publica-se às 3ªs e 6ªs
coordenação Pedro Godinho
A comunidade reintegracionista é umha parte pequena mas muito ativa da comunidade galecófona, polo qual é muito difícil enumerá-la na sua totalidade. Porém esperamos sermos bastante abrangentes.
Os centros sociais som espaços físicos autogeridos situados nas principais cidades e vilas galegas que servem para acolher as atividades e propostas do movimento associativo vinculado a eles. Som lugar de reuniom, formaçom, convivência e lazer onde a vida decorre ao 100% em galego. Cada centro social tem as suas caraterísticas e particularidades, respondendo em cada caso às necessidades determinadas pola cidade em que estám situados. Há centros sociais independentistas, anarquistas, ocupados… mas em todos eles o reintegracionismo está presente em maior ou menor medida.
Bertamiráns | Boiro | Compostela | ||||
A Fouce | Aturujo | A Gentalha do Pichel | Henriqueta Outeiro | |||
Corunha | Estrada | |||||
A Casa das Atochas | Atreu | Gomes Gaioso | Setestrelo | |||
Ferrol | Ginzo | Lugo | Marim | |||
Artábria | Aguilhoar | Mádia Leva | Almuinha | |||
Noia | Ourense | Ponte Areias | Pontevedra | |||
Roi Soga de Lobeira | A Esmorga | Baiuca Vermelha | Reviravolta | |||
Vigo | ||||||
Faísca | A Revolta |
publica-se às 3ªs e 6ªs
coordenação Pedro Godinho
A Associaçom Galega da Língua (AGAL) é umha entidade sem ánimo lucrativo constituída em 1981 na Galiza para defender:
Em 1983, a sua Comissom Lingüística editou um estudo crítico das normas ortográficas e morfológicas do idioma galego. Em 1989, a segunda ediçom, corrigida e acrescentada, incluía a proposta normativa da Agal
A Comissom Linguística da Agal elaborou um estudo crítico das NOMIGA e posteriormente elaborou a sua própria proposta normativa (ortografia e morfologia gerais) para a nossa língua que em 2010 foi adatada seguindo diretrizes do Acordo ortográfico.
A Agal organizou entre 1984 e 1996 seis congressos da língua galego-portuguesa na Galiza bem como numerosos seminários, jornadas e simpósios.
Até à apariçom do novo selo da associaçom, Através editora, fôrom publicados 50 livros em diferentes coleçons (Universália, Criaçom, Clássicos).
Em 2001 nasce o Portal Galego da Língua, sítio na rede da atualidade da língua na Galiza, e que para além de umha fecunda secçom informativa conta com vários sites formativos.
O atual conselho, eleito em junho de 2009, promove umha estratégia dupla:
A direçom e a administraçom da Associaçom som exercidas polo Presidência, polo Conselho (= Junta Diretiva) e pola Assembleia Geral.
A Presidência é designada pola Assembleia Geral e o seu mandato durará quatro anos, renovável por outro de quatro anos. O Conselho está formado pola Presidência, a Vice-Presidência, a Secretária e a Tesouraria bem como um mínimo de três vocais.
Na estrutura organizativa da Associaçom também se integram, como órgaos de carácter ténico, a Comissom Lingüística, a Comissom de Informática e a Comissom de Publicaçons.
Os sites da Agal por ordem cronológica som:
2001: Portal Galego da Língua
2005: Dicionário e-estraviz
2005: Planeta NH (Desativado para o público geral o 2 de Abril de 2011)
2005 Blogues
2008 Foros (Fôrom desativados o 31 de Dezembro de 2010).
2010 Loja imperdível
2011 Wiki-faq da Agal e do reintegracionismo
O reintegracionismo é um movimento multilinear em que caibam grande pluralidade de filosofias e práticas, desde culturais até sóciopolíticas. Nesse quadro amplo, a AGAL tem como missom a difusom do reintegracionismo e normalizaçom lingüística.
