PARTE IV – Ensaístas, críticos, historiadores, memorialistas
Começo esta nova Parte do meu estudo sobre as dedicatórias focalizando um exemplo de um gênero muito presente na produção literária moderna, mas que pouco aparece no rol das dedicatórias que recebi de meus confrades. Porém, tenho em mãos um exemplo muito especial do gênero que muitos consideram pouco compatível com a predominante estrutura psicológica do brasileiro, as memórias. Diante de livros como este de Octavio Mello Alvarenga todas as afirmações nessa direção não passam de uma reiterada forma de lugar-comum. O livro a que me refiro, memórias sofridas, por isso mesmo duras e chocantes em muitos de seus pontos, mas ao mesmo tempo frascinantes pela sinceridade e espontaneidade com que nascem, é: Rosário de Minas (memórias e sugestões), capa de Dan Palatnik, Lidador Editor, Rio de Janeiro, 2003. O autor me dedica o exemplar de seu livro claramente sofrido com as seguintes palavras:
“Ao caro Sílvio Castro
companheiro do Congresso de Crítica
Literária em Pernambuco, amigo
a quem admiro (e invejo também)
com o abraço afetuoso do
Octavio Mello Alvarenga
Rio, 22/set/2003“
Retornando ao ensaio direto, vamos encontrar outro livro de forte impacto, ligado a um momento muito difícil da história do Brasil contemporâneo: de Reinaldo Cabral, Literatura e Poder pós-64 (Algumas questões), Edições Opção, Rio de Janeiro, 1977, no qual o autor me envia o meu volume de sua denúncia com essas palavras fortes:
“Sílvio Castro
este pequeno manifesto
sobre o sombrio estado da
nossa literatura pós-64.
A discussão está aberta, (reaberta)
c/abraços
do rcabral
ABI, 12
/09_____
77“
O ensaio histórico de Geraldo Pieroni, A Inquisição e a lista dos cristãos-novos condenados a viver no Brasil, capa de Simone Villa-Boas, Bertrand Brasil, Rio de Janeiro, 2003, é outro livro de forte impacto sobre um dos problemas de grande importância para a história brasileira, aquele dos degredados portugueses para o Brasil do período colonial e, em correspondência, da questão muitas vezes esquecida do anti-semitismo no pensamento nacional. O autor me oferece o seu livro de convincente pesquisa e erudição com as seguintes palavras: “Para Prof. Silvio Castro com minha estima e agradecimento, Geraldo Pieroni Padova 09.12.2004“.
Não me canso de citar o António Maria Lisboa quando disse - «O Futuro é tão antigo como o Passado. E ao caminharmos para o Futuro é o passado que conquistamos». De onde se pode inferir que não é possível compreender o Futuro se não explicamos a nós mesmos o passado. É isso que tentarei fazer nestas pequenas crónicas – Pretérito imperfeito, porque o passado só é perfeito para quem o recorda com nostalgia. Aqui, vou procurar visitar o passado com os olhos postos no futuro - nunca com o olhar saudosista de quem lamenta que o tempo não ande para trás.
Falarei de História e contarei histórias. E abro já um parêntesis – histórias e não estórias, como vejo para aí gente com responsabilidades a escrever, com o ar de quem está a inovar o idioma. Fechando o parêntesis, digo que a memória é o melhor GPS para percorrer a estrada que à nossa frente se abre. A História não se repete, mas ensina.
Memórias, a pequena e a grande História vividas na primeira pessoa. Memórias não necessariamente minhas. Poderei também apresentar sob o mesmo título textos de outras pessoas que se enquadrem na visão do passado que aqui enunciei.
Finalmente, por coisas assim, entendo tudo o que me passar pela cabeça, mesmo que nada tenha a ver com o que atrás enumerei.. Significa este remate do título que tudo o que me apetecer escrever pode abrigar-se debaixo deste toldo.
Hoje atiro-me ás efemérides. E afirmo – todos os dias há factos a recordar. Hoje, 14 de Março, haveria dezenas de acontecimentos a assinalar – tantos que me darei ao luxo de apenas aproveitar uma pequena parte.
Fiquem então a saber (ou se já sabiam, façam o favor de recordar) que no dia 14 de Março de 1492 , a rainha Isabel I de Castela ordenou a seus súbditos judeus e muçulmanos que se convertessem ao cristianismo. Em 1804, nasceu Johann Strauss, compositor austríaco, neto de um judeu convertido ao catolicismo Em 1879 nasceu, também numa família judaica, Albert Einstein, físico suíço-alemão naturalizado americano. Em 1883, morreu Karl Marx, filósofo e teórico político alemão, filho de uma judia holandesa. Em 1937 O Papa Pio XI condenou o nazismo, na encíclica Mitbrennender Sorge.
