Drive, da banda norte-americana The Cars, é, em si mesma, uma história de amor. Para a rodagem do videoclip desta balada, que seria um enorme sucesso, e que ainda hoje é incluída em quase todas as compilações de êxitos dos anos 80, foi convidada a jovem modelo checa Paulina Porizkova. A belíssima Paulina, então com 19 anos, apaixonou-se por um dos membros da banda, Ric Ocasek, que era já um trintão e casado, mas que também se perdeu de amores por ela. Casaram-se passados poucos anos e continuam juntos. Durante anos foram conhecidos como a Bela e o Monstro. Quando virem o vídeo não terão dificuldades em identificar a Paulina. O Ric é o moreno com mau corte de cabelo com quem ela aparece a discutir.
Foi o próprio Ric Ocasek a escrever Drive, terceiro single do álbum “Heartbeat City”, de 1984, e maior êxito de sempre da banda.
Os portugueses Blind Zero gravaram uma versão desta música em 2006 (vejam-na aqui, que também vale a pena), mas já antes deles muitos músicos o haviam feito, entre eles os Scorpions e Ziggy Marley.
A Paulina e o Ric fizeram no Verão passado 21 anos de casados. Bonito, não é?
O moço atravessou os anos 80 e 90 com ar imberbe e sempre de calças de ganga e t-shirt e ainda hoje é difícil pensar nele como um cinquentão. Bryan Adams nasceu no Canadá em 1959, viveu durante um curto período da adolescência em Cascais ( o pai era diplomata e esteve em serviço durante alguns anos em Portugal), editou o seu primeiro álbum em 1980 e tem tido vários êxitos desde então.
No início da década de 1990, lançou (Everything I do) I do it for you, uma balada melosa incluída na banda sonora do filme “Robin Hood”, protagonizado por um Kevin Costner particularmente canastrão. Esta balada, escrita em parceria por Adams, Michael Kamen e Robert John “Mutt” Lange, esteve várias semanas nos primeiros lugares dos tops britânico, norte-americano e canadiano. Recebeu um “Grammy” e foi nomeada para um Óscar, que acabaria por perder para o filme de animação desse ano, “A Bela e O Monstro”. O próprio Adams gravou uma versão em espanhol: “Todo lo que hago lo hago por ti”.
Cá está Bryan Adams, com a melena dourada e o blusão de ganga que sempre lhe conhecemos.
Há muitas razões para gostar de Leonard Cohen. A sua voz rouca que se vai fazendo mais grave, mais densa, com o passar dos anos, o lirismo das suas letras, a beleza das melodias, o seu conhecido desapego ao lado mundano da música, a essa notoriedade oca que tantos buscam. Gosto de Cohen por tudo isso, mas também por não ter cedido à imposição do mercado do espectáculo, e não ter escondido a sua velhice do público. O showbizz é dos jovens, e daqueles que, já não o sendo, alisam as rugas, insuflam-se de botox, e se vão distanciando cada vez mais do que são. Cohen tem 76 anos (setenta e seis anos!) e continua a subir ao palco, com os impecáveis fatos que já ninguém usa e o borsalino que há-de levantar muitas vezes a cada noite para agradecer ao seu público.
Leonard Cohen é autor de várias canções que se podem considerar “românticas”, embora quase sempre tingidas pela melancolia, pela perda, pelas dificuldades de comunicação entre aqueles que se amam. Esta que escolhemos, Dance me to the end of love (publicada em 1984 no álbum “Various Positions”), é, na aparência, uma canção romântica, mas tem uma origem mais sombria. Cohen contou numa entrevista que a canção nasceu depois de ele ter lido que em alguns campos de concentração havia um quarteto de cordas formado por prisioneiros, que tocava enquanto decorriam as execuções, enquanto os fornos crematórios incineravam os cadáveres dos companheiros desses músicos. Mas, partindo dessa terrível história, Cohen não quis escrever uma elegia. Dance me to the end of love é uma exaltação da vida e da paixão. Quando a escutamos podemos fechar os olhos e imaginar um par que vai dançando enquanto as luzes se apagam, uma a uma, até à escuridão total, até ao fim do amor.
Não deve ser fácil encontrar um trintão que não tenha, em algum momento de debilidade, cantado a plenos pulmões o refrão deste I want to know what love is, dos Foreigner. Primeiro single do álbum "Agent Provocateur", lançado em 1984, demorou pouco tempo a alcançar os lugares cimeiros de vários tops europeus, do americano e até do japonês.
Ao longo dos anos, esta balada foi aparecendo em diversos filmes e séries, foi interpretada por cantores como Mariah Carey, Rita Coolidge e Julio Iglesias, e até deu origem a uma versão em espanhol - "Quiero saber que es amor" - interpretado pelos Barrio Boyzz. Mas é ainda a versão original, na voz de Lou Gramm, que se reconhece aos primeiros acordes.
E é também fundamentalmente por esta canção que os Foreigner, a banda formada em 1976 pelos ingleses Mick Jones (ex-King Crimson) e Ian MacDonald e pelo americano Lou Gramm, ainda são conhecidos, embora se mantenham activos até hoje.
I want to know what love is é uma canção romântica muito versátil. Tanto serve de acompanhamento na dor de cotovelo como de banda sonora a um encontro romântico. Ora comprovem lá se o que digo não é verdade:
Se esta série tivesse uma estrutura cronológica esta seria a última canção das 50 antologiadas, pois foi composta em 1950, no limite temporal fixado para a primeira fase que vamos terminar com a próxima canção. O marselhês Hubert Giraud (1920) criou, com letra de Jean Dréjac, uma das mais belas canções sobre Paris.
A primeira intérprete foi Yvette Giraud que logo em 1950 obteve grande sucesso - Juliette Gréco, Mireille Mathieu, Yves Montand, entre muitos outros, a incluiram nos seus repertórios. Mas escolhemos a de Édith Piaf, realizada em 1954.
Cesare Andrea Bixio (1896-1978), compositor italiano, foi o autor de numerosos êxitos que, nos anos 30 e 40 do Século XX, foram divulgados pela Europa e pelos Estados Unidos – é o caso de Vivere, criada em 1937, que o grande tenor Tito Schipa popularizou.
Reflecte, no seu ritmo, a influência do foxtrot, dança em moda desde os tempos da Guerra 14-18. Há muitas interpretações – escolhemos a de Luciano Pavarotti, num arranjo de Henry Mancini:
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