheres obrigatórios repentinos e explosões de violência

afectam as crianças, que têm de viver passando de um grande trauma para o

seguinte. Muitas crianças têm de suportar o abandono da casa, a separação

dos seus amigos e do meio que lhes é familiar para enfrentarem um futuro

incerto como ‘refugiados’ sem rendimentos ou apoio adequado.

 

Calcula-se que 43% dos iraquianos vivem numa pobreza abjecta. As

crianças são nestes casos postas a trabalhar em vez de irem à escola, outras

tornam-se pedintes nos locais públicos e nos mercados. Estas crianças

trabalham longas horas e não têm nenhuma protecção contra a exploração e

os abusos. Nenhuma protecção contra a exposição a doenças sociais como a

prostituição infantil e o uso de drogas. Este problema particular é

especialmente agudo para as crianças ‘refugiadas’ nos países vizinhos do

Iraque.

 

publicado por Carlos Loures às 18:00
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Sexta-feira, 11 de Fevereiro de 2011

Mis Camelias – por Raúl Iturra - 24

MEMÓRIAS DE PADRES INTERESADOS - ENSAIO DE ETNOPSICOLOGIA DE LA INFANCIA

(Continuação)

Muchas veces los hijos jóvenes, olvidan de que el adulto mayor no es un adulto viejo, es sólo más viejo que ellos, que, en estos días, no es ningún escándalo. Especialmente si nuestra mente está entrenada para pensar, escribir, enseñar, asociar ideas e investigar nuevas hipótesis. Somos los intelectuales los que más duramos. Nuestra madre estaba formada en matemáticas y lenguas, pero su mayor trabajo siempre fue administrar una casa con mucha familia y servidumbre[171], como he narrado en otro libro mío. Nuestras hijas, que pertenecen a otra cultura, piensan siempre que no somos capaces de organizar nuestras obligaciones y quieren que vivamos como ellos viven, forma de vida fundamentalmente diferente a las nuestras. Necesitamos de nuevos libros, de distracciones en filmes en DVD, música en CD y otras harturas que ellos aún no acumulan. Creo que el secreto está en ganar el respeto de nuestros descendientes desde su edad más tierna, sin desviarnos un milímetro de nuestra ética, para no ser culpados de no saber el todo y la nada de la vida. Es apenas una idea.

Iba quedando atrás una idea, que mi mente de investigador no descansa si no la entiende ya. ¿Por qué en Chile la Navidad es también llamada Pascua, si la Pascua es, en Europa, ese origen de la hoy América del Norte y de la América Latina, Pascua es la conmemoración de la muerte y resurrección del denominado verbo encarnado, Cristo? Parece que la Navidad es llamada Pascua, en Chile, por causa de una flor que nace en esa época[172]. La flor es llamada Pascua en la Cordillera de los Andes, y en Chile es también llamada Corona del Inca[173]

Gloria, mi mujer, nuestra hijas Camila y Eugenia, sus maridos y descendientes, ya pueden saber en qué país de luchadores anda este papá, marido y abuelo. Es mi orgullo contar la Historia de Portugal a otros, porque, en mi caso, la sé de memoria. Nuestra reivindicatoria Camila ya tiene una base de apoyo para sus luchas y para consolarse, ella e Felix Ilsley, nuestro yerno, de lutos temporarios, que es el propósito de este texto. No deseo, ni por eso, que nuestra hija pase a ser como esa hermana de nuestra madre, su abuela paterna Florentina Maria Redondo de Iturra, nuestra tía Ana Luisa, que lloró a su primera hija que nació y falleció de inmediato, Pilar, que tiene una tumba especial y que la tías ha llorado siempre. Ni por el caso de haber tenido más cinco hijos después, se consoló de la pérdida de Maria del Pilar, o Pilarcita como todos la llamaban. Es claro como el agua para mi, que una madre sufre por un hijo perdido, porque los hijos somos para entrar en la eternidad mucho después de nuestros padres, y mucho más, que la entrada en la eternidad de los abuelos. Es evidente que el dolor de nuestros descendientes es grande, porque hasta los abuelos perdemos a Ben. Puede ser que siempre lo recuerde, pero, como dice mi comadre Mariana Giacaman Valle y mi hermana Blanquita, o cortamos el luto, otro tipo de cordón umbilical, o nos sería imposible nunca criar a los hijos que, estoy muy seguro, vendrán después.

