Quarta-feira, 6 de Julho de 2011

Já não entendo este mundo - Adão Cruz, seguido de "As palavras de um soldado americano" (enviado por Carlos Leça da Veiga)

 

Adão Cruz  Já não entendo este mundo

 

(Adão Cruz)

 

 

 

Esta manhã, antes do alvorecer, subi numa colina para admirar o céu povoado,
E disse à minha alma: Quando abarcarmos esses mundos e o conhecimento e o prazer que encerram, estaremos finalmente fartos e satisfeitos?
E minha alma disse: Não, uma vez alcançados esses mundos prosseguiremos no caminho.

 

                                            Walt Whitman

 

 

 

Não entendo este mundo moribundo este mundo escuro nascido no ventre da pátria de Whitman sem sol e sem luar já não entendo esta onda de sismos e cifrões esta dor de milhões de cabeças rolando como esferas para o fundo dos abismos.

 

Não entendo este mundo dilacerado e sem vida já não aguento este frio de quatro paredes este jogo perdido no vazio cemitério da história este profundo alarido este diabólico mistério de morte concebido esta vida sem sentido a que chama mercado e democracia a argentária escória da pátria de Whitman.

 

Não entendo este mundo de olhos vendados com barras de ferro este silêncio absorto e abstracto no assalto impune a soberanas nações pela bocarra da NATO pátria de Whitman este mundo de vidas e almas sem direitos nem justiça este mar de sangue escorrendo pelas garras dos algozes este rasgar de corações este martírio dolorosamente tatuado na pele dos inocentes por tanques e aviões.

 

Não entendo este mundo constantemente ameaçado por mísseis e canhões já não entendo tantas metástases do cancro da guerra este perigo sistémico diariamente arquitectado esta inelutável evolução para a desordem suprema e já não sou capaz de aguentar o peso desproporcionado da exponencialidade do crime chamado super-lucro brilhando na pátria de Whitman como a luz do inferno na ponta dos punhais.

 

Não entendo este mundo escorraçado para as bermas da fome por esta infame corrida central para o inglório podium da pátria de Whitman por entre as malhas da ganância enlouquecida neste imparável caminho do caos e da fatalidade esta ensanguentada bandeira erguida para o nada este constante apunhalar da liberdade.

 

Não entendo este mundo apodrecido já não entendo a secura do grande rio da esperança de Whitman já não acredito no sonho do poeta quando subiu a colina para admirar o céu povoado e o céu desabou quando foram abarcados esses mundos de conhecimento e prazer o céu desabou no místico obscurantismo da mente e da razão e a poesia morreu devorada pela globalização da morte e da destruição.

 

Não era isto Walt Whitman o que queriam dizer as tuas palavras e os teus poemas nem nunca os teus versos tiveram a forma de algemas.

 

 

 

 

Palavras de um soldado americano

 

(enviado por Carlos Leça da Veiga)

 

 

Este soldado não tem o coração de chumbo, mas de ouro! ...de amor e compaixão...

Assistam e passem adiante! Mereceu os aplausos de pé!! Contundentes e verdadeiras as palavras do soldado.

O soldado apareceu morto 2 dias depois do discurso. A autópsia revelou ter sido um ataque cardíaco. Depois de um discurso destes, é difícil acreditar em ataque cardíaco... a menos que tenha sido provocado!

publicado por Augusta Clara às 18:00
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Quarta-feira, 13 de Abril de 2011

A Guerra das Moedas enviado por António Gomes Marques

 

 

 

Porque não prendem os terroristas financeiros ? E os políticos que abriram caminho ao assalto?

 

publicado por Luis Moreira às 22:00
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Terça-feira, 8 de Fevereiro de 2011

Cronologia da Guerra Colonial- 1974 - por José Brandão

1974

 

JANEIRO

?

- Ataque da FRELIMO a Mueda com foguetões de 122 mm.
- O bispo de Nampula, D. Manuel Vieira Pinto, defende numa homilia o direito dos povos a «uma efectiva autodeterminação».
- O governo da Guiné decreta a substituição da dieta alimentar da população, dado que a produção de arroz decresceu 50 por cento no território.
- Nova vaga de prisões pela PIDE/DGS em Cabo Verde.

1

- A UNITA retoma as hostilidades contra as forças portuguesas, interrompidas devido a um acordo celebrado em 1972, atacando um destacamento militar em Nhonga entre outras acções.

- Morrem em combate em Angola 3 militares do BCaç 4517/73.

- Morrem em combate em Moçambique 4 militares da CArt 3501.

2

Morrem em combate na Guiné 2 militares da 1ª/BCaç 4514/72.

3

- Morrem em combate em Moçambique 2 pára-quedistas do BCP 32.

- O cumprimento das missões atribuídas durante a guerra aos pára-quedistas do BCP 32 custou a morte em combate de 18 pára-quedistas (16 praças e 2 sargentos).

5

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CCaç 3549.

- Morre em combate em Moçambique um furriel da CCaç 4243.

7

Morrem em combate na Guiné 6 militares. Um furriel da CCaç 3545, um cabo e um soldado do BCav 8323/73, um soldado da CCaç 21, um soldado da CCaç 4541 e um soldado do GAC 7.

8

Morrem em combate em Moçambique 3 militares do BArt 7221.

9

Segundo os jornais, o Tribunal Plenário de Lisboa reunira na véspera «para iniciar o julgamento de um dos mais importantes processos relacionados com actos de terrorismo». Este processo, conhecido como «processo da ARA», Acção Revolucionária Armada, viria a ser o último julgamento político em Portugal. Tendo-se arrastado por várias sessões, virá a ter sessão marcada para o dia 25 de Abril, às 10 horas. Dos sete réus deste processo, quatro são ex-combatentes da guerra colonial. Há ainda um ex-oficial ranger e um filho dum oficial superior.

11

- Três alferes morrem em Angola devido a acidente.

- Morre em combate em Angola 1 militar da CCaç 5042.

- Morre em combate na Guiné 1 militar do PelCaç 65.

13

Morrem em combate em Moçambique 3 militares da CCaç 3472.

14

- Acção da FRELIMO na zona do Chimoio, no Centro de Moçambique, de que resultou a morte da mulher de um fazendeiro branco, facto que provoca larga agitação e protestos dos agricultores brancos da região.
- Spínola toma posse como Vice-Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas.

15

- Morrem em combate na Guiné 2 militares. Um da CArt 6254 e um da 3ª/BCaç 4516/73.

- Início das manifestações de colonos da Beira e Vila Pery contra o que consideram «passividade» das Forças Armadas perante o avanço da guerrilha em Moçambique.

16

- Morrem em combate em Angola 3 soldados pára-quedistas do BCP 21.

- Morrem em combate em Moçambique 2 militares da 3ª/BCaç 19.

18

Morrem em combate em Moçambique 2 militares da CArt 7252.

19

Morre em combate em Moçambique 1 militar da CCmds 2040/72.

20

No aniversário da morte de Amílcar Cabral, o PAIGC flagela 20 localidades da Guiné.

21

- Primeira acção do PAIGC na cidade de Bissau, com lançamento de engenhos explosivos contra autocarros da Força Aérea, seguidos, uma semana depois, de dois outros engenhos do mesmo tipo num café da mesma cidade, frequentado por militares portugueses.
- O Movimento dos Capitães de Moçambique alerta a Coordenadora para o significado das manifestações da Beira e Vila Pery.

22

- Devido a acidente morrem em Moçambique 4 militares.

- Jorge Jardim define o planeamento para aplicação do Programa de Lusaka, admitindo o recurso ao «golpe de estado».

23

- Costa Gomes visita a Beira para se inteirar dos incidentes entre os colonos e as Forças Armadas.

- Morre em combate em Moçambique 1 militar do BCaç 20.

24

A Polícia Marítima, comandada por Alpoim Calvão, e a DGS procedem à sabotagem de um navio panamiano, em escala por Lisboa, que transportaria explosivos destinados à FRELIMO.

26

Morre em combate na Guiné 1 militar do BCaç 4513/72.

27

Morrem em combate em Moçambique 2 militares da CCaç 4140.

28

Parte para Angola o BCaç 4214/73.

30

Morre em combate na Guiné 1 militar do BCav 8323/73.

31

- Morrem em combate em Angola 3 militares da CCaç 313.

- Marcelino dos Santos, Aristides Pereira e Luís Cabral rejeitam publicamente as teses federalistas de Spínola.

- Abatido na Guiné um Fiat G-91 por um míssil SAM-7.

- Um dos últimos relatórios da actividade da Comissão de Censura, referente a Janeiro de 1974, indica quase centena e meia de títulos retirados do mercado (proibidos) em apenas um mês.

- Durante este mês as baixas nas forças portuguesas totalizaram 98 mortos. Em acções de combate morreram 46 militares.

 

FEVEREIRO

?

- Agitação estudantil com greves e manifestações contra a guerra colonial.
- O PAIGC exerce pressão no leste da Guiné, sobre a guarnição de Canquelifá, que resiste apoiada no Batalhão de Comandos Africanos e dos Pára-quedistas.

2

Morrem em combate na Guiné 3 militares. Dois da CCaç 4944 e um da 2ª/BCaç 4512/72.

3

- Parte para Moçambique o BArt 6223/73.

- Morre em combate em Moçambique 1 militar do BCaç 15.

5

- Morrem em combate na Guiné 2 militares. Um soldado pára-quedista e um dos comandos.

- Chegada a Lisboa de Jorge Jardim para conversações com o Governo sobre uma proposta de resolução do problema de Moçambique, supostamente apoiada pelos dirigentes de alguns países africanos.

- Parte para Angola o BCaç 5015/73.

6

- Morre em combate em Angola 1 militar do BCaç 5012/72.

- Morre em combate na Guiné 1 militar do BCav 8323/73.

- Morrem em combate em Moçambique 2 militares. Um furriel da CArt 7256 e um cabo do BCaç 4811/72.

- O general Costa Gomes regressa de Moçambique com opiniões muito dramáticas em relação às condições em que os portugueses ali combatiam.

7

- Morre em combate em Moçambique o tenente-coronel Nuno Álvares Pereira do BArt 6220/72.

- Morrem em combate na Guiné 2 militares do BCaç 4514/72.

- Morre em combate em Angola 1 militar do BCaç 4212/73.

8

Morre em combate em Moçambique o alferes comando João José Nabais.

10

Morre em combate em Angola 1 militar do BCaç 4212/73.

11

Morre em combate na Guiné 1 militar do PelCaç 61.

12

- Morre em combate na Guiné 1 militar do BCaç 4616/73.

- O bispo de Nampula reclama à hierarquia moçambicana que se ofereça como intermediária para a resolução da guerra «por meios justos e pacíficos».

13

Restabelecimento de contactos entre a UNITA e a administração de Angola.

14

- Carta do Movimento dos Capitães da Guiné sobre a situação geral e a necessidade de se passar à acção contra o regime.
- Um relatório militar português atribui a Jorge Jardim a inspiração e organização das manifestações dos colonos contra as Forças Armadas.

- Seis militares da CPM 8245 morrem num acidente em Moçambique.

- Morre em combate em Angola 1 militar da 37ª CCmds.

15

Morre em combate em Moçambique 1 militar da CArt 3506.

18

- Parte para Angola BCav 8324/73.

- Morre em combate em Moçambique um furriel da CCaç 3497.

19

Morrem em combate na Guiné 2 militares da CCaç 4142.

21

- Morrem em combate em Moçambique 2 militares. Um da CCaç 2499 e um do BCP 31.

- Morre em combate em Angola 1 militar da CCmds 2047/73.

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CCaç 4944.

- Caetano desafia Costa Gomes e Spínola a tomarem o poder. Os dois generais recusam.

22

- Rebentamento de uma carga explosiva no Quartel-General do Exército de Bissau, tendo ficado ferido o segundo-comandante, acção reivindicada pelas BR-Brigadas Revolucionárias.
- Publicação do livro de António de Spínola, Portugal e o Futuro, em que contesta a política ultramarina portuguesa, defendendo autodeterminação dos territórios e o federalismo.

24

- Morrem em combate em Angola 6 militares do BCaç 4912.

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CCaç 14.

- Morre em combate em Moçambique 1 militar do BCmds.

- Parte para Moçambique o BCav 8422/73.

25

- Morrem em combate na Guiné 2 militares do BCaç 4514/72 e CCaç 4641.

- Cinco militares do Batalhão de Comandos morrem num acidente em Moçambique.

26

- Devido a acidente morrem em Moçambique 3 militares dos comandos.

- Rebentamento de uma bomba num café de Bissau.
- Em Moçambique a FRELIMO desenvolve 293 acções de combate durante o mês de Fevereiro.

28

Durante este mês as baixas nas forças portuguesas totalizaram 78 mortos. Em acções de combate morreram 37 militares.

 

MARÇO

?

Portugal negoceia secretamente com os Estados Unidos a compra de aviões F-5 e com Israel o fornecimento de mísseis.

1

Morre em combate na Guiné 1 militar do GAC 7.

2

Morre em combate na Guiné 1 militar do PelInt 9288.

3

Morre em combate em Moçambique 1 militar da CCaç 3496.

4

Morrem em combate na Guiné 4 militares.

5

- Intervenção de Caetano na Assembleia Nacional, reafirmando a disposição de não ceder em África.
- A Assembleia aprova um voto de confiança na política de Marcello Caetano.
- O Movimento dos Capitães reúne-se em Cascais, onde aprova o embrião do futuro programa do Movimento das Forças Armadas.

- Morre em combate em Moçambique 1 militar do BArt 7221.

6

- Os generais Kaúlza de Arriaga e Luz Cunha elaboram um plano para «pôr fim à subversão comunista no Exército».

- Morre em combate na Guiné 1 militar do ERec 8840.

7

- Morre em combate em Moçambique o alferes pára-quedista Domingos Tomé Costa do BCP 31.

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CCav 8352.

- A eficiência com que os Pára-quedistas do BCP 31 cumpriram as missões, seria paga com a morte em combate de 39 pára-quedistas (31 praças, 6 sargentos e 2 oficiais).

- Devido a acidente morre em Moçambique o major da Força Aérea Fernando Santos Castelo.

8

- A hierarquia militar transfere quatro oficiais do Movimento dos Capitães para os Açores.

- Morrem em combate em Angola 4 militares. Dois da CCaç 206, um da CCaç 2046/74 e um da CCmds 2044/73.

- Morrem em combate na Guiné 2 militares. Um furriel da CCaç 3547 e um soldado da CCav 8352.

