Hoje vamos apresentar uma morna muito romântica - Força di cretcheu (A Força do amor) cantada por Gardénia Benrós. A música e a letra são da autoria do grande poeta cabo-verdiano Eugénio Tavares ( 1867 — 1930). Força di cretcheu foi composta em 1924.
E agora ouçamos uma interpretação diferente do mesmo tema - a do guitarrista clássico Silvestre Fonseca :
Tito Paris, a voz que hoje o Estrolabio traz até ao Terreiro da lusofonia é a de um dos mais conhecidos artistas musicas caboverdianos. Músico, compositor e cantor, nasceu em 30 de Maio de 1963, na cidade do Mindelo, na Ilha de São Vicente. Vive desde há muitos anos em Lisboa.
Após ter produzido e lançado, em 1987, o seu primeiro álbum em 1987, constituiu o grupo com que iria gravar o álbum "Dança Ma Mi criola". Em 1996, lançou o álbum "Graça de Tchega". "Guilhermina", foi gravado e lançado em 2002.
Tito Paris, excelente cantor e instrumentista, tem divulgado por todo o mundo, atrabés de gravações e de espectáculos ao vivo, os ritmos de Cabo Verde. Ouçam esta lindíssima morna e digam lá se não é uma boa maneira de começar o dia:
A Eugénio Tavares se deve a tomada de consciência, que, por finais do século XIX, se verificou entre as gentes do arquipélago de Cabo Verde de que havia uma cultura genuinamente autóctone. Descendente de europeus, foi dos primeiros a proclamar que os cabo-verdianos tinham direito a uma cultura diferenciada e a uma identidade própria. Eugénio Tavares, foi também um consciencializador activo da cabo-verdianidade, actuando no plano político e cultural e sofrendo as inevitáveis perseguições por parte do poder colonial, sendo obrigado a exilar-se.
Quase desconhecido em Portugal ou redutoramente referenciado como «criador de mornas», Eugénio Tavares foi um escritor, jornalista e polemista de grande valor. Agora que a literatura do arquipélago se afirma como uma das mais pujantes do universo lusófono, com nomes como o do romancista Germano Almeida, como o do grande Daniel Filipe, e o de Arménio Vieira, Prémio Camões de 2009, não devemos esquecer Eugénio Tavares, pioneiro das letras de Cabo Verde.
Eugénio Tavares, nasceu na ilha Brava a 18 de Outubro de 1867, onde faleceu em Junho de 1930. Autodidacta, adquiriu grande cultura, transformando-se na figura literária mais importante de Cabo Verde nas primeiras três décadas do século XX. Deixou uma vasta produção, em português e em crioulo – poemas, narrativas, peças de teatro e, sobretudo, artigos jornalísticos. Quando exilado nos Estados Unidos, fundou o jornal «Alvorada» em New Bedford. Com colaboração intensa na «Revista de Cabo Verde» e no jornal «A Voz de Cabo Verde», foi postumamente publicado um volume com as suas «Mornas». Da sua produção poética seleccionámos um poema em português:
Exilado
Pensa no que há de mais sombrio e triste;
terás, destes meus dias vaga imagem;
soturnos céus – como tu nunca viste –
nunca os doirou o halo de uma miragem.
O sol – um sol que só de nome existe –
envolto na algidez e na brumagem
dum frio como tu nunca sentiste,
do nosso sol parece a morta imagem
imerge o retransido pensamento
nas noites mais escuras, mais glaciais,
prenhes de raios e vendavais;
verás que anos de dor, esse momento
passado, na saudade e no penar,
longe do sol vital do teu olhar!
(Fairhaven, 1900)
Ouçamos uma morna com música e letra de Eugénio Tavares.
Tito Paris, a voz que hoje o Estrolabio traz até ao Terreiro da lusofonia e dá, com ela, os bons dias aos seus leitores, é a de um dos mais conhecidos artistas musicas caboverdianos. Músico, compositor e cantor, nasceu em 30 de Maio de 1963, na cidade do Mindelo, na Ilha de São Vicente. Vive desde há muitos anos em Lisboa.
Após ter produzido e lançado, em 1987, o seu primeiro álbum em 1987, constituiu o grupo com que iria gravar o álbum "Dança Ma Mi criola". Em 1996, lançou o álbum "Graça de Tchega". "Guilhermina", foi gravado e lançado em 2002.
Tito Paris, excelente cantor e instrumentista, tem divulgado por todo o mundo, atrabés de gravações e de espectáculos ao vivo, os ritmos de Cabo Verde. Ouçam esta lindíssima morna e digam lá se não é uma boa maneira de começar o dia: