Terça-feira, 8 de Fevereiro de 2011

Cronologia da Guerra Colonial- 1974 - por José Brandão

1974

 

JANEIRO

?

- Ataque da FRELIMO a Mueda com foguetões de 122 mm.
- O bispo de Nampula, D. Manuel Vieira Pinto, defende numa homilia o direito dos povos a «uma efectiva autodeterminação».
- O governo da Guiné decreta a substituição da dieta alimentar da população, dado que a produção de arroz decresceu 50 por cento no território.
- Nova vaga de prisões pela PIDE/DGS em Cabo Verde.

1

- A UNITA retoma as hostilidades contra as forças portuguesas, interrompidas devido a um acordo celebrado em 1972, atacando um destacamento militar em Nhonga entre outras acções.

- Morrem em combate em Angola 3 militares do BCaç 4517/73.

- Morrem em combate em Moçambique 4 militares da CArt 3501.

2

Morrem em combate na Guiné 2 militares da 1ª/BCaç 4514/72.

3

- Morrem em combate em Moçambique 2 pára-quedistas do BCP 32.

- O cumprimento das missões atribuídas durante a guerra aos pára-quedistas do BCP 32 custou a morte em combate de 18 pára-quedistas (16 praças e 2 sargentos).

5

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CCaç 3549.

- Morre em combate em Moçambique um furriel da CCaç 4243.

7

Morrem em combate na Guiné 6 militares. Um furriel da CCaç 3545, um cabo e um soldado do BCav 8323/73, um soldado da CCaç 21, um soldado da CCaç 4541 e um soldado do GAC 7.

8

Morrem em combate em Moçambique 3 militares do BArt 7221.

9

Segundo os jornais, o Tribunal Plenário de Lisboa reunira na véspera «para iniciar o julgamento de um dos mais importantes processos relacionados com actos de terrorismo». Este processo, conhecido como «processo da ARA», Acção Revolucionária Armada, viria a ser o último julgamento político em Portugal. Tendo-se arrastado por várias sessões, virá a ter sessão marcada para o dia 25 de Abril, às 10 horas. Dos sete réus deste processo, quatro são ex-combatentes da guerra colonial. Há ainda um ex-oficial ranger e um filho dum oficial superior.

11

- Três alferes morrem em Angola devido a acidente.

- Morre em combate em Angola 1 militar da CCaç 5042.

- Morre em combate na Guiné 1 militar do PelCaç 65.

13

Morrem em combate em Moçambique 3 militares da CCaç 3472.

14

- Acção da FRELIMO na zona do Chimoio, no Centro de Moçambique, de que resultou a morte da mulher de um fazendeiro branco, facto que provoca larga agitação e protestos dos agricultores brancos da região.
- Spínola toma posse como Vice-Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas.

15

- Morrem em combate na Guiné 2 militares. Um da CArt 6254 e um da 3ª/BCaç 4516/73.

- Início das manifestações de colonos da Beira e Vila Pery contra o que consideram «passividade» das Forças Armadas perante o avanço da guerrilha em Moçambique.

16

- Morrem em combate em Angola 3 soldados pára-quedistas do BCP 21.

- Morrem em combate em Moçambique 2 militares da 3ª/BCaç 19.

18

Morrem em combate em Moçambique 2 militares da CArt 7252.

19

Morre em combate em Moçambique 1 militar da CCmds 2040/72.

20

No aniversário da morte de Amílcar Cabral, o PAIGC flagela 20 localidades da Guiné.

21

- Primeira acção do PAIGC na cidade de Bissau, com lançamento de engenhos explosivos contra autocarros da Força Aérea, seguidos, uma semana depois, de dois outros engenhos do mesmo tipo num café da mesma cidade, frequentado por militares portugueses.
- O Movimento dos Capitães de Moçambique alerta a Coordenadora para o significado das manifestações da Beira e Vila Pery.

22

- Devido a acidente morrem em Moçambique 4 militares.

- Jorge Jardim define o planeamento para aplicação do Programa de Lusaka, admitindo o recurso ao «golpe de estado».

23

- Costa Gomes visita a Beira para se inteirar dos incidentes entre os colonos e as Forças Armadas.

- Morre em combate em Moçambique 1 militar do BCaç 20.

24

A Polícia Marítima, comandada por Alpoim Calvão, e a DGS procedem à sabotagem de um navio panamiano, em escala por Lisboa, que transportaria explosivos destinados à FRELIMO.

26

Morre em combate na Guiné 1 militar do BCaç 4513/72.

27

Morrem em combate em Moçambique 2 militares da CCaç 4140.

28

Parte para Angola o BCaç 4214/73.

30

Morre em combate na Guiné 1 militar do BCav 8323/73.

31

- Morrem em combate em Angola 3 militares da CCaç 313.

- Marcelino dos Santos, Aristides Pereira e Luís Cabral rejeitam publicamente as teses federalistas de Spínola.

- Abatido na Guiné um Fiat G-91 por um míssil SAM-7.

- Um dos últimos relatórios da actividade da Comissão de Censura, referente a Janeiro de 1974, indica quase centena e meia de títulos retirados do mercado (proibidos) em apenas um mês.

- Durante este mês as baixas nas forças portuguesas totalizaram 98 mortos. Em acções de combate morreram 46 militares.

 

FEVEREIRO

?

- Agitação estudantil com greves e manifestações contra a guerra colonial.
- O PAIGC exerce pressão no leste da Guiné, sobre a guarnição de Canquelifá, que resiste apoiada no Batalhão de Comandos Africanos e dos Pára-quedistas.

2

Morrem em combate na Guiné 3 militares. Dois da CCaç 4944 e um da 2ª/BCaç 4512/72.

3

- Parte para Moçambique o BArt 6223/73.

- Morre em combate em Moçambique 1 militar do BCaç 15.

5

- Morrem em combate na Guiné 2 militares. Um soldado pára-quedista e um dos comandos.

- Chegada a Lisboa de Jorge Jardim para conversações com o Governo sobre uma proposta de resolução do problema de Moçambique, supostamente apoiada pelos dirigentes de alguns países africanos.

- Parte para Angola o BCaç 5015/73.

6

- Morre em combate em Angola 1 militar do BCaç 5012/72.

- Morre em combate na Guiné 1 militar do BCav 8323/73.

- Morrem em combate em Moçambique 2 militares. Um furriel da CArt 7256 e um cabo do BCaç 4811/72.

- O general Costa Gomes regressa de Moçambique com opiniões muito dramáticas em relação às condições em que os portugueses ali combatiam.

7

- Morre em combate em Moçambique o tenente-coronel Nuno Álvares Pereira do BArt 6220/72.

- Morrem em combate na Guiné 2 militares do BCaç 4514/72.

- Morre em combate em Angola 1 militar do BCaç 4212/73.

8

Morre em combate em Moçambique o alferes comando João José Nabais.

10

Morre em combate em Angola 1 militar do BCaç 4212/73.

11

Morre em combate na Guiné 1 militar do PelCaç 61.

12

- Morre em combate na Guiné 1 militar do BCaç 4616/73.

- O bispo de Nampula reclama à hierarquia moçambicana que se ofereça como intermediária para a resolução da guerra «por meios justos e pacíficos».

13

Restabelecimento de contactos entre a UNITA e a administração de Angola.

14

- Carta do Movimento dos Capitães da Guiné sobre a situação geral e a necessidade de se passar à acção contra o regime.
- Um relatório militar português atribui a Jorge Jardim a inspiração e organização das manifestações dos colonos contra as Forças Armadas.

- Seis militares da CPM 8245 morrem num acidente em Moçambique.

- Morre em combate em Angola 1 militar da 37ª CCmds.

15

Morre em combate em Moçambique 1 militar da CArt 3506.

18

- Parte para Angola BCav 8324/73.

- Morre em combate em Moçambique um furriel da CCaç 3497.

19

Morrem em combate na Guiné 2 militares da CCaç 4142.

21

- Morrem em combate em Moçambique 2 militares. Um da CCaç 2499 e um do BCP 31.

- Morre em combate em Angola 1 militar da CCmds 2047/73.

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CCaç 4944.

- Caetano desafia Costa Gomes e Spínola a tomarem o poder. Os dois generais recusam.

22

- Rebentamento de uma carga explosiva no Quartel-General do Exército de Bissau, tendo ficado ferido o segundo-comandante, acção reivindicada pelas BR-Brigadas Revolucionárias.
- Publicação do livro de António de Spínola, Portugal e o Futuro, em que contesta a política ultramarina portuguesa, defendendo autodeterminação dos territórios e o federalismo.

24

- Morrem em combate em Angola 6 militares do BCaç 4912.

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CCaç 14.

- Morre em combate em Moçambique 1 militar do BCmds.

- Parte para Moçambique o BCav 8422/73.

25

- Morrem em combate na Guiné 2 militares do BCaç 4514/72 e CCaç 4641.

- Cinco militares do Batalhão de Comandos morrem num acidente em Moçambique.

26

- Devido a acidente morrem em Moçambique 3 militares dos comandos.

- Rebentamento de uma bomba num café de Bissau.
- Em Moçambique a FRELIMO desenvolve 293 acções de combate durante o mês de Fevereiro.

28

Durante este mês as baixas nas forças portuguesas totalizaram 78 mortos. Em acções de combate morreram 37 militares.

 

MARÇO

?

Portugal negoceia secretamente com os Estados Unidos a compra de aviões F-5 e com Israel o fornecimento de mísseis.

1

Morre em combate na Guiné 1 militar do GAC 7.

2

Morre em combate na Guiné 1 militar do PelInt 9288.

3

Morre em combate em Moçambique 1 militar da CCaç 3496.

4

Morrem em combate na Guiné 4 militares.

