Quinta-feira, 17 de Fevereiro de 2011
MEMÓRIAS DE PADRES INTERESADOS - ENSAIO DE ETNOPSICOLOGIA DE LA INFANCIA
(Continuação)
Notas 41 a 60
[41] Para saber de la vida como oficial de la Fuerza Aérea, es posible leer la información de la página en línea: El Mostrador de la Cultura, que abre diciendo: En el Archivo Militar Alemán se conserva un registro, muy probablemente elaborado por el servicio de espionaje militar (Abwehr), con datos políticos de las personalidades de ciudadanos chilenos preeminentes en la vida militar y política del país.53 Contiene 138 fichas y de ellas, 51 corresponden a oficiales en servicio activo del ejército, la marina y la aviación. No se registra ningún oficial del Cuerpo de Carabineros ni de la policía política. El resto corresponde a políticos civiles pero, si bien constituyen la mayoría, la mayor parte de las fichas con comentarios más diferenciados corresponden a miembros de las fuerzas armadas. Todas las fichas se refieren a las actividades profesionales de los registrados, ninguna alude a datos íntimos o personales. La lista parece haberse ido completando con el transcurso del tiempo, probablemente a partir de 1941.El texto es intitulado: El espionaje militar alemán y el Registro de las personalidades importantes de la vida militar y política de Chile (1941-1944. (La «lista negra» alemana de oficiales chilenos pro-Aliados) y entre los oficiales, dice: González Nolle, Raúl T. Comandante de Escuadrilla.
Jefe de la Misión de la Fuerza Aérea en EE.UU. Retirado de la misma fuente citada en esta nota, pero de otra página web: http://www.elmostrador.cl/c_cultura/farias4.htm
[42] La historia toda, puede ser leída en: http://www.fach.cl/discurso/discurso21marzo2005.pdf
[43] Higinio González Nolle, a quien asistí en su lecho de muerte en 1972, en Santiago de Chile. Referido en: http://archivo.minrel.cl/webrree.nsf/c749313697e2237b04256ae100056098/6ca5f2de76a81ade042573d8005a3624?OpenDocument y en el sitio: http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&q=Chile+Higinio+Gonz%C3%A1lez+Nolle&btnG=Pesquisar&meta=, con varias entradas
[44] M"hijo, es un adjetivo en el Castellano chileno, usado mucho por la burguesía y por la, ya escasa, aristocracia chilena. La alta burguesía había tomado su lugar, desde la Presidencia en Chile de Arturo Alessandri Palma, que de Abogado sin recursos e hijo de inmigrantes italianos, primera generación en Chile, había pasado a ser un hombre rico y respetado, como narro, largamente, en otro libro mío sobre mi país de origen. Pasó de la "chusma", como el llamaba al pueblo, a la alta burguesía del país. Hay una referencia que no puedo dejar de decir sobre este Presidente: Arturo Alessandri era un fervoroso y apasionado orador que seducía a las masas con sus encendidos discursos llamándolas "mi querida chusma" y hablándoles "con la mano en el corazón". Chusma está definida por el Abate Molina, el Padre Jesuita de la Villa de Vista Alegre, que de Sacerdote, pasó a Biólogo, Historiador, Paleontólogo e Semiólogo. Según el abate Juan Ignacio Molina, la palabra usada por Alessandri proviene de trih o chi, palabra de origen mapuche con la que establecía una diferencia, Alessandri, entre la elite y la "querida chusma" (como él llamaba al pueblo) Molina no se refiere a Alessandri, hay dos siglos de diferencia entre ellos, pero los estudios de Molina me ayudan a explicar la palabra de Arturo Alessandri, esa de chusma. En uno de sus diccionarios se encuentra definida la palabra chusma, retirado el concepto de: http://es.wikipedia.org/wiki/Abate_Molina . Su biografía refiere que: sus "Analogías" no fueron publicadas por mucho tiempo, conservándose en Italia solo su original en castellano. Se puede argumentar que esto privó a Darwin -quien cita a Molina numerosas veces- y a sus partidarios de poderosos antecedentes y argumentos y le costó a Molina mismo la posibilidad de ser conocido como uno de los precursores de la teoría de evolución. Molina nació en la hermosa Villa de Vista Alegre, Región del Maule que yo estudio en la actualidad, Villa que queda entre Talca y Linares, el denominado riñón de la aristocracia chilena. Mi uso de los textos de Juan Ignacio Molina (Comuna de Villa Alegre, Provincia de Linares, Región del Maule, Chile, 24 de junio 1740 - Imola, provincia de Bolonia, Italia, 12 de septiembre 1829), fue sacerdote, naturalista y cronista chileno, también conocido como Abate Molina.) son apenas para entender palabras y formas de hablar entre los Picunche que investigo en la Región del Maule. La referencia del Abate Molina está en: http://es.wikipedia.org/wiki/Abate_Molina