publicado por Carlos Loures às 15:00

editado por Luis Moreira às 11:22
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Domingo, 6 de Fevereiro de 2011

Eram da Guiné e Eu Não Sabia, de Augusta Clara de Matos. Ilustração de Adão Cruz

 

 

 

 

 

 

 

 



 

 

Passavam o dia a fazer e a desfazer as curtas trancinhas que lhes enchiam a cabeça toda e eu não entendia nada do que elas diziam. Pareciam de outro país e não me ligavam nenhuma.

 

Com o meu espanto de miúda, não percebia quem elas eram, tão diferentes de toda a gente que conhecia. Nunca tinha visto ninguém com aquele aspecto. Não era por serem pretas – e elas eram mesmo muito pretas – porque eu já estava farta de ver pessoas com a cor da pele diferente da minha. Mas aquelas tinham uma roupa diferente e, sobretudo, achava estranhíssimo haver quem passasse os dias a pentear-se e a despentear-se. E os meus olhos abertos, ficavam parados nelas, assim como sempre ficam os olhos das crianças quando se deparam com acções estranhas que não percebem.

 

Disseram-me que eram da Guiné.

 

Ainda não havia guerra mas aquele hospital chamava-se “do Ultramar” e era para lá que vinha tratar-se toda a gente dessas zonas do mundo que eu não fazia a menor ideia que eram colónias. Sabia lá eu, com aquela idade, o que eram colónias!

 

E, devido a essa estranheza, pouca gente falava comigo. As enfermeiras tinham mais que fazer. Só me restava o João, o miúdo de Angola que queria os meus bolos.

 

Quem me ia visitar, enchia-me de bolos, mas eu não gostava de bolos. Queria era os livros de histórias que se esqueciam de levar. E aí ficava eu enjoada só de olhar para aquelas desprezíveis coisas que desejava que tivessem levado de volta. Quem as comia era o João. Mas, primeiro, tinha que ir à rua ver se a minha mãe já lá vinha. E ela, às vezes, não vinha porque as minhas irmãs ainda eram mais pequenas do que eu e tinha que tratar delas.

 

O João comia os bolos na mesma. E eu, para me vingar, cantava em altos berros “A Rosinha dos Limões”, enquanto as mulheres da Guiné faziam e desfaziam as trancinhas e falavam continuamente naquela incompreensível língua.

 

publicado por João Machado às 16:00
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Domingo, 28 de Novembro de 2010

O filme : O Americano

Luís Moreira

Um actor que arrasta gente, umas povoações de sonho na itália, uma música adequada e umas belas mulheres, e temos um filme.

O dinheiro vem do próprio Clooney que é também o produtor do filme, a história é tipo "chico esperto" vai-nos mostrando o suficiente para nos empurrar para uma certa lógica e, a seguir, dá a volta, muito mal dada, benza-os deus.

Um padre pecador, um assassino profissional que do principio ao fim não muda de expressão, umas mulheres lindas perdidas pelo "durão", "estranho" que paga a prostitutas, mais nada se sabe dele, mata sem pestanejar...





No meio (de Itália e do filme) aparecem uns Suecos que querem matar o nosso herói ninguem percebe porquê, há um senhor grisalho que recebe uns telefonemas e dá ordens e todos obedecem, também não se sabe porquê, morrem todos no fim, quando o amor começava a florir...
publicado por Luis Moreira às 22:30
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Quarta-feira, 27 de Outubro de 2010

Estorinhas do Porto

Adão Cruz

Eu seguia rua abaixo, pelo lado esquerdo de Sá da Bandeira. À minha frente ia um casal, ela de meia idade, gordinha, ele mais velho, hemiplégico, de bengala na mão direita, arrastando a perna esquerda, pendendo sempre para a direita, trajectória que a mulher ia corrigindo com um pequeno toque na mão dele. Se assim não fosse, as sequelas do seu AVC, à semelhança de um GPS, obrigavam-no a tombar para fora do passeio.