Isabel a católica cometia um terrível erro, decapitando os seus estados ao privá-los da sabedoria judaica e muçulmana. Prisioneira da sua circunstância, perdida no seu labirinto de misticismo integrista, talvez não pudesse actuar de outra forma – Mais de quatro séculos e muitos avanços científicos depois – as mesmas razões que moveram a rainha castelhana – convicções religiosas e interesses pecuniários, (bem como o comportamento das comunidades judaicas, que sempre facilitou a tarefa a quem as quis perseguir) – conduziram ao Holocausto.
Em três 14 de Março, nasciam dois génios oriundos de famílias judaicas - Johann Strauss e Albert Einstein. No mesmo dia, mas de 1883, morreu Karl Marx , outro judeu cuja obra mudaria no século seguinte a face do mundo. Neste dia de 1937 O Papa Pio XI condenou o nazismo, na encíclica em que a Igreja manifestava a sua preocupação pelo tom pagão que o Terceiro Reich impunha à religião.
Depois as coisas iriam compor-se entre Pacelli e o nacional-socialismo, dando início a uma bela amizade. Amizade que o pormenor da supressão de seis milhões de seres humanos não perturbou.
Passaram-se muitas coisas noutros 14 de Março.
Todos os dias há factos a recordar.
coordenação de Augusta Clara de Matos
Boas e Más Memórias
Quanto a mim, esta é a mais bela das Cartas a Um Jovem Poeta
Rainer Maria Rilke Cartas a Um Jovem Poeta
CARTA VII
Meu caro senhor Kappus:
Longo tempo passou sobre a sua última carta. Não me queira mal. Trabalho, incómodos e preocupações quotidianas impediram-me de lhe escrever. Além disso, desejava que a minha resposta fosse o eco de dias calmos e bons. (A ante-primavera, com os seus desagradáveis altos e baixos, fez-se aqui fortemente sentir). Hoje estou um pouco melhor e aqui me tem, meu caro senhor, a saudá-lo e a dizer-lhe o melhor que puder (faço-o de todo o coração) várias coisas a propósito da sua última carta.
Como vê, copiei o seu soneto porque o achei belo e simples, feito em moldes que lhe permitem mover-se com uma serena compostura. De todos os versos seus que conheço são os melhores. Ofereço-lhe esta cópia por saber como é importante e cheio de ensinamentos vermos o nosso próprio trabalho em letra estranha. Leia estes versos como se fossem de outro e então sentirá, bem no seu íntimo, a que ponto são seus.
Foi para mim uma alegria reler várias vezes esse soneto e a sua carta. Agradeço-lhe ambos. Não se deixe perturbar na sua solidão pelo facto de sentir veleidades de a abandonar. Utilizadas com calma e reflexão, essas tentações devem mesmo ajudá-lo como instrumento susceptível de alargar a sua solidão a um país ainda mais rico e mais vasto. Os homens têm, para todas as coisas, soluções fáceis e convencionais, as mais fáceis das soluções fáceis. Contudo, é evidente que se deve preferir sempre o difícil: tudo o que vive lá cabe. Cada ser se desenvolve e se defende a seu modo e tira de si próprio, a todo o custo e contra todos os obstáculos, essa forma única que é a sua. Sabemos muito poucas coisas, mas a certeza de que devemos sempre preferir o difícil não nos deve nunca abandonar. É bom estar só, porque a solidão é difícil. Se uma coisa é difícil, razão mais forte para a desejar. Amar também é bom porque o amor é difícil. O amor de um ser humano por outro é talvez a experiência mais difícil para cada um de nós, o mais alto testemunho de nós próprios, a obra suprema em face da qual todas as outras são apenas preparações. É por isso que os seres muito novos, novos em tudo, não sabem amar e precisam de aprender. Com todas as forças do seu ser, concentradas no coração que bate ansioso e solitário, aprendem a amar. Toda a aprendizagem é um tempo de clausura. Assim, para o que ama, durante muito tempo e até ao largo da vida, o amor é apenas solidão, solidão cada vez mais intensa e mais profunda. O amor não consiste nisto de um ser se entregar, se unir a outro logo que se dá o encontro. (Que seria a união de dois seres ainda imprecisos, inacabados, dependentes?). O amor é a ocasião única de amadurecer, de tomar forma, de nos tornarmos um mundo para o ser amado. É uma alta exigência, uma ambição sem limites, que faz daquele que ama um eleito solicitado pelos mais vastos horizontes. Quando o amor surge, os novos apenas deviam ver nele o dever de se trabalharem a si próprios. A faculdade de nos perdermos noutro ser, de nos darmos a outro ser, todas as formas de união, ainda não são para eles. Primeiro, é preciso amealhar muito tempo, acumular um tesoiro.
