Domingo, 20 de Março de 2011
in Todos Somos Portugal
Bola pé para pé
"Para vencer ingleses é jogar à portuguesa. Ou seja com a bola no chão, de pé para pé. Desgastá-los e fazê-los correr atrás da bola". Disse Jaime Pacheco ontem ao jornal "O Jogo". Agora com o jogo disputado, e o resultado conhecido, é mais fácil analisar se foi possível, ou não, aplicar esta regra no Liverpool/Braga. Em muitos momentos acho que sim, no período final não, mas compreende-se, dada a pressão que os ingleses sujeitaram a equipa bracarense nos últimos minutos. No entanto, dado que já estive nalguns jogos com a Inglaterra, Escócia, Irlanda, País de Gales e Irlanda do Norte, esta regra, esta máxima, esta estratégia, deu sempre resultado sempre que foi possível executá-la. Tentar jogar com estas equipas com as suas armas, ou seja, o futebol directo, é sempre meio caminho antecipado para a derrota. Infelizmente muitas vezes, viu-se que alguns treinadores portugueses pretenderam descaracterizar este tipo de futebol, adoptando nesses jogos princípios que não são os nossos, com os resultados que infelizmente conhecemos. Mas também não é menos verdade que o futebol inglês de hoje não é o mesmo do passado, por força dos inúmeros estrangeiros de qualidade que por lá jogam. Jaime Pacheco, porém, teve, tem razão e o Braga passou.
Publicada por Dezembro 1921 em 14:55
IVA
Custa-me muito a aceitar que regras que sejam instituídas para todos os portugueses, ricos, remediados ou pobres, venham a ser constantemente alteradas em função do poder reivindicativo de classes ou grupos de pessoas. Não me parece lógico que se abram situações de excepção quando se trata de pedir sacrifícios a todo o país. Desta vez foi o golfe, a merecer a oportunidade de discussão para alteração dos valores do IVA, e logo a seguir surgirem os ginásios a solicitar a mesma lógica. De facto não compreendo como é que se pedem sacrifícios incomportáveis para as classes mais desfavorecidas e se discute a oportunidade de alterarem esquemas globais fiscais para pessoas ou grupo de pessoas que jogam golfe ou que utilizam os ginásios para se sentirem bem fisicamente. Estamos a falar de quem? De gente pobre com necessidades? Como é que pode aceitar uma situação destas para as classes mais altas da sociedade quando não existem situações de excepção para, por exemplo, o nosso desporto mais popular que se encontra com tremendas dificuldades em cumprir o seu papel social de formadores de jovens. Não entendo.
Irresponsabilidade
As notícias sobre o alegado envolvimento da equipa do Barcelona em acções de doping, por parte de um órgão de comunicação social espanhol, é a prova que muita gente brinca com o fogo e com coisas muito sérias. Claro que este assunto não irá ficar por aqui, e o clube catalão irá de certeza accionar todos os meios ao seu alcance para atingir o autor ou autores deste boato. De qualquer forma esta é uma notícia que tem um efeito e impacto enorme num país tão afectado ultimamente por casos ainda não confirmados, mas sob grande suspeita, como foram os de Contador, e o de alguns atletas olímpicos do atletismo. Bem esteve o Real Madrid, e o seu presidente ao demarcarem-se desta polémica tão perigosa.
«Pouco antes desta conferência, o presidente do Real Madrid contactou-nos para dizer que não tem nada a ver com esta informação. E Sandro Rosell não tem motivos para não acreditar nele», explicou o porta-voz da direcção do Barcelona, Toni Freixa. O responsável acrescentou que a informação partiu da rádio, logo não há diferendos com os madrilenos. «Analisámos os factos e percebemos que a informação saiu da Cadena Cope, por isso vamos pedir-lhes explicações
Segunda-feira, 1 de Novembro de 2010
Nos últimos vinte anos a banca canalizou para as empresas e economia cerca de 40% dos empréstimos e 60% para a compra de casas pelas famílias, crédito pessoal e investimento estatal. O contrário do que tinha acontecido até aí em que o grosso da coluna foi direccionado para as empresas.
Não há economia que aguente, a banca preferiu a segurança ao risco das actividades empresariais , assim não há investigação, novos equipamentos, novas empresas, exportação, inovação, emprego...
É esta Banca que apresenta cada vez maiores lucros limpos de impostos, os que produzem riqueza não tem benefícios fiscais, pelo contrário, estão sobrecarregados por altos níveis de impostos, pagam o IVA que ainda não receberam e pagam sobre lucros que não sabem se vão ter.
Com estes entraves ao empreendorismo não chegamos a lado nenhum, para distribuir é preciso primeiro produzir, as mais-valias resultam da aplicação de capitais, o tal casino em que se transformou a economia. Os números não mentem!
As famílias que estão endividadas vão ter muitos problemas para cumprir com a banca, o melhor mesmo é negociar um pagamento mais ligeiro a curto prazo, antes de se terem de apresentar à falência como já aconteceu a trinta famílias num só dia.
Mas no meio da aflição os bancos continuam a apresentar enormes lucros, bem como as empresas que operam no mercado interno, praticam os preços que querem, se não estão em monopólio estão em cartel de preços, tudo se deteriora menos os lucros destes tubarões.
Dá que pensar!
