Segunda-feira, 14 de Fevereiro de 2011
De como vai o mercado de trabalho para os licenciados deste país, para os licenciados de Bolonha, pois estes casos referem-se a três jovens recem-licenciados, e uns embaraçados comentários que se lhes seguem. A) Vias de desemprego, os relatos Primeiro Candidato a emprego Empresa Ganhar Desafios pertencente ao Grupo KF Actividade Comercial - Comercial porta a porta, door-to-door. Venda de telefones Optimus Remuneração de base - ZERO; Apenas comissões variáveis portanto com as vendas. Deslocações de serviço. No meu carro pessoal e caso fosse com outros colegas nas suas viaturas teria de dar 5€ ao proprietário da viatura por dia.
Preparação para actividade : Depois da entrevista tive um dia de formação no terreno, para dar a minha resposta final Resultado desta oferta de emprego: Não, não aceitei, porque os métodos de venda que presenciei não me pareceram eticamente recomendáveis . Como ideia: grande maioria do nosso público-alvo contactado, eram pessoas acima dos 65 anos de idade. Pessoas fragilizadas, sem qualquer hipótese de defesa, com baixas reformas, a viver em aldeias bastante afastadas dos centros urbanos, às quais eram ocultadas informações importantes, ou eram fornecidas falsas informações.) Segundo candidato a emprego, uma outra empresa, Empresa de recrutamento Os Talentosos, e o local de trabalho era a Portugal Telecom Actividade : Comercial door-to-door, sobre venda de telefones, internet e televisão
Na entrevista de selecção foi-me devidamente explicado que antes da resposta final iria ter um dia de formação no terreno. Na hipótese de aceitar , a minha remuneração seria da seguinte forma, a partir somente do segundo mês, pois havia um mês para formação profissional: SMN (pago pela empresa de recrutamento) + subsídio de refeição e comissões (pagas pela PT) Aceitei, uma vez que tudo me pareceu profissionalmente muito limpo em que se apresentavam todas as condições dos serviços. E devemos sublinhar que o público-alvo contactado era bastante amplo. 1º mês era de formação profissional - frequentar curso de formação profissional nas instalações da PT, 8h por dia. - caso ocorra algum imprevisto (alheio à empresa de recrutamento) que impeça a frequência (a minha) ou que implique alteração de local ou horário do curso, não me seria conferido a qualquer título o direito de indemnização - a minha admissão ficaria dependente do meu aproveitamento até ao final do mês de formação. - até ao final da formação não poderia desempenhar trabalho subordinado - seria pago um valor inferior a 3€/hora, que apenas seria processado se obtivesse bom aproveitamento e se permanecesse na empresa pelo um período mínimo de um mês após a conclusão do curso. Este mês de formação profissional, na realidade consistiu em ir para o terreno no carro da empresa vender porta a porta, door-to-door, como se eu já fosse um comercial normal.
publicado por Carlos Loures às 22:00
editado por Luis Moreira às 21:58
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Domingo, 28 de Novembro de 2010
António Mão de Ferro
A maior parte das organizações ainda não se deram conta de que pequenas diferenças fazem as grandes diferenças. Imagine uma final de atletismo. Por vezes, o segundo classificado fica tão próximo do primeiro que se tem dificuldade em discernir quem ganhou. No entanto os proveitos de um e de outro são incomparáveis, não só em termos financeiros, como em prestigio.
Do que ficou em primeiro lugar falar-se-á durante muito tempo, do que ficou em segundo quase nem se ouve falar. Será que o primeiro é muito melhor que o segundo. Certamente que não, mas uma pequena diferença no desempenho fez uma enorme diferença. O momento que atravessamos exige um empenhamento cada vez maior por parte das pessoas, para que ele faça sobressair as pequenas diferenças. Precisa da atitude que evidencia aquele jogador de futebol que corre atrás de uma bola que está quase a sair pela linha de cabeceira, a apanha e marca golo, quando os outros não acreditavam ser possível apanhá-la.
A alteração dos mercados, a obsolescência dos produtos exigem uma força de trabalho inovadora e com capacidade rápida de adaptação
Quinta-feira, 14 de Outubro de 2010
António Mão de Ferro
Por muito estranho que pareça e por muito más que a pessoa tenha achado as diferentes fases da vida, é normal falar delas, especialmente aos mais novos e dizer que no seu tempo é que era bom: respeitavam-se os valores, era-se mais feliz, a autoridade era respeitada, as regras eram mais claras e a escola é sempre recordada com agrado, amargura ou saudade, mas sempre com emoção.
Isso explica em parte o facto de haver quem dirija apelos aos sectores que antes desprezava. Isto é tanto mais notório quando os valores a que a pessoa se habituou, vacilam e quanto mais ela vir os pilares em que eles assentam tombarem. Quando assim acontece, procura encontrar portos de abrigo onde possa atracar.
Em períodos de insegurança não é raro, o refúgio no passado e ter-se visões que apontam para o desmoronamento e considerar que as ideias fundamentais em que assenta a sociedade actual estão caóticas. Daí argumentar-se que se raciocina cada vez menos e que se está a atingir um ponto em que começa a haver um convencimento de que não vale a pena agir, porque fazê-lo é o mesmo que conduzir um carro velho e ainda por cima travado!