Nisto consiste o erro tão frequente e tão grave dos novos: precipitam-se quando o amor os atinge, porque faz parte da sua natureza não saberem esperar. Entregam-se quando a sua alma é apenas esboço, inquietação, desordem. Mas quê? Que pode fazer a vida desta confusão de materiais desperdiçados a que chamam «a sua felicidade»? E que futuro podem esperar? Cada um se perde a si próprio por amor do outro, e perde também o outro e todos aqueles que ainda poderiam vir... E cada um perde o «sentido do largo» e os meios de o atingir, cada um troca os vaivéns das coisas do silêncio, cheios de promessas, pela confusão estéril, de que só pode sair fastio, indigência e desilusão. Só lhes resta refugiarem-se numa dessas múltiplas convenções que existem em toda a parte como abrigos ao longo de um caminho perigoso. Nenhuma região humana é tão rica em convenções como esta. Lanchas, bóias, cintos de salvação...— a sociedade, neste caso, oferece todos os meios de libertação. Inclinados a ver no amor apenas um prazer, os homens tornaram-lhe o acesso fácil, barato, sem riscos, como um divertimento de feira. Quantos seres jovens há que não sabem amar, que se limitam a entregar-se, como acontece correntemente (e decerto a maioria limitar-se-á sempre a isto), e vergam depois sob o peso do seu erro! Pelos seus próprios recursos, procuram tornar possível e fecunda a situação em que caíram. A sua natureza diz-lhes que as coisas do amor, menos ainda do que outras, também importantes, não podem ser resolvidas segundo tais ou tais princípios que servem para todos os casos. Sentem perfeitamente que é um assunto para ser resolvido de ser para ser e que cada caso necessita de uma resposta única, estritamente pessoal. Mas, se já se confundiram na precipitação da posse, se já perderam toda a personalidade, como poderão encontrar em si próprios o caminho para fugir a este abismo em que soçobrou a sua solidão? Um e outro procedem cegamente. Empregam toda a sua boa vontade em dispensar convenções, como o casamento, para cair em convenções, menos vistosas, é certo, mas igualmente mortais. É que, ao seu alcance, só há convenções. Tudo o que resulta destas uniões turvas, cuja confusão vem da precipitação, só pode ser convencional. O próprio rompimento seria um gesto convencional, impessoal, fortuito, débil e ineficaz. Nunca, nem na morte, que é difícil, nem no amor, que também é difícil, aquele para quem a vida é uma coisa grave terá a ajuda de qualquer luz, de
(ilustração de Adão Cruz)
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MEMÓRIAS DE PADRES INTERESADOS - ENSAIO DE ETNOPSICOLOGIA DE LA INFANCIA
(Continuação)
Siempre desgarro los textos. Estaba narrando la vida de Camila como reivindicativa y sus extraordinarios éxitos en su trabajo, y quería decir que fue en esos tiempos, que ella aprendió a navegar en un kayak, sola, e iba entre la isla y el continente, o visitaba las islas vecinas para enseñar a la población como plantar los árboles necesarios para fabricar violines, como los árboles denominados pau-brasil[139], y el mogno[140], que sirven para fabricar violines Stradivarius y pianos Stenway. Creo que quién puede explicar mejor es nuestra propia hija, en una entrevista concedida para la BBC en Brasil, por lo que voy poner al pié de página parte de los problemas que ella estaba a resolver.[141] Hasta en la denominada Internet, en el motor de pesquisa Google, aparece Camila y lo que hace para Flora y Fauna, dónde hoy en día ellos, Camila y Felix, trabajan, en nuestra Universidad de Cambridge.
Un desarrollo de sus talentos que no esperábamos, no por falta de inteligencia en su persona, muy reconocida y respetada por nosotros, sus papás, para lo que siempre la animábamos y nos preocupábamos de sus estudios. Simplemente porque estábamos más interesados en su persona, celebrando sus triunfos y animando su investigación, pero muy centrados en su felicidad y oyendo siempre lo que era su vida amorosa. Nunca me olvido ese día de los años 90, cuando me llamó para decirme que estaba muy enamorada de un estudiante norteamericano y que había hecho lo posible para seducirlo, pero que no resultaba.
Le propuse que lo llevara a dar una vuelta por el lindo bosque de la Universidad de Sussex y que le digiera lo que sentía por él. Me respondió que no era propio de una mujer declarar su amor, eran los hombres los que debían hacerlo. Mi respuesta fue inmediata, Camila tú está triste, hoy en día mujer o hombre puede proponerse y nada pasa, excepto que debes estar preparada para un no. Tenía la intuición que sería un no, porque Camila ya me había contado que él tenía su enamorada en los Estados Unidos, pero que pensaba que él no la amaba. ¡Determinación y sentimientos que no piensan, de una mujer enamorada! Mi respuesta fue rápida otra vez: hay solo una cosa que no puedes guardar y esa es que si no hablas, él se va, tú vas a Paris y vas a quedar siempre con la duda, es mejor salir de ahí, para no sufrir el resto de tu vida con esa duda. Y ella lo hizo, expresó sus sentimientos y su colega de clases le dijo que se sentía muy honrado con esos sentimientos, pero que él quería casarse con su enamorada, le hizo cariño, le dio un beso, la convidó a un café y Camila quedó satisfecha. Se había roto el encanto. Debo confesar que nosotros quedamos aliviados, ella tenía apenas 19 años y era muy temprano para sufrir de amores. Ese no apagó la pasión transitoria de nuestra hija más joven. Como también siento la obligación de decir, que aprendí de ella las respuestas que se deben dar todas las veces que yo mismo recibía declaraciones de señoras que se interesaban por mí: aprendí a decir que me sentía honrado, que respetaba sus sentimientos pero que no podía enamorarla porque ya estaba comprometido y enamorado de mi mujer, en eso tiempo, la madre de nuestras hijas, ya había jurado fidelidad a esa Señora que era mi placer cumplir y que me era difícil, imposible también, enamorar otra vez a las personas nuevas en mi vida. Fue una especie de premonición.