9

- Morre em combate na Guiné 1 militar do BCaç 4516/73.

- Morre em combate em Moçambique 1 militar do BCaç 18.

- O Governo decreta o estado de alerta em todas as unidades militares do país.

10

Morre em combate na Guiné 1 militar da 38ª CCmds.

11

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CCaç 6.

- Caetano pede a demissão ao Presidente da República, que não a aceita.

12

Kaúlza de Arriaga alerta Américo Tomás para a «gravidade da situação política e militar».

14

- Morre em combate na Guiné 1 militar do CTem.

- Os oficiais-generais declaram a sua lealdade ao Governo, em cerimónia na Assembleia Nacional. Costa Gomes e Spínola não estão presentes.

15

- Morre em combate em Moçambique 1 militar do BCaç 4811/72.

- Demissão de Costa Gomes e António de Spínola dos cargos de chefe e vice-chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas. O general Joaquim da Luz Cunha é o novo CEMGFA.

16

Às 04h00 da madrugada, uma coluna do Regimento de Infantaria 5 das Caldas da Rainha passa os portões do aquartelamento, comandada pelo capitão Armando Marques Ramos. Pretende executar um golpe militar, marchando sobre Lisboa e depondo o Governo. Apenas a três quilómetros da capital terá a noção de que se encontra isolada. Um precipitado e deficiente planeamento da acção leva ao seu fracasso, sendo presos quase duas centenas de militares - oficiais, sargentos e praças - entre os quais o tenente-coronel João de Almeida Bruno, majores Manuel Monge e António Casanova Ferreira e capitães Marques Ramos e Virgílio Varela. Constituiu, embora, um importante balão de ensaio para o 25 de Abril. Em comunicado o governo garante que «reina a ordem em todo o país».

- Morre em combate em Moçambique 1 militar do BCaç 5014/73.

17

- Morrem em combate na Guiné 2 militares. Um furriel e um soldado.

- Morre em combate em Moçambique 1 militar do BCaç 5014/73.

18

- Morre em combate na Guiné um furriel da CCaç 3545.

- Devido a acidente morre na Guiné o capitão José Mendes Correia do BCaç 4610/72.

20

O governo abre um crédito especial para compra de equipamento militar.

21

Morrem em combate na Guiné 3 soldados comandos.

22

Morrem em combate na Guiné 6 militares. Quatro são do ERec 8840.

24

- O ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Patrício, envia a Londres, para conversações com o PAIGC, José Manuel Vilas-Boas.

- Última reunião clandestina da Comissão Coordenadora do MFA. O golpe é marcado para a semana de 20 a 27 de Abril.

25

Morrem em combate em Angola 4 militares do BCaç 4913/73.

26

- Morrem em combate em Angola 4 militares do BCaç 4910/72.

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CCaç 21.

27

Morre em combate em Moçambique 1 militar do BCaç 17.

28

- Um capitão, um alferes e duas praças da Força Aérea morrem num acidente em Angola.

- Morre em combate em Moçambique 1 militar da 1ª CCmds/74.

- Marcello Caetano, na última das suas «conversas em família», atribui a crise militar «aos estrangeiros desejosos de nos ver despojados do Ultramar».

31

- Morre em combate em Moçambique 1 militar da 1ª CCmds/74.

- Durante este mês as baixas nas forças portuguesas totalizaram 91 mortos. Em acções de combate morreram 49 militares.

 

ABRIL

?

- O PAIGC mantém forte actividade em Guidage (Norte da Guiné) e em Guilege (Sul), com acções também em Jemberé, Caboxanque e Bedanda, tendo nesta última base portuguesa sido referenciadas viaturas blindadas.
- Disparo de um míssil antiaéreo contra um avião civil dos Transportes Aéreos da Guiné.
- Numa patrulha entre Ganturé-Tancroal, na Guiné, os fuzileiros sofrem uma emboscada na clareira de Jagali, de que resultou um morto e dois feridos.

1

Parte para a Guiné o BArt 6520/73.

2

- Parte para Angola o BCaç 4617/73.

- Morre em combate na Guiné 1 militar fuzileiro especial do DFE 22.

3

Morre em combate em Moçambique 1 militar do BArt 7220/72.

4

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CCaç 14.

- Carta da direcção do movimento de oficiais para as colónias, informando as respectivas comissões de que não deveriam tomar a iniciativa de qualquer acção.

7

Morre em combate na Guiné 1 militar do BCaç 4514/72.

8

Morre em combate em Moçambique um furriel da CCaç 4140.

9

- Morrem em combate em Moçambique 2 militares. Um do BCaç 4812/73 e um da CCaç 4153.

- Morre em combate em Angola 1 militar do BCaç 4517/73.

- Última acção armada das BR (Brigadas Revolucionárias), contra o navio Niassa, que se preparava para sair de Lisboa com tropas para a Guiné.

- Estima-se que cerca de 95% do material e pessoal destinado aos teatros de operações africanos foi transportado via marítima, tendo sido utilizados 21 paquetes da Marinha Mercante Nacional que, com o estatuto de navios do Estado, embarcaram oficiais da Armada como Capitães de Bandeira, e transportaram em viagens redondas, de 1961 a 1974, cerca de 600 mil homens.

10

Morre em combate em Moçambique 1 militar da CArt 3557.

11

- Primeira utilização, pela FRELIMO, de mísseis terra-ar SAM-7, obrigando um aparelho português a uma aterragem de emergência.

- Apresentação nas Nações Unidas do representante da Guiné-Bissau, Júlio Semedo.

- Parte para a Guiné o BCaç 4610/73.

13

Informação do movimento de oficiais da Guiné à comissão de Lisboa, de que está preparado para assumir a iniciativa do movimento, caso seja necessário.

14

Expulsão de Moçambique do bispo de Nampula, D. Manuel Vieira Pinto.

17

Jorge Jardim apresenta a Marcello Caetano o Programa de Lusaka; Caetano diz que ele foi «longe demais».

19

Morrem em combate na Guiné 2 militares. Um pára-quedista do BCP 12 e um fuzileiro do DFE 1.

21

Morre em combate em Angola 1 militar do BCaç 4517/73.

22

Morrem em combate na Guiné 11 militares da CCaç 16.

23

- Morre em combate na Guiné 1 militar do BCaç 4610/73.

- Morre em combate em Moçambique 1 militar da CCaç 4241.

24

Às 22.00h está reunido, no Regimento de Engenharia nº 1, na Pontinha, o Posto de Comando do Movimento das Forças Armadas (MFA), com as presenças: - Major Otelo Saraiva de Carvalho - Capitão-Tenente Vítor Crespo - Major Sanches Osório - Ten-Cor. Garcia dos Santos - Ten-Cor. Fisher Lopes Pires Mais tarde, vindo de Tomar, juntar-se-ia o Major Hugo dos Santos. O Capitão Luís Macedo, oficial da unidade, garantia a segurança do Posto de Comando. Presente ainda o Major José Maria Azevedo dando apoio ao Posto de Comando.

25

- Passam vinte minutos da meia-noite quando pela voz do locutor Leite de Vasconcelos, da Rádio Renascença, ouve-se a primeira quadra da canção Grândola, Vila Morena, de José Afonso. Em Santarém, o capitão Salgueiro Maia manda acordar todo o pessoal. Às 6 da manhã está no Terreiro do Paço.

- Com papel destacado de Salgueiro Maia, o Movimento das Forças Armadas derruba o regime corporativista através de um golpe de Estado, abrindo caminho ao imediato fim da guerra em África, à descolonização e à democratização do país.

- Fica sem efeito a sessão do julgamento da ARA que estava marcada para as 10 horas no Tribunal Plenário de Lisboa. Em face dos acontecimentos históricos verificados nessa madrugada não foi possível à PIDE/DGS assegurar o transporte dos presos à Boa-Hora. Foi precisamente com esse fundamento – impossibilidade de fazer deslocar os réus ao tribunal, em virtude de ter ocorrido o Movimento das Forças Armadas – que o presidente do tribunal, Fernando Morgado Florindo, adiou sine die o julgamento. Os réus deste processo, bem como os demais presos políticos, viriam a ser libertados, nas próximas horas.

 

 

publicado por estrolabio às 18:00

editado por Luis Moreira às 02:56
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Quinta-feira, 3 de Fevereiro de 2011

Cronologia da Guerra Colonial - 1971 - 2/2 - por José Brandão

 

JULHO

?

- Violação do território do Senegal por tropas portuguesas, com vista a cortar apoios do PAIGC.

- Manifestações contra Cahora Bassa em Berlim, durante a assembleia de accionistas da AEG-Telefunken.

1

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CArt 3360.

- O ministro do Ultramar, Silva Cunha, visita oficialmente o Malawi, onde assiste às comemorações do 8° aniversário da independência do país. Depois visita Angola e Moçambique.

2

- Morre em combate em Angola um furriel da CCaç 2657.

- Em Lourenço Marques, na Livraria Académica, o agente da PIDE/DGS Armando Cristofanetti da Costa Lima apreende 38 exemplares do livro São Jorge dos Ilhéus de Jorge Amado.

3

Morrem em combate em Moçambique 2 militares do Ecav 1.

4

- Morrem em combate em Angola 2 militares da CCaç 3344.

- Parte para a Guiné o BCav 3854.

6

Morre em combate na Guiné 1 militar do CIM.

7

Partem para Angola os BCaç 3847 e 3848.

10

Morre em combate em Moçambique 1 militar da CCaç 2710.

11

Operações “Marte” e “Máscara”, realizadas pelos Comandos, tendo sido capturadas 5 armas e 3 elementos “IN”, sendo outros 3 abatidos. Estas operações prolongaram-se até 13 de Setembro.

12

- Morre em combate em Moçambique 1 militar da CArt 2717.

- O Governo português informa oficialmente a UNESCO de que abandona a organização, tendo dado a conhecer a sua decisão em 28 de Maio último. A UNESCO é acusada de “apoiar financeiramente os movimentos terroristas antiportugueses, a pretexto de auxílio à educação nas regiões pretensamente libertadas da Africa portuguesa”.

13

O ministro dos Negócios Estrangeiros visita oficialmente Madrid.

14

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CCaç 3325.

- Morre em combate em Moçambique 2 militares. Um alferes da CCav 2652 e um soldado pára-quedista.

15

Morrem em combate em Moçambique 2 militares da CArt 2763.

17

- Reunião em Vila Machado do clero da Congregação dos Padres Brancos, que decidiram só sair de Moçambique por acto compulsório do Governo e nunca por iniciativa própria.

- O diário sueco Svenska Dagbladet publica uma entrevista com Marcelo Caetano.

- Morre em combate em Moçambique um furriel do ECav 2.

- Partem para Moçambique os BCaç 3850 e 3851.

19

- Morre em combate em Angola 1 militar da CArt 3312.

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CCaç 3326.

20

- Morre em combate em Angola 1 militar da 31ª CCmds.

- Morrem em combate em Moçambique 2 militares da CCaç 3309.

21

Morrem em combate em Moçambique 6 militares da CCaç 2730.

22

Morrem em combate na Guiné 2 militares da CCaç 5.

23

- Morre em combate em Moçambique 1 militar do BCaç 20.

- O Chefe do Governo faz uma comunicação ao País, através da Rádio e da RTP.

25

O general Spínola garante, pela rádio de Bissau, que «o ritmo normal da vida da cidade será preservado a todo o preço e em todas as circunstâncias».

26

- O vice-presidente dos Estados Unidos da América do Norte chega a Lisboa em visita oficial.

- Ocorrem manifestações de empregados bancários nas ruas da Baixa, em Lisboa. O Sindicato Nacional dos Empregados Bancários do Distrito de Lisboa divulga um comunicado acerca da prisão de Daniel Cabrita. A repressão policial provoca nove feridos.

- Morre em combate em Moçambique 1 militar da CCaç 2730.

27

- Morre em combate em Angola 1 militar da CArt 3313.

- Morre em combate em Moçambique 1 militar da CCaç 3355.

28

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CCaç 2780.

- O deputado Francisco Sá Carneiro discursa na AN, contestando a validade regimental e constitucional do processo adoptado na actual sessão extraordinária da AN, para a votação da revisão constitucional e anuncia que irá levantar “oportunamente o problema da inconstitucionalidade formal da lei de revisão”.

30

- Morrem em combate em Moçambique 4 militares da CCaç 2729.

- No Panteão Nacional decorrem solenes exéquias do primeiro aniversário do falecimento de Oliveira Salazar, oficiadas pelo Bispo de Madarsuma.

31

- Morre em combate em Angola 1 militar da CCaç 2607.

- Parte para Angola o BCaç 3849.

- Morrem em combate em Moçambique 2 militares. Um da CArt 2763 e um da 2ª/BCaç 17.

- Durante este mês as baixas nas forças portuguesas totalizaram 75 mortos. Em acções de combate morreram 40 militares.

 

AGOSTO

?

- Elementos da UNITA estabelecem contactos com madeireiros na região do Moxico com vista a um entendimento.
- Formação de um Governo no exílio pelo MPLA.

- Curso de formação sindical organizado pela Liga Geral dos Trabalhadores Angolanos (LGTA) ligada à UPA, em Kinshasa.

1

- Morre em combate em Angola 1 militar da CCaç 1202/RI 20.

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CCaç 5.

2

Morrem em combate em Moçambique 4 militares da CCaç 2710.

3

Morrem em combate em Moçambique 3 militares. Um da CCaç 2793, um do CmdAgr 2791 e um da 1ª/GAC 6.

5

Ataque e flagelação do PAIGC a aquartelamento no Olossato, com efectivo numeroso, estimado em vários grupos com bases de fogo: Foguetão, Mort. 82, Canhão s/r. Ataque com RPG-2, RPG-7. Bazuca e armas ligeiras. Teve a duração de 1 hora

7

Morre em combate na Guiné 1 militar da CCav 3364.

9

Conclui-se a discussão da Lei de Imprensa na AN, que ocupou dez sessões, sendo aprovado, com ligeiras alterações, o texto proposto pela comissão eventual constituída na Assembleia Nacional.

10

- Morre em combate na Guiné 1 militar pára-quedista do BCP 12.

- Uma nota oficiosa do Ministério das Corporações e Previdência Social informa que o Conselho de Segurança Pública determinou o encerramento, por tempo indeterminado, das sedes dos Sindicatos Nacionais dos Empregados Bancários de Lisboa e do Porto, por transgressões a preceitos da legislação sindical. São também suspensos os elementos de ambas as direcções e nomeadas comissões administrativas.

13

Morre em combate em Angola 1 militar da CCaç 2606.