5

- Intervenção de Caetano na Assembleia Nacional, reafirmando a disposição de não ceder em África.
- A Assembleia aprova um voto de confiança na política de Marcello Caetano.
- O Movimento dos Capitães reúne-se em Cascais, onde aprova o embrião do futuro programa do Movimento das Forças Armadas.

- Morre em combate em Moçambique 1 militar do BArt 7221.

6

- Os generais Kaúlza de Arriaga e Luz Cunha elaboram um plano para «pôr fim à subversão comunista no Exército».

- Morre em combate na Guiné 1 militar do ERec 8840.

7

- Morre em combate em Moçambique o alferes pára-quedista Domingos Tomé Costa do BCP 31.

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CCav 8352.

- A eficiência com que os Pára-quedistas do BCP 31 cumpriram as missões, seria paga com a morte em combate de 39 pára-quedistas (31 praças, 6 sargentos e 2 oficiais).

- Devido a acidente morre em Moçambique o major da Força Aérea Fernando Santos Castelo.

8

- A hierarquia militar transfere quatro oficiais do Movimento dos Capitães para os Açores.

- Morrem em combate em Angola 4 militares. Dois da CCaç 206, um da CCaç 2046/74 e um da CCmds 2044/73.

- Morrem em combate na Guiné 2 militares. Um furriel da CCaç 3547 e um soldado da CCav 8352.

9

- Morre em combate na Guiné 1 militar do BCaç 4516/73.

- Morre em combate em Moçambique 1 militar do BCaç 18.

- O Governo decreta o estado de alerta em todas as unidades militares do país.

10

Morre em combate na Guiné 1 militar da 38ª CCmds.

11

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CCaç 6.

- Caetano pede a demissão ao Presidente da República, que não a aceita.

12

Kaúlza de Arriaga alerta Américo Tomás para a «gravidade da situação política e militar».

14

- Morre em combate na Guiné 1 militar do CTem.

- Os oficiais-generais declaram a sua lealdade ao Governo, em cerimónia na Assembleia Nacional. Costa Gomes e Spínola não estão presentes.

15

- Morre em combate em Moçambique 1 militar do BCaç 4811/72.

- Demissão de Costa Gomes e António de Spínola dos cargos de chefe e vice-chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas. O general Joaquim da Luz Cunha é o novo CEMGFA.

16

Às 04h00 da madrugada, uma coluna do Regimento de Infantaria 5 das Caldas da Rainha passa os portões do aquartelamento, comandada pelo capitão Armando Marques Ramos. Pretende executar um golpe militar, marchando sobre Lisboa e depondo o Governo. Apenas a três quilómetros da capital terá a noção de que se encontra isolada. Um precipitado e deficiente planeamento da acção leva ao seu fracasso, sendo presos quase duas centenas de militares - oficiais, sargentos e praças - entre os quais o tenente-coronel João de Almeida Bruno, majores Manuel Monge e António Casanova Ferreira e capitães Marques Ramos e Virgílio Varela. Constituiu, embora, um importante balão de ensaio para o 25 de Abril. Em comunicado o governo garante que «reina a ordem em todo o país».

- Morre em combate em Moçambique 1 militar do BCaç 5014/73.

17

- Morrem em combate na Guiné 2 militares. Um furriel e um soldado.

- Morre em combate em Moçambique 1 militar do BCaç 5014/73.

18

- Morre em combate na Guiné um furriel da CCaç 3545.

- Devido a acidente morre na Guiné o capitão José Mendes Correia do BCaç 4610/72.

20

O governo abre um crédito especial para compra de equipamento militar.

21

Morrem em combate na Guiné 3 soldados comandos.

22

Morrem em combate na Guiné 6 militares. Quatro são do ERec 8840.

24

- O ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Patrício, envia a Londres, para conversações com o PAIGC, José Manuel Vilas-Boas.

- Última reunião clandestina da Comissão Coordenadora do MFA. O golpe é marcado para a semana de 20 a 27 de Abril.

25

Morrem em combate em Angola 4 militares do BCaç 4913/73.

26

- Morrem em combate em Angola 4 militares do BCaç 4910/72.

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CCaç 21.

27

Morre em combate em Moçambique 1 militar do BCaç 17.

28

- Um capitão, um alferes e duas praças da Força Aérea morrem num acidente em Angola.

- Morre em combate em Moçambique 1 militar da 1ª CCmds/74.

- Marcello Caetano, na última das suas «conversas em família», atribui a crise militar «aos estrangeiros desejosos de nos ver despojados do Ultramar».

31

- Morre em combate em Moçambique 1 militar da 1ª CCmds/74.

- Durante este mês as baixas nas forças portuguesas totalizaram 91 mortos. Em acções de combate morreram 49 militares.

 

ABRIL

?

- O PAIGC mantém forte actividade em Guidage (Norte da Guiné) e em Guilege (Sul), com acções também em Jemberé, Caboxanque e Bedanda, tendo nesta última base portuguesa sido referenciadas viaturas blindadas.
- Disparo de um míssil antiaéreo contra um avião civil dos Transportes Aéreos da Guiné.
- Numa patrulha entre Ganturé-Tancroal, na Guiné, os fuzileiros sofrem uma emboscada na clareira de Jagali, de que resultou um morto e dois feridos.

1

Parte para a Guiné o BArt 6520/73.

2

- Parte para Angola o BCaç 4617/73.

- Morre em combate na Guiné 1 militar fuzileiro especial do DFE 22.

3

Morre em combate em Moçambique 1 militar do BArt 7220/72.

4

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CCaç 14.

- Carta da direcção do movimento de oficiais para as colónias, informando as respectivas comissões de que não deveriam tomar a iniciativa de qualquer acção.

7

Morre em combate na Guiné 1 militar do BCaç 4514/72.

8

Morre em combate em Moçambique um furriel da CCaç 4140.

9

- Morrem em combate em Moçambique 2 militares. Um do BCaç 4812/73 e um da CCaç 4153.

- Morre em combate em Angola 1 militar do BCaç 4517/73.

- Última acção armada das BR (Brigadas Revolucionárias), contra o navio Niassa, que se preparava para sair de Lisboa com tropas para a Guiné.

- Estima-se que cerca de 95% do material e pessoal destinado aos teatros de operações africanos foi transportado via marítima, tendo sido utilizados 21 paquetes da Marinha Mercante Nacional que, com o estatuto de navios do Estado, embarcaram oficiais da Armada como Capitães de Bandeira, e transportaram em viagens redondas, de 1961 a 1974, cerca de 600 mil homens.

10

Morre em combate em Moçambique 1 militar da CArt 3557.

11

- Primeira utilização, pela FRELIMO, de mísseis terra-ar SAM-7, obrigando um aparelho português a uma aterragem de emergência.

- Apresentação nas Nações Unidas do representante da Guiné-Bissau, Júlio Semedo.

- Parte para a Guiné o BCaç 4610/73.

13

Informação do movimento de oficiais da Guiné à comissão de Lisboa, de que está preparado para assumir a iniciativa do movimento, caso seja necessário.

14

Expulsão de Moçambique do bispo de Nampula, D. Manuel Vieira Pinto.

17

Jorge Jardim apresenta a Marcello Caetano o Programa de Lusaka; Caetano diz que ele foi «longe demais».

19

Morrem em combate na Guiné 2 militares. Um pára-quedista do BCP 12 e um fuzileiro do DFE 1.

21

Morre em combate em Angola 1 militar do BCaç 4517/73.

22

Morrem em combate na Guiné 11 militares da CCaç 16.

23

- Morre em combate na Guiné 1 militar do BCaç 4610/73.

- Morre em combate em Moçambique 1 militar da CCaç 4241.

24

Às 22.00h está reunido, no Regimento de Engenharia nº 1, na Pontinha, o Posto de Comando do Movimento das Forças Armadas (MFA), com as presenças: - Major Otelo Saraiva de Carvalho - Capitão-Tenente Vítor Crespo - Major Sanches Osório - Ten-Cor. Garcia dos Santos - Ten-Cor. Fisher Lopes Pires Mais tarde, vindo de Tomar, juntar-se-ia o Major Hugo dos Santos. O Capitão Luís Macedo, oficial da unidade, garantia a segurança do Posto de Comando. Presente ainda o Major José Maria Azevedo dando apoio ao Posto de Comando.

25

- Passam vinte minutos da meia-noite quando pela voz do locutor Leite de Vasconcelos, da Rádio Renascença, ouve-se a primeira quadra da canção Grândola, Vila Morena, de José Afonso. Em Santarém, o capitão Salgueiro Maia manda acordar todo o pessoal. Às 6 da manhã está no Terreiro do Paço.

- Com papel destacado de Salgueiro Maia, o Movimento das Forças Armadas derruba o regime corporativista através de um golpe de Estado, abrindo caminho ao imediato fim da guerra em África, à descolonização e à democratização do país.

- Fica sem efeito a sessão do julgamento da ARA que estava marcada para as 10 horas no Tribunal Plenário de Lisboa. Em face dos acontecimentos históricos verificados nessa madrugada não foi possível à PIDE/DGS assegurar o transporte dos presos à Boa-Hora. Foi precisamente com esse fundamento – impossibilidade de fazer deslocar os réus ao tribunal, em virtude de ter ocorrido o Movimento das Forças Armadas – que o presidente do tribunal, Fernando Morgado Florindo, adiou sine die o julgamento. Os réus deste processo, bem como os demais presos políticos, viriam a ser libertados, nas próximas horas.

 

 

publicado por estrolabio às 18:00

editado por Luis Moreira às 02:56
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Sexta-feira, 28 de Janeiro de 2011

Cronologia da Guerra Colonial - 1968 2/2 - por José Brandão

 

JULHO

?