Nunca resultó ninguna relación fuera del matrimonio. Tengo, en mi estudio, una enorme cantidad de fotos colgadas en marcos en las paredes, todas ellas de Gloria joven, Gloria a andar a caballo en Laguna Verde[142], fotos de nuestras hijas, de mis padres y abuelos y fotos tomadas a mí cada vez que era entrevistado por la televisión que venía a entrevistarme en nuestra casa de Portugal. Es casi una veneración, como se dice en inglés, un worshipping[143] He usado pocas notas de pié de página para respetar y honrar, es decir, dar honra a la memoria de mi familia, esa familia siempre soñada por mí.
No olvido una tarjeta de Navidad dibujada por la entonces mi prometida, dónde aparezco yo muy alto y flaco, de traje y con corbata, a abrazar a mi novia de esos días, que tenía en sus brazos un niño pequeño, estaba embarazada de otro, con mi mano derecha a sujetar el Diploma de Abogado y con la izquierda, a dar la mano a uno hijo, que daba la mano a otro y éste, a otra, en total, ¡seis!. Por dentro, la tarjeta decía Felices Pascuas mi amor. Es esto lo que tú quieres, ¿no?, Bueno, ¡ ni lo pienses | Con amor, Gloria[144] Talvez sea interesante un comentario. Siempre pensamos que nosotros enseñamos a nuestros hijos y parece que nunca pensamos lo que los hijos nos enseñan a nosotros. Si observamos con atención, las experiencias de los hijos en su crecimiento y en las experiencias de ese crecimiento y desarrollo, los papás aprendemos si tenemos la humildad de reconocer que nos equivocamos muchas veces. El problema, otra vez, se coloca en la generación: nuestras ideas, hábitos y costumbres, cambian de una a otra generación. A veces los hijos piensa que somos mentecatos, que no sabemos pensar ni organizar nuestras vidas y ellos quieren organizarlas.
No solamente los hijos consanguíneos, también nuestros hijos intelectuales, que están a la espera de un lugar vacío para ascender. Todo lo dicho, no es acusación, es apenas observación participante, aprendida en mi Ciencia de Etnopsicologia, esas ideas creadas por mí, entre otras. Nuestros descendientes entienden y respetan, pero a veces piensan con lo que he denominado pensamiento globalizado. Es ahí que tenemos que dar un golpe en la mesa y decir: ¡esto es así, no es solo cómo tú piensas!. Porque hay muchos valores que se guardan y transmiten de una generación a la otra. Como el deber del silencio cuándo hay desacuerdos entre nuestros descendientes y sus parejas, o el valor moral y ético de amar, porque sí y porque no. Cuándo la afectividad se instala por la creación de hijos, y su crecimiento, no vivimos solo de recuerdos, continuamos a crecer juntos, respetando sin dudar un minuto la autonomía ganada por ellos y el saber aprendido por ellos a lo largo de la historia de su vida personal. No es por acaso que escribí el texto ya citado en nuestro periódico mensual, A Página da Educação, ese texto que voy a citar al pié de página[145]. Es allí donde defiendo los derechos de los más viejos, no de los adultos mayores como nosotros, sí los derechos de los más viejos que, después de vivir muchos años, acaban por regresar a la etapa infantil. Como ya he relatado, este texto y otros, son el resultado de mi trabajo de campo entre adultos viejos. Trabajo de campo en un Hospital en el que estaba nuestra madre con sus 90 años.
Muchas veces los hijos jóvenes, olvidan de que el adulto mayor no es un adulto viejo, es sólo más viejo que ellos, que, en estos días, no es ningún escándalo.