15

Morre em combate na Guiné 1 militar da CCaç 3306.

16

- Morrem em combate em Moçambique 2 militares. Um da 2ª/GAC 6 e um da 2ª/BCaç 16.

- Revisão constitucional, preconizando maior autonomia para as províncias ultramarinas.

18

Morre em combate em Moçambique 1 militar da CCaç 3310.

21

- O Governador e Comandante-Chefe das Forças Armadas na Guiné, António de Spínola, desloca-se ao Continente. Reafirma as posições essenciais no que se refere à política africana do Governo e revela que vão ser instalados na província dois complexos industriais de grande dimensão, envolvendo investimentos da ordem dos 200 mil contos.

- Durante a segunda sessão legislativa, o deputado Sá Carneiro faz 43 intervenções, apresentando, nomeadamente, questões relativas à liberdade condicional, às medidas de segurança, ao regime prisional, às condições em que vivem os presos no forte de Peniche. Pediu cópias dos regulamentos das cadeias, informações sobre o número de presos às ordens da PIDE entre 1966 e 1970 e visitou, com outros deputados, algumas prisões.

23

Morrem em combate na Guiné 2 militares. Um cabo do PelCaç 52 e um fuzileiro do DFE 8.

24

Morrem em combate em Moçambique 2 militares. Um da CCav 2654 e um da CEng 2686.

25

- Morre em combate em Angola 1 militar da CArt 3314.

- Directiva do Comando-Chefe para a constituição de Grupos Especiais em Angola.

26

Morre em combate em Angola 1 militar da CCav 3317.

27

Abatido um avião-bombardeiro T6 na zona de Furancungo. Morreu o piloto furriel Carlos Mesquita.

28

- Morre em combate na Guiné 1 militar do PelCaç 52.

- Morrem em combate em Moçambique 4 militares Três da CCaç 2758 e um da CArt 2745.

- Parte para Angola o BArt 3853.

30

Morrem em combate em Moçambique 2 militares. Um da CArt 2745 e um da CCaç 2794.

31

Durante este mês as baixas nas forças portuguesas totalizaram 70 mortos. Em acções de combate morreram 30 militares.

 

SETEMBRO

?

- Movimento de elementos militares do MPLA ao longo do rio Luena, no Leste de Angola, com o fim de reabrir a «Rota Agostinho Neto» em direcção à zona do Luso, fazendo face à pressão da FNLA e da UNITA.

- Visita de uma delegação da OUA a vários países da NATO, com o objectivo de conseguir que estes deixem de apoiar a política colonial portuguesa.

- Visita de Olof Palme à Tanzânia, onde declara que o colonialismo português constitui um obstáculo ao abrandamento da tensão mundial.

- Chegam à Guiné o

1

- Morre em combate em Angola 1 militar do BCav 2902.

- Morrem em combate em Moçambique 3 militares. Dois da 3ª CCmds MOÇ e um da CCav 3318.

3

- Morrem em combate em Moçambique 4 militares. Um furriel da 1ª/BCaç 17, dois soldados 2ª/BCaç 19 e um soldado da CCaç Inhambane.

- Tropas rodesianas massacram 15 civis na região de Mucumbura, em Tete.

4

Morre em combate em Moçambique 1 militar do BCaç 17.

5

O chefe dos serviços secretos rodesianos, Ken Flower, vem a Lisboa apresentar críticas do seu governo à actuação de Kaúlza de Arriaga em Moçambique.

6

- Morre em combate em Angola 1 militar da 31ª CCmds.

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CCaç 14.

7

Morre em combate em Angola 1 militar da 31ª CCmds.

8

Morre em combate em Moçambique 1 militar do BCaç 17.

9

- Morre em combate em Angola 1 militar da 31ª CCmds.

- Morrem em combate em Moçambique 4 militares. Dois do BCaç 17, um da CCaç 3310 e um da CCaç 3354.

10

D. n.° 377/71. Promulga e põe em execução o Estatuto do Oficial da Força Aérea.

12

Morre em combate em Moçambique 1 militar da CCaç 3354.

13

Morre em combate em Moçambique 1 militar do BCaç 17.

14

Morre em combate em Moçambique 1 militar da CCaç 2706.

16

Parte para a Guiné o BCaç 3863.

17

- D. L. n.° 382/71. Permite a promoção dos militares fisicamente diminuídos em consequência de doença contraída ou de acidente sofrido em serviço da Nação, independentemente de aptidão física apurada em junta médica.

- Morrem em combate em Moçambique 2 capitães. Mário Gonçalves Pacheco da CCaç 3352 e Pedro Morais Santos da 4ª CCmds MOÇ.

22

D. L. n. ° 396/71. Simplifica o regime estabelecido para a elaboração do recenseamento dos eleitores da AN, generalizando o uso de fichas de inscrição.

23

Morre em combate na Guiné 1 militar da CCaç 2791.

25

- Morre em combate em Moçambique 1 militar da CCaç 3395.

- Directiva do Comando-Chefe para a constituição de grupos especiais (GE) em Angola.

- Partem para Angola os BCaç 3855 e 3856.

- Parte para a Guiné o BCav 3864.

27

- Marcelo Caetano é condecorado com a Ordem da Torre e Espada, por ocasião do 3° aniversário da sua tomada de posse como Chefe do Governo, e discursa.

- O Presidente vitalício do Malawi, Hastings Banda, desloca-se a Moçambique onde inaugura a ligação ferroviária entre este território e o seu país e visita as obras de Cahora Bassa.

30

- Em Moçambique, perto da cidade de Tete, morrem em combate os oficiais da Força Aérea tenente Luís Lemos Ferreira e capitão José Santos Arroube.

- Início do funcionamento do Centro de Instrução de Grupos Especiais em Moçambique, no Dondo.

- Durante este mês as baixas nas forças portuguesas totalizaram 55 mortos. Em acções de combate morreram 28 militares.

 

OUTUBRO

?

- Actividade operacional do PAIGC na zona de Duas Fontes, no Leste da Guiné, com emboscadas e minas, causando 5 mortos e 4 feridos às forças portuguesas.
- Operação "Com Raça" das forças portuguesas na Zona de Caboiana-Churo, Oeste da Guiné, CAOP 1, com resultados significativos.
- Operação "Novidade" das forças portuguesas, na zona de Tite, no Sul da Guiné, com captura do chefe das populações balantas do Quinara, de nome Manquiante.
- Operação "Diamante Pardo" executada por duas companhias de comandos africanos na zona de Naga, Oeste da Guiné, com estabelecimento de vários contactos com forças do PAIGC.
- Desenvolvimento de uma operação combinada a norte de Metangula (Niassa-Moçambique) pelas forças portuguesas, com destruição das bases Gungunhana e Luiga e resultados apreciáveis.
- Acção da FRELIMO no itinerário Revia-Marrupa, Niassa, Moçambique, com accionamento de mina A/C pelas forças portuguesas, causando 10 mortos e 7 feridos.

- Visita de Marcelino dos Santos à Argélia, declarando que a actividade da FRELIMO é muito forte na zona de Tete, em especial na estrada de ligação entre a Rodésia e o Malawi.

- Detecção e desmantelamento pelas autoridades portuguesas de uma organização de apoio ao MPLA em Luanda e noutras cidades angolanas, com o nome de Comité de Acção NZAJI, que planeava o início da guerrilha urbana.

- Declarações de Amílcar Cabral numa visita a Inglaterra a convite do secretário-geral do Partido Trabalhista, afirmando o seu desejo de solucionar a guerra por meio de negociações com Portugal, sem condições prévias.

1

Morrem em combate na Guiné de 5 militares. Três são do BCaç 2912 e dois da CCaç 2700.

2

Morre em combate em Moçambique 1 militar da CCaç 3353.

3

A ARA assalta um paiol na região de Caneças-Loures.

4

- Morre em combate na Guiné um alferes da CArt 2715.

- Morrem em combate em Moçambique 9 militares da CCaç Marrupa.

5

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CCaç 2700.

- Nas comemorações desta data pela Oposição, a romagem ao cemitério do Alto de S. João é alvo de grande aparato policial e a sessão do Teatro Vasco Santana é proibida.

6

- Morre em combate na Guiné 1 militar do BCaç 2912.

- Morre em combate em Moçambique 1 militar da CArt 2630.

- Partem para Moçambique os BCaç 3865, 3866 e 3867.

9

- Devido a acidente morre em Moçambique o tenente António Gomes Reis.

- Morre em combate em Moçambique 1 militar da CCaç Inhambane.

10

- Morrem em combate em Moçambique 5 militares. Dois da CCaç 3310, dois da CCav 2652 e um alferes da 3ª CCmds MOÇ.

- Massacre de 19 civis na localidade de Daque, Tete, por tropas dos GE’s.

- Morre em combate na Guiné 1 militar pára-quedista do BCP 12.

11

O governo português discorda dos ataques do general Spínola ao Senegal.

12

Prolongando-se até 9 de Dezembro, foram realizadas as Operações “Pilar 1”, “Série Rompante”, “Pilar 6” e “Série Pilar”, por uma Companhia de Comandos no período de intervenção em Chicoa (Moçambique), sob a dependência operacional de um Batalhão de Cavalaria.

13

O livro As Lutas Operárias Contra a Carestia de Vida em Portugal em 1918, de José Pacheco Pereira, é proibido de circular por ser uma obra «cheia de largas tiradas em louvor da greve, do marxismo e da luta de classes.»

15

Morre em combate na Guiné 1 militar pára-quedista do BCP 12.

16

Morrem em combate em Moçambique 3 militares. Dois da CArt 2630 e um da CCav 2722.

17

Portugal inicia negociações em Bruxelas com vista à definição de um estatuto de ligação à CEE.

19

Cimeira da Comunidade da África central e oriental que aprovou a «Declaração de Mogadíscio», condenando as potências ocidentais pelo apoio dado a Portugal.

23

Partem para Angola o BCaç 3857 e a 37ª CCmds.

26

Morrem em combate na Guiné 4 militares da CArt 3332. Um alferes e três praças.

27

- Nas instalações do Comando da Área Ibero-Atlântica, em Oeiras, que recentemente haviam sido inauguradas, rebenta um engenho explosivo. A acção é reivindicada pela ARA, que algum tempo antes assaltara o paiol da pedreira da Quinta da Pipa, em Loures, de onde desviara 500 kg de trotil e 75 detonadores.

- Morrem em combate na Guiné 5 militares da CArt 2743.

30

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CArt 2743.

- É nomeado um novo Governador-Geral para Moçambique.

- Em documento, a direcção do PCP solidariza-se com a ARA: “O PCP tem apoiado e continuará a apoiar as justas acções da ARA (organização autónoma com formas específicas de actuação) e manifesta a sua solidariedade com os seus corajosos militantes”.

31

Durante este mês as baixas nas forças portuguesas totalizaram 81 mortos. Em acções de combate morreram 45 militares.

 

NOVEMBRO

?

- Acção de duas companhias de comandos africanos, na zona de Chimbila-Cazage-Luatche-Lumeje, sector de Moxico.
- Acção das forças portuguesas a noroeste de Muidumbe, COFI, Moçambique, com assalto à base provincial Moçambique da FRELIMO.

2

Parte para Angola o BCaç 3858.

3

Acção militar na região de Mucumbura (Tete), em Moçambique, que se prolongou até 24 e foi realizada por uma Companhia de Comandos, e de que resultou a morte de 16 civis.

6

- Acção de sabotagem da linha de caminho de ferro nas zonas de Caldas Xavier e Doa, Tete, Moçambique, por parte da FRELIMO, com comando à distância, resultando a destruição de três vagões e de 400 m de linha.
- É estabelecido novo regime de pagamentos interterritoriais.

- Morre em combate em Angola 1 militar do RI 22.

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CCav 2749.

- Morre em combate em Moçambique 1 militar do PelInt 2220.

7

Início das acções armadas das BR (Brigadas Revolucionárias), fundadas por Isabel do Carmo e Carlos Antunes, com sabotagem da base da NATO de Pinhal de Arneiro, Fonte da Telha.

8

Morre em combate na Guiné 1 militar da CArt 3359.

11

Já em fim de comissão, e perto de embarcar em Nacala de regresso a casa, 7 militares do BArt 2898 morrem num estranho acidente de comboio.

12

Nova acção das BR contra a bateria antiaérea em Santo António da Charneca, Barreiro.

17

- Partem para Angola os BArt 3859 e 3860.

- Morrem em combate em Moçambique 2 militares. Um da CCav 2652 e um da CCaç 2709.

18

- Alvejamento por forças da FRELIMO de um avião DO-27 em missão de RVIS, com morte do oficial observador, na região do Niassa.
- Kaúlza de Arriaga, em carta enviada a Marcello Caetano, denuncia a colaboração prestada ao inimigo por uma parte da população branca de Moçambique.

- Devido a acidente morre em Angola o major Fernando Lobo Costa.

- Morre em combate em Moçambique um alferes da CCaç 2707.

- Morre em combate em Angola 1 militar pára-quedista do BCP 21.

19

A Assembleia Nacional decreta o «estado de subversão», por se verificarem «actos subversivos graves em algumas parcelas do território nacional».

20

Morre em combate na Guiné 1 militar fuzileiro especial do DFE 13.

21

Morre em combate em Moçambique 1 militar da CCaç 3469.

23

- Morre em combate na Guiné 1 militar do BCav 3846.

- Morre em combate em Moçambique 1 militar da CCaç 2707.

24

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CArt 3417.

- O ministro do Ultramar manda proceder a um inquérito sobre os massacres de Mucumbura denunciado por missionários.

25

Morrem em combate na Guiné 2 militares da CCav 2747. Um alferes e um soldado.

26

Morre num acidente em Angola o tenente-coronel Fernando da Fonseca.

28

Em comunicado, o PCP critica as BR e afirma o seu apoio às acções da ARA.

30

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CCav 3378.

- Morre em combate em Moçambique 1 militar do BCaç 15.

- Durante este mês as baixas nas forças portuguesas totalizaram 50 mortos. Em acções de combate morreram 19 militares.

 

DEZEMBRO

?

- Operação "Safira Solitária" realizada por duas companhias de comandos africanos na zona de Ores, Oeste da Guiné, com vários contactos com forças do PAIGC.
- Grande operação das forças portuguesas a SE de Nangade (Cabo Delgado -Moçambique), com assalto à base Beira e ao Destacamento de Nangade.
- "Operação Presença", do Movimento Nacional Feminino, com a edição do LP "Natal-71".
- Na Guiné foi activado o Destacamento de Fuzileiros Especiais Africanos (DFE 22).