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publicado por Carlos Loures às 15:00
editado por Luis Moreira às 01:34
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Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2010
O Século XIX Português
M. Fátima Bonifácio
Imprensa de Ciências Sociais, 2002
Liberalismo e radicalismo possuíam fundamentos filosóficos diferentes e até antagónicos. Por trás de cada uma destas distintas correntes políticas estavam distintas concepções sobre os fins da existência individual e social e sobre as relações entre o Estado e a sociedade. Ao egoísmo individualista dos liberais, fundado numa visão do indivíduo como um ser transcendente à sociedade, os radicais (ou democratas) opunham o ideal do cidadão despido dos seus interesses particulares e inteiramente votado à res publica entendida como uma comunidade de iguais, da qual o indivíduo não era mais do que uma emanação. À protecção da liberdade pessoal exigida pelos primeiros, os últimos contrapunham a supremacia dos interesses públicos sobre os privados. Aqueles estavam sobretudo empenhados em proteger os indivíduos da ingerência estatal nas suas vidas particulares…
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Seis Estudos sobreO Liberalismo PortuguêsMaria de Fátima Bonifácio
Editorial Estampa, 1996 «Existe na comunidade académica portuguesa o hábito pernicioso de ignorar o que os outros fazem. As citações de trabalhos alheios, com raras excepções, servem geralmente dois únicos propósitos: exibir erudição ou autorizar opiniões cuja responsabilidade o próprio não se atreve a assumir. Quase ninguém aproveita o trabalho dos outros para o confrontar seriamente com os resultados a que cada um, encastoado na sua quadrícula, vai chegando; muito menos para corrigir eventuais enganos – que ninguém, com raras e honrosas excepções, reconhece ter cometido. Em Portugal a crítica é ofensiva dos bons costumes académicos. É tida, geralmente, por sintoma de agressividade temperamental ou por falta de boas maneiras, ou ambas as coisas combinadas. É por isso que a publicação dos mais evidentes disparates beneficia de total impunidade.
Maria de Fátima Bonifácio
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Sexta-feira, 26 de Novembro de 2010
João MachadoO 31 de Janeiro foi a primeira tentativa de implantar a república em Portugal. A relevância histórica deste acontecimento é de primeira grandeza. E tem de se salientar que não aconteceu no Porto por acaso. Durante o século XIX, a vida política portuguesa foi agitada por numerosas convulsões, na sua maioria sob influência dos grandes conflitos internacionais do tempo. A disseminação das ideias progressistas propagadas na sequência da Revolução Francesa teve impacto considerável, os acontecimentos que iam ocorrendo em Espanha também, claro que sobretudo junto das pessoas mais instruídas, que mais facilmente se apercebiam do que se passava lá fora, e das consequências respectivas.
Evidentemente que foi sobretudo nos meios urbanos que essas ideias granjearam mais adeptos. O Porto, o centro mais importante do Norte, com muitas ligações ao estrangeiro, com destaque para o Reino Unido, desempenhou um papel de relevo na maioria das grandes movimentações políticas ocorridas em Portugal no século XIX. O desenvolvimento económico e cultural da cidade contribuiu poderosamente para que desempenhasse esse papel. Várias das acções promovidas pelos portuenses ao longo deste período foram decisivas para o avanço da democracia em Portugal. O seu desenrolar culminou no 31 de Janeiro, quase vinte anos antes do 5 de Outubro.