MEMÓRIAS DE PADRES INTERESADOS ENSAIO DE ETNOPSICOLOGIA DE LA INFANCIA
(Continuação)
En parte, debo reconocer, tienen razón, porque si los adultos mayores entramos en la vida de nuestros descendientes, dos hechos pueden pasar. El primero, es que no permitimos el crecimiento de nuestros hijos, para que puedan, a su manera, ser mamá y papá[112], o padres, si no pensamos en sacerdotes, o como se dice en Chile, los papás, o, aún más, el posesivo mis papás. Cada vez que hablo con uno de nuestros colaterales, dicen "mi mamá", y les habo recordar que somos muchos y que, hasta donde yo sepa, todos hijos de los mismos ancestrales. Hay la forma pituca[113] de decir: la mamá, el papá, palabra derivada de las formas mapudungún de hablar castellano en Chile.
El segundo punto, es que pasamos a criar hijos otra vez, y de forma peligrosa, porque esa tercera generación pertenece a un grupo de la generación que, como decía mi mujer hace pocos días, después de cuarenta años de vivir fuera de Chile, ni ella entiende. Me pasa lo mismo a mí. Cuando voy a Chile, hay una frase que me costó entender y, más que nada, aceptar, esa frase que yo decía en niño: "no me gusta, no quiero", ahora se dice: "yo, no hehtoi ni ahí, ¿te fijái?". La H que he puesto antes y en el medio de la palabra, es la forma moderna de la llamada pituquería, porque la s es aspirada o forma afectada de ser, porque no apenas se dice la frase, bien como se mueve una mano de arriba para abajo y se hace una mueca con la boca, y el te "fijaí, es lo que yo diría: ¿te das cuenta?, o aún, ¿te fijas?.
Si en las palabras, éstas son apenas un ejemplo, tenemos diferencias conceptuales y sabemos, como he definido, después de ardua investigación en otro libro mío, que las palabras hablan, las palabras hablan lo que se siente y lo que se piensa. Si yo pienso en socialista, nuestras hijas, hoy en día piensan, en neo liberalismo necesariamente. Como ya definí en otro texto mío, para mi periódico, vivimos en una era globalizada de la economía y la economía, derivada de las ideas de la cultura, como lo digo, de forma extensa, en un libro mío de 2003, que tiene ese título, de que la economía deriva de la religión, ya citado antes en este texto, y de que la religión en otro libro mío de 2006, es la lógica de la cultura, seamos creyentes o no, somos de ideas cristianas y nuestros descendientes, depende: si es ritual, o si es el día a día. Por lo que, yo diría a Mariana Giacaman Valle y a Blanca Iturra Redondo, que el cordón umbilical está más de lo que cortado por que somos de etapas culturales, es decir, de hábitos y costumbres diferentes. Quién me da la razón, sin saber él, evidente, es Karolus Woitila, conocido como Ioannes Paulus Pp II o Juan Pablo II, Papa Católico[114], el cuál, como comento en la nota al pié de página, mandó a confeccionar un Catecismo que había sido comenzado en el Concilio Vaticano II, en 1962, convocado por Juan XXIII o Angelo Giuseppe Roncalli, que no lo terminó, por causa de muerte. Su Sucesor, Giovanni Montini o Papa Paulo VI, lo continuó y lo cerró en 1965. No hubo ningún resultado por escrito, excepto las Actas, que, talvez, no interesen al lector. En 1978, Karol Wojtila quiso juntar dos memorias y se mandó llamar Juan Pablo, la síntesis de los Papas anteriores. Pero eso es Historia Eclesiástica. Todo lo que me interesa a mí, es la lógica común usada por Wojtila para atraer fieles a su iglesia. Así despenalizó una serie de actos, referidos por mí en otros textos, como la masturbación, el amor de personas del mismo sexo, a quienes aconseja castidad, así como convocar encuentros de jóvenes católicos, la Iglesia Romana pagaba los viajes, y el predicaba sobre no cometer abusos sexuales, como él llamaba a hacer el amor antes del matrimonio, porque el acto sexual era una creación divina para dar hijos en la tierra a la divinidad. Es suficiente leer el artículo 2215, citado en extenso en la nota de pié de página anterior, para saber como había un concepto de lógica común. Porque una cosa es lo que el Papa Romano dice, otra es lo que la gente hace. No dudo que hay muchas personas devotas que siguen al pié de la letra lo que aprenden en el Catecismo. Pero, la mayor parte, hace lo que entiende. Hay la obediencia católica a las ideas en general, pero hay más respuestas culturales que respuestas de fe. Es posible saber de esa realidad cuando hacemos trabajo de campo entre los católicos y sabemos, por la forma de vivir de ellos, que la unión sexual comienza desde muy temprano. Cómo he dicho en otros textos míos, ¡ Ay de quién, en la pubertad, sea aún virgen! El hecho sería considerado una vergüenza social. Esta vergüenza social me hace recordar una historia anecdótica. Iba en el tren desde mi casa hasta Lisboa, en los años noventa del siglo pasado. Esos años dónde yo era muchas veces solicitado para ir a la televisión; un joven me reconoció, se acercó a mí, y me preguntó como podía enamorarse - había visto mi programa anterior con Eugenia Moura Pinheiro en el Canal 2, cuando debatía con médicos, escritores y analistas, sobre la sexualidad de la juventud- En ese programa mi opinión había sido que los jóvenes enamoraban en la cama, desde el comienzo. Este señor nuevo me preguntó, sobre la base de mi programa, cómo era posible enamorarse. Mi respuesta fue breve: hay que seducir. Su otra pregunta rápida, era que como era seducir. Bueno, le pregunté cuántos años tenía y si había o no enamorado antes, su respuesta fue también breve: veinte y, no, nunca he enamorado. A seguir, su explicación: cada vez que me propongo a las niñas, les pido ir a la cama, y ellas no quieren. Respondí que me parecía evidente, porque seducir es hacerse amar, y si el sexo resulta, muy bien. él no dejaba de hablar, porque yo no paraba de caminar, ya estábamos fuera del tren. Su intención resumió, no era enamorar, era casarse para ir a la cama, porque el hecho de fornicar[115] era pecado y no se quería condenar. Entonces le dije: mastúrbese, así, brutalmente. Brutalmente me respondió que yo lo quería condenar. Mi respuesta fue: le recomiendo leer el Catecismo del Papa, porque como me parece que Ud. es Católico Romano, creo que lo va a entender. No me quería creer.
