Terça-feira, 14 de Dezembro de 2010

Música romântica do Século XX - 27

A canção Coimbra, de Raul Ferrão e José Galhardo foi composta para o filme português "Capas Negras", realizado por Armando de Miranda em 1947. Esta selecção de música romântica (na acepção popular do termo) é forçosamente feita de uma perspectiva portuguesa, europeia. Coimbra seria talvez a única canção romântica que apareceria em qualquer lista, feita onde quer que fosse.

É, de longe, a canção portuguesa mais conhecida internacionalmente. Vamos realizar ainda este mês um Dia de Coimbra. Por todas as razões, a nossa canção de hoje é Coimbra, cantada por  Amália Rodrigues. Escolhemos esta interpretação entre muitas dezenas de versões em português e em línguas estrangeiras.



publicado por Carlos Loures às 01:00
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Quinta-feira, 9 de Dezembro de 2010

Livro "José Afonso - Todas as canções" desvenda o cantor para lá da intervenção


 "José Afonso - Todas as canções" reúne as letras e os diagramas de acordes de 159 canções da autoria de Zeca Afonso, compiladas por José Mário Branco, João Lóio, Guilhermino Monteiro e Octávio Fonseca.

O livro está pronto desde 2004, mas a família de José Afonso não autorizou a publicação, tendo a situação sido desbloqueada agora com a editora Assírio & Alvim.

Em declarações à agência Lusa, o músico José Mário Branco explicou que a edição deste livro servirá para "lutar contra a tendência de colocar Zeca Afonso na gaveta do canto de intervenção".

"É também para quem quiser aprender [a tocar as canções do compositor] com a certeza de que tem a transcrição fiel", disse José Mário Branco.

"José Afonso - Todas as canções" será editado na colecção "Rei Lagarto", que reúne livros sobre música e edições semelhantes, como o "songbook" e a biografia "Retrovisor" de Sérgio Godinho e o livro de canções de Tozé Brito.

O livro de José Afonso reúne baladas, trovas, chulas, cantigas populares e cantares de intervenção, mas "as canções de conteúdo expressamente político são até minoritárias no conjunto da sua obra", referem os organizadores no prefácio.

"Arrumar José Afonso na gaveta da canção de intervenção é não compreender que a dimensão da sua obra está ao nível do que de mais importante se fez na música popular universal do século XX. E se não teve o impacto mundial que merecia, foi tão-somente porque ele nasceu onde nasceu", lamentam.
Há toda uma geração que músicos e estudantes de música que podem descobrir e aprender o repertório de Zeca Afonso, sem a carga política dos tempos logo a seguir ao 25 de Abril, referiu José Mário Branco à Lusa.

No livro lá estão "Grândola, vila morena", "Os vampiros", "O que faz falta", "Coro dos tribunais", mas também "Verdes são os campos", "Canção de embalar" e "Adeus ó serra da Lapa".

No prefácio, os quatro autores criticam o "analfabetismo musical" e o "mau gosto" de directores de programas de rádio e de televisão que ignoram a obra de José Afonso e enaltecem o facto de "ser o autor mais cantado por todas as gerações e diferentes escolas de músicos".

Zeca Afonso morreu em 1987 e deixou uma obra discográfica que "constitui um manancial inesgotável de inspiração e de aprendizagem", concluem os organizadores de "José Afonso - Todas as Canções".

À venda está já, pela primeira vez, a edição em DVD que regista a actuação de José Afonso no Coliseu de Lisboa a 29 de Janeiro de 1983, e que inclui ainda o álbum "Galinhas do mato" e textos de Adelino Gomes e Viriato Teles.

(Lusa)
publicado por Carlos Loures às 19:00
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Sexta-feira, 1 de Outubro de 2010

Dia Mundial da Música - José Mário Branco - Queixa das almas jovens censuradas

Clara Castilho

publicado por Carlos Loures às 13:00
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Dia Mundial da Música - José Afonso

Hoje é o Dia Mundial da Música - começamo-lo com o nosso inesquecível José Afonso - Venham mais cinco

publicado por Carlos Loures às 00:05
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Quarta-feira, 28 de Julho de 2010

Quem é que estava a fazer falta no Terreiro da Lusofonia? O Fausto, claro!

Pel qualidade das suas composições, pelo elevado nível das suas interpretações e pela temática dominante do seu repertório (muito ligado aos Descobrimentos), Fausto é dos cantores mais importantes do espaço lusófono. Vejamos um pouco da sua biografia:

Carlos Fausto Bordalo Gomes Dias (Vila Franca das Naves, 26 de Novembro de 1948) é um compositor e cantor português.Registado em Vila Franca das Naves, nasceu a bordo do navio Pátria, que navegava entre Portugal e Angola.

Veio para Lisboa com vinte anos, onde se licenciou em Ciências Políticas e Sociais, no então Instituto Superior de Ciências Sociais e Política Ultramarina (actual ISCSP). Ainda estudante, contactou outros cantautores, tais como José Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Manuel Freire, bem como os exilados José Mário Branco ou Luís Cília.

Autor de doze discos, gravados entre 1970 e 2005 (dez de originais, uma colectânea regravada e um disco ao vivo), é, sem margem para dúvidas, um dos mais importantes nomes da música portuguesa.

Fausto (1970)Pró que der e vier (1974)Beco com saída (1975)Madrugada dos trapeiros (1977)Histórias de viajeiros (1979)Por este rio acima (1982)
O Despertar dos alquimistas (1985)Para além das cordilheiras (1987)
A preto e branco (1988)Crónicas da terra ardente (1994)A Ópera mágica do cantor maldito (2003):

"Navegar, Navegar" (Por este rio acima) é a canção que apresentamos, não esquecendo que "navegar" era o que Fausto fazia ao nascer - nasceu num paquete que navegava entre Portugal e Angola. Fausto sabe do que está a falar:

publicado por Carlos Loures às 08:00
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Terça-feira, 29 de Junho de 2010

Rui Veloso e Nancy Vieira no Terreiro da Lusofonia

Palavras, sons e cores do universo lusófono, foi o que prometemos.
Hoje trazemos palavras e, sobretudo, sons. Uma composição de Rui Veloso e de Carlos Tê, "Canção de Alterne", interpretada por Nancy Vieira e por Rui Veloso. Nancy Vieira é uma cantora cabo-verdiana, nascida na Guiné-Bissau (em 1975). É uma bonita canção, achamos nós.

publicado por Carlos Loures às 08:00
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