Raul Proença e a “Alma Nacional”
Fernando Piteira Santos
Publicações Europa-América, 1979
Da leitura da revista Alma Nacional, e sem esquecermos que além do seu fundador, António José de Almeida, nas suas páginas se nos depara uma plêiade de escritores, críticos, publicistas políticos, sobressai a colaboração de Raul Proença. E se tivermos em conta a relevância que, após 1921, virá a assumir a sua actividade polémica e doutrinal, particularmente nas páginas da revista Seara Nova, não poderemos furtar-nos à evidência do interesse destas páginas, que, quase totalmente, foram votadas ao esquecimento pelos compiladores da Obra Política de Raul Proença. Não é culpa do autor de um modesto ensaio sobre a existência e função ideológica da revista Alma Nacional se, ao debruçar-se sobre a estratégia e a táctica do Partido Republicano, a presença de Raul Proença adquire relevo e exorbita da moldura que fora concebida. O âmbito da pesquisa era mais vasto.
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O Regicídio
Maria Alice Samara
Rui Tavares
Editora Tinta da China, 2008
No primeiro ensaio, «Memória do Atentado», de Maria Alice Samara, constrói-se o roteiro do evento que viria a alterar de forma indelével a história de Portugal, descrevendo-se o palco, as personagens e os acontecimentos, recorrendo ao testemunho dos principais escritores, políticos e jornais da época: «Certo é que até aos dias de hoje, cem anos depois, há ainda perguntas por responder. É, sem dúvida, importante procurar conhecer a verdade sobre os factos, ou, pelo menos, encontrar uma linha coerente de explicação dos mesmos.
Em «O Atentado Iconográfico», Rui Tavares seleccionou uma vasta colecção de imagens - fotografias e gravuras - publicadas na «Ilustração Portuguesa», usando-as como mote para um texto que explora o modo como o regicídio português foi recebido e tratado nesta importante revista, até à deflagração da Primeira Guerra Mundial, em 1914.
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Operárias e Burguesas
Maria Alice Samara
Esfera dos Livros, 2007
No final do século XIX, princípios do século XX, estas mulheres iniciaram uma dura e longa batalha pela sua emancipação e igualdade a nível social, político e cultural. Adelaide Cabete, médica, professora e uma incansável lutadora; Alice Pestana, sempre em defesa da educação feminina e da criança; Guiomar Torrezão, a operária das letras que fez dos jornais e das suas obras publicadas em livro as armas da sua luta; Domitila de Carvalho, a primeira mulher a entrar na porta férrea da Universidade de Coimbra; Regina Quintanilha, a primeira mulher a vestir uma toga; Angelina Vidal, que deu a sua voz pelos mais desfavorecidos; Maria Rapaz, que se fez passar por homem para conseguir melhores condições de vida, são algumas das vozes deste livro. Muitas destas ambições caíram por terra com o final da I República e com o advento do Estado Novo que procura remeter as mulheres para a esfera doméstica.
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As Origens da República
Flausino Torres
Prelo, 1965
Não é preciso ser um genial observador para, de 1870 em diante, verificar que ou a monarquia muda de rumo imediatamente ou caminha apressadamente para o seu desaparecimento.
Não são só os republicanos que pensam desta forma; porque as primeiras forças republicanas estão nascendo nesse momento.
Mas os monárquicos, metidos ou não na organização política ou administrativa do tempo, se não afirmam expressamente que a monarquia vai morrer, atacam-na, contudo, de tal maneira que outra coisa não se pode esperar para o futuro.
Isto não quer dizer que alguns dos maiores escritores da época não continuem a trabalhar para a monarquia. Tendo até por vezes partido da república! Lembramos neste momento Oliveira Martins, Ramalho Ortigão e Antero de Quental. Qualquer deles passa para o serviço da monarquia.
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