- Acção das forças portuguesas na região de Lumeje, Angola, com destruição de dois acampamentos.
- Acção das forças portuguesas helitransportadas a sueste de Moçambique, com destruição de duas bases da FRELIMO.
- A OUA reconhece o MPLA como única organização nacionalista de Angola, cessando o apoio à FNLA.
- A Gulf Oil americana inicia a extracção de petróleo de Cabinda.

2

O Zaire queixa-se de violação do seu território por tropas portuguesas.

5

- Morre em combate na Guiné 1 militar do PelRec 2022.

- Morre em combate em Moçambique 1 militar da CCaç 1619.

6

- Fuzileiros no chão Manjaco, em missão de patrulha e fiscalização no rio de Catora, desembarcaram de bote a cerca de 500 metros a Sul da estrada Có-Pelundo e surpreenderam um grupo de guerrilheiros, causando-lhe três mortos e dois feridos e apreendendo uma espingarda automática, uma pistola-metralhadora e outro material.

- O livro O Motim, de Miguel Franco, é proibido por «procurar criar um clima de agitação nitidamente marxista».

8

Morre em combate em Angola o tenente pára-quedista António Manuel Pinto Assoreira.

9

- Entra em funcionamento o Centro de Alcoitão para mutilados de guerra.

- Morre em combatCe em Angola 1 militar da 12ª CCmds.

10

- O Conselho de Ministros decide a adjudicação provisória da construção da barragem de Cahora Bassa, em Moçambique, ao consórcio Zamco, liderado por empresas da África do Sul.

- Morrem em combate em Angola 3 militares do BCP 21. Dois furriéis e um soldado pára-quedista.

11

Entra em vigor nova Lei do Serviço Militar.

14

Morrem em combate na Guiné 3 militares. Um alferes da CArt 1689, um furriel da CCaç 1792 e um soldado do BCaç 2834.

15

- Morre em combate na Guiné um alferes do PelCaç 69.

- Directiva do Comando-Chefe da Guiné sobre a remodelação do dispositivo.

16

Morrem em combate na Guiné 2 militares do PelCaç 64

17

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CArt 1745.

- Os trabalhadores da Carris recusam-se a cobrar bilhetes (greve da mala) e ao fim de 3 dias e depois de vários confrontos com a polícia de choque conseguem um aumento diário de 20 escudos e o compromisso da revisão da contratação colectiva, assumido pela administração da empresa.

- Decorre novo movimento de greve entre os pescadores.

20

- Devido a acidente morrem na Guiné 4 militares. Três são da CCaç 1686.

- Morrem em combate na Guiné 2 militares da CArt 1802. Um alferes e um soldado.

- Entre os dias 20 e 25, a FRELIMO realiza no distrito do Niassa o seu II Congresso.

21

Morre em combate na Guiné 1 militar da CCaç 1788.

23

Partem para Moçambique o BCaç 2853 e o BCav 2850.

24

- Partem para a Guiné os BCaç 2851 e 2852.

- Morrem em combate na Guiné 3 militares. Um da CArt 1690, um da CArt 2339 e um do PelRec 2022.

25

Parte para Angola o BArt 2849.

28

- Morre em combate em Moçambique 1 militar da CCaç 1654.

- Fiat abatido: Fiat G-91 da FAP, pilotado pelo tenente-coronel Costa Gomes, atingido por fogo de antiaérea de 50 polegadas, (12,7mm) disparado da fronteira da Guiné-Conacri. O piloto foi visto a cair de páraquedas a cerca de dois kms de um aquartelamento e recolhido pouco tempo depois pelas tropas portuguesas.

29

- Morre em combate em Angola 1 militar da CCaç 2334.

- Morre em combate na Guiné 1 militar do PelMort 1191.

- O primeiro grupo do destacamento Certeza, do MPLA, encontrava-se na margem esquerda do rio Lualo, a sueste de Nova Chaves (no seu objectivo), vindo o seu posto de comando a receber o nome de código “Kaladende”.

30

- Morrem em combate na Guiné 2 furriéis da CArt 1646.

- Morre em combate em Moçambique 1 militar da CArt 2371.

31

- Morre em combate em Angola 1 militar do BCaç 1929.

- Morre em combate em Moçambique 1 militar do BCaç 19.

- Durante este mês as baixas nas forças portuguesas totalizaram 64 mortos. Em acções de combate morreram 28 militares.

 

AGOSTO

?

- Primeira utilização, pelo PAIGC, do morteiro de 120 mm, em Gandembel.
- Em Angola a UNITA provoca um dos últimos descarrilamentos no Caminho-de-ferro de Benguela.

3

Salazar cai da cadeira de lona, no Forte de Santo António, em São João do Estoril.

4

Morrem em combate na Guiné 2 militares da CCaç 2317.

5

Morre em combate em Moçambique 1 militar do BCaç 15.

6

- Morrem em combate em Angola 2 militares da CArt 1658.

- Devido a acidente morrem em Angola um capitão e um furriel.

- Morre em combate na Guiné 1 militar da LDM 301.

8

- Morre em combate em Angola um furriel do Btr 522.

- A secção Pachanga, do MPLA, estava na região de Luatxe, juntamente com a primeira secção do destacamento BBKO.

9

Morre em combate em Angola um furriel da CCaç 2306.

10

- Ataque da FRELIMO à base de Mueda, AM51.
- Morre em combate em Moçambique 1 militar do ECav 2.

11

- Parte para a Guiné a 16ª CCmds.

- Morre em combate em Moçambique o capitão Horácio Martins Valente da 4ª CCmds.

13

- Morre em combate em Angola 1 militar pára-quedista do BCP 21.

- Morrem em combate em Moçambique 2 militares. Um soldado do BEng 2 e um do ECav 2.

- A ONU revela que existem cerca de 300 mil refugiados de Angola no Zaire, cerca de 61 mil da Guiné no Senegal, e cerca de 122 mil de Moçambique na Zâmbia e Tanzânia.

14

D. L. n.° 48 527. Cria nas Províncias Ultramarinas cursos de formação e actualização de professores do Ciclo Preparatório do Ensino Secundário.

16

- Morre em combate em Angola um fuzileiro especial do DFE 2.

- Morre em combate em Moçambique um alferes da CCaç 1803.

- Venâncio Deslandes nomeado chefe de Estado-Maior-General das Forças Armadas.

17

- Morre em combate em Angola um fuzileiro especial do DFE 2.

- Morrem em combate em Moçambique 2 militares. Um furriel e um soldado do BCaç 2832.

19

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CCaç 2529.

- Remodelação no governo, entrando Gonçalves Rapazote para o Interior, o almirante Pereira Crespo para a Marinha, o brigadeiro Bethencourt Rodrigues para o Exército e José Hermano Saraiva para a Educação.
- Um «comando» da LUAR tenta ocupar a cidade da Covilhã, mas a operação fracassa devido à prisão de alguns dos dirigentes e operacionais.

- Mampatá, Aldeia Formosa, pelas 20 horas, segunda flagelação do dia: mais de uma centena de granadas de canhão sem recuo em pouco mais de 10 minutos.

22

Morre em combate na Guiné 1 militar da CArt 1646.

23

Ainda em Mampatá, uma coluna para Gandembel levanta 57 minas antipessoais e quatro fornilhos. No mesmo trajecto a mesma coluna sofre cinco feridos em emboscada.

24

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CCav 1662.

- Explode no Pacífico a primeira bomba H francesa.

27

- Morre em combate em Angola 1 militar da CCaç 2356.

- Em Gandembel, pára-quedistas entram num trilho e esbarram com um acampamento da guerrilha. Apanhados de surpresa, os guerrilheiros sofrem cerca de duas dezenas de mortos e causam dois feridos aos páras.

- Neste mesmo dia, flagelações a Aldeia Formosa, Gandembel, Guileje e Buba. São suspensas de Mampatá as colunas para Buba e Gandembel: a picada, as margens e algumas zonas da mata encontram-se semeadas de minas de todo o tipo. Incapacidade em reabastecer Gandembel e Ponte Balana, depois de na primeira tentativa as tropas estacionadas em Gandembel terem sofrido seis mortos e um desaparecido e na segunda ter rebentado uma anti-pessoal causando ferimentos graves a um militar.

28

- Morrem em combate na Guiné 4 militares. Dois soldados da CCaç 2401 e dois pára-quedistas do BCP 12.

- Morre em combate em Moçambique um furriel da CCaç 1803.

29

Morre em combate em Angola um alferes da CArt 1768.

30

Morre em combate em Angola 1 militar da CCaç 1673.

31

- Em finais deste mês terminou a odisseia de um soldado português, pertencente a um batalhão estacionado em Mansoa. Raptado pela guerrilha quando tomava banho numa bolanha, perto da povoação, foi levado para um acampamento. Escapou aos sequestradores, internou-se na mata e, depois de dias e dias perdido, vislumbrou as luzes de um aquartelamento. Sem saber estava a mais de cem quilómetros de distância do seu quartel.

- Durante este mês as baixas nas forças portuguesas totalizaram 71 mortos. Em acções de combate morreram 31 militares.

 

SETEMBRO

?

- Flagelação de Gandembel por forças do PAIGC com grande poder de fogo e centenas de rebentamentos, com destaque para a utilização de canhões sem recuo e morteiros de 120 e 82.
- Ataque do PAIGC ao quartel de Sare Banda, no Sector Leste da Guiné, durante 90 minutos, com grande poder de fogo, causando dois mortos e três feridos graves.

1

Morre em combate na Guiné um furriel da CCaç 2406.

3

- Morrem em combate na Guiné 2 militares. Um soldado da CArt 1802 e um furriel da 5ª CCmds.

- Morre em combate em Moçambique 1 militar da CCaç 2409.