coordenação de Augusta Clara de Matos
Boas e Más Memórias
E Satanás, que fora expulso para a Terra, de lá continuou a enviar cartas com as suas impressões aos arcanjos Miguel e Gabriel
Mark Twain Cartas da Terra
CARTA II
«Não vos contei nada sobre o homem que não seja verdade.» Deveis perdoar-me, se repito esta observação aqui e ali nestas cartas: quero que leveis a sério as coisas que vos conto e julgo que, se estivesse no vosso lugar e vós no meu, necessitaria dessa chamada de atenção de quando em quando para impedir que a minha credulidade esmorecesse.
(Mirando el Suelo - Pastor Outeiral, Ourense)
Pois não há nada acerca do homem que não seja estranho para um imortal. Ele não olha para nada como nós olhamos, a sua noção das proporções é completamente diferente da nossa, e a sua noção do que são valores é de tal maneira divergente da nossa que, malgrado toda a nossa imensa capacidade intelectual, não é provável que mesmo os mais dotados de nós fossem alguma vez capazes de o compreender plenamente.
Considerai esta amostra, por exemplo: ele imaginou um céu e deixou completamente de fora dele a mais suprema de todas as delícias, o êxtase ímpar que aparece antes de tudo o resto no âmago de cada indivíduo da sua raça — e da nossa —: as relações sexuais!
É como se uma pessoa estivesse perdida e moribunda num deserto abrasador e lhe fosse dito por um salvador que podia escolher e ter todas as coisas por que ansiava, excepto uma, e ela escolhesse prescindir da água!
O céu dele é como ele próprio: estranho, interessante, surpreendente, grotesco. Palavra de honra que não tem uma única característica que ele realmente aprecie. Consiste — única e exclusivamente — em distracções a que ele praticamente não liga aqui na Terra, contudo tem a certeza absoluta de que vai gostar delas no céu. Não é curioso? Não é interessante? Não deveis pensar que estou a exagerar, pois não é o caso. Vou dar-vos pormenores.
A maior parte dos homens não canta, a maior parte dos homens não sabe cantar, a maior parte dos homens não se demora onde outros estão a cantar, se tal se prolongar por mais de duas horas. Registai isso.
Somente cerca de dois homens em cada cem sabe tocar um instrumento musical, e nem quatro em cem têm qualquer desejo de aprender a fazê-lo. Tomai nota disso.
Muitos homens rezam, não há muitos que gostem de o fazer. Uns quantos rezam demoradamente, os demais preferem atalhar.
Há mais homens a ir à igreja do que aqueles que desejariam fazê-lo. Para quarenta e nove homens em cinquenta, o Dia do Senhor1 é uma tremenda maçada.
De todos os homens presentes numa igreja a um domingo, dois terços estão cansados, quando o serviço vai a meio, e os restantes antes de ele ter terminado.
O momento de maior satisfação para todos eles é quando o pregador ergue as mãos para a bênção final. Consegue ouvir-se o suave sussurro de alívio que se estende a todo o edifício e reconhece-se que ele é eloquente de gratidão.
Todas as nações olham com sobranceria para todas as outras nações.
Todas as nações detestam todas as outras nações.
Todas as nações brancas desprezam todas as nações de cor, seja de que matiz for, e oprimem-nas, quando podem.
Os homens brancos não se relacionam com «pretos», nem se casam com eles.
Não os deixam entrar nas suas escolas e igrejas.
O mundo inteiro odeia o judeu e não o suporta senão quando ele é rico.
Peço-vos que registeis todas essas características.
Adiante. Todas as pessoas sãs de espírito detestam barulho.