Há que destacar em primeiro lugar que o Porto foi o centro de onde o liberalismo (o liberalismo vintista) irradiou para todo o país. Foi a partir do Sinédrio, uma tertúlia política formada em 1818 por cidadãos portuenses, ou ligados intimamente à cidade, com destaque para o magistrado Manuel Fernandes Tomás (1771-1822), que se formou o movimento que levou à Revolução de 1820 e à elaboração da Constituição de 1820.
Grande número de cidadãos portuenses, ou de algum modo ligados ao Porto, tiveram participação notória na vida nacional nos anos seguintes, como Almeida Garrett, os irmãos Silva Passos, José Ferreira Borges, José da Silva Carvalho; Manuel Borges Carneiro e tantos outros. Manuel Fernandes Tomás, considerado como o patriarca da Revolução, integrou a Junta Provisional do Governo Supremo do Reino e apresentou ao parlamento, em 1821, o Relatório do Estado Público de Portugal. A sua morte, no ano seguinte, afectou seriamente os acontecimentos políticos que se seguiram.
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Manuel Fernandes Tomás |
Em 1828 ocorreu a chamada Belfastada. Formou-se uma Junta no Porto para fazer frente a D. Miguel, que tinha entretanto assumido o poder, e regressado ao absolutismo puro e duro. Várias cidades a norte do Mondego aderiram ao movimento, e começou a formar-se um governo provisório. Um grupo de liberais, refugiado em Inglaterra, alugou o vapor Belfast, e veio para o Porto apoiar os revoltosos. Tendo-se desentendido, ante a aproximação dos miguelistas, voltaram para Inglaterra no mesmo barco.
Em 1832 ocorreu o desembarque dos liberais no Mindelo, vindos dos Açores, e que entraram no Porto sem encontrarem resistência por parte das tropas miguelistas. Mas depois tiveram que suportar o cerco da cidade durante um ano, em situação de grande desproporção de forças. As forças liberais conseguiram suportar o cerco, obviamente, porque dispunham do firme apoio da população portuense.
Anos depois, e na sequência das reformas tendentes à centralização administrativa decretadas por Costa Cabral, rebentou no norte de Portugal uma revolta popular, a Maria da Fonte (1846). A ela se seguiu um movimento de outra índole, mas também tendencialmente revolucionário, a Patuleia, que tinha à cabeça a Junta do Porto, aliando facções de vários quadrantes. A Junta organizou um Governo provisório, levou a guerra a todo o país e começou a preparar a marcha sobre Lisboa. Contudo, a derrota em Setúbal de uma coluna que marchava sobre Lisboa, a de outra em Torres Vedras, os choques entre miguelistas e setembristas e a intervenção estrangeira levaram à sua rendição, que ficou consumada na Convenção de Gramido, em 24 de Junho de 1847. Gramido fica em Valbom, Gondomar.
Em 1851, foi a adesão do quartel de Santo Ovídio ao movimento encabeçado por Saldanha (que tinha comandado a campanha contra a Patuleia) contra o governo de Costa Cabral que abriu caminho à Regeneração. O marechal tinha-se refugiado na Galiza por falta de apoio às suas pretensões a um lugar de destaque na corte, mas assim que soube do apoio daquela unidade militar regressou imediatamente a Portugal. Assim começou no país uma época de relativa estabilidade política, e de algum desenvolvimento económico, que culminou no chamado fontismo.
Em 1876, no Pacto da Granja, praia situada no concelho de Gaia, fundem-se o Partido Histórico e o Partido Reformista, para formarem o Partido Progressista. No mesmo ano aparece no Porto o Centro Eleitoral Republicano Democrático do Porto. Nas eleições de 1878 verifica-se o regresso à alternância partidária com o Partido Regenerador.
Foi pelo Porto, em 1878, que o Partido Republicano de Portugal conseguiu eleger o seu primeiro deputado, o engenheiro, professor catedrático e publicista José Joaquim Rodrigues de Freitas (1840-1896). Esta notável figura já anteriormente tinha ocupado o lugar de deputado pelo Partido Histórico, mas foi-se aproximando dos ideais republicanos, tendo mesmo, em 1874, feito na Câmara dos Deputados um discurso memorável, no qual defendia a superioridade do regime republicano sobre o monárquico.
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J.J. Rodrigues de Freitas (Biblioteca Jaime Cortesão) |
Em 1881, apareceu no Porto um importante jornal republicano, o Folha Nova, com Emídio de Oliveira como redactor principal, e um naipe de jornalistas que incluía, entre outros, Sampaio Bruno.