5

Morrem em combate em Angola 7 militares da CCaç 2306. Um alferes e seis praças.

7

- Morre em combate em Angola um sargento pára-quedista do BCP 21.

- Revelação pública do acidente de Salazar o qual levará à manifestação de grave doença cerebral, pondo termo à sua longa actividade política.

8

Morre em combate na Guiné 1 alferes da CArt 1690.

9

Morre em combate na Guiné um furriel da CArt 1690.

11

Morre em combate na Guiné 1 militar da CCav 1747.

13

Morre em combate em Moçambique 1 militar da CCav 2398.

14

- Morre em combate em Angola 1 militar da CArt 1701.

- Morre em combate em Moçambique 1 militar da CCav 2398.

16

Salazar entra em estado de coma.

17

Américo Tomás convoca o Conselho de Estado para se pronunciar sobre a eventual substituição de Salazar.

19

- Morrem em combate em Moçambique 2 militares do BCaç 2836. Um alferes e um soldado.

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CArt 2339.

20

Morrem em combate em Angola 2 militares da CCaç 206.

21

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CArt 2412.

- Um grupo da UNITA, comandado por Muanangola, efectua uma emboscada a sul de Cangumbe (Angola).

24

Morre em combate em Angola 1 militar da CCav 1775.

25

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CArt 2339.

- Américo Tomás exonera Salazar e nomeia Marcello Caetano para chefiar o governo.

26

- Morre em combate em Angola 1 militar da CCaç 206/RI 21.

- Marcelo Caetano discursa no Palácio de S. Bento após a tomada de posse do Governo.

- Morre de doença na Guiné o coronel Tristão Bacelar.

27

- Governo de Marcelo Caetano, que declara a sua firme intenção de eleger como prioridade política a defesa do Ultramar. É chamado para ministro da Defesa o general Sá Viana Rebelo.

- O PCP divulga uma declaração: “O PCP e o momento político actual”. Toma também posição sobre os acontecimentos de Agosto, na Checoslováquia, apoiando a intervenção da União Soviética.

- Antenor Patino, magnate do estanho, organiza uma festa em Colares, acontecimento mundano para a high society, a que os jornais dão grande relevo.

29

Morre em combate em Moçambique 1 militar pára-quedista do BCP 31.

30

- Morre em combate em Angola um sargento pára-quedista do BCP 21.

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CCaç 2315.

- Na Guiné foi determinada a organização das tabancas em autodefesa e o reordenamento das populações, em íntima ligação com os serviços do Governo da Província.

- Durante este mês as baixas nas forças portuguesas totalizaram 61 mortos. Em acções de combate morreram 30 militares.

 

OUTUBRO

?

- Spínola, em documento oficial sobre o problema militar da Guiné, declara: «Não hesitamos em considerar como uma triste realidade a situação que hoje se vive na Guiné, situação que abrange (…) o aspecto económico-social e o aspecto militar».

- Operação “Exarco” na ZML em Angola, com o objectivo de destruir o quartel-general da III Região Militar do MPLA, situada no Dengue, Moxico.

- Decisão do Senegal de dificultar a permanência de elementos do PAIGC no seu território.

- Reunião de alto nível do MPLA, cuja principal decisão foi o reinicio das suas actividades militares em Cabinda.

- Decisões da última reunião do Comité Central da FRELIMO: criação de um Alto Comando Militar, de um Comité Disciplinar e de um Tribunal Militar, configurando as primeiras medidas de um exército regular.

- Reacção de forças portuguesas a uma acção da FRELIMO em Cabo Delgado, Macomia, levando à apreensão de vário material de guerra, entre o qual espingardas Kalashnikov e Simonov, lança-granadas-foguete e granadas de mão.

3

- Parte para Angola a 19ª CCmds.

- Morre em combate em Angola um furriel da CCaç 2362.

4

Morre em combate em Angola 1 militar da CCaç 2310.

5

No Porto a polícia reprime, violentamente, uma manifestação, que procurava assinalar o aniversário da implantação da República, organizada pela Oposição.

7

- Morre em combate em Angola 1 militar da CCav 1407.

- Uma brigada da PIDE apreende cerca de 3 mil exemplares da obra Nota sobre a Instrução Criminal de Francisco Salgado Zenha, numa tipografia em Vila Nova de Famalicão.

8

O cardeal Cerejeira denuncia a Marcello Caetano o padre Felicidade Alves como autor de homilias que constituem «escândalo público».

11

Morre em combate em Moçambique 1 militar do ECav 2.

12

- Partem para Angola o BCaç 2855 e o BCav 2854.

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CCaç 2402.

13

- Morre em combate na Guiné um fuzileiro especial do DFE 13.

- Devido a acidente morre em Angola o capitão da Força Aérea Vasco Paulo de Lemos.

17

Morre em combate em Angola 1 militar da 12ª CCmds.

18

Morrem em combate em Angola 2 militares. Um cabo da 12ª CCmds e um cabo da CCaç 1697.

19

Morre em combate em Moçambique 1 militar da CCav 2416.

20

Morre em combate na Guiné 1 militar pára-quedista do BCP 12.

21

Morrem em combate em Angola 2 militares. Um furriel da 12ª CCmds e um cabo da CCaç 206.

23

- Parte para a Guiné o BCaç 2856.

- Parte para Moçambique a 18ª CCmds.

- Morrem em combate na Guiné 2 militares do PelRec 2350.

24

- O chanceler da República Federal da Alemanha, Kurt Kiesinger, visita oficialmente Lisboa.

- Desloca-se a Portugal, em viagem oficial, o ministro das Relações Externas do Brasil.

- Com a presença dos países membros, decorre em Lisboa uma reunião da NATO.

- Realiza-se, algures no País, a 4. ª Convenção da ASP.

- O estudante Daniel Sousa Teixeira morre no hospital, depois de ter sido preso pela PIDE em 20 de Agosto. Um grupo de 56 cidadãos exige um inquérito imparcial.

- Familiares de presos políticos exigem a amnistia geral daqueles. São efectuadas prisões.

25

Morre em combate na Guiné 2 militares. Um alferes da CArt 1745 e um soldado da CArt 2413.

27

Morre em combate na Guiné 1 militar da CCaç 3.

28

- Morre em combate em Angola 1 militar pára-quedista do BCP 21.

- Pelotão de Sapadores do Batalhão de Caçadores de Lourenço Marques (BC-18) e outras forças portuguesas, foram atacadas entre o largo de Oasse e Antadora, tendo sofrido 3 mortos e 35 feridos com todas as viaturas e maquinaria da Engenharia afectada.

30

- Morre em combate em Angola 1 militar da CArt 1766.

- Morrem em combate na Guiné um alferes e um soldado da CCaç 6 e um pára-quedista do BCP 12.

31

- Em Angola o MPLA achava-se em vias de consolidar a sua actividade político-militar na Lunda e na faixa leste do sector do Luso e de infiltrar uma secção do destacamento BBKO na região de sautar, através da infiltrante geral do rio Luena-Sandando-rio Cassai, que materializaria a Rota Agostinho Neto.

- Morrem em combate em Angola 4 militares da CArt 1767. Um furriel e três soldados.

- Durante este mês as baixas nas forças portuguesas totalizaram 73 mortos. Em acções de combate morreram 31 militares.

 

NOVEMBRO

?

- Os comandos militares portugueses afirmam que a UNITA perde sistemática e progressivamente terreno na zona leste de Angola a favor do MPLA, que, através de equipas anti-UNITA lançadas à frente dos destacamentos de apoio, vai procedendo à limpeza das áreas.
- O ministro do Interior, Gonçalves Rapazote, condecora o director da PIDE com as insígnias da Ordem do Infante.

1

Morre em combate na Guiné 1 militar do PelRec 2045.

5

A GNR detém e entrega à PIDE 19 activistas das Testemunhas de Jeová, acusados de promoverem reuniões de contestação à guerra.

6

- Morre em combate na Guiné um furriel da CCaç 2402.

- Morre em combate em Moçambique um furriel da CCav 2400.

7

Devido a acidente morre em Angola o capitão José Bernardino Rosado da 12ª CCmds.

8

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CCaç 2317.

- O cardeal Cerejeira suspende de funções o padre Felicidade Alves.

9

Parte para a Guiné o BArt 2857.

10

- Morre em combate em Moçambique 1 militar da CCaç 2419.

- Mário Soares é autorizado a regressar do degredo em S. Tomé.

12

- Morrem em combate em Angola 2 militares da CCaç 2380.

- O D. N. publica declarações do padre Felicidade Alves sobre a decisão do Cardeal Patriarca, onde refere ter-se retractado por três vezes, e em público, das afirmações consideradas injuriosas. Discorda das acusações que lhe foram movidas e dos métodos utilizados, afirmando que os processos inquisitoriais ainda não terminaram na Igreja Portuguesa.

14

Morre em combate na Guiné um furriel da CArt 1746.

15

Resolução aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU que condena Portugal por incursões feitas em território zairense por algumas autoridades angolanas em perseguição de grupos armados.

17

- Morre em combate em Angola um alferes da CCaç 2364.

- Morre em combate na Guiné um furriel da CArt 1692.

18

Morre em combate em Angola um fuzileiro especial do DFE 2.

19

Morrem em combate na Guiné 2 militares da CCaç 1789.

21

Morrem em combate em Angola 2 militares. Um soldado da CCav 1777 e um soldado da CCaç 2360.

27

- Morrem num acidente em Angola 1 sargento e 2 furriéis dos comandos.

- Discurso de Marcelo Caetano na Assembleia da República, onde declara que «a liberdade e a independência dos países da Europa ocidental joga-se não só na própria Europa, como em Africa».

- Em férias, estudantes exigem a demissão dos responsáveis pela Universidade.