A AGAL mantém relaçons fluídas com todas as associaçons e entidades reintegracionistas sendo muitos dos seus promotores e promotoras, por sua vez, associados e associadas da Agal. Cada entidade reintegracionista tem diferentes ámbitos de atuaçom quer geograficamente: internacional, nacional e local, quer setorialmente: cultural, académico, partidário, comunicaçom…
A AGAL é a associaçom que aglutina as pessoas partidárias de construir o galego moderno tendo em conta o português. Conseqüentemente, promove que a nossa língua seja codificada seguindo a tradiçom gráfica galego-portuguesa. Porém, ainda que seja considerada a associaçom mais importante desta tendência cultural, a AGAL fai parte de um movimento muito mais amplo, conhecido como Reintegracionismo, que estende a sua influência a entidades sociais de todo o tipo, nom exclusivamente lingüístico-culturais.
Assim, desde organizaçons políticas, feministas e ambientalistas até coletivos musicais e desportivos integram umha ampla rede social que nom está dirigida por nengumha associaçom lingüística.
O Reintegracionismo é neste sentido multilinear, umha vez que nom se limita a umha proposta ortográfica, mas a umha conceçom do País que é assumida em diferentes graus por umha boa parte dos coletivos galegos de base nom dependentes das instituiçons. Com todos estes coletivos, a AGAL mantém umha relaçom mui íntima, de apoio e assessoramento lingüístico e para facilitar a troca cultural com outros países lusófonos.
Ainda, a AGAL pretende ser um ponto estável para o diálogo com outras entidades nom afins ao Reintegracionismo e até contrárias a ele, permitindo-lhes informarem-se quanto à nossa proposta cultural sempre que o desejarem. A intençom da AGAL é manter um relacionamento fluído com todas aquelas entidades galegas que tenhem como guia melhorar a qualidade de vida da cidadania galega. Neste sentido temos as nossas portas abertas a qualquer entidade e regularmente tentamos de abrir canais de contacto com o tecido social da Galiza.
Nas suas páginas aparecem trabalhos relativos às áreas mais diversas do conhecimento e a cultura: Filologia e Lingüística, Economia, Filosofia, História, Literatura, etc.
Pode-se adquirir na rede de livrarias da Galiza, na nossa loja on line ou tornar-se assinante através do nosso site
publica-se às 3ªs e 6ªs
coordenação Pedro Godinho
O reintegracionismo tal e como hoje o entendemos nasce entre finais dos anos 70 e princípios dos 80, com a consolidaçom de umha prática ortográfica para o galego convergente com a do português.
Nessa altura, para a consolidaçom dessa prática, tivo grande importáncia um grupo de sacerdotes galegos residentes em Itália que assinárom um texto conhecido como o Manifesto dos 13 de Roma. Porém, nesta primeira etapa da prática reintegracionista moderna também fôrom fundamentais figuras já falecidas como Carvalho Calero, Jenaro Marinhas del Valle, Paz Andrade, Rodrigues Lapa ou Guerra da Cal.
Nom obstante, a vontade do Reintegracionismo moderno de construir o galego tendo em conta o português perde-se na história do galeguismo. De facto, pode afirmar-se que essa vontade existe desde o momento mesmo que nasce um movimento cujo objetivo é usar e dignificar o galego, existindo inúmeras citaçons de galeguistas históricos que provam isto.
O reintegracionismo é só relativamente moderno.
Como movimento organizado nasce em 1981, com a fundaçom da Associaçom Galega da Língua (AGAL) e populariza-se em 1983, com a publicaçom do Estudo Crítico das Normas Ortográficas e Morfológicas do Idioma Galego (ILG-RAG). Porém, como tendência perde-se na história do galeguismo.
Som numerosos os estudos de várias disciplinas humanísticas que demonstram que a filosofia reintegracionista, isto é, aquela que propugna que o português deve ter-se em conta para construir o galego moderno, acompanhou o programa galeguista desde o momento mesmo em que este nasceu.
Em geral, pode mesmo dizer-se que nos momentos da história em que o galeguismo/nacionalismo gozou de mais força, também a filosofia reintegracionista chegou a influenciar mais o programa cultural do mesmo. O momento culminante desta intimidade produziu-se com a Geraçom Nós.
É antigo e moderno ao mesmo tempo.