Todas as pessoas, sãs de espírito ou insanas, gostam de ter variedade na sua vida. A monotonia rapidamente as cansa.
Cada homem, segundo o equipamento mental que lhe coube em sorte, exercita o seu intelecto constantemente, incessantemente, e este exercício constitui uma parte considerável e valiosa e essencial da sua vida. O intelecto mais chão, tal como o mais elevado, possui algum tipo de aptidão e tem grande prazer em testá-la, pô-la à prova, aperfeiçoá-la. O diabrete, que é superior aos seus companheiros em jogos, é tão diligente e entusiástico na sua prática como o são o escultor, o pintor, o pianista, o matemático e os demais. Nenhum deles poderia ser feliz, se o seu talento fosse interditado.
Ora bem, já tendes os factos. Sabeis do que a raça humana gosta e do que não gosta. Ela inventou um céu, saído da sua própria cabeça, sem ajuda de ninguém: adivinhai como ele é! Nem em mil e quinhentas eternidades o conseguiríeis. A mente mais capaz por vós ou por mim conhecida em cinquenta milhões de evos não o conseguiria. Muito bem, vou falar-vos sobre ele.
1. Antes de mais nada, chamo-vos de novo a atenção para o facto extraordinário com que comecei. Isto é, que o ser humano, como os imortais, coloca naturalmente as relações sexuais de longe acima de todos os outros prazeres — e, todavia, deixou-as de fora do seu céu! A simples ideia de as ter excita-o; a oportunidade deixa-o frenético; neste estado, arriscará a vida, a reputação, tudo — até mesmo o seu insólito céu —, para concretizar essa oportunidade e aproveitá-la até ao seu irrefreável clímax. Da juventude à meia-idade, todos os homens e todas as mulheres apreciam a cópula acima de todos os outros prazeres juntos, porém, na verdade, é como vos disse: ela não existe no céu deles; a oração ocupa o seu lugar.
Deste modo, têm-lhe um elevado apreço; contudo, tal como as suas supostas «mercês», trata-se de uma coisa pobre. No seu melhor e mais demorado, o acto é breve para além da imaginação — a imaginação de um imortal, quer dizer. Em termos de repetição, o varão é limitado... oh, bem para além do concebimento imortal. Nós, que prolongamos o acto e os seus êxtases mais supremos de forma continuada e sem interrupções durante séculos, jamais seremos capazes de compreender ou de nos condoermos de forma adequada da horrível pobreza destas pessoas no que toca a esse valioso dom que, se possuído como nós o possuímos, faz com que todas as outras posses sejam triviais e nem valham o trabalho de passar factura.
2. No céu dos homens, toda a gente canta! O homem que não cantava na Terra, ali canta; o homem que não conseguia cantar na Terra, ali consegue cantar. Esta cantoria universal não é fortuita, nem ocasional, nem aliviada por intervalos de silêncio; prossegue, ao longo de todo o dia, e dia após dia, durante um período de doze horas. E toda a gente se queda — enquanto na Terra o lugar ficaria vazio em duas horas. A cantoria consta unicamente de hinos. Não, consta somente de um hino. As palavras são sempre as mesmas, em número serão para aí uma dúzia, não há rima, não há poesia: «Hosana, hosana, hosana, Senhor Deus dos Exércitos, 'rra! 'rra! 'rra! ssss! — bum!... a-a-ah!»
3. Entretanto, cada pessoa está a tocar harpa — aqueles milhões e milhões! —, ao passo que não mais de vinte em mil delas sabiam tocar um instrumento na Terra, ou sequer alguma vez quiseram saber.
Imaginem o ensurdecedor furacão de som — milhões e milhões de vozes a berrarem em uníssono, e milhões e milhões de harpas a rangerem os dentes ao mesmo tempo! Pergunto-vos: é medonho, é odioso, é horrível?
Imaginem também: trata-se de um serviço de louvor— um serviço de elogio, de lisonja, de adulação! Perguntais quem está disposto a aguentar este estranho cumprimento, este insano cumprimento — e quem não somente o aguenta, mas gosta dele, desfruta dele, precisa dele, o ordena? Preparai-vos!
É Deus! O Deus desta raça, quer dizer. Ele senta-se no seu trono, servido pelos seus vinte e quatro anciãos e outros dignitários quaisquer pertencentes à sua corte, e olha por sobre quilómetros e quilómetros de tempestuosos adoradores e sorri, e solta suspiros maviosos, e mostra a sua satisfação acenando com a cabeça para norte, para este, para sul — no que imagino seja o espectáculo mais bizarro e ingénuo até agora concebido neste universo.
É fácil de ver que o inventor do céu não foi o autor desta ideia, antes a copiou dos espectáculos-cerimónias de algum desgraçado Estadito soberano situado algures nas distantes colónias do Oriente.