- Em Coimbra, decorrem manifestações estudantis favor da autonomia universitária, de eleições livres e de liberdade de crítica.

28

Morre em combate em Angola 1 militar da CCav 2302.

29

- A política africana portuguesa é de novo condenada pela ONU, por 96 votos a favor da resolução, contra 13 e 3 abstenções.

- Movimento dos trabalhadores ferroviários para obtenção de aumentos salariais.

- No Tribunal Plenário de Lisboa são condenados vários militantes, que se consideram marxistas-leninistas.

30

- O MPLA tinha parte do destacamento BBKO instalado na região de Luma-Cassai e a secção Certeza implantara-se entre Casage-Nova Chaves e o rio Cassai.

- Durante este mês as baixas nas forças portuguesas totalizaram 51 mortos. Em acções de combate morreram 16 militares.

 

DEZEMBRO

?

- Início da deslocação de populações da área destinada à construção da barragem de Cahora Bassa.
- A FRELIMO dispõe de unidades constituídas pelas FPLM (Forças Populares de Libertação de Moçambique), no Niassa e Cabo Delgado, que realizam durante o ano 1087 acções.

- A PIDE sabia que as bases da FRELIMO Catur e Chala se situavam Malawi e tinham como objectivo a penetração na Zambézia. Em princípios de 1968, a base de Catur tinha centena e meia de homens, mas final do ano estava reduzida à centena, incluindo quinze da base de segurança de Maneta e oito da base de Nane. Nesta mesma altura, em princípios de 1968, por Catur terá passado um grupo especializado em sabotagem, que devia entrar em Manica e Sofala. E passara, também, grande quantidade de material de sabotagem, incluindo minas anticarro, minas «tinteiro», morteiros, bazucas e munições.

- Criação em Moçambique do sector F, com sede em Tete, onde existiam já seis Batalhões, compreendendo quatro subsectores de Batalhão: Tete, Fingoé, Bene e Furancungo.
- O governo sueco anuncia a concessão de ajuda aos movimentos nacionalistas das colónias portuguesas.

- Início da exploração de petróleo em Cabinda pela GuIf OiI.

- A UNESCO decide não conceder qualquer auxílio ou cooperação ao Governo português até que “as autoridades portuguesas renunciem à sua política de dominação colonial e de discriminação racial”.

- É criado o Movimento Vanguardista, agrupamento estudantil de extrema-direita, que se manterá activo até 1971. Publica um jornal Agora e uma revista Vanguarda onde desenvolve uma regular e violenta oposição a Marcelo Caetano.

- O livro A Voz e o Sangue, de Carlos Loures, é apreendido e vale ao autor seis meses de prisão. Outros livros deste autor serão também apreendidos pela polícia política, o mesmo sucedendo com a antologia, em colaboração com Manuel Simões, - Hiroxima (1967) igualmente alvo de perseguição pela PIDE.

- Constitui-se o Movimento da Juventude Trabalhadora, afecto à Oposição.

5

Morrem em combate em Angola 6 militares. Três da CCaç 2356 e dois da CCaç 1778.

6

Morre em combate na Guiné 1 militar da CCaç 2366.

7

Morrem em combate em Angola 3 militares. Um da CCaç 211, um da CCaç  2432 e um da CCav 1774.

8

Início das conversações de Paris com vista ao cessar-fogo no Vietname.

14

Morrem em combate em Moçambique 2 militares. Um da CCav 2376 e um da CCaç 2449.

15

Morre em combate em Moçambique um alferes da CCav 2400.

16

- Morre em combate em Angola um furriel da CCaç 1732.

- O ministro da Defesa, Sá Viana Rebelo, declara que Angola é «um foco de intensa subversão».
- Os socialistas divulgam um manifesto denunciando a «guerra em três frentes, cada dia mais gravosa, mortífera e sem solução militar».

17

Morre em combate em Moçambique 1 militar da CCaç 2321.

20

Devido a acidente morrem em Angola 2 alferes e 1 cabo da Força Aérea.

22

- Morrem em combate em Angola 5 militares da CCaç 2356. Um alferes e quatro praças.

- Um guerrilheiro cubano é abatido em Cabinda.

24

Morre em combate na Guiné 1 militar da CCaç 2314.

26

- O quadro de pessoal da PIDE é composto por 3202 funcionários, sendo 1187 do Continente e Ilhas Adjacentes, 40 de Cabo Verde, 101 da Guiné, 26 de S. Tomé, 1116 de Angola, 662 de Moçambique, 8 de Macau e 4 de Timor.

- Marcelo Caetano procede a modificações nos órgãos dirigentes da UN. Albino dos Reis, antigo presidente da AN e ministro, é o novo presidente da Comissão Central; Guilherme Melo e Castro, considerada uma figura liberal, é o presidente da Comissão Executiva.

- Realiza-se uma reunião de sectores socialistas, onde é aprovado um “Manifesto à Nação”, subscrito por cerca de 4 centenas de cidadãos, e que a Censura cortou integralmente, apesar do seu tom moderado.

- A PIDE encerra o Instituto Superior Técnico, sob o pretexto de ser um centro de subversão.

- Estudantes de Lisboa decretam “luto académico” e denunciam a violência policial num documento intitulado “A policia na Universidade”.

- Movimento de greve de cerca de 2 mil trabalhadores da Lisnave.

28

Directiva do Comando-Chefe da Guiné sobre operações psicológicas e estabelecimento do slogan «Uma Guiné Melhor».

29

Morre em combate em Angola um alferes da CCaç 2433.

31

- Morre em combate em Moçambique 1 militar da CCaç 1714.

- Duas centenas de católicos, reunidos na Igreja de S. Domingos, condenam a guerra colonial.
- Durante este mês as baixas nas forças portuguesas totalizaram 48 mortos. Em acções de combate morreram 23 militares.

- Os efectivos militares portugueses nas colónias são de 58 230 homens em Angola, 22 839 na Guiné e 36 615 em Moçambique. As tropas portuguesas sofrem 794 baixas mortais nos três teatros de guerra sendo 389 em combate. As despesas militares representam 51,9 por cento do total das despesas públicas.

publicado por estrolabio às 18:00

editado por Luis Moreira às 00:29
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Quarta-feira, 19 de Janeiro de 2011

Cronologia da Guerra Colonial- 1964 - 4 - por José Brandão

 

JULHO

?

- Guiné, o PAIGC utiliza a metralhadora pesada Bren (apreendida em 1963) e a metralhadora Borsig.

- Conferência de alto nível de 34 chefes de Estado africanos no Cairo, em cuja ordem do dia se salienta a apreciação do relatório do Comité de Libertação de Africa e o exame da situação nas colónias portuguesas.

- Interferência do presidente do Congo-Brazzaville na Conferência do Cairo, pondo em causa a decisão tomada pela OUA em favor do GRAE de Holden Roberto, que leva à criação de uma subcomissão para averiguações.

- Os movimentos de libertação adaptam a sua propaganda à realidade e visam atingir os militares portugueses, convencendo-os de que a guerra em África lhes é imposta, devendo os seus esforços voltarem-se contra o Governo português.

- Declarações do assistente do secretário de Estado americano para os Assuntos Africanos sobre o desejo de ver Portugal reconhecer publicamente o princípio da autodeterminação, devendo-se encorajar ambas as partes às cedências necessárias a um acordo.

2

- Morre em combate em Angola um furriel da CCav 624.

- Morrem em combate na Guiné 2 militares do PelRec 42 e um do BCaç 507.

3

Início do 1° Curso de Comandos da Guiné no aquartelamento em Brá.

5

Independência da Niassalândia que toma o nome de Malawi, presidido por Hastings Banda.

6

- Morre em combate em Angola 1 militar da CCaç 404.

- D. L. n.° 45 796. Cria a Embaixada de Portugal em Zomba, no Malawi.

8

Morrem em combate na Guiné 3 fuzileiros especiais.

9

- Partem para Angola o BArt 701 e a 1ª CCmds.

- Ampliado o período de escolaridade obrigatória (de 4 para 6 anos).

10

- Morre em combate em Angola 1 militar da CCaç 553.

- Regulamento Policial. É proibido o trânsito ou permanência de pessoas descalças em todos os lugares públicos da área do distrito de Lisboa (Ficam excluídas desta proibição as áreas das praias marítimas ou fluviais e das piscinas).

12

Morrem em combate em Angola o capitão Carlos Duarte Prudente, 2 furriéis e 1 cabo da CCav 487.

15

Partem para a Guiné o BCaç 697 e o BEng 447.

17

- Morre em combate em Angola 1 militar pára-quedista do BCP 21.

- O cônsul de Portugal na Rodésia dá garantias de apoio a Ian Smith para o caso de uma declaração da independência unilateral pela minoria branca.

18

- Demissão de Jonas Savimbi do GRAE e da FNLA.

- Parte para a Guiné o BCav 705.

21

- O capitão António Afonso Vigário e uma praça da CCaç 546 morrem em combate em Angola.

- Morre em combate na Guiné um fuzileiro especial do DFE 8.

22

Morrem em combate em Angola um furriel da CCav 680 e uma praça da 7ªCCaç/RINL.

23

Américo Tomás inicia uma visita a Moçambique.

29

Morre em combate na Guiné 1 militar da CCaç 675.

31

- Proibido o livro Raízes da Expansão Portuguesa, de António Borges Coelho, «por se tratar de um escrito dissolvente e isento de seriedade», na opinião da Censura.

- Acidente em Angola causa 10 mortos nas forças portuguesas. Sete são militares do PelAAA 960.

- Durante este mês as baixas nas forças portuguesas totalizaram 47 mortos. Em acções de combate morreram 20 militares.

 

AGOSTO

?