Nom se pode negar que, atrás do reintegracionismo, existe certa vontade de restaurar umha unidade ideal perdida há muitos séculos. Umha vez que a situaçom do galego é fraca na atualidade, o reintegracionismo pretende considerar toda a história da nossa língua e nom apenas recuar a aquela parte em que o galego já se encontrava em situaçom de minorizaçom. Dito de outro modo, o reintegracionismo encontra na Idade Média, o período em que o galego foi língua nacional de cultura, um modelo para a construçom do galego moderno tam válido como o do século XIX e XX.
Ora, o reintegracionismo é sobre todo um projeto de futuro. Usando como modelo as variantes da língua que nom ficárom subordinadas ao castelhano, e que se espalhárom amplamente polo mundo, propom um modelo de língua ao mesmo tempo alicerçado na tradiçom medieval e inserido na Lusofonia.De facto, se nom existisse a Lusofonia, talvez nom valesse a pena sermos reintegracionistas, porque a razom fundamental do nosso modelo de língua é que ele goza de grande saúde na atualidade.
O reintegracionismo moderno assenta a sua prática no programa lingüístico-cultural do galeguismo, nomeadamente dos intelectuais mais conhecidos deste movimento: Manuel Murguia, Vicente Risco, Vilar Ponte, Castelao, Joám Vicente Biqueira.
Porém, quando a finais dos anos 70 se iniciou o debate que deu origem às duas práticas ortográficas atuais (a de tradiçom castelhana e a de tradiçom galego-portuguesa) só alguns daqueles membros do velho galeguismo continuavam com vida. Alguns, como Jenaro Marinhas del Valle, Carvalho Calero, Valentim Paz Adrade ou Guerra da Cal passárom a ser, para além de galeguistas históricos, reintegracionistas históricos, tendo defendido com paixom a prática reintegracionista.
Uns e outros deixárom inúmeras citaçons sobre esta questom.
Castelao nom se definia como reintegracionista porque este movimento, com esse nome, só nasceu nos fins do decénio de 1970. Porém, ele, como galeguista em geral e membro da Geraçom Nós em particular, era firmemente partidário de avançar em direçom à confluência normativa com o português. O seu livro Sempre em Galiza, pode considerar-se, de facto, umha das obras de referência do Reintegracionismo ao longo da história, com contínuas alusons à unidade da língua.
Porém, para Castelao, a unidade do galego-português devia ter conseqüências práticas, como expressou numha conhecida carta ao historiador espanhol Sánchez Albornoz:
Yo deseo que en Galicia se hable tan bien el gallego como el castellano y el castellano tan bien como el gallego. Deseo además que el gallego se acerque y confunda con el portugués, de modo que tuviésemos así dos idiomas extensos y útiles.
O reintegrado, entendido como hoje o entendemos, nom existia no pré-guerra.
Convém deter-se nisto, porque tem dado lugar a discursos que assentam em meias verdades. No pré-guerra nom havia reintegracionistas como tampouco havia isolacionistas. Quer dizer, ainda que houvesse autores que chegassem a utilizar umha ortografia mui próxima à lusista atual (Joám Vicente Biqueira é o mais conhecido) e pessoas mais empenhadas na convergência cultural e lingüística galego-portuguesa, nom se pode dizer que estas pessoas propugnassem umha linha de atuaçom diferente da do resto do galeguismo.
De facto, em geral, pode afirmar-se que no galeguismo havia um grande consenso em relaçom à necessidade de avançar na direçom proposta por estes 'precursores' do lusismo moderno. A razom pola qual nom se chegárom a dar passos ortográficos definitivos neste sentido foi que na altura o galego nom era ensinado nas escolas e nom se podia aspirar a escrever o galego seguindo critérios ortográficos diferentes aos conhecidos polo conjunto da populaçom: os do espanhol.
Com o fim do regime franquista e a chegada do galego ao ensino, os desejos do galeguismo de pré-guerra tornárom-se propostas práticas, mas umha grande parte dos novos galeguistas que medrárom ao abrigo do grupo Galaxia já renunciárom àquela aspiraçom da Geraçom Nós, e a convergência ortográfica frustrou-se.
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