3

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CCaç 3304.

- Morre em combate em Moçambique 1 militar da CCaç M. Praia.

- Aprovação do plano de operações para a integração dos guerrilheiros da UNITA pelo Governo-Geral de Angola, que prevê para Savimbi um cargo administrativo.

4

Parte para Moçambique o BCaç 3868.

6

Morre em combate na Guiné 1 militar da CArt 2732.

7

- Morre em combate em Angola 1 militar da CCav 2692.

- Morre em combate em Moçambique 1 militar do CIGE.

9

- Morre em combate em Angola 1 militar da CCaç 307/RI 22.

- Portugal e os Estados Unidos renovam o acordo das Lages.

13

Morrem em combate em Moçambique 3 militares. Um sargento do PelRec 2292, um soldado da CTpts 2337 e um da CCaç 2795.

14

Partem para Angola o BArt 3861 e o BCav 3862.

15

- Morre em combate em Angola 1 militar da CCaç 104/RI 22.

- Morrem em combate em Moçambique 2 militares. Um da CCaç 2708 e um da CCaç 2729.

16

- Morre em combate em Moçambique um furriel do BCaç 17.

- Marcello Caetano declara em «conversa em família» que os «nossos amigos americanos (...) são agora também nossos aliados».

17

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CArt 2732.

- Um diplomata da delegação dos EUA na ONU, Charles Diggs, demite-se denunciando a «hipocrisia» da administração Nixon em relação a África.

18

- Morrem em combate em Moçambique 3 militares. Dois da CCaç 3397 e um da CCaç Vila Cabral.

- Parte para a Guiné o BCaç 3872.

- A PIDE/DGS manda apreender todos os exemplares do livro Poesias e Cartas de José Bação Leal, falecido em combate em Moçambique em 1965. Após a sua morte, os amigos juntaram-se para editar, em forma de homenagem póstuma, os seus poemas e cartas. Em 1971 o seu pai reedita-o desta vez com um grande impacto no meio literário e intelectual. Será, nesse ano, o livro mais vendido na Feira do Livro de Lisboa, antes de ser apreendido pela PIDE em 18-12-1971.

20

Inicia-se a tentativa pelo Exército português de recuperar posições na Frente Norte da Guiné, mas retira-se depois de sofrer 60 baixas na zona de Mores.

21

Morre em combate na Guiné 1 militar da 2ª CCmdsAfric.

22

- Parte para a Guiné o BArt 3873.

- Morrem em combate em Moçambique 3 militares do BCaç 20, CCaç 2703 e CCaç 2708.

24

Morrem em combate na Guiné 5 militares dos comandos.

25

Ataque da FRELIMO ao aquartelamento de Macomia (Moçambique), sede do Batalhão de Cavalaria 2923.

28

Morre em combate em Moçambique um furriel do BCaç 17.

30

- Morre em combate em Moçambique 1 militar do BCaç 20.

- Realização de uma Operação na zona de Gago Coutinho (Tete), pelos Comandos, com a missão de garantir a defesa próxima e imediata do Governador-Geral e Comandante-Chefe das Forças Armadas de Moçambique, por ocasião da visita à unidade ali estabelecida.

31

- Em Moçambique foi decretada a Operação “Fronteira”, que se estendeu ao longo do Rovuma até Palma, com o fim de concentrar as populações da região.

- Durante este mês as baixas nas forças portuguesas totalizaram 66 mortos. Em acções de combate morreram 29 militares.

- Os efectivos militares atingem os 62 060 homens em Angola, 29 210 na Guiné e 44 505 em Moçambique. As tropas portuguesas sofreram ao longo do ano 783 mortos sendo 389 em combate.
A percentagem das despesas militares no total das despesas públicas é de 38,8 por cento.

publicado por estrolabio às 18:00

editado por Luis Moreira em 02/02/2011 às 22:52
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Sexta-feira, 28 de Janeiro de 2011

Da Guerra do Vietname à Fiat

Agradecemos pessoalmente a Mario Domenico Nuti o envio do seu artigo. O autor foi conselheiro de Jacques Delors para os assuntos de Leste.

O texto fala por si, mas tanto como o texto fala o que no título está indicado , da guerra do Vietname  à Fiat. A primeira questão  que nos  surge  com este título é o que tem a ver a guerra do Vietname com a “guerra” da direcção da Fiat contra os seus  trabalhadores na Itália? As primeiras linhas valem por um outro artigo, o que há de comum é que a guerra humilhante do Vietname feita pelos americanos, foi feita porque estes  podiam fazê-la, a guerra da direcção da Fiat é também ela agora feita porque a pode fazer, porque o  governo italiano e a  União Europeia no quadro de valores que é o seu, o permitem também. E é tudo.

Júlio Marques Mota



Em 1968, no auge da ofensiva do Tet, discuti com o sociólogo americano Edward Shils (1910-1995), na Universidade de Cambridge, sobre a inutilidade, a maldade e a imoralidade da guerra do Vietname. Shils respondeu-me secamente, dizendo que os EUA estavam no Vietname simplesmente "porque podem" e que não havia nada mais a dizer sobre o assunto. E,de facto,com certeza que podiam: os EUA tinham as tropas, os meios militares, os recursos financeiros para o fazer e poderiam escapar às suas consequências se o quisessem (naquela altura). Isto, naturalmente, não implicava que a guerra servisse os melhores interesses americanos, que fosse justificável, ou que os americanos acabassem por ganhá-la. Shils viveu o tempo suficiente para ver a inglória fuga desordenada da últimasaída de helicóptero da embaixada dos EUA em Saigão.


Em 2010, Sergio Marchione, da Fiat, adoptou uma estratégia hostil nas relações industriaiscom os seus trabalhadores, primeiro na fábrica de Pomigliano d'Arco, no sul da Itália e, em seguida, na fábrica de Mirafiori, em Turim. Ou os trabalhadores da Fiataceitavam maior flexibilidade laboral, horários de trabalho mais longos e maior intensidade do trabalho ou a Fiat iria investir cerca de20 mil milhões de euros noutros países, nomeadamente na Sérvia e no Canadá. Em Pomigliano foi feito um referendo entre os trabalhadores, que aceitaram o acordo, mas aextraordinária maioria expressa,de mais de 60% dos votos,foi considerada insuficiente por Marchionne. Na fábrica de Mirafiori, em Turim, em 29 de Dezembro,a Fiat assinou um acordo com todos os sindicatos (Fim, Uilm e Fimsic), excepto com FIOM, o sindicato dos metalúrgicos, tradicionalmente mais militante. Agora, foi convocado um referendo para13-14 de Janeiro, e o FIOM convocou uma greve geral para 28 de Janeiro, mobilizandonão só os metalúrgicos, mas todas as "forças sociais de oposição",desde os estudantes aos movimentos que se opõemà  privatização da água.


A atitudede Marchionne é uma reminiscência da perspectiva de Shils sobre a Guerra do Vietname: a Fiat está a lutar contra o Sindicato dos metalúrgicos FIOM "porque pode".A globalização agudizou drasticamente a concorrência entre os mercados de trabalho no mundo: as migrações de trabalhadores e as deslocalizaçõesda produção são as formas mais visíveisdesta intensificação da concorrência, mas a liberalização do comércio é a sua mais importante manifestação quantitativa. Mesmo que as fábricas se mantivessem para sempre onde estão, a nova produção seguiria naturalmente a lógica das vantagens comparativasa nível global. É isto que levou à redução da componente dos salários no PIB nos países avançados, de 65% para 55%, no período 1980-2005 (World Economic Outlook do FMI, de Junho de 2007), uma tendência que tem continuado até hoje, excepto um pequeno aumento do peso relativo dos salários no PIB, em 2009, devido à queda temporária de lucros na recessão. Isto é o que permite à Fiat impor este cru ultimato aos trabalhadores: é pegar ou largar, nem pensem sequer que podem negociar seja o que for.


publicado por Carlos Loures às 21:00

editado por Luis Moreira às 00:39
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Cronologia da Guerra Colonial - 1968 2/2 - por José Brandão

 

JULHO

?

- Acção das forças portuguesas na região de Lumeje, Angola, com destruição de dois acampamentos.
- Acção das forças portuguesas helitransportadas a sueste de Moçambique, com destruição de duas bases da FRELIMO.
- A OUA reconhece o MPLA como única organização nacionalista de Angola, cessando o apoio à FNLA.
- A Gulf Oil americana inicia a extracção de petróleo de Cabinda.

2

O Zaire queixa-se de violação do seu território por tropas portuguesas.

5

- Morre em combate na Guiné 1 militar do PelRec 2022.

- Morre em combate em Moçambique 1 militar da CCaç 1619.

6

- Fuzileiros no chão Manjaco, em missão de patrulha e fiscalização no rio de Catora, desembarcaram de bote a cerca de 500 metros a Sul da estrada Có-Pelundo e surpreenderam um grupo de guerrilheiros, causando-lhe três mortos e dois feridos e apreendendo uma espingarda automática, uma pistola-metralhadora e outro material.

- O livro O Motim, de Miguel Franco, é proibido por «procurar criar um clima de agitação nitidamente marxista».

8

Morre em combate em Angola o tenente pára-quedista António Manuel Pinto Assoreira.

9

- Entra em funcionamento o Centro de Alcoitão para mutilados de guerra.

- Morre em combatCe em Angola 1 militar da 12ª CCmds.

10

- O Conselho de Ministros decide a adjudicação provisória da construção da barragem de Cahora Bassa, em Moçambique, ao consórcio Zamco, liderado por empresas da África do Sul.

- Morrem em combate em Angola 3 militares do BCP 21. Dois furriéis e um soldado pára-quedista.

11

Entra em vigor nova Lei do Serviço Militar.

14

Morrem em combate na Guiné 3 militares. Um alferes da CArt 1689, um furriel da CCaç 1792 e um soldado do BCaç 2834.

15

- Morre em combate na Guiné um alferes do PelCaç 69.

- Directiva do Comando-Chefe da Guiné sobre a remodelação do dispositivo.

16

Morrem em combate na Guiné 2 militares do PelCaç 64

17

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CArt 1745.

- Os trabalhadores da Carris recusam-se a cobrar bilhetes (greve da mala) e ao fim de 3 dias e depois de vários confrontos com a polícia de choque conseguem um aumento diário de 20 escudos e o compromisso da revisão da contratação colectiva, assumido pela administração da empresa.

- Decorre novo movimento de greve entre os pescadores.

20

- Devido a acidente morrem na Guiné 4 militares. Três são da CCaç 1686.

- Morrem em combate na Guiné 2 militares da CArt 1802. Um alferes e um soldado.

- Entre os dias 20 e 25, a FRELIMO realiza no distrito do Niassa o seu II Congresso.

21

Morre em combate na Guiné 1 militar da CCaç 1788.

23

Partem para Moçambique o BCaç 2853 e o BCav 2850.

24

- Partem para a Guiné os BCaç 2851 e 2852.

- Morrem em combate na Guiné 3 militares. Um da CArt 1690, um da CArt 2339 e um do PelRec 2022.

25

Parte para Angola o BArt 2849.

28

- Morre em combate em Moçambique 1 militar da CCaç 1654.

- Fiat abatido: Fiat G-91 da FAP, pilotado pelo tenente-coronel Costa Gomes, atingido por fogo de antiaérea de 50 polegadas, (12,7mm) disparado da fronteira da Guiné-Conacri. O piloto foi visto a cair de páraquedas a cerca de dois kms de um aquartelamento e recolhido pouco tempo depois pelas tropas portuguesas.

29

- Morre em combate em Angola 1 militar da CCaç 2334.

- Morre em combate na Guiné 1 militar do PelMort 1191.

- O primeiro grupo do destacamento Certeza, do MPLA, encontrava-se na margem esquerda do rio Lualo, a sueste de Nova Chaves (no seu objectivo), vindo o seu posto de comando a receber o nome de código “Kaladende”.

30

- Morrem em combate na Guiné 2 furriéis da CArt 1646.

- Morre em combate em Moçambique 1 militar da CArt 2371.

31

- Morre em combate em Angola 1 militar do BCaç 1929.

- Morre em combate em Moçambique 1 militar do BCaç 19.

- Durante este mês as baixas nas forças portuguesas totalizaram 64 mortos. Em acções de combate morreram 28 militares.

 

AGOSTO

?

- Primeira utilização, pelo PAIGC, do morteiro de 120 mm, em Gandembel.
- Em Angola a UNITA provoca um dos últimos descarrilamentos no Caminho-de-ferro de Benguela.

3

Salazar cai da cadeira de lona, no Forte de Santo António, em São João do Estoril.

4

Morrem em combate na Guiné 2 militares da CCaç 2317.

5

Morre em combate em Moçambique 1 militar do BCaç 15.

6

- Morrem em combate em Angola 2 militares da CArt 1658.

- Devido a acidente morrem em Angola um capitão e um furriel.

- Morre em combate na Guiné 1 militar da LDM 301.

8

- Morre em combate em Angola um furriel do Btr 522.

- A secção Pachanga, do MPLA, estava na região de Luatxe, juntamente com a primeira secção do destacamento BBKO.

9

Morre em combate em Angola um furriel da CCaç 2306.

10

- Ataque da FRELIMO à base de Mueda, AM51.
- Morre em combate em Moçambique 1 militar do ECav 2.

11

- Parte para a Guiné a 16ª CCmds.

- Morre em combate em Moçambique o capitão Horácio Martins Valente da 4ª CCmds.

13

- Morre em combate em Angola 1 militar pára-quedista do BCP 21.

- Morrem em combate em Moçambique 2 militares. Um soldado do BEng 2 e um do ECav 2.

- A ONU revela que existem cerca de 300 mil refugiados de Angola no Zaire, cerca de 61 mil da Guiné no Senegal, e cerca de 122 mil de Moçambique na Zâmbia e Tanzânia.

14

D. L. n.° 48 527. Cria nas Províncias Ultramarinas cursos de formação e actualização de professores do Ciclo Preparatório do Ensino Secundário.

16

- Morre em combate em Angola um fuzileiro especial do DFE 2.

- Morre em combate em Moçambique um alferes da CCaç 1803.

- Venâncio Deslandes nomeado chefe de Estado-Maior-General das Forças Armadas.

17

- Morre em combate em Angola um fuzileiro especial do DFE 2.

- Morrem em combate em Moçambique 2 militares. Um furriel e um soldado do BCaç 2832.

19

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CCaç 2529.