- O MPLA desenvolve uma intensa campanha política a partir do Congo-Brazza, tentando aproveitar a crise da FNLA.

- A FNLA procura atenuar os efeitos da crise interna motivada pelo abandono de alguns dos seus dirigentes.

1

- Os funcionários públicos em Angola passam a frequentar, com carácter obrigatório, exercícios de defesa civil.

- O Congo-Leopoldville toma a designação de República Democrática do Congo (RDC).

- Entrada dos primeiros guerrilheiros da FRELIMO em Moçambique, com três grupos de comandos, vindos da base de Mtwara, na Tanzânia.

5

- Morre em combate em Angola 1 militar da CCaç 673.

- Rebeldes congoleses tomam Stanleyville.

6

Morre em combate em Angola 1 militar da CCaç 468.

7

Proibição do livro Falsos Preconceitos, de Nita Clímaco, por falar de homossexuais.

15

- Morrem em combate em Angola 2 militares do BArt 525.

- Morre em combate na Guiné 1 militar da 4ª CCaç.

16

Morre em combate na Guiné 1 militar da 4ª CCaç.

17

Morrem em combate na Guiné 4 militares. Três da 4ª CCaç e um da CArt 643.

21

Primeira acção violenta na região de Cabo Delgado, Moçambique, na rampa de Esposende (Sagal) e na primeira ponte no sentido Mueda-Mocimboa da Praia, tendo sido atacada uma viatura civil com dois tiros de canhangulo.

24

Morte do padre Daniel, da missão de Nangololo, no Norte de Moçambique, em consequência de um ataque mal esclarecido. Havia um “imposto de palhota”, cobrado para o administrador do posto da região, que motivava muitos protestos e descontentamentos entre os negros. Os poucos missionários cristãos instalados na região dos macondes tentavam sensibilizar a administração de posto para corrigirem algumas situações mais injustas no relacionamento com os indígenas; por isso mesmo, causou grande espanto o ataque desferido à missão de Nangololo, onde foi morto o missionário Daniel, ainda antes da Frelimo ter iniciado a guerrilha contra os portugueses. Antecipando-se à Frelimo, um grupo dissidente, terá sido o autor do assalto à missão.

27

Morrem em combate na Guiné 5 militares da CArt 565.

31

Durante este mês as baixas nas forças portuguesas totalizaram 32 mortos. Em acções de combate morreram 15 militares.

 

SETEMBRO

?

- Na Guiné, o PAIGC utiliza o seguinte armamento: metralhadora 7.62 Guryumov m/944 com reparo, carabina Mosin-Nagant, pistola-metralhadora PPSH (chinesa), espingarda Mauser 7.9, pistola-metralhadora Thompson 11.4 e minas A/C TM 46.
- É criado na Guiné o Centro de Instrução de Comandos, sendo seu comandante o major de Infantaria Correia Dinis.

1

Início do Curso da 1ª. Companhia de Comandos na Região Militar de Angola, recrutada entre os Pelotões de Infantaria de reforço da RMA. Terminaram o Curso em 03 de Fevereiro de 1965.

5

Morrem em combate em Angola 5 militares da CCav 680 e um da CCaç 466.

6

- Morrem em combate em Angola o tenente-coronel Alberto Ferreira Freitas da Costa e o capitão Carlos Alberto Ferreira do BArt 400.

- Morre num acidente em Angola o alferes da Força Aérea Frederico Gonçalves.

8

Morre em combate em Angola 1 militar da CCaç 609.

13

Morre em combate em Angola 1 militar da CArt 529.

14

Morte do guarda auxiliar da PSP Martins, por um grupo armado, na zona de Mueda, em Moçambique.

17

O governador da Guiné, Arnaldo Schultz, declara que «a paz começou a voltar à província».

21

Morre em combate em Angola 1 militar da CCaç 554.

22

Morre em combate em Angola 1 militar da CCaç 448.

24

- Primeira acção da FRELIMO no Niassa, com ataque ao posto administrativo do Cobué.
- Colocação por parte da FRELIMO de abatises e abertura de pequenas valas nos itinerários Miteda-Nangololo-Muatide-Muidumbe-Estrada das Oliveiras.
- Destruição pela FRELIMO das pontes de Quinhevo (junto a Mocímboa da Praia), Esposende (Sagal), rio Mueda, Nangade e Manchoma.
- A FRELIMO corta a linha telefónica nas imediações das pontes do Quinhevo e de Esposende.

25

- A França anuncia a entrega a Portugal de oito navios de guerra, como contrapartida pela cedência da base das Flores.
- Ataque da guerrilha à lancha Castor, da Marinha Portuguesa, no lago Niassa (Moçambique).

- Início oficial da luta armada em Moçambique, conduzida pela FRELIMO, com um ataque a Chai, situado entre Macomia e o rio Messalo (Cabo Delgado). Estava aberta mais uma frente de guerra para dificultar mais a vida dos jovens portugueses. A FRELIMO contava então com cerca de 250 guerrilheiros devidamente armados.

29

Ataque da FRELIMO a Mueda, incluindo a base aérea, ataque que foi repetido no dia seguinte.

30

Durante este mês as baixas nas forças portuguesas totalizaram 23 mortos. Em acções de combate morreram 12 militares.

 

OUTUBRO

?

Reacção pelo fogo a um reconhecimento efectuado por tropas portuguesas e realização de uma emboscada por parte de FRELIMO, o que acontece pela primeira vez.

1

Morre em combate em Moçambique 1 militar do BCaç PA.

5

Início da II Conferência Plenária dos Países Não Alinhados no Cairo, com a presença de Holden Roberto, em cujo comunicado se apela ao apoio material, financeiro e militar aos combatentes da liberdade dos territórios sob domínio português.

7

Partem para Angola os BCaç 717, 721 e 725.

8

Parte para a Guiné o BArt 733.

10

Ataque a uma viatura dos Caminhos de Ferro de Moçambique na estrada Mueda-Muidumbr, que causou a morte do condutor.

11

Acção violenta da FRELIMO próximo da estrada para o rio Messalo, onde são queimadas duas cantinas.

13

- A FRELIMO, na estrada Mueda-Nacatar, assalta e incendeia uma cantina.
- Portugal e a África do Sul assinam oito acordos de cooperação, um dos quais relativo à utilização do rio Cunene.

15

Morre em combate em Angola 1 militar da CCaç 533.

16

A China faz explodir a sua primeira bomba atómica.

17

- Arrombamento e assalto da loja de Ibarimo Ucuba, na povoação de Namulumba (Moçambique).

- D. L. n.° 45970. Torna aplicáveis aos indivíduos mutilados, estropiados ou por qualquer forma incapacitados ao serviço da Pátria, as disposições do D. L. n.° 44356 de Maio de 1962, que determina que seja gratuita ou beneficie de redução a admissão e instrução ou internamento de todos os estabelecimentos de Ensino do Estado dos filhos dos mesmos indivíduos.

- D. L. n.° 45974. Determina que a organização de voluntários, criada em cada uma das Províncias Ultramarinas pelo D.L. n.° 44217 de 3 de Março de 1962, assuma nos escalões correspondentes, conjuntamente com as que no referido diploma lhe são atribuídas, as responsabilidades de preparação, organização e execução da defesa civil previstas no D. n.° 43571 de 29 de Março de 1961, passando a usar a designação de Organização Provincial de Voluntários e Defesa Civil (OPVDC).

- Oliveira Salazar concede uma entrevista a Roland Faure, que é publicada no L’Aurore.

- Realiza-se a III Conferência da FPLN, em Argel. Humberto Delgado, que não assiste à conferência, retira-se da Frente, consumando-se a cisão.

20

Morre em combate na Guiné 1 militar da CCav 567.

21

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CCav 567.

- O governo classifica a anunciada visita do Papa a Bombaim como uma «injúria» a Portugal.

- Parte para Moçambique o BCaç 729.

22

- Morre em combate em Angola 1 militar da CCaç 448.

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CCav 677.

24

- Morre em combate em Angola 1 militar CCaç 472.

- Independência da Rodésia do Norte, que toma o nome de Zâmbia, sob a liderança de Kenneth Kaunda.

25

Morrem em combate na Guiné 2 militares do Destacamento de Fuzileiros Especiais 7.

28

Grupo de 224 homens do PAIGC, atacou durante a noite o quartel de Cabedú. O ataque demorou cerca de uma hora.

29

Morre em combate na Guiné 1 militar da CArt 495.

31

Durante este mês as baixas nas forças portuguesas totalizaram 40 mortos. Em acções de combate morreram 10 militares.

 

NOVEMBRO

?

- Ataque a um posto de sentinela em Mutarara, primeira acção da FRELIMO na zona de Tete.

2

Morre em combate em Angola 1 militar pára-quedista do BCP 21.

3

Morre em combate na Guiné 1 militar fuzileiro especial do DFE 9.

4

Morre em combate na Guiné 1 militar da CCaç 556.

5

- Morre em combate em Angola um furriel da CCaç 475.

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CArt 732.

- Num referendo na Rodésia do Sul, 90% da população vota a favor da independência.

7

- Morre em combate em Angola 1 militar da CCaç 485.

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CArt 566.

10

Morre em combate na Guiné 1 militar da CArt 566.

11

- Morre em combate em Angola 1 militar da CArt 1453.

- Em Moçambique dois militares são dados como desaparecidos.

16

- Primeiras baixas sofridas pelas tropas portuguesas no Norte de Moçambique, na região de Xilama, Cabo Delgado.

- Morre em combate em Moçambique 1 militar da CCaç 613.

- Apresentação ao Comité de Libertação da OUA, de um relatório da subcomissão de análise do problema angolano, cujas conclusões apontam para a revisão das decisões anteriores e a atribuição de uma ajuda concreta ao MPLA.