Em 1890 ocorreu o Ultimato inglês, que constituiu um rude golpe no orgulho do nosso país. A reacção foi enorme por todo o país, nos vários quadrantes políticos, e também no meio militar. Ficou claro o descrédito da monarquia, como sistema de governo, e também no aspecto de identificação do rei com o interesse nacional. Jovens militares do Porto começaram a pensar numa revolta, e a pedirem o apoio da população. Chegou mesmo a formar-se um directório civil, que incluiu o advogado Alves da Veiga (que chegou a proclamar a República das janelas da Câmara Municipal) e os jornalistas João Chagas e Sampaio Bruno. A má preparação da acção militar no terreno, conjugada com o abandono da maioria dos oficiais superiores, levou ao falhanço da revolta.
A República, quando foi proclamada, era uma aspiração de muitos portugueses havia já várias dezenas de anos. E nisso o Porto teve um papel muito importante, senão decisivo, ao manter essa chama acesa.
Domingo, 7 de Novembro de 2010
Liberalismo, Socialismo, Republicanismo
(antologia de pensamento político português)
Joel Serrão
Livros Horizonte, 1979
Duas hipóteses se nos apresentavam quanto ao modo de fazer esta antologia: o respeito exclusivo pela seriação cronológica dos autores seleccionados e dos respectivos escritos, ou a tentativa de explicitar os núcleos fundamentais e sucessivos da temática e problemática políticas portuguesas no período a que este volume respeita: da instauração do liberalismo (1820) à crise do republicanismo (cerca de 1920).
Preferimos a última hipótese, que se nos afigurou mais apta a revelar o devir do pensamento cujos momentos mais significativos buscámos caracterizar e sumariar.
Para uma complementar e mais exacta situação temporal, todos os autores seleccionados são referidos pela ordem cronológica do nascimento nas notas bibliográficas que lhes são consagradas, no fim do volume.
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Lisboa no Liberalismo
Victor de Sá
Livros Horizonte, 1992
Detectar na Lisboa dos finais do milénio, a urbe do princípio do século XIX, antes ainda das profundas transformações e inovações urbanísticas que o liberalismo introduziu na capital, eis o desafio que Víctor de Sá nos propõe.
Tentar ver na Lisboa actual os limites urbanos, as localizações dos acontecimentos e as veredas por onde serpenteavam as esperanças e os furores duma época que deu início às alterações introduzidas no nosso viver quotidiano. Um quotidiano burguês e proletário, de ampla e intensa circulação, hoje, a contrastarem com a cidadezinha dos duzentos mil habitantes que eram quando a Revolução Liberal se iniciou em 1820.
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Sábado, 6 de Novembro de 2010
Junqueiro na Berlinda
Luís de Oliveira GuimarãesLisboa, 1950Quando conheci pessoalmente Junqueiro andava eu à volta dos vinte anos; Junqueiro já tinha feito setenta. Um dia, numa das visitas que lhe fiz, perguntou-me a idade. Disse-lha.
– Fazemos diferença de meio século. – comentou ele. Desde então a sua generosa estima por mim acentuou-se ainda e, não obstante terem decorrido já vinte e sete anos sobre a morte do poeta, a sua figura tutelar continua a envolver-se para o meu culto dum clarão de vida.
Não sei se este livro, com as características que apresenta, significará alguma coisa para a biografia do homem e a do escritor; sei que, ao reunir estas «notas junqueirianas», me pareceu –
radiosa ilusão! – que estava a ver e a ouvir Junqueiro como se ele vivesse ainda. Dir-me-ão algumas pessoas que este livro é um livro anedótico. Mas o que é afinal a anedota senão a consagração da História!