Sexta-feira, 22 de Outubro de 2010
Carlos MesquitaPescas. Os portugueses são dos maiores consumidores de peixe do mundo. Dois terços do peixe consumido em Portugal são importados. O défice desta balança comercial atingiu cerca de 350 mil toneladas em 2009, no valor de 740 milhões de euros. Importamos 1,3 mil milhões de euros de peixe, exportamos 560 milhões. Não capturamos excessivamente nenhuma das nossas principais espécies de peixe. As quotas atribuídas ao nosso país não são esgotadas, devido á abundância de algumas espécies, e ao facto de Portugal não ter navios suficientes, porque a frota tem sido desmantelada. (i/Lusa)
Cavaco Silva abriu ontem a conferência “Portugal e o Mar” dizendo que “Portugal não se pode dar ao luxo de desperdiçar um dos nossos principais recursos naturais” e precisou “face ás elevadas quantidades de consumo de peixe per capita, surpreende que não façamos mais esforços para aumentar a sua produção. Para um país que tem, impreterivelmente, de reduzir as suas importações e aumentar as suas exportações, dá para reflectir”.
Como o nosso presidente está surpreendido e nos pede para reflectir – reflictamos.
Este presidente não é o mesmo Cavaco Silva que foi primeiro-ministro? E não foi no seu governo que começaram e foram determinantes os incentivos ao abate de barcos de pesca? Como aliás ao abandono dos campos. É preciso ter uma grande lata para estar surpreendido pelos resultados das políticas que preconizou.
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Lobos. Soube agora com o Orçamento de Estado (O.E.), o valor da indemnização aos concessionários da A24 pelo chumbo do Ministério do Ambiente ao traçado da via, para proteger segundo dizem o habitat de sete lobos em Trás-os-Montes. Desde 2003/2004 acompanhei e escrevi vários artigos na imprensa regional sobre as vicissitudes desta obra, crucial para a região. Foram pagos á Norscut 320 milhões de euros em 2008.
No O.E 201, estão inscritos 536 milhões devidos aos sindicatos bancários (BES, CGD e BCP) associados aos concessionários que avançaram com o pagamento à Aenor (216 milhões) e à Nortscut (A24).
No caso que conheço melhor, a indemnização é devida ao atraso do funcionamento da estrada. Não sei se está contabilizado nesta verba o desvio feito da serra do Alvão para a da Falperra, para o projecto ser aprovado, cujo viaduto sobre o vale de Vila Pouca de Aguiar custou 100 milhões de euros. É uma obra colossal com 1.350 metros de comprimento 32 pilares 30 andares de altura, leva os automobilistas para uma estrada de montanha, perigosíssima no inverno. Tudo isso para a estrada não passar por uma ponta da Rede Natura. É bom que os portugueses saibam que entre meio e um por cento do aumento do IVA, em 2011 é devido a esta despesa dita ambiental. Quanto custa não incomodar sete lobos, que parece que só são quatro, e já li que é só um?
Jon Stewart, actor e apresentador do Daily Show vai promover no fim deste mês uma manifestação a que chama “rally to restore sanity”.
Devíamos associar-nos, em nome do regresso de algum bom senso.
Quinta-feira, 30 de Setembro de 2010
Sofia SantosO IVA acabou de aumentar para 23%. Portugal é dos países Europeus que mais tempo demora a pagar o IVA. O sector bancário está a cortar o crédito que muitas vezes é utilizado para pagar o IVA.
Que seja necessário aumentar a receita e diminuir a despesa – parece-me lógico no actual cenário. Mas então que se criem as condições para que as PMEs e Micro empresas possam pagar o que é devido de forma justa. O IVA com Recibo torna-se assim ainda mais necessário. Caso tal não aconteça, todos nós empresários sabemos o que vai acontecer: maior aperto de tesouraria, despedimentos, perda de vendas, ... o fecho de muitas empresas. Quando são as PMEs e as micro empresas a alma deste país!
Peço-vo que:
• Assinem a petição:
http://www.pnetpeticoes.pt/peticaoivacomrecibo/• Reenviem esta mensagem a todos os vossos contactos, pois temos de conseguir criar uma mancha forte na sociedade Portuguesa sobre este tema
• Acedam ao IVA com Recibo no facebook:
http://www.facebook.com/#!/pages/Iva-Com-Recibo/147859731918406?ref=ts e promovam a causa nas redes sociais.
É urgente os empresários unirem-se em prol de um sistema fiscal justo: vivemos numa crise profundíssima e todos temos de ajudar. Pois bem! Mas então que o IVA com recibo seja implementado.
Terça-feira, 11 de Maio de 2010
Aí vai o IVA a subir, é o mais fácil de implementar, o que dá dinheiro já amanhã, as pessoas nem notam, o nosso primeiro já deve ter uma daquelas desculpas que nos tomam por parvos, estilo, "como os preços não subiram, devido à minha extraordinária capacidade de estadista, o IVA só vem repor o preço normal", uma mentira destas, que lhe saem da boca com a mesma facilidade com que arranja empregos milionários para os amigos.
Parece que vai ser um aumento de 1,5% mas só depois do Papa ir embora, porque o homem não gosta de mentir com santidades por perto, dá azar. O problema vão ser as contas, os computadores cheios de dores de cabeça por causa dos arredondamentos , e o pobre do cidadão a arrancar os cabelos (poucos...) que ainda tem para fazer o troco!
Entretanto, o PEC - Programa de Empobrecimento em Curso já está ultrapassado mesmo antes de ser posto em prática, o que mostra bem a competência e a visão desta gente que nos governa.