18

- Morre em combate em Angola 1 militar da CCaç 724.

- Morre em combate na Guiné um furriel do BCaç 619.

20

- Chegada a Moçambique do Destacamento de Fuzileiros Especiais nº 1 (DFE 1), que se instala em Porto Amélia (Pemba).

- Morre em combate em Angola 1 militar da CCaç 774.

21

Morre em combate em Angola 1 militar da CCav 482.

22

O Diário de Moçambique, da Beira, é suspenso por publicar «uma versão falsa de confrontos militares no Norte de Moçambique».

23

Morre em combate na Guiné um furriel da CArt 495.

24

- Pára-quedistas belgas, o Exército congolês e mercenários brancos reconquistam a cidade de Stanleyville, no Catanga.

- Morrem em combate em Angola 3 militares da CCaç 472.

- Morrem em combate na Guiné 2 militares do PelRec 963.

25

O Comité de Libertação da OUA reconhece o MPLA como único representante do povo angolano.

27

Aprovado o Estatuto da PSP de Angola.

28

- Um Unimog com 10 elementos de um grupo de Cmds, accionou uma mina A/C na estrada de Madina do Boé para Contabane. O grupo de comandos seguia em duas viaturas. A primeira passou, a segunda pisou a mina. Do rebentamento e do incêndio que se seguiu morreram nove dos dez elementos que seguiam na viatura. Sem comunicações rádio, elementos da primeira viatura seguiram para Madina, em busca de apoio, enquanto os restantes assistiram à morte, um a um dos elementos gravemente feridos.

- Em Guileje, um numeroso grupo da guerrilha do PAIGC atacou violentamente o aquartelamento e a povoação, causando mortos e feridos entre a população e militares destruindo as instalações

- Morrem em combate na Guiné 9 militares. Cinco pertencem ao BCaç 599.

29

Morre em combate na Guiné um furriel da CCaç 726.

30

- Nomeação do brigadeiro Emílio Moura dos Santos para o cargo de segundo-comandante da RMM – Região Militar de Moçambique.

- Durante este mês as baixas nas forças portuguesas totalizaram 61 mortos. Em acções de combate morreram 30 militares.

 

DEZEMBRO

?

- Início da constituição das milícias, na Guiné.
- Na Guiné, o PAIGC utiliza o seguinte armamento: metralhadora ligeira Degtyarev (russa), espingarda automática Kalashnikov 7.62 (russa), espingarda automática Simonov (russa), morteiro 60 e pistola Ceska.
- Despenha-se em Teixeira Pinto (Guiné), uma avioneta Auster D.5/160 Husky, de que resulta a morte de 1 sargento e 1 cabo (este tinha feito as gravações das mensagens de Natal).
- Assalto da FRELIMO ao posto administrativo de Olivença, no Niassa.
- Acção da FRELIMO no Charre (Tete).

1

Morre em combate na Guiné 1 militar da CArt 496.

2

- Morre em combate em Angola um furriel do BCaç 451.

- O Conselho de Segurança da ONU decide ouvir em audiências os movimentos de libertação de Angola, Guiné e Moçambique.

5

Morre em combate em Angola 1 militar da CCav 625.

6

Morre em combate em Angola 1 militar da CArt 700.

8

- Morre em combate na Guiné 1 militar do BCaç 599.

- Ataque da FRELIMO ao posto de Muidumbe, durante cerca de vinte minutos, com armas automáticas e lança-granadas-foguete.

9

Morre em combate em Angola um alferes pára-quedista do BCP 21.

12

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CCav 702.

- Em Moçambique morre na queda de um avião T-6, quando realizava um bombardeamento em Mueda, o major da Força Aérea João António Santos Gomes.

15

Início do I Congresso do PAIGC, realizado no interior da Guiné.

18

Morre num acidente em Angola o tenente-coronel Alberto Costa do BCaç 717.

20

- Morre em combate na Guiné 1 militar da 4ª CCaç.

- Vaga de prisões em Lourenço Marques, contando-se entre os presos José Craveirinha, Rui Nogar, Luís Bernardo Honwana e Malangatana Valente.

21

A Assembleia-Geral da ONU reconhece a legitimidade da luta que os povos sob dominação portuguesa travam para alcançar a sua liberdade e independência.

25

Morrem em combate em Angola 2 militares do BCaç 3.

28

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CCaç 675.

- Morre em combate em Moçambique 1 militar da CCaç 403.

29

Morre em combate na Guiné 1 militar da CArt 732.

31

- O ministro Franco Nogueira declara que Portugal «estará certamente entre os primeiros» a abandonar a ONU.

- Durante este mês as baixas nas forças portuguesas totalizaram 39 mortos. Em acções de combate morreram 13 militares.
-Os efectivos militares portugueses ascendem a 52 493 homens em Angola, 15 193 na Guiné e 18 049 em Moçambique. As tropas portuguesas sofrem 409 mortos nos três teatros de guerra sendo 200 em combate. As despesas militares constituem 42,2 por cento do total das despesas públicas.

publicado por estrolabio às 18:00

editado por Carlos Loures em 17/01/2011 às 21:08
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Segunda-feira, 17 de Janeiro de 2011

Cronologia da Guerra Colonial- 1963 (4) - por José Brandão

 

OUTUBRO

?

- Utilização pelos nacionalistas de Angola do seguinte armamento: granadas de morteiro 60, LG anticarro AC-P27 (checo). LG RPG2 (russo), canhão sem recuo 57 (chinês) e canhão sem recuo 75 (chinês).
- Anúncio, em Leopoldville, do recomeço da ofensiva no interior de Angola por parte do Exército de Libertação Nacional de Angola (ELNA), da FNLA.

- Religiosos angolanos endereçam uma exposição ao Núncio Apostólico em Lisboa, na qual afirmam que para

o governo português «o pretexto da evangelização criou o direito de colonização, não apenas em princípio, mas até na sua peculiar modalidade de impor uma Pátria, quer queiram ou não os colonizados.

3

- Morrem em combate em Angola 2 militares. Um soldado pára-quedista do BCP 21 e um da CArt 431.

- Posse, em Bissau, do novo secretário-geral da província da Guiné, James Pinto Bull.

4

Conferência de imprensa do Quartel-General de Luanda para comunicação da situação militar em Angola.

8

Morre em combate em Angola 1 militar da CCaç 475.

10

- Ataque ao caminho-de-ferro de Malange,em Angola.

- Partem para Moçambique os BCaç 596, 598 e o BCvav 571.

12

Partem para a Guiné os BCaç 599 e 600.

13

- A Acção Democrato-Social propõe ao governo uma «consulta livre e sincera sobre a política ultramarina».
- Humberto Delgado trava conversações, no Rio de Janeiro, com representantes da UPA/FNLA.

14

Morre num acidente na Guiné o capitão da Força Aérea João Cardoso Rebelo Valente.

15

- Morrem em combate em Angola 4 militares da CCaç 478. Dois furriéis e duas praças.

- D. L. n°45 308. Considera puníveis como em tempo de guerra os crimes previstos na legislação penal militar praticados nas Províncias Ultramarinas enquanto nelas decorram operações militares ou de polícia destinadas a combater determinadas perturbações ou ameaças (contra a ordem, segurança e a tranquilidade públicas; a integridade do território nacional) e ainda as infracções praticadas pelos militares que sejam mandados prestar serviço em Forças Armadas das mesmas províncias e pelos que sejam mobilizados ou convocados para esse fim.

16

- Partem para Angola os BCaç 511 e 532.

- Início de conversações entre Portugal e alguns países africanos, sob a égide da ONU, que incidiram, sem acordo, no sentido e no alcance do conceito de autodeterminação.

17

Decisão do Governo português de considerar os crimes previstos na legislação militar, como cometidos em tempo de guerra.

19

Morre em combate em Angola 1 militar da CCav 485.

20

Morre em combate na Guiné 1 militar da CCaç 413.

22

Morre em combate na Guiné 1 militar da CCav 353.

31

Durante este mês as baixas nas forças portuguesas totalizaram 27 mortos. Em acções de combate morreram 10 militares.

 

NOVEMBRO

?

Reorganização do MPLA, com ligação ao Corpo Voluntário Angolano de Auxílio aos Refugiados (CVAAR) e da União Nacional dos Trabalhadores Angolanos (UNTA).

2

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CCav 489.

- Encerramento da sede do MPLA em Leopoldville e proibição da actividade do movimento no Congo.

3

Morre em combate na Guiné 1 militar da 1ª CCaç.

5

Morrem em combate na Guiné 2 militares da CCaç 510.

6

Morre em combate em Angola um furriel da CCaç 531.

7

Franco Nogueira é recebido por John Kennedy.

8

- Um tenente-coronel e dois capitães morrem em acidente em Angola.

- Debate na Comissão de Curadorias da ONU, sendo pedido ao Conselho de Segurança que se ocupe com urgência da situação nos territórios portugueses.

9

Franco Nogueira declara em Washington que Portugal não tem intenção de acatar as resoluções da Nações Unidas.

10

Partem para Angola os BCaç 540 e 595.

12

Directiva do Comando Militar de Angola para remodelação do dispositivo, que tornava a Companhia a unidade elementar de guarnição.

13

Morre em combate em Angola um alferes da CCaç 468.

17

Morre em combate em Angola 1 militar CCaç 474.

22

John Kennedy é assassinado em Dallas, no Texas.

23

Partem para Moçambique o BCaç 558 e o BArt 562.

24

Lee Oswald, acusado de assassínio de Kennedy, é baleado mortalmente por Jack Ruby.

28

- Morre em combate em Angola 1 militar da Cart 393.

- Morrem em combate na Guiné 2 militares. Um furriel do PelMort 912 e um soldado da CCav 567.