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Lei e OrdemJustiça Penal, Criminalidade e Polícia
(Séculos XIX-XX)Pedro T. Almeida/Tiago P. Marques (Coordenação)Livros Horizonte, 2006A partir das ideias-chave de lei e de ordem (no duplo sentido de ordem-modelo e de forças da ordem) é possível traçar um dos arcos que definem o campo penal – aquele que vai da criação das normas penais e policiais ao exercício da força que estas solicitam. Os textos que constituem este livro inscrevem-se precisamente no arco temático assim definido, encontrando-se agrupados em três secções. Na primeira, é focado o problema da construção conceptual e normativa de um espaço legítimo de actuação coerciva do Estado com vista à manutenção da ordem. Os textos aqui reunidos abordam dois elementos essenciais à definição desse espaço: a codificação penal e a vítima, esta última desvalorizada no discurso oficial oitocentista sobre a criminalidade, mas fundamental para a compreensão da relação entre Estado e indivíduo. A secção seguinte centra-se na figura do criminoso enquanto sujeito social…
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O Liberalismo Português no Século XIXVáriosMoraes Editores, 1981 Outra a evolução da política económica que enquadra a produção agrícola: os interesses de uma agricultura que, lentamente embora, se expande, sobretudo por extensificação, conseguem impor a sua força, apesar da interrupção no proteccionismo cerealífero, que vai de 1865 a 1885. Esses interesses atravessarão, sem mossa considerável, a I República e desaguarão no salazarismo.
Com efeito, a articulação proteccionismo/livre-cambismo tem, também em Portugal, raízes que ultrapassam, de largo, no tempo, antes e depois, o liberalismo do século XIX.
Elas mergulham na relação entre a economia de consumo local e a economia de troca, entre a fixação e o transporte, entre a transformação e o comércio, que longa e profundamente nos marcaram. Confronto estimulado pelas condições nas quais se processou a afirmação da nacionalidade…
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Quinta-feira, 4 de Novembro de 2010
Imagens do Portugal Queirosiano
Campos Matos
Terra Livre, 1976Seja como for, mesmo que estas ruas e estas paisagens rurais sejam menos verídicas do que o real imaginário de Eça, a verdade é que o autor do Portugal Queirosiano ajuda-nos, por um lado, a rever sítios e atmosferas que o olhar de Eça visitou e fixou na tela absoluta do seu verbo, e, pelo outro, a passar em revista algumas das mais betas paisagem portuguesas. Neste sentido, o presente trabalho tem um valor intrínseco que subsistiria mesmo que não fosse mediado pelo talento de Eça: permite-nos descobrir um Portugal familiar e recôndito que a obra queirosiana transvazara para o seu mundo próprio e singular. É Portugal que aqui desfila, em dois planos: no do verbo criador de almas que foi Eça, na objectiva remadora que agora, seguindo-lhe as pistas óbvias e menos óbvias, desfila para nosso deleite e encanto.
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A Indústria Portuguesa
Subsídios para a sua História Esteves PereiraGuimarães Editores, 1979A presente edição compõe-se de três ensaios publicados na revista O Ocidente.
Uma brochura de 1900 retomava os Progressos da Indústria e Sobre as Corporações com a redacção ligeiramente modificada. O estudo sobre o movimento corporativo antecedia agora o ensaio dedicado aos progressos. A paginação obedecia a um critério metodológico, como facilmente se depreende. Acompanhavam ainda a reedição onze páginas inéditas, discorrendo sobre a logografia industrial, reprodução escrita do progresso das indústrias, formando um conjunto de conhecimentos relativos ao desenvolvimento material da civilização», segundo a definição adoptada pelo autor. Decidimo-nos pela sua supressão, retomando a redacção de O Ocidente, não deixando porém de assinalar que, se a logografía está hoje ultrapassada, a preocupação de racionalizar o estudo da actividade industrial…
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Instauração do Liberalismo em PortugalVictor de SáLivros Horizonte, 1987Visão global desse período conturbado que foi no século passado a transformação da sociedade senhorial para a sociedade burguesa e capitalista, instaurada pela Revolução Liberal, neste volume interferem também os factores da descolonização americana (independência do Brasil), das interferências estrangeiras e das movimentações populares. Estas são imprescindíveis à compreensão do Portugal contemporâneo que hoje nos envolve a todos.
Considerando que a história é geralmente escrita pelos vencedores, procura-se aqui ultrapassar as limitações ditadas pelas versões de cronistas oficiais ou oficiosos. O que era a “liberdade” que eles cantavam? Quem era o “povo” que glorificavam?
Neste volume procura-se obter uma visão mais ampla dos acontecimentos relatados e explicações racionalmente mais aceitáveis.
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