Lá mais ao fundo, frente ao Pingo Doce, o homem, como se uma mola o puxasse sempre para aquele lado, faz, com toda a facilidade um rodopio de noventa graus para a direita, ficando em linha recta com a porta do supermercado. A mulher olha para a direita e para a esquerda (look right and look left, à londrina) e atravessa a rua, tendo o cuidado de pegar na mão do marido, pois de outra forma, com a sua pendência para a direita, ele iria desembocar dez ou vinte metros acima.

Já dentro do Pingo Doce, resolvi seguir os passos daquele par amoroso, ao mesmo tempo que ia dando uma olhadela às prateleiras que me interessavam. A dada altura verifiquei que o homem parou, olhando insistentemente para o sítio onde estavam as carnes de porco. A mulher puxou-o mas ele resistiu. Apoiou-se na prateleira, encostou a bengala, e com a mão direita pegou numa embalagem contendo uma orelha de porco. Imediatamente a mulher gordinha o dissuadiu dizendo-lhe:

- nem penses, vou-te comprar uns grelinhos que via ali e que têm um aspecto do carago!

- Que se fodam os grelos, respondeu ele de forma bem entendível, apesar da fala meia entaramelada.

Só tive tempo de dar meia volta e tapar a boca com a mão, a fim de abafar uma explosiva gargalhada, que eu não saberia explicar aos circundantes.

(ilust.pormenor de quadro de Adão Cruz)
publicado por Carlos Loures às 16:30
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Terça-feira, 5 de Outubro de 2010

O Zeca fadista e a Amélia cantadeira.

Luis Moreira

O Zeca fadista, canta e toca viola na Baixa de Lisboa e emite uns sons tipo assobio, uma espécie de solista, de gaita de beiços. É um artista que nunca frequentou escola nenhuma de música, nasceu com aquele talento musical, com um ouvido que, se não é "absoluto" é muito próximo, pois ele não faz fífias no meio daquela algazarra. Mas o Zeca, tem outras interessantes caracteristicas. Uma delas é que o Zeca já não tem a idade do tempo em que arrasava as garotas da noite, era só elevar a voz num fado trinado e o mulherio era aos magotes. Agora engordou e empobreceu, mas o Zeca é dos que engorda na barriga e na cara, como não tem dinheiro, usa os óculos escuros comprados quando arrasava o "mulherame" o que faz que os óculos lhe fiquem pendurados na ponta do nariz , mas as astes não lhe chegam às orelhas, o que lhe dá um ar de quem se está rir, mesmo quando canta.

A Amélia cantadeira, é daquelas mulheres pequeninas e magrinhas, de idade indefinida, espreme-se toda para arrancar um som à sua voz já cansada, não engorda por mais que coma, é toda nervos, ajeita o chaile sobre os ombros num tique que lhe ficou da juventude nas casas de fado, fecha os olhos, levanta-se sobre os pés, ah, fadista.

Fui-lhe dizer que ela tinha nascido fadista, bastava olhar para ela, o ar gingão, a voz a trinar, a emoção a tomar conta dela, enquanto o Zeca fazia um dos seus intervalos, tocava viola num compasso repetido mas sem falhas, desconfio que passa pelas brasas e está explicado o uso dos óculos escuros, e ela, no meu tempo os homens morriam por mim, mas só amei o meu, que já lá está, ele "era assim grande como você" e esta frase é um livro aberto, "era", porque já se foi e ela ficou e "grande",porque mesmo magrinha podia bem com ele, coitadinho que não saía da taberna, e depois dormia à porta que quando eu chegava às tantas queria era dormir, não estava para aturar bebedeiras e ataques de ciúmes...
publicado por Luis Moreira às 13:00
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Domingo, 26 de Setembro de 2010

As meninas a correr...