- Remodelação no governo, entrando Gonçalves Rapazote para o Interior, o almirante Pereira Crespo para a Marinha, o brigadeiro Bethencourt Rodrigues para o Exército e José Hermano Saraiva para a Educação.
- Um «comando» da LUAR tenta ocupar a cidade da Covilhã, mas a operação fracassa devido à prisão de alguns dos dirigentes e operacionais.

- Mampatá, Aldeia Formosa, pelas 20 horas, segunda flagelação do dia: mais de uma centena de granadas de canhão sem recuo em pouco mais de 10 minutos.

22

Morre em combate na Guiné 1 militar da CArt 1646.

23

Ainda em Mampatá, uma coluna para Gandembel levanta 57 minas antipessoais e quatro fornilhos. No mesmo trajecto a mesma coluna sofre cinco feridos em emboscada.

24

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CCav 1662.

- Explode no Pacífico a primeira bomba H francesa.

27

- Morre em combate em Angola 1 militar da CCaç 2356.

- Em Gandembel, pára-quedistas entram num trilho e esbarram com um acampamento da guerrilha. Apanhados de surpresa, os guerrilheiros sofrem cerca de duas dezenas de mortos e causam dois feridos aos páras.

- Neste mesmo dia, flagelações a Aldeia Formosa, Gandembel, Guileje e Buba. São suspensas de Mampatá as colunas para Buba e Gandembel: a picada, as margens e algumas zonas da mata encontram-se semeadas de minas de todo o tipo. Incapacidade em reabastecer Gandembel e Ponte Balana, depois de na primeira tentativa as tropas estacionadas em Gandembel terem sofrido seis mortos e um desaparecido e na segunda ter rebentado uma anti-pessoal causando ferimentos graves a um militar.

28

- Morrem em combate na Guiné 4 militares. Dois soldados da CCaç 2401 e dois pára-quedistas do BCP 12.

- Morre em combate em Moçambique um furriel da CCaç 1803.

29

Morre em combate em Angola um alferes da CArt 1768.

30

Morre em combate em Angola 1 militar da CCaç 1673.

31

- Em finais deste mês terminou a odisseia de um soldado português, pertencente a um batalhão estacionado em Mansoa. Raptado pela guerrilha quando tomava banho numa bolanha, perto da povoação, foi levado para um acampamento. Escapou aos sequestradores, internou-se na mata e, depois de dias e dias perdido, vislumbrou as luzes de um aquartelamento. Sem saber estava a mais de cem quilómetros de distância do seu quartel.

- Durante este mês as baixas nas forças portuguesas totalizaram 71 mortos. Em acções de combate morreram 31 militares.

 

SETEMBRO

?

- Flagelação de Gandembel por forças do PAIGC com grande poder de fogo e centenas de rebentamentos, com destaque para a utilização de canhões sem recuo e morteiros de 120 e 82.
- Ataque do PAIGC ao quartel de Sare Banda, no Sector Leste da Guiné, durante 90 minutos, com grande poder de fogo, causando dois mortos e três feridos graves.

1

Morre em combate na Guiné um furriel da CCaç 2406.

3

- Morrem em combate na Guiné 2 militares. Um soldado da CArt 1802 e um furriel da 5ª CCmds.

- Morre em combate em Moçambique 1 militar da CCaç 2409.

5

Morrem em combate em Angola 7 militares da CCaç 2306. Um alferes e seis praças.

7

- Morre em combate em Angola um sargento pára-quedista do BCP 21.

- Revelação pública do acidente de Salazar o qual levará à manifestação de grave doença cerebral, pondo termo à sua longa actividade política.

8

Morre em combate na Guiné 1 alferes da CArt 1690.

9

Morre em combate na Guiné um furriel da CArt 1690.

11

Morre em combate na Guiné 1 militar da CCav 1747.

13

Morre em combate em Moçambique 1 militar da CCav 2398.

14

- Morre em combate em Angola 1 militar da CArt 1701.

- Morre em combate em Moçambique 1 militar da CCav 2398.

16

Salazar entra em estado de coma.

17

Américo Tomás convoca o Conselho de Estado para se pronunciar sobre a eventual substituição de Salazar.

19

- Morrem em combate em Moçambique 2 militares do BCaç 2836. Um alferes e um soldado.

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CArt 2339.

20

Morrem em combate em Angola 2 militares da CCaç 206.

21

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CArt 2412.

- Um grupo da UNITA, comandado por Muanangola, efectua uma emboscada a sul de Cangumbe (Angola).

24

Morre em combate em Angola 1 militar da CCav 1775.

25

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CArt 2339.

- Américo Tomás exonera Salazar e nomeia Marcello Caetano para chefiar o governo.

26

- Morre em combate em Angola 1 militar da CCaç 206/RI 21.

- Marcelo Caetano discursa no Palácio de S. Bento após a tomada de posse do Governo.

- Morre de doença na Guiné o coronel Tristão Bacelar.

27

- Governo de Marcelo Caetano, que declara a sua firme intenção de eleger como prioridade política a defesa do Ultramar. É chamado para ministro da Defesa o general Sá Viana Rebelo.

- O PCP divulga uma declaração: “O PCP e o momento político actual”. Toma também posição sobre os acontecimentos de Agosto, na Checoslováquia, apoiando a intervenção da União Soviética.

- Antenor Patino, magnate do estanho, organiza uma festa em Colares, acontecimento mundano para a high society, a que os jornais dão grande relevo.

29

Morre em combate em Moçambique 1 militar pára-quedista do BCP 31.

30

- Morre em combate em Angola um sargento pára-quedista do BCP 21.

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CCaç 2315.

- Na Guiné foi determinada a organização das tabancas em autodefesa e o reordenamento das populações, em íntima ligação com os serviços do Governo da Província.

- Durante este mês as baixas nas forças portuguesas totalizaram 61 mortos. Em acções de combate morreram 30 militares.

 

OUTUBRO

?

- Spínola, em documento oficial sobre o problema militar da Guiné, declara: «Não hesitamos em considerar como uma triste realidade a situação que hoje se vive na Guiné, situação que abrange (…) o aspecto económico-social e o aspecto militar».

- Operação “Exarco” na ZML em Angola, com o objectivo de destruir o quartel-general da III Região Militar do MPLA, situada no Dengue, Moxico.

- Decisão do Senegal de dificultar a permanência de elementos do PAIGC no seu território.

- Reunião de alto nível do MPLA, cuja principal decisão foi o reinicio das suas actividades militares em Cabinda.

- Decisões da última reunião do Comité Central da FRELIMO: criação de um Alto Comando Militar, de um Comité Disciplinar e de um Tribunal Militar, configurando as primeiras medidas de um exército regular.

- Reacção de forças portuguesas a uma acção da FRELIMO em Cabo Delgado, Macomia, levando à apreensão de vário material de guerra, entre o qual espingardas Kalashnikov e Simonov, lança-granadas-foguete e granadas de mão.

3

- Parte para Angola a 19ª CCmds.

- Morre em combate em Angola um furriel da CCaç 2362.

4

Morre em combate em Angola 1 militar da CCaç 2310.

5

No Porto a polícia reprime, violentamente, uma manifestação, que procurava assinalar o aniversário da implantação da República, organizada pela Oposição.

7

- Morre em combate em Angola 1 militar da CCav 1407.

- Uma brigada da PIDE apreende cerca de 3 mil exemplares da obra Nota sobre a Instrução Criminal de Francisco Salgado Zenha, numa tipografia em Vila Nova de Famalicão.

8

O cardeal Cerejeira denuncia a Marcello Caetano o padre Felicidade Alves como autor de homilias que constituem «escândalo público».

11

Morre em combate em Moçambique 1 militar do ECav 2.

12

- Partem para Angola o BCaç 2855 e o BCav 2854.

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CCaç 2402.

13

- Morre em combate na Guiné um fuzileiro especial do DFE 13.

- Devido a acidente morre em Angola o capitão da Força Aérea Vasco Paulo de Lemos.

17

Morre em combate em Angola 1 militar da 12ª CCmds.

18

Morrem em combate em Angola 2 militares. Um cabo da 12ª CCmds e um cabo da CCaç 1697.

19

Morre em combate em Moçambique 1 militar da CCav 2416.

20

Morre em combate na Guiné 1 militar pára-quedista do BCP 12.

21

Morrem em combate em Angola 2 militares. Um furriel da 12ª CCmds e um cabo da CCaç 206.

23

- Parte para a Guiné o BCaç 2856.

- Parte para Moçambique a 18ª CCmds.

- Morrem em combate na Guiné 2 militares do PelRec 2350.

24

- O chanceler da República Federal da Alemanha, Kurt Kiesinger, visita oficialmente Lisboa.

- Desloca-se a Portugal, em viagem oficial, o ministro das Relações Externas do Brasil.

- Com a presença dos países membros, decorre em Lisboa uma reunião da NATO.

- Realiza-se, algures no País, a 4. ª Convenção da ASP.

- O estudante Daniel Sousa Teixeira morre no hospital, depois de ter sido preso pela PIDE em 20 de Agosto. Um grupo de 56 cidadãos exige um inquérito imparcial.

- Familiares de presos políticos exigem a amnistia geral daqueles. São efectuadas prisões.

25

Morre em combate na Guiné 2 militares. Um alferes da CArt 1745 e um soldado da CArt 2413.

27

Morre em combate na Guiné 1 militar da CCaç 3.

28

- Morre em combate em Angola 1 militar pára-quedista do BCP 21.

- Pelotão de Sapadores do Batalhão de Caçadores de Lourenço Marques (BC-18) e outras forças portuguesas, foram atacadas entre o largo de Oasse e Antadora, tendo sofrido 3 mortos e 35 feridos com todas as viaturas e maquinaria da Engenharia afectada.

30

- Morre em combate em Angola 1 militar da CArt 1766.

- Morrem em combate na Guiné um alferes e um soldado da CCaç 6 e um pára-quedista do BCP 12.

31

- Em Angola o MPLA achava-se em vias de consolidar a sua actividade político-militar na Lunda e na faixa leste do sector do Luso e de infiltrar uma secção do destacamento BBKO na região de sautar, através da infiltrante geral do rio Luena-Sandando-rio Cassai, que materializaria a Rota Agostinho Neto.

- Morrem em combate em Angola 4 militares da CArt 1767. Um furriel e três soldados.

- Durante este mês as baixas nas forças portuguesas totalizaram 73 mortos. Em acções de combate morreram 31 militares.

 

NOVEMBRO

?

- Os comandos militares portugueses afirmam que a UNITA perde sistemática e progressivamente terreno na zona leste de Angola a favor do MPLA, que, através de equipas anti-UNITA lançadas à frente dos destacamentos de apoio, vai procedendo à limpeza das áreas.
- O ministro do Interior, Gonçalves Rapazote, condecora o director da PIDE com as insígnias da Ordem do Infante.

1

Morre em combate na Guiné 1 militar do PelRec 2045.

5

A GNR detém e entrega à PIDE 19 activistas das Testemunhas de Jeová, acusados de promoverem reuniões de contestação à guerra.

6

- Morre em combate na Guiné um furriel da CCaç 2402.

- Morre em combate em Moçambique um furriel da CCav 2400.

7

Devido a acidente morre em Angola o capitão José Bernardino Rosado da 12ª CCmds.

8

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CCaç 2317.

- O cardeal Cerejeira suspende de funções o padre Felicidade Alves.

9

Parte para a Guiné o BArt 2857.

10

- Morre em combate em Moçambique 1 militar da CCaç 2419.

- Mário Soares é autorizado a regressar do degredo em S. Tomé.

12

- Morrem em combate em Angola 2 militares da CCaç 2380.

- O D. N. publica declarações do padre Felicidade Alves sobre a decisão do Cardeal Patriarca, onde refere ter-se retractado por três vezes, e em público, das afirmações consideradas injuriosas. Discorda das acusações que lhe foram movidas e dos métodos utilizados, afirmando que os processos inquisitoriais ainda não terminaram na Igreja Portuguesa.

14

Morre em combate na Guiné um furriel da CArt 1746.

15

Resolução aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU que condena Portugal por incursões feitas em território zairense por algumas autoridades angolanas em perseguição de grupos armados.

17

- Morre em combate em Angola um alferes da CCaç 2364.

- Morre em combate na Guiné um furriel da CArt 1692.

18

Morre em combate em Angola um fuzileiro especial do DFE 2.

19

Morrem em combate na Guiné 2 militares da CCaç 1789.

21

Morrem em combate em Angola 2 militares. Um soldado da CCav 1777 e um soldado da CCaç 2360.

27

- Morrem num acidente em Angola 1 sargento e 2 furriéis dos comandos.

- Discurso de Marcelo Caetano na Assembleia da República, onde declara que «a liberdade e a independência dos países da Europa ocidental joga-se não só na própria Europa, como em Africa».

- Em férias, estudantes exigem a demissão dos responsáveis pela Universidade.

- Em Coimbra, decorrem manifestações estudantis favor da autonomia universitária, de eleições livres e de liberdade de crítica.

28

Morre em combate em Angola 1 militar da CCav 2302.

29

- A política africana portuguesa é de novo condenada pela ONU, por 96 votos a favor da resolução, contra 13 e 3 abstenções.

- Movimento dos trabalhadores ferroviários para obtenção de aumentos salariais.

- No Tribunal Plenário de Lisboa são condenados vários militantes, que se consideram marxistas-leninistas.

30

- O MPLA tinha parte do destacamento BBKO instalado na região de Luma-Cassai e a secção Certeza implantara-se entre Casage-Nova Chaves e o rio Cassai.

- Durante este mês as baixas nas forças portuguesas totalizaram 51 mortos. Em acções de combate morreram 16 militares.

 

DEZEMBRO

?

- Início da deslocação de populações da área destinada à construção da barragem de Cahora Bassa.
- A FRELIMO dispõe de unidades constituídas pelas FPLM (Forças Populares de Libertação de Moçambique), no Niassa e Cabo Delgado, que realizam durante o ano 1087 acções.

- A PIDE sabia que as bases da FRELIMO Catur e Chala se situavam Malawi e tinham como objectivo a penetração na Zambézia. Em princípios de 1968, a base de Catur tinha centena e meia de homens, mas final do ano estava reduzida à centena, incluindo quinze da base de segurança de Maneta e oito da base de Nane. Nesta mesma altura, em princípios de 1968, por Catur terá passado um grupo especializado em sabotagem, que devia entrar em Manica e Sofala. E passara, também, grande quantidade de material de sabotagem, incluindo minas anticarro, minas «tinteiro», morteiros, bazucas e munições.

- Criação em Moçambique do sector F, com sede em Tete, onde existiam já seis Batalhões, compreendendo quatro subsectores de Batalhão: Tete, Fingoé, Bene e Furancungo.
- O governo sueco anuncia a concessão de ajuda aos movimentos nacionalistas das colónias portuguesas.

- Início da exploração de petróleo em Cabinda pela GuIf OiI.

- A UNESCO decide não conceder qualquer auxílio ou cooperação ao Governo português até que “as autoridades portuguesas renunciem à sua política de dominação colonial e de discriminação racial”.

- É criado o Movimento Vanguardista, agrupamento estudantil de extrema-direita, que se manterá activo até 1971. Publica um jornal Agora e uma revista Vanguarda onde desenvolve uma regular e violenta oposição a Marcelo Caetano.

- O livro A Voz e o Sangue, de Carlos Loures, é apreendido e vale ao autor seis meses de prisão. Outros livros deste autor serão também apreendidos pela polícia política, o mesmo sucedendo com a antologia, em colaboração com Manuel Simões, - Hiroxima (1967) igualmente alvo de perseguição pela PIDE.

- Constitui-se o Movimento da Juventude Trabalhadora, afecto à Oposição.

5

Morrem em combate em Angola 6 militares. Três da CCaç 2356 e dois da CCaç 1778.

6

Morre em combate na Guiné 1 militar da CCaç 2366.

7

Morrem em combate em Angola 3 militares. Um da CCaç 211, um da CCaç  2432 e um da CCav 1774.

8

Início das conversações de Paris com vista ao cessar-fogo no Vietname.

14

Morrem em combate em Moçambique 2 militares. Um da CCav 2376 e um da CCaç 2449.

15

Morre em combate em Moçambique um alferes da CCav 2400.

16

- Morre em combate em Angola um furriel da CCaç 1732.

- O ministro da Defesa, Sá Viana Rebelo, declara que Angola é «um foco de intensa subversão».
- Os socialistas divulgam um manifesto denunciando a «guerra em três frentes, cada dia mais gravosa, mortífera e sem solução militar».

17

Morre em combate em Moçambique 1 militar da CCaç 2321.

20

Devido a acidente morrem em Angola 2 alferes e 1 cabo da Força Aérea.

22

- Morrem em combate em Angola 5 militares da CCaç 2356. Um alferes e quatro praças.

- Um guerrilheiro cubano é abatido em Cabinda.

24

Morre em combate na Guiné 1 militar da CCaç 2314.

26

- O quadro de pessoal da PIDE é composto por 3202 funcionários, sendo 1187 do Continente e Ilhas Adjacentes, 40 de Cabo Verde, 101 da Guiné, 26 de S. Tomé, 1116 de Angola, 662 de Moçambique, 8 de Macau e 4 de Timor.

- Marcelo Caetano procede a modificações nos órgãos dirigentes da UN. Albino dos Reis, antigo presidente da AN e ministro, é o novo presidente da Comissão Central; Guilherme Melo e Castro, considerada uma figura liberal, é o presidente da Comissão Executiva.

- Realiza-se uma reunião de sectores socialistas, onde é aprovado um “Manifesto à Nação”, subscrito por cerca de 4 centenas de cidadãos, e que a Censura cortou integralmente, apesar do seu tom moderado.

- A PIDE encerra o Instituto Superior Técnico, sob o pretexto de ser um centro de subversão.

- Estudantes de Lisboa decretam “luto académico” e denunciam a violência policial num documento intitulado “A policia na Universidade”.

- Movimento de greve de cerca de 2 mil trabalhadores da Lisnave.

28

Directiva do Comando-Chefe da Guiné sobre operações psicológicas e estabelecimento do slogan «Uma Guiné Melhor».

29

Morre em combate em Angola um alferes da CCaç 2433.

31

- Morre em combate em Moçambique 1 militar da CCaç 1714.

- Duas centenas de católicos, reunidos na Igreja de S. Domingos, condenam a guerra colonial.
- Durante este mês as baixas nas forças portuguesas totalizaram 48 mortos. Em acções de combate morreram 23 militares.

- Os efectivos militares portugueses nas colónias são de 58 230 homens em Angola, 22 839 na Guiné e 36 615 em Moçambique. As tropas portuguesas sofrem 794 baixas mortais nos três teatros de guerra sendo 389 em combate. As despesas militares representam 51,9 por cento do total das despesas públicas.

publicado por estrolabio às 18:00

editado por Luis Moreira às 00:29
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Quarta-feira, 19 de Janeiro de 2011

Cronologia da Guerra Colonial- 1964 - 4 - por José Brandão

 

JULHO

?

- Guiné, o PAIGC utiliza a metralhadora pesada Bren (apreendida em 1963) e a metralhadora Borsig.

- Conferência de alto nível de 34 chefes de Estado africanos no Cairo, em cuja ordem do dia se salienta a apreciação do relatório do Comité de Libertação de Africa e o exame da situação nas colónias portuguesas.

- Interferência do presidente do Congo-Brazzaville na Conferência do Cairo, pondo em causa a decisão tomada pela OUA em favor do GRAE de Holden Roberto, que leva à criação de uma subcomissão para averiguações.

- Os movimentos de libertação adaptam a sua propaganda à realidade e visam atingir os militares portugueses, convencendo-os de que a guerra em África lhes é imposta, devendo os seus esforços voltarem-se contra o Governo português.

- Declarações do assistente do secretário de Estado americano para os Assuntos Africanos sobre o desejo de ver Portugal reconhecer publicamente o princípio da autodeterminação, devendo-se encorajar ambas as partes às cedências necessárias a um acordo.

2

- Morre em combate em Angola um furriel da CCav 624.

- Morrem em combate na Guiné 2 militares do PelRec 42 e um do BCaç 507.

3

Início do 1° Curso de Comandos da Guiné no aquartelamento em Brá.

5

Independência da Niassalândia que toma o nome de Malawi, presidido por Hastings Banda.

6

- Morre em combate em Angola 1 militar da CCaç 404.

- D. L. n.° 45 796. Cria a Embaixada de Portugal em Zomba, no Malawi.

8

Morrem em combate na Guiné 3 fuzileiros especiais.

9

- Partem para Angola o BArt 701 e a 1ª CCmds.

- Ampliado o período de escolaridade obrigatória (de 4 para 6 anos).

10

- Morre em combate em Angola 1 militar da CCaç 553.

- Regulamento Policial. É proibido o trânsito ou permanência de pessoas descalças em todos os lugares públicos da área do distrito de Lisboa (Ficam excluídas desta proibição as áreas das praias marítimas ou fluviais e das piscinas).

12

Morrem em combate em Angola o capitão Carlos Duarte Prudente, 2 furriéis e 1 cabo da CCav 487.

15

Partem para a Guiné o BCaç 697 e o BEng 447.

17

- Morre em combate em Angola 1 militar pára-quedista do BCP 21.

- O cônsul de Portugal na Rodésia dá garantias de apoio a Ian Smith para o caso de uma declaração da independência unilateral pela minoria branca.

18

- Demissão de Jonas Savimbi do GRAE e da FNLA.

- Parte para a Guiné o BCav 705.

21

- O capitão António Afonso Vigário e uma praça da CCaç 546 morrem em combate em Angola.

- Morre em combate na Guiné um fuzileiro especial do DFE 8.

22

Morrem em combate em Angola um furriel da CCav 680 e uma praça da 7ªCCaç/RINL.

23

Américo Tomás inicia uma visita a Moçambique.

29

Morre em combate na Guiné 1 militar da CCaç 675.

31

- Proibido o livro Raízes da Expansão Portuguesa, de António Borges Coelho, «por se tratar de um escrito dissolvente e isento de seriedade», na opinião da Censura.

- Acidente em Angola causa 10 mortos nas forças portuguesas. Sete são militares do PelAAA 960.

- Durante este mês as baixas nas forças portuguesas totalizaram 47 mortos. Em acções de combate morreram 20 militares.

 

AGOSTO

?

- O MPLA desenvolve uma intensa campanha política a partir do Congo-Brazza, tentando aproveitar a crise da FNLA.

- A FNLA procura atenuar os efeitos da crise interna motivada pelo abandono de alguns dos seus dirigentes.

1

- Os funcionários públicos em Angola passam a frequentar, com carácter obrigatório, exercícios de defesa civil.

- O Congo-Leopoldville toma a designação de República Democrática do Congo (RDC).

- Entrada dos primeiros guerrilheiros da FRELIMO em Moçambique, com três grupos de comandos, vindos da base de Mtwara, na Tanzânia.

5

- Morre em combate em Angola 1 militar da CCaç 673.

- Rebeldes congoleses tomam Stanleyville.

6

Morre em combate em Angola 1 militar da CCaç 468.

7

Proibição do livro Falsos Preconceitos, de Nita Clímaco, por falar de homossexuais.

15

- Morrem em combate em Angola 2 militares do BArt 525.

- Morre em combate na Guiné 1 militar da 4ª CCaç.

16

Morre em combate na Guiné 1 militar da 4ª CCaç.

17

Morrem em combate na Guiné 4 militares. Três da 4ª CCaç e um da CArt 643.

21

Primeira acção violenta na região de Cabo Delgado, Moçambique, na rampa de Esposende (Sagal) e na primeira ponte no sentido Mueda-Mocimboa da Praia, tendo sido atacada uma viatura civil com dois tiros de canhangulo.

24

Morte do padre Daniel, da missão de Nangololo, no Norte de Moçambique, em consequência de um ataque mal esclarecido. Havia um “imposto de palhota”, cobrado para o administrador do posto da região, que motivava muitos protestos e descontentamentos entre os negros. Os poucos missionários cristãos instalados na região dos macondes tentavam sensibilizar a administração de posto para corrigirem algumas situações mais injustas no relacionamento com os indígenas; por isso mesmo, causou grande espanto o ataque desferido à missão de Nangololo, onde foi morto o missionário Daniel, ainda antes da Frelimo ter iniciado a guerrilha contra os portugueses. Antecipando-se à Frelimo, um grupo dissidente, terá sido o autor do assalto à missão.

27

Morrem em combate na Guiné 5 militares da CArt 565.

31

Durante este mês as baixas nas forças portuguesas totalizaram 32 mortos. Em acções de combate morreram 15 militares.

 

SETEMBRO

?

- Na Guiné, o PAIGC utiliza o seguinte armamento: metralhadora 7.62 Guryumov m/944 com reparo, carabina Mosin-Nagant, pistola-metralhadora PPSH (chinesa), espingarda Mauser 7.9, pistola-metralhadora Thompson 11.4 e minas A/C TM 46.
- É criado na Guiné o Centro de Instrução de Comandos, sendo seu comandante o major de Infantaria Correia Dinis.

1

Início do Curso da 1ª. Companhia de Comandos na Região Militar de Angola, recrutada entre os Pelotões de Infantaria de reforço da RMA. Terminaram o Curso em 03 de Fevereiro de 1965.

5

Morrem em combate em Angola 5 militares da CCav 680 e um da CCaç 466.

6

- Morrem em combate em Angola o tenente-coronel Alberto Ferreira Freitas da Costa e o capitão Carlos Alberto Ferreira do BArt 400.

- Morre num acidente em Angola o alferes da Força Aérea Frederico Gonçalves.

8

Morre em combate em Angola 1 militar da CCaç 609.

13

Morre em combate em Angola 1 militar da CArt 529.

14

Morte do guarda auxiliar da PSP Martins, por um grupo armado, na zona de Mueda, em Moçambique.

17

O governador da Guiné, Arnaldo Schultz, declara que «a paz começou a voltar à província».

21

Morre em combate em Angola 1 militar da CCaç 554.

22

Morre em combate em Angola 1 militar da CCaç 448.

24

- Primeira acção da FRELIMO no Niassa, com ataque ao posto administrativo do Cobué.
- Colocação por parte da FRELIMO de abatises e abertura de pequenas valas nos itinerários Miteda-Nangololo-Muatide-Muidumbe-Estrada das Oliveiras.
- Destruição pela FRELIMO das pontes de Quinhevo (junto a Mocímboa da Praia), Esposende (Sagal), rio Mueda, Nangade e Manchoma.
- A FRELIMO corta a linha telefónica nas imediações das pontes do Quinhevo e de Esposende.

25

- A França anuncia a entrega a Portugal de oito navios de guerra, como contrapartida pela cedência da base das Flores.
- Ataque da guerrilha à lancha Castor, da Marinha Portuguesa, no lago Niassa (Moçambique).

- Início oficial da luta armada em Moçambique, conduzida pela FRELIMO, com um ataque a Chai, situado entre Macomia e o rio Messalo (Cabo Delgado). Estava aberta mais uma frente de guerra para dificultar mais a vida dos jovens portugueses. A FRELIMO contava então com cerca de 250 guerrilheiros devidamente armados.

29

Ataque da FRELIMO a Mueda, incluindo a base aérea, ataque que foi repetido no dia seguinte.

30

Durante este mês as baixas nas forças portuguesas totalizaram 23 mortos. Em acções de combate morreram 12 militares.

 

OUTUBRO

?

Reacção pelo fogo a um reconhecimento efectuado por tropas portuguesas e realização de uma emboscada por parte de FRELIMO, o que acontece pela primeira vez.

1

Morre em combate em Moçambique 1 militar do BCaç PA.

5

Início da II Conferência Plenária dos Países Não Alinhados no Cairo, com a presença de Holden Roberto, em cujo comunicado se apela ao apoio material, financeiro e militar aos combatentes da liberdade dos territórios sob domínio português.

7

Partem para Angola os BCaç 717, 721 e 725.

8

Parte para a Guiné o BArt 733.

10

Ataque a uma viatura dos Caminhos de Ferro de Moçambique na estrada Mueda-Muidumbr, que causou a morte do condutor.

11

Acção violenta da FRELIMO próximo da estrada para o rio Messalo, onde são queimadas duas cantinas.

13

- A FRELIMO, na estrada Mueda-Nacatar, assalta e incendeia uma cantina.
- Portugal e a África do Sul assinam oito acordos de cooperação, um dos quais relativo à utilização do rio Cunene.

15

Morre em combate em Angola 1 militar da CCaç 533.

16

A China faz explodir a sua primeira bomba atómica.

17

- Arrombamento e assalto da loja de Ibarimo Ucuba, na povoação de Namulumba (Moçambique).

- D. L. n.° 45970. Torna aplicáveis aos indivíduos mutilados, estropiados ou por qualquer forma incapacitados ao serviço da Pátria, as disposições do D. L. n.° 44356 de Maio de 1962, que determina que seja gratuita ou beneficie de redução a admissão e instrução ou internamento de todos os estabelecimentos de Ensino do Estado dos filhos dos mesmos indivíduos.

- D. L. n.° 45974. Determina que a organização de voluntários, criada em cada uma das Províncias Ultramarinas pelo D.L. n.° 44217 de 3 de Março de 1962, assuma nos escalões correspondentes, conjuntamente com as que no referido diploma lhe são atribuídas, as responsabilidades de preparação, organização e execução da defesa civil previstas no D. n.° 43571 de 29 de Março de 1961, passando a usar a designação de Organização Provincial de Voluntários e Defesa Civil (OPVDC).

- Oliveira Salazar concede uma entrevista a Roland Faure, que é publicada no L’Aurore.

- Realiza-se a III Conferência da FPLN, em Argel. Humberto Delgado, que não assiste à conferência, retira-se da Frente, consumando-se a cisão.

20

Morre em combate na Guiné 1 militar da CCav 567.

21

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CCav 567.

- O governo classifica a anunciada visita do Papa a Bombaim como uma «injúria» a Portugal.

- Parte para Moçambique o BCaç 729.

22

- Morre em combate em Angola 1 militar da CCaç 448.

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CCav 677.

24

- Morre em combate em Angola 1 militar CCaç 472.

- Independência da Rodésia do Norte, que toma o nome de Zâmbia, sob a liderança de Kenneth Kaunda.

25

Morrem em combate na Guiné 2 militares do Destacamento de Fuzileiros Especiais 7.

28

Grupo de 224 homens do PAIGC, atacou durante a noite o quartel de Cabedú. O ataque demorou cerca de uma hora.

29

Morre em combate na Guiné 1 militar da CArt 495.

31

Durante este mês as baixas nas forças portuguesas totalizaram 40 mortos. Em acções de combate morreram 10 militares.

 

NOVEMBRO

?

- Ataque a um posto de sentinela em Mutarara, primeira acção da FRELIMO na zona de Tete.

2

Morre em combate em Angola 1 militar pára-quedista do BCP 21.

3

Morre em combate na Guiné 1 militar fuzileiro especial do DFE 9.

4

Morre em combate na Guiné 1 militar da CCaç 556.

5

- Morre em combate em Angola um furriel da CCaç 475.

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CArt 732.

- Num referendo na Rodésia do Sul, 90% da população vota a favor da independência.

7

- Morre em combate em Angola 1 militar da CCaç 485.

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CArt 566.

10

Morre em combate na Guiné 1 militar da CArt 566.

11

- Morre em combate em Angola 1 militar da CArt 1453.

- Em Moçambique dois militares são dados como desaparecidos.

16

- Primeiras baixas sofridas pelas tropas portuguesas no Norte de Moçambique, na região de Xilama, Cabo Delgado.

- Morre em combate em Moçambique 1 militar da CCaç 613.

- Apresentação ao Comité de Libertação da OUA, de um relatório da subcomissão de análise do problema angolano, cujas conclusões apontam para a revisão das decisões anteriores e a atribuição de uma ajuda concreta ao MPLA.

18

- Morre em combate em Angola 1 militar da CCaç 724.

- Morre em combate na Guiné um furriel do BCaç 619.

20

- Chegada a Moçambique do Destacamento de Fuzileiros Especiais nº 1 (DFE 1), que se instala em Porto Amélia (Pemba).

- Morre em combate em Angola 1 militar da CCaç 774.

21

Morre em combate em Angola 1 militar da CCav 482.

22

O Diário de Moçambique, da Beira, é suspenso por publicar «uma versão falsa de confrontos militares no Norte de Moçambique».

23

Morre em combate na Guiné um furriel da CArt 495.

24

- Pára-quedistas belgas, o Exército congolês e mercenários brancos reconquistam a cidade de Stanleyville, no Catanga.

- Morrem em combate em Angola 3 militares da CCaç 472.

- Morrem em combate na Guiné 2 militares do PelRec 963.

25

O Comité de Libertação da OUA reconhece o MPLA como único representante do povo angolano.

27

Aprovado o Estatuto da PSP de Angola.

28

- Um Unimog com 10 elementos de um grupo de Cmds, accionou uma mina A/C na estrada de Madina do Boé para Contabane. O grupo de comandos seguia em duas viaturas. A primeira passou, a segunda pisou a mina. Do rebentamento e do incêndio que se seguiu morreram nove dos dez elementos que seguiam na viatura. Sem comunicações rádio, elementos da primeira viatura seguiram para Madina, em busca de apoio, enquanto os restantes assistiram à morte, um a um dos elementos gravemente feridos.

- Em Guileje, um numeroso grupo da guerrilha do PAIGC atacou violentamente o aquartelamento e a povoação, causando mortos e feridos entre a população e militares destruindo as instalações

- Morrem em combate na Guiné 9 militares. Cinco pertencem ao BCaç 599.

29

Morre em combate na Guiné um furriel da CCaç 726.

30

- Nomeação do brigadeiro Emílio Moura dos Santos para o cargo de segundo-comandante da RMM – Região Militar de Moçambique.

- Durante este mês as baixas nas forças portuguesas totalizaram 61 mortos. Em acções de combate morreram 30 militares.

 

DEZEMBRO

?

- Início da constituição das milícias, na Guiné.
- Na Guiné, o PAIGC utiliza o seguinte armamento: metralhadora ligeira Degtyarev (russa), espingarda automática Kalashnikov 7.62 (russa), espingarda automática Simonov (russa), morteiro 60 e pistola Ceska.
- Despenha-se em Teixeira Pinto (Guiné), uma avioneta Auster D.5/160 Husky, de que resulta a morte de 1 sargento e 1 cabo (este tinha feito as gravações das mensagens de Natal).
- Assalto da FRELIMO ao posto administrativo de Olivença, no Niassa.
- Acção da FRELIMO no Charre (Tete).

1

Morre em combate na Guiné 1 militar da CArt 496.

2

- Morre em combate em Angola um furriel do BCaç 451.

- O Conselho de Segurança da ONU decide ouvir em audiências os movimentos de libertação de Angola, Guiné e Moçambique.

5

Morre em combate em Angola 1 militar da CCav 625.

6

Morre em combate em Angola 1 militar da CArt 700.

8

- Morre em combate na Guiné 1 militar do BCaç 599.

- Ataque da FRELIMO ao posto de Muidumbe, durante cerca de vinte minutos, com armas automáticas e lança-granadas-foguete.

9

Morre em combate em Angola um alferes pára-quedista do BCP 21.

12

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CCav 702.

- Em Moçambique morre na queda de um avião T-6, quando realizava um bombardeamento em Mueda, o major da Força Aérea João António Santos Gomes.

15

Início do I Congresso do PAIGC, realizado no interior da Guiné.

18

Morre num acidente em Angola o tenente-coronel Alberto Costa do BCaç 717.

20

- Morre em combate na Guiné 1 militar da 4ª CCaç.

- Vaga de prisões em Lourenço Marques, contando-se entre os presos José Craveirinha, Rui Nogar, Luís Bernardo Honwana e Malangatana Valente.

21

A Assembleia-Geral da ONU reconhece a legitimidade da luta que os povos sob dominação portuguesa travam para alcançar a sua liberdade e independência.

25

Morrem em combate em Angola 2 militares do BCaç 3.

28

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CCaç 675.

- Morre em combate em Moçambique 1 militar da CCaç 403.

29

Morre em combate na Guiné 1 militar da CArt 732.

31

- O ministro Franco Nogueira declara que Portugal «estará certamente entre os primeiros» a abandonar a ONU.

- Durante este mês as baixas nas forças portuguesas totalizaram 39 mortos. Em acções de combate morreram 13 militares.
-Os efectivos militares portugueses ascendem a 52 493 homens em Angola, 15 193 na Guiné e 18 049 em Moçambique. As tropas portuguesas sofrem 409 mortos nos três teatros de guerra sendo 200 em combate. As despesas militares constituem 42,2 por cento do total das despesas públicas.

publicado por estrolabio às 18:00

editado por Carlos Loures em 17/01/2011 às 21:08
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Terça-feira, 18 de Janeiro de 2011

Cronologia da Guerra Colonial - 1964 - por José Brandão

1964

 

JANEIRO

?

- Fogem de Bissau dirigentes do PAIGC, que as autoridades militares portuguesas consideravam recuperados.
- O ministro Franco Nogueira encarrega Jorge Jardim de procurar estabelecer relações com Pequim, mas Salazar acaba por voltar atrás com a iniciativa.
- Ofensiva do PAIGC na Guiné, ilha do Como, criando a primeira zona libertada no território.

- A PIDE analisa a evolução da situação militar em Angola. Segundo esta polícia: Os ataques realizados, em princípios de 1964, nas regiões do Ambriz, Ambrizete, Musserra e Quingombe revelavam que o inimigo dispunha de «excelente informação» do que se passava nessas regiões. E revelava, ainda, uma «razoável preparação técnica e táctica nos aspectos operacionais de manejo das armas utilizadas, dada a precisão de tiro com que atingiu objectivos visados e bem definidos».

O distrito de Malange estaria ameaçado a norte, pela UPA, e a sul pela UNITA. Contudo, o único movimento que preocupava seriamente a polícia era o MPLA, que tinha a intenção de estabelecer uma ligação entre a I e a III Regiões Militares, através de Malange, que, juntamente com a Lunda, formavam a sua IV Região Militar.

1

- Morre em combate em Angola um furriel da CCaç 502.

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CCaç 508.

3

- O MPLA realiza a Conferência dos Quadros e dos Militantes Activos.
- Morre em combate na Guiné 1 militar da CCaç 413.

4

- Morrem em combate em Angola um alferes da CCaç 539 e um soldado do CmdAgr 9.

- O governo publica legislação autorizando os militares portugueses em serviço nas colónias a votarem em eleições legislativas.

5

- Ataque do PAIGC ao quartel de Mansabá atingindo todo o perímetro da unidade militar portuguesa.

- Morrem em combate em Angola 6 militares da CCaç 539 entre os quais o capitão Isidoro de Azevedo Coelho.

6

Morrem em combate em Angola 3 militares. Um do BEng 234, um da CCaç 539 e um do PelMort 32.

7

Morre em combate na Guiné 1 militar da CArt 564.

8

Parte para a Guiné o BCaç 619.

9

Morre em combate em Angola 1 militar do CmdAgr 9.

10

Morre em combate em Angola 1 militar do CmdAgr 9.

11

- Morre em combate na Guiné um furriel da CCaç 425.

- Aprovação, pela Assembleia Nacional, de uma moção de apoio à «política de defesa intransigente do solo pátrio», com referência ao Ultramar.

12

Rebelião no Zanzibar onde é proclamada a república; o sultão parte para o exílio.

14

- Morre em combate em Angola 1 militar da CCav 434.

- Início da operação “Tridente”, em que forças portuguesas, comandadas por Fernando Cavaleiro, desembarcam na ilha do Como, no Sul da Guiné, operação que se prolonga por 75 dias.

15

Morre em combate em Angola 1 militar da CCaç 531.

16

- Partem para Angola o BCaç 646 e o BCav 627.

- Morre em combate em Angola um furriel da CCaç 474.

20

- Realiza-se a 2ª Conferência das Forças Antifascistas Portuguesas promovida pela FPLN.

- Morrem em combate na Guiné 2 fuzileiros especiais do DFE 8 e um furriel da CCav 567.

22

Kenneth Kaunda torna-se o primeiro-ministro da Rodésia do Norte.

24

Morrem em combate na Guiné 3 militares. Dois são da CCav 487 e um da CCav 567.

25

- Parte para Moçambique o BCaç 608.

- Morre de doença em Angola o tenente-coronel José Lopes Falcão do BArt 525.

27

Morre em combate na Guiné um alferes da CArt 494.

29

Morre em combate na Guiné 1 militar da CCaç 557.

31

Durante este mês as baixas nas forças portuguesas totalizaram 37 mortos. Em acções de combate morreram 29 militares.

 

FEVEREIRO

?

- Em Quitafine, no Sul da Guiné, realizou-se uma reunião de quadros do PAIGC, e foram referenciados pelas forças portuguesas morteiros de 82 mm na Ilha do Como.
- Os oficiais Honório Chantre, cabo-verdiano, e Nuno Manuel Rodrigues, açoriano, desertam do Exército português e fogem para o Congo.

1

- Em Morés, na Guiné, atingidos a tiro um avião T-6 e um helicóptero que procedia à evacuação de feridos em combates.

- Morrem em combate na Guiné 2 militares da CCaç 413.

- Melhoria da actividade do ELNA em Angola, com armamento de maior potência, maior dispersão de acções de guerrilha e melhor preparação do pessoal.

2

Morre em combate em Angola 1 militar da CCaç 531.

3

A China Popular afasta-se ideologicamente da União Soviética.

4

Morre em combate na Guiné um furriel do BCaç 507.

5

Início do Curso de Comandos, em Quibala Norte, ministrado a 7 grupos, sendo 1 de Oficiais e Sargentos destinados à instrução pelo Cl 25, oficializado por despacho de 30 de Outubro de 1963 do General Comandante da Região Militar de Angola.

7

Durante a operação “Tridente” realizada na mata de Cachide as tropas Pára-quedistas sofreram o seu primeiro morto no teatro de operações da Guiné: soldado pára-quedista Daniel Rosa Neto.

8

Proibida a antologia poética editada pela Casa dos Estudantes do Império, Poetas de S. Tomé e Príncipe, por serem «poesias reveladoras de rebeldia e oposição à soberania nacional…».

10

Partem para Angola o BArt 635 e o BCav 631.

12

Morre em combate na Guiné 1 militar da CCaç 508.

13

- Morre em combate em Angola um furriel da CCaç 470.

- O PAIGC inicia o seu 1º Congresso, em Cassacá, no Sul da Guiné.

14

Morrem em combate em Angola 2 militares da CCaç 426 e 480.

15

O arquipélago do Como, constituído pelas ilhas de Caiar, Como e Catunco foi alvo de uma acção militar das tropas portuguesas, a operação “Tridente”.

Cerca de mil homens, entre forças do Exército, Marinha e Força Aérea desembarcaram em 15 de Janeiro, acção que se prolongou por cerca de 71 dias. Comandou a operação o tenente-coronel Fernando Cavaleiro (3 CCaç do BCav 490, inicialmente três destacamentos de Fuzileiros, dos quais ficaram dois até ao final, os comandados pelos 1º Tenentes Alpoim Galvão e Ribeiro Pacheco,  a CCaç 557, 1 PelCaç, 1 Pel Páras, 1 Pel obuses 8,8 com duas bocas de fogo e um grupo de comandos, o primeiro da Guiné, comandado pelo Alferes Maurício Saraiva).

Pela dimensão das forças envolvidas e pelos meios utilizados, a operação “Tridente” foi, talvez a maior operação militar efectuada no território.

17

- Morre em combate em Angola 1 militar da CCav 483.

- Início do 1°. Curso de Comandos em Moçambique, na Namaacha. Foram formados 2 grupos de Comandos.

22

Morre em combate em Angola um alferes da CCaç 415.

23

Morre em combate na Guiné 1 militar pára-quedista do BCP 12.

27

Morre em combate na Guiné 1 militar da CCaç 412.

28

- Morre em combate em Angola 1 militar da CCaç 459.

- Morrem em combate na Guiné 2 militares da CCaç 556.

29

- Morrem em combate em Angola 5 militares da CCaç 415.

- Durante este mês as baixas nas forças portuguesas totalizaram 32 mortos. Em acções de combate morreram 21 militares.

 

MARÇO

1

Morre em combate em Angola 1 militar da CCaç 468.

3

Violentos combates pela reconquista da ilha do Como, na posse do PAIGC.

4

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CCaç 594.

- Parte para a Guiné o BArt 645.

- Publicação em Ordem de Serviço do Comando-Chefe das Forças Armadas da Guiné do Louvor ao Grupo de Comandos que participou na Operação “Tridente” oficializando, assim a sua existência. Foi considerado, mais tarde, como data da criação dos “Comandos” no Comando Territorial Independente da Guiné (CTIG).

5

- Morre em combate em Angola 1 militar da CCaç 416.

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CCaç 413.

- A Alemanha anuncia a concessão de facilidades a Portugal para a recuperação de soldados mutilados nas guerras coloniais.

8

Dirigentes do PAIGC e da FPLN reúnem-se em Argel.

11

A Africa do Sul retira-se da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

14

Morre em combate em Angola 1 militar da CCaç 478.

15

Morrem em combate na Guiné 2 militares do BCaç 507 e da CCaç 412.

17

- Morre em combate em Angola um furriel da CCaç 464.

- O secretário-geral da ONU, U Thant, apresenta ao Conselho de Segurança um relatório sobre a presença em Angola de mercenários e ex-gendarmes catangueses.

21

Um comunicado da PIDE acusa «Delgado e o seu grupo» de auxiliarem os «grupos terroristas africanos» na luta contra a Mãe-Pátria.

24

- Morre em combate em Angola 1 militar do Sec 903.

- Fim da operação “Tridente”, na Guiné, que se desenvolveu na região de Como, envolvendo as ilhas de Como, Caiar e Catunco. A operação durou 71 dias e causou às forças portuguesas 9 mortos, 47 feridos e cerca de 200 militares evacuados por doença.

- Morrem em combate na Guiné 3 militares da CArt 640.

25

Morrem em combate na Guiné 2 militares. Um da CArt 640 e um da CCaç 616.

27

Morre em combate em Angola 1 militar da CArt 634.

31

- Em reunião do Comité Central do PCP, Álvaro Cunhal apresenta o documento “Rumo à Vitória” (As tarefas do Partido na Revolução Democrática e Nacional), que é aprovado.

- Durante este mês as baixas nas forças portuguesas totalizaram 25 mortos. Em acções de combate morreram 15 militares.

 

ABRIL

?

- Utilização, pelo PAIGC, da mina A/P POMZ-2 e do morteiro 82.

- Nos inícios do mês foi decidido enviar uma força militar para a mata de Cassaca. Como preparação, na véspera, os dois obuses de Catió despejaram granadas durante cerca de 30 minutos sobre a mata. A seguir, o PV25 largou as suas bombas e, ao nascer do sol, dois F-86 metralharam a mata. Após a retirada destes, entraram na grande mata do Cachil as forças terrestres apoiadas por uma parelha de T-6. Ao tentarem atravessar uma clareira para a mata sofreram cerca de uma dezena de feridos e foram obrigadas a recuar pela guerrilha bem instalada.

- Agostinho Neto, em entrevista à Rádio Moscovo, defende a realização de um congresso de todas as organizações nacionalistas angolanas, para resolução dos diferendos e constituição de uma frente comum contra Portugal.

- Conferência Internacional dos Sindicatos Livres em Adis Abeba, em que está presente o vice-presidente do GRAE, Kouneika, sendo aprovada uma resolução que condena a política colonial portuguesa.

- Crónica do New Statesman sobre a situação em Angola, afirmando que os «problemas que Angola defronta são profundos e a longo prazo. Os portugueses, isolados da realidade, descuidados da situação, estão a aplicar a sua solução com a ponta das espingardas».

- Em Sófia, na Bulgária, sete quadros do MPLA iniciam um curso de seis meses. A estes sete elementos juntar-se-ão outros quatro, que já tinham estado em Praga, na Checoslováquia.

1

- Parte para Moçambique o BArt 639.

- Morre em combate em Angola um pára-quedista do BCP 21.

4

Morre em combate em Angola um fuzileiro especial do DFE 4.

6

Morre em combate na Guiné 1 militar da CCaç 622.

7

Portugal e a França assinam um acordo para a instalação de uma base francesa de rastreio de mísseis na Ilha das Flores, Açores.

12

Morre em combate em Angola um alferes da Força Aérea.

13

- Ian Smith torna-se primeiro-ministro da Rodésia do Sul.
- O Directório da Acção Democrata-Social (Azevedo Gomes, Cunha Leal, Raul Rego) pedia para o «problema ultramarino», solução política não militar que passasse pela autodeterminação democrática.

14

Morre em combate em Angola 1 militar da CCaç 501.

15

- Morrem em combate em Angola 5 militares da CCaç 535.

- Declaração do estado de emergência no Norte do Zambeze, em Moçambique, para onde são enviados 2500 militares portugueses.

- Início da greve dos pescadores do Algarve que se prolongará por doze dias.

22

- É constituída em Genebra a Acção Socialista Portuguesa (ASP), contando-se Mário Soares entre os fundadores.
- Por cisão do PCP é constituído o Comité Marxista-leninista Português (CMLP), liderado por Francisco Martins Rodrigues.

25

Morrem em combate em Angola 2 militares do BCav 631.

27

União do Tanganhica e do Zanzibar que passam a chamar-se Tanzânia com Julius Nyerere à frente do Estado.

29

Imposição, pelo Brigadeiro Fernando Louro de Sousa, Comandante-Chefe da Guiné, de "crachats" de "Comandos" aos Oficiais, Sargentos e Praças do Grupo de Comandos que actuou na Operação "Tridente" e ao Director de Instrução de Comandos da Guiné.

30

Durante este mês as baixas nas forças portuguesas totalizaram 26 mortos. Em acções de combate morreram 12 militares.

 

MAIO

?

- O PAIGC procura criar condições favoráveis ao seu reconhecimento pela OUA como único partido nacionalista da Guiné através de uma intensa actividade diplomática e de propaganda.

- Luta no interior do GRAE entre Holden Roberto e uma facção chefia da por Jonas Savimbi, ministro dos Negócios Estrangeiros.

- O estudante José Luís Saldanha Sanches é ferido em confrontos com agentes da PIDE e levado sob prisão para o Hospital de São José. Mário Soares é o advogado que se oferece para defender Sanches.

1

- Dia Internacional do Trabalho realizado na ilha de Zanzibar, com centenas de convidados da África e da Europa, para celebrar a união de Zanzibar e Tanganhica, estando presentes delegados dos grupos de libertação de Angola e de Moçambique.

- Em Lisboa, junto ao Palácio Foz, a PIDE terá disparado sobre manifestantes e morto David Almeida Reis.

3

O brigadeiro Louro de Sousa, comandante do CTIG (abandonou as funções no mesmo mês), recebeu, em Bissau, uma delegação estrangeira que pretendia obter informações oficiais das autoridades portuguesas sobre o uso de napalm na operação “Tridente” (Ilha do Como).

5

Morre em combate na Guiné 1 militar do PelRec 947.

7

Regulamentada a concessão da medalha comemorativa das expedições das Forças Armadas portuguesas a todos os militares ou equiparados e elementos das forças militarizadas, da Metrópole ou do Ultramar, que tenham pertencido ou venham a pertencer às forças de terra, mar e ar em actuação nas províncias ultramarinas de Cabo Verde, Guiné, S. Tomé e Príncipe, Angola, Moçambique, Macau e Timor.

8

O brigadeiro Arnaldo Shultz torna-se Governador e Comandante-Chefe na Guiné.

9

- Partem para Angola o BCav 682 e o BCaç 670.

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CArt 640.

10

Transferência do Centro de Instrução N° 25 (Cl 25) da Quibala Norte para Belo Horizonte, nos arredores de Luanda, passando a funcionar com carácter permanente.

12

Morrem em combate em Angola 5 militares da CCaç 552.

14

- Morre em combate em Angola 1 militar da CCaç 552.

- Directiva Inicial de Acção Psicológica.

15

Morrem em combate em Angola 2 militares da CArt 632.

16

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CCaç 622.

- Devido a acidente morrem em Moçambique um tenente, um sargento e um furriel.

24

Morre em combate em Angola 1 militar pára-quedista do BCP 21.

25

O governo renova o convite a U Thant da ONU para visitar Angola e Moçambique.

27

D. L. n.° 45733. Estabelece normas de reclassificação dos sargentos e dá nova estruturação ao actual quadro de amanuenses do Exército, que passa a designar-se “quadro de sargentos do serviço geral do Exército”.

29

Aprovado o Estatuto do Corpo de PSP da Guiné.

31

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CCaç 556.

- Durante este mês as baixas nas forças portuguesas totalizaram 24 mortos. Em acções de combate morreram 13 militares.

 

JUNHO

?

- Reconhecimento oficial do GRAE pela Comissão dos Nove da OUA, reunida em Dar-es-Salam.

- Condenação da administração colonial portuguesa durante o 48º Encontro da OIT em Genebra.

- Comentário da BBC sobre a política portuguesa: «Os portugueses não podem pregar aos quatro ventos que estão a difundir os ideais do cristianismo e a cultura ocidental, se continuam a recusar aos africanos a independência, direito humano fundamental».

1

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CCav 487.

- Reestruturação da FRELIMO, com distinção dos aparelhos político-administrativo e político-militar, sendo criadas quatro regiões, que se subdividem em comandos regionais.

3

- Morrem em combate em Angola 2 militares do BCaç 503.

- U Thant, secretário-geral da ONU, não aceita o convite de Portugal para visitar Angola e Moçambique, «uma vez que, nas presentes circunstâncias, tal visita não servirá objectivo útil».

4

U Thant declina o convite de Lisboa.

6

Morre em combate na Guiné 1 militar da CArt 642.

7

Morre em combate em Angola um furriel do BCaç 503.

8

Morre em combate em Angola 1 militar do BCaç 3.

9

Morre em combate em Angola 1 militar da CCaç 465.

12

Nelson Mandela é condenado a prisão perpétua na África do Sul.

14

Morre em combate em Angola 1 militar da CCaç 610.

26

Morre em combate na Guiné 1 militar da CCaç 622.

27

Morre em combate na Guiné 1 militar da CArt 642.

28

- Morre em combate em Angola 1 militar da CArt 632.

- Inicia-se o julgamento dos implicados na «Revolta de Beja» de 1962. A lista completa dos incriminados incluía 86 nomes, mas só 78 compareceram a julgamento que constou de 38 audiências de 57 sessões. Intervieram 36 advogados defensores: Mário Soares, Jorge Sampaio, Salgado Zenha, Francisco Sousa Tavares e Luís Francisco Rebelo, entre outros. Foram citadas duas testemunhas de acusação e cerca de 500 de defesa. A Censura proibiu os jornalistas de inserirem desenvolvidos relatos sobre as audiências, não permitindo especialmente a reprodução dos protestos dos advogados defensores nem os depoimentos de Varela Gomes e de outros réus. E interditou também quaisquer fotografias.

30

- D. L. n.° 45783. Actualiza as disposições do D. n.° 12393 de 27 de Setembro de 1926 que mandou aplicar ao Ultramar, com as excepções contidas no mesmo diploma, o Código de Justiça Militar.

- Durante este mês as baixas nas forças portuguesas totalizaram 23 mortos. Em acções de combate morreram 11 militares.

publicado por estrolabio às 18:00

editado por Carlos Loures em 17/01/2011 às 21:12
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Sábado, 18 de Setembro de 2010

Turismo de guerra em Israel

Luis Moreira

Cidadãos europeus, americanos e asiáticos deslocam-se em turismo a Israel para poderem ver as lutas diárias entre jovens Palestinianos, com as suas fundas, e o exército israelita com as balas de borracha e as granadas de gaz lacrimogénio.

Por acaso , antes do 25 de Abril, levei algumas vezes com aquele gaz, o que não tem piada nenhuma, pois é muito incomodativo e faz mesmo chorar a ponto de não se aguentar e ser necessário, limpar e lavar para se conseguir um bocado de sossego. Fiquei a pensar que é o mínimo que se poderia fazer aos atrasados de curiosidade mórbida, aos turistas que pagam para ver as lutas entre David e Golias, e ter prazer com o sofrimento dos outros que estão, coitados deles, mergulhados numa tragédia diária.

E, lá estão, entre os fotógrafos e jornalistas, muito contentes pois até conseguiram ver que os soldados Israelitas só têm vinte anos, um pouco mais que os jovens Palestinianos que têm dezasseis ou menos, envolvidos numa guerra sem quartel, querem as suas terras de volta, há que lhes morder as canelas todos os dias.

Já tinha visto os turistas irem para terras distantes perigosas, onde eram assaltados e às vezes mortos, mas pronto aí ainda havia alguma nobreza, corriam perigo, iam à aventura, o apelo ao "stress" era mais forte, mas turistas "voyeurs" de guerras e mortes nunca me tinha lembrado. Também é verdade que eu não gosto de ver ninguem correr perigo e viver no meio da violência.

Não era na antiga Roma que as populações eram entretidas com combates no circo entre homens e feras?

Entretanto, as negociações de paz entre Palestinianos e Israelitas continuam, com o problema dos colonatos a apresentar-se como o grande primeiro problema, a moratória termina dia 26 deste mês e Israel ainda não deu a certeza se prolonga ou não a moratória, não prolongando as negociações não têm futuro.
publicado por Luis Moreira às 13:30
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