Todas as pessoas brancas sãs de espírito odeiam barulho, porém aceitaram tranquilamente este tipo de céu — sem pensar, sem reflectir, sem examinar — e querem de facto ir para lá! Velhos de cabelo grisalho profundamente devotos dedicam grande parte do seu tempo a sonhar com o ditoso dia em que largarão as preocupações desta vida e entrarão nos prazeres daquele local. Não obstante, podeis ver quão irreal esse local é para eles e o quão pouco lhes prende a atenção como sendo realmente um facto, uma vez que não fazem nenhuma preparação prática para a grande mudança — nunca se vê nenhum deles com uma harpa, nunca se ouve nenhum deles a cantar.
Como já vistes, esse espectáculo singular é um serviço de louvor: louvor por hino, louvor por prostração. Substitui a «igreja». Vamos lá a ver: na Terra, estas pessoas não aguentam lá muita igreja — uma hora e um quarto é o máximo, e uma vez por semana, o limite que estabelecem. Que é o mesmo que dizer, ao domingo. Um dia em sete; e nem assim eles esperam por ele com impaciência. E por isso... considerai o que o céu deles lhes proporciona: «igreja» que dura para sempre, e um Dia do Senhor que não conhece fim! Eles cansam-se rapidamente deste breve Dia do Senhor hebdomadário que por aqui têm, contudo almejam um eterno: sonham com ele, falam sobre ele, pensam que pensam que vão gostar dele — do fundo dos seus corações simples, eles pensam que pensam que vão ser felizes nele!
Isto acontece porque eles não pensam de todo — eles só pensam que pensam. Porquanto não pensam — nem dois seres humanos em dez mil têm algo com que possam pensar. E, quanto a imaginação... oh, bem, olhem para o céu deles! Aceitam-no, aprovam-no, admiram-no. Isso dá-vos a sua medida intelectual.
4. O inventor do céu deles despeja lá todos os países da Terra, no que é uma verdadeira salgalhada. Todos estão em igualdade absoluta, nenhum tem precedência sobre os demais, todostêm de ser «irmãos», têm de se misturar, de rezar juntos, tocar harpa juntos, soltar hosanas juntos - brancos, pretos, judeus, toda a gente, sem distinções. Aqui na Terra, todas as nações se odeiam umas às outras, e todas elas odeiam o judeu. Porém, toda e qualquer pessoa piedosa adora o tal céu e quer entrar nele. Quer mesmo. E, quando está em pleno arroubo sagrado, essa pessoa pensa que pensa que, se ao menos estivesse lá, apertaria toda a populaça contra o seu peito e abraçaria e abraçaria e abraçaria!
É um prodígio — o homem. Quisera eu saber quem o inventou.
5. Todo o homem na Terra possui alguma parcela de intelecto, grande ou pequena — e, seja grande ou pequena, sente orgulho nela. Ademais, o seu coração enfuna-se à menção dos nomes dos majestosos líderes intelectuais da sua raça, e ele adora as histórias das suas esplêndidas realizações. Pois ele é sangue do seu sangue, e, ao enobrecerem-se a si mesmos, eles enobreceram-no a ele. Vede!, o que a mente do homem pode fazer! ele lacrimeja; e faz a chamada dos ilustres de todas as eras; e faz referência às imperecíveis literaturas que eles deram ao mundo, e às maravilhas mecânicas que eles inventaram, e às glórias com que eles revestiram a ciência e as artes; e perante eles se descobre, como se reis fossem, e presta-lhes a mais profunda homenagem, e também a mais sincera, que o seu coração exultante pode prover — desta forma exaltando o intelecto acima de todas as outras coisas no mundo e entronizando-o sob a arcadura dos céus, numa supremacia inatingível. E depois concebe um céu onde não há um pingo de intelectualidade em lado nenhum!
É estranho, é curioso, é complicado? Por incrível que pareça, é exactamente como vos contei. Este sincero adorador do intelecto e pródigo recompensador dos seus poderosos serviços aqui na Terra inventou uma religião e um céu que não fazem quaisquer elogios ao intelecto, não lhe oferecem quaisquer distinções, não lhe concedem qualquer dádiva; na verdade, nem sequer lhe fazem referência.
Por esta altura já tereis reparado que o céu do ser humano foi cuidadosamente pensado e construído de acordo com um plano absolutamente definido — e que este plano é, que ele deverá conter, em laborioso pormenor, toda e qualquer coisa imaginável que seja repugnante ao homem, e nem uma única de que ele goste!
Muito bem, quanto mais prosseguirmos, mais este facto curioso se tornará evidente.
Tomem nota: no céu dos homens, não há exercícios para o intelecto, nada de que este possa viver. Uma vez ali, apodreceria num ano — apodreceria e federia. Apodreceria e federia — e nessa altura tornar-se-ia santo. É uma coisa abençoada — pois só os santos conseguem suportar os prazeres daquele manicómio
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1. Sabbath, no original (N. do T.)
(in Cartas da Terra, Bertrand Editora)
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