Carlos Godinho



Atletismo
Mesmo com um pouco de desilusão com a prova de Naide Gomes, a medalha esteve ali a uns centímetros, a participação dos portugueses nestes últimos dias dos mundiais, sem ser brilhante, foi razoável. Realce para Marisa Barros, 6ª na maratona, feminina, Sara Moreira, 10ª nos 5.000 metros e José Moreira 9º, Luís Feiteira 10º e Fernando Silva 13º na maratona. Faltam no entanto sinais de renovação que apontem para eventuais futuros medalhados. Porventura não é possível fazer melhor, mas seria bom para o país e para o desporto que despontassem novos valores. Vontade não faltará para mudar, mas as condições existentes e que serão oferecidas aos nossos técnicos e atletas, presumo que não sejam as melhores. Entretanto, o que me chamou a atenção, na prova feminina da maratona, foi a festa que as atletas francesas fizeram ao chegar à meta, mesmo que os resultados não tenham sido brilhantes, 49ª, 50ª e 54ª classificadas. Chegar, para elas, foi um triunfo, e foi bonito de ver a sua alegria por terem conseguido esse objectivo. Desporto, no verdadeiro sentido da palavra.


Selecção feminina de futebol

Depois de um difícil começo, a Selecção Nacional Sub/19 Feminina, qualificou-se para o segundo Torneio de Apuramento do Europeu da categoria, após vencer a Letónia por 5/0. Pelas informações, foi um jogo em que as jovens da Letónia tentaram evitar as pesadas derrotas dos seus dois primeiros jogos e conseguiram que ao intervalo se mantivesse o nulo. Na segunda parte, felizmente, acabaram por ceder. Agora será necessário um pouco de sorte no sorteio para o próximo torneio de forma a conseguir-se a qualificação, inédita, para a fase final. Parabéns às jogadoras, equipa técnica e restante delegação.

(Publicado no blogue Todos Somos Portugal)
publicado por Luis Moreira às 11:00
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Terça-feira, 24 de Agosto de 2010

As citações de Saramago

Luis Moreira


Depois dos livros que aqui deixamos com uma breve resenha de cada um deles, vamos ter as citações que melhor ajudam a compreender o pensamento de Saramago. Durante vários dias não faltaremos.

Amor

"Aprendi que o sentimento do amor não é mais nem menos forte conforme as idades, o amor é uma possibilidade de uma vida inteira e, se acontece, há que recebê-lo".

Pilar del Rio

"Estamos sempre juntos, aqui ou quando viajamos. Então como hei-de dizer? encontrei a pessoa de que precisava. Com 63 anos, quando já não se espera nada, encontrei o que faltava para passar a ter tudo. Portanto, há de facto esse sentido de família, da solidão, mas no fundo aqui a família nuclear não são dois mais X, é o casal. E podemos estar sozinhos, sem ninguem, que não nos faz diferença nenhuma".

Mulheres

"As mulheres são os motores dos homens.Na minha infância, quando vivia com os meus avós maternos, via-se perfeitamente que naquela casa a grande força era a minha avó. E durante toda a vida pude sempre comprovar que num casal a figura forte é a da mulher.O homem alimenta-se da força delas."

Blogoesfera

"Inventei uma expressão que acho bonita: escrever na infinita página. E é essa a sensação: ao mesmo tempo que se estão inscrevendo nessa página as palavras que escrevo, outras,muitas,por toda a parte, estão a ser escritas."

Felicidade

"Eu podia ser felícissimo como homem e ter uma pouca sorte danada como escritor. No meu caso, sinto-me em paz com o meu trabalho, sei o que quero fazer e julgo que faço aquilo que quero. Como homem posso dizer de mim mesmo que sou um homem feliz"
publicado por Luis Moreira às 19:30
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