30

Durante este mês as baixas nas forças portuguesas totalizaram 28 mortos. Em acções de combate morreram 10 militares.

 

DEZEMBRO

?

- Primeiras actividades operacionais na Zona Militar Leste, em Angola.

- Ocorrem greves dos trabalhadores agrícolas de Silves e Couço, dos empregados dos telefones, de trabalhadores da Companhia de Gás e Electricidade, de trabalhadores dos estaleiros navais, em Lisboa, etc..

- Constitui-se a Frente dos Estudantes Nacionalistas (depois Centro dos Estudantes Nacionalistas), organização de extrema-direita, que procura preencher o espaço deixado pelo Jovem Portugal.

1

Morrem em combate em Angola 2 furriéis. Um do BCP 21 e um da CCaç 480.

2

Morrem em combate em Angola 2 soldados. Um da CCaç 281 e um da CCaç 539.

3

- Morrem em combate em Angola 2 soldados. Um da CCaç 459 e um da CCaç 470.

- Resolução da Assembleia-Geral da ONU, a solicitar ao Conselho de Segurança a adopção das medidas necessárias à execução das suas resoluções relativas aos territórios sob administração portuguesa.

5

Partem para Angola os BCaç 547 e 554.

6

Declaração pública dos Estados africanos participantes nas conversações com Portugal, em que se lamenta o facto de não ter modificado minimamente os princípios fundamentais da sua política, tornando impossível qualquer conversação séria.

9

- Convite do Governo português ao secretário-geral da ONU, U Thant, para visitar Angola e Moçambique.

- Um capitão e duas praças da Força Aérea morrem num acidente em Angola.

11

Resolução do Conselho de Segurança da ONU, a confirmar o conceito de autodeterminação da Declaração Anticolonialista e a deplorar a inobservância da resolução de 31 de Julho de 1963.

13

- Morre em combate em Angola 1 militar pára-quedista do BCP 21.

- Henrique Galvão discursa, durante cerca de duas horas, na ONU, convocado por esta Organização, sobre a “questão ultramarina portuguesa”. Na primeira convocação, em 1962, Henrique Galvão não conseguiu obter os documentos necessários para produzir o seu depoimento (passaporte brasileiro e visto norte-americano).

15

Morre em combate em Angola 1 militar da CCaç 479.

18

Morre em combate em Angola 1 militar do GRA.

25

Morrem em combate em Angola 3 militares da CArt 430.

28

- Devido a acidente morre em Angola o capitão António Figueiredo Costa Gomes.

- Governo regulamenta o regime alimentar dos trabalhadores africanos.

- Morre em combate na Guiné 1 militar da CCav 567.

31

- Durante este mês as baixas nas forças portuguesas totalizaram 32 mortos. Em acções de combate morreram 13 militares.

- Os efectivos das tropas portuguesas ascendem a 47 400 homens em Angola, 9650 na Guiné e 14 246 em Moçambique, tendo morrido 283 militares em Angola e na Guiné sendo 132 em combate.
A percentagem das despesas com as Forças Armadas constitui 42,6 por cento das despesas públicas.

publicado por estrolabio às 18:00

editado por Carlos Loures em 16/01/2011 às 22:43
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Quinta-feira, 13 de Janeiro de 2011

Cronologia da Guerra Colonial - 1963 (1) - por José Brandão


1963

 

JANEIRO

?

Termina a secessão da província do Catanga, liderada por Moisés Tschombé e apoiada pelo Governo português.

5

Governo regulamenta as condições de trabalho suplementar dos trabalhadores indígenas.

9

O MPLA anuncia a abertura de uma frente de guerrilha em Cabinda.

17

D. n.° 44857. Permite a isenção de direitos e mais imposições a cobrar no despacho aduaneiro, com excepção do imposto do selo, na importação de aparelhos radioemissores e receptores, quando se destinem a propriedades agrícolas ou industriais que necessitem de tais meios de comunicação.

18

Debate pelo Governo português de um projecto de Lei Orgânica do Ultramar.

19

Morre em combate em Angola 1 militar da CCav 395.

21

Morrem em combate em Angola 2 militares da CCaç 322.

23

- Início da luta armada na Guiné nas frentes de sul e de leste, com um ataque ao quartel de Tite pelo PAIGC, a partir de bases na Guiné-Conacri.

- Primeiras baixas na Guiné: soldados Fernando Cristiano Vilares Pereira da CCaç 153 e Veríssimo Godinho Ramos do BCaç 237.

25

Morre em combate em Angola 1 militar do BCav 399.

26

- D. L. n.° 44 864 Fixa os vencimentos dos militares do Exército, da Armada e da Força Aérea em serviço nas Forças Armadas das Províncias Ultramarinas.

- Inicia-se a publicação de O Tempo e o Modo, revista de pensamento e crítica, cujo proprietário e director é António Alçada Baptista. O primeiro número inclui três artigos de fundo da autoria de Alçada Baptista, Mário Soares e Jorge Sampaio.

- Henrique Galvão publica em Tribuna de Portugal o artigo “Por que Salazar não renuncia?”.

- Morrem em combate em Angola 2 militares. Um soldado da CCaç 195 e um fuzileiro do DFE 3.

27

Morrem em combate na Guiné 2 militares da CCaç 152. Um furriel e uma praça.

29

Morrem em combate em Angola 7 militares. Quatro são da CCaç 390, um da CCaç 327 e um da CCaç 1732.

31

Durante este mês as baixas nas forças portuguesas totalizaram 21 mortos. Em acções de combate morreram 16 militares.

 

FEVEREIRO

?

- Expulsão dos portugueses residentes na Serra Leoa e proibição de importação de mercadorias portuguesas, por causa da política colonial de Portugal.

- Organização, pelo Comité Político da FLN da Argélia, do Dia de Angola, como apoio à independência.

3

Criação do Centro de Instrução 25 (CI 25) para instrução de Comandos, na Quibala Norte, Angola.

4

- Início da III Conferência de Solidariedade Afro-Asiática na Tanganica, presidida por Julius Nyerere, em que foi pedido o boicote económico e diplomático contra Portugal.

- Considera com direito ao uso da medalha comemorativa das campanhas das Forças Armadas portuguesas todos os militares ou equiparados, da metrópole ou do Ultramar, que, a partir de 15 de Março de 1961, tenham pertencido às forças de terra, mar e ar em actuação no Norte da província de Angola na zona definida pelo respectivo comando.

- Morre em combate em Angola 1 militar da CCaç 170.

- Chegada do Destacamento de Fuzileiros Especiais 4 (DFE 4) a Angola, instalando-se em Santo António do Zaire,

6

Morre em combate na Guiné 1 militar da CCaç 274.

9

Governo estabelece salários base e salários complementares para os diversos escalões de trabalhadores africanos (1.ª, 2. ª e 3. ª classes).

13

Despacho ministerial. Estabelece preceitos a observar no funcionamento dos diferentes cursos realizados na Academia Militar, para que possa ser antecipada temporariamente a sua conclusão.

15

Morre em combate em Angola um alferes da CCav 295.

18

- Despacho ministerial. Determina que os serviços de centralização e coordenação de informação das Províncias Ultramarinas sirvam simultaneamente os governadores-gerais e os comandantes-chefes das Forças Armadas.

- Henrique Galvão escreve, na Tribuna de Portugal, dois artigos: “Actividades anti portuguesas” e “Somos cem”.

21

Encontro de Salazar com dois enviados do presidente Youlou, do Congo-Brazzaville, que se propõe mediar uma solução para o problema angolano.

22

Morre em combate em Angola 1 militar da CCaç 189.

28

- Morre em combate em Angola 1 militar pára-quedista do BCP 21.

- Durante este mês as baixas nas forças portuguesas totalizaram 11 mortos. Em acções de combate morreram 5 militares.

 

MARÇO

?

Reuniões da Comissão de Descolonização da ONU, atribuindo prioridade aos territórios sob administração portuguesa.

1

- Morre em combate na Guiné 1 militar do PelCaç 871.

- O governo publica um conjunto de decretos com vista à formação de um mercado único português.

5

Morre em combate em Angola 1 militar da CCav 297.

6

Morre em combate em Angola 1 militar do GACNL.

7

Morre em combate em Angola 1 militar do do BCaç 317.

9

O PAIGC anuncia a captura e posterior fuzilamento de um capitão português acusado da «chacina de civis».

10

Declaração de Amílcar Cabral em Paris sobre a disponibilidade de o PAIGC suspender a luta, se Portugal quisesse solucionar pacificamente o problema colonial.

12

- Partem para Angola os BCaç 441 e 442.

- Deserção do tenente-piloto aviador português Jacinto Veloso, que aterrou com o seu avião na Tanzânia.

13

Contestação do Governo português à competência da Comissão de Descolonização da ONU para decidir sobre os territórios ultramarinos de Portugal.

14

Morre em combate na Guiné o capitão António Machado Carmo da CCav 252.

15

- Aníbal São José Lopes assume a direcção da PIDE em Angola.

- Comemoração pela UPA, em Leopoldville, do segundo aniversário do início das hostilidades em Angola.

19

Captura, por guerrilheiros do PAIGC, dos navios Mirandela e Arouca perto de Cacine, que mais tarde utilizou para transporte de pessoal e material na Guiné-Conacri.

21

- Morre em combate na Guiné 1 militar do PelMort 17.

- Demissão de dez oficiais superiores, em consequência do inquérito sobre os acontecimentos da Índia.

26

Morre em combate na Guiné 1 militar do PelCaç 860.

28

Morrem em combate em Angola 2 militares da CCaç 375.

31

- Morre em combate em Angola 1 militar pára-quedista do BCP 21.

- Durante este mês as baixas nas forças portuguesas totalizaram 26 mortos. Em acções de combate