Não se nega a importância do passado, mas a ânsia de comparar tudo com as experiências anteriores e julgar tudo á luz dos seus valores pode impedir que se faça uma análise coerente do aqui e agora e se verifique que existe uma grande necessidade de ação . Necessita-se de raciocínios claros para que tenhamos organizações com regras, disciplina, capacidade de previsão do futuro, que restituam o sonho e a ilusão e transformem as ideias em actos
Quarta-feira, 25 de Agosto de 2010
António Mão de Ferro
A necessidade de saber e a curiosidade são características do ser humano. Senão houvesse desejo de saber, a aprendizagem seria mais difícil. Quando as explicações dadas pelos sistemas de ensino não suscitam questões, quando tudo parece muito claro, quando não há o desejo de fazer perguntas, as coisas tornam-se aborrecidas.
A reflexão surge mais facilmente quando se sente a necessidade de dar respostas. Suscitar essa necessidade é dar um objectivo às sessões de formação. Para que isso aconteça torna-se necessário que as teorias tenham relação com o trabalho desenvolvido. Quando se fizer a analogia das teorias com os problemas surgidos nas organizações, facilmente as pessoas terão vontade de pôr questões e aprofundar melhor os assuntos.
É por isso fundamental que a formação se apoie em actividades que estimulem o pensamento e a troca de ideias com interesse para a prática do participante. Quando se abordam assuntos que fazem sair as pessoas das suas zonas de conforto, podem surgir conflitos e discussões mais acaloradas. Se isso acontecer, cabe ao formador a responsabilidade de as transformar em momentos que ajudem o grupo a crescer, procurando sempre que a troca de pontos de vista, não se tornem num inferno, com insultos e zangas entre os participantes, pois isso perturba o equilibrio das pessoas e o funcionamento das equipas.
Os pontos a tratar devem fazer sentido, para que as conversas não se tornem estéreis. O adulto gosta que lhe exijam mas que a exigência seja realista. Quando isso não acontece fecha-se na “concha”, não se expõe e pode mesmo tornar-se num contestatário
É importante que a aprendizagem se desenvolva de acordo com a realidade objectiva em que o grupo actua ou realiza a sua acção. Se isso acontecer e o participante mais facilmente reconhecerá que os conhecimentos adquiridos contribuem para o sucesso da sua actividade, a formação tornar-se-á mais credível e haverá um maior desejo de reflectir.
Sexta-feira, 9 de Julho de 2010
António Mão de Ferro
Para fazer face à conjuntura que atravessamos e inverter a situação é imperativo aumentar as competências das pessoas e das organizações.
A formação profissional ajuda certamente a consegui-lo, mas para que evidencie todo o seu valor é preciso ter presente que ela não consiste numa forma isolada de conhecimentos. As organizações bem sucedidas são as que estão atentas ao meio envolvente e que fazem diagnósticos das alterações que vão surgindo, porque elas se constituem como indicadores do que deve ser tratado nas acções de formação.
Para que se aproveite todo o potencial que a formação profissional pode proporcionar, os responsáveis das Instituições deverão fazer com que as suas orientações sejam inseridas em realidades complementares e interdependentes.
A formação deverá contribuir para a mudança de comportamentos e modos de actuação dos diversos colaboradores das organizações, pois só desse modo se conseguirá a obtenção de mais valias.
Os conteúdos a tratar não podem ser objecto do acaso, mas adaptados às diferentes situações. O surgimento de projectos viáveis de mudança com vista aos fins perseguidos pela organização, devem apoiar-se nas experiências passadas, porque o futuro não pode ser construído a partir do nada.
Partindo do potencial que as organizações possuem e apoiando-se nele, é mais fácil que as acções de formação ajudem a contribuir para que as pessoas evidenciem novas formas de ser, de agir, de cooperar de se relacionar e organizar para que suscitem entusiasmos e gerem sinergias que dêem um forte contributo para alcançar o que se pretende: O sucesso dos profissionais e da empresa.
Quinta-feira, 17 de Junho de 2010
António Mão de Ferro
Os tempos que correm deixam muitas pessoas à deriva, daí que haja quem diga que se anda à procura sem saber de quê, sem rumo e sem horizontes. Mas… os que dizem isso não se apercebem de que a vida é um ponto de partida e de chegada constantes.
Procurar é normal. Empresa onde as pessoas estejam enredadas numa segurança total e numa tranquilidade absoluta, que as leva a dizer “estamos completamente satisfeitas”, não é uma organização para quem se augure grande futuro.
A comunidade de trabalho que chega à meta e não procura outras metas, outras corridas, outros desafios, outras etapas, outros obstáculos e se dá por satisfeita por chegar, caminha para o declínio. O mesmo acontece com o homem e a mulher quando não desejam mais nada. Contentam-se em serem iguais aos outros, remetem-se à defesa e perdem o contacto com os problemas, com o perigo, com a luta. Não saiem do seu tranquilizado mundo para não o fazer oscilar, para não perderem o que têm, mesmo que estejam insatisfeitos.
Mas procurar não significa que se viva em permanente anarquia. É preciso definir etapas, traçar caminhos, ainda que nem sempre com contornos bem definidos, porque quando não sabemos onde queremos ir, nunca podemos saber se conseguimos ou não lá chegar.
É importante que não se reclame por tudo e por nada, se reflicta sobre as circunstâncias da vida e se continue a procurar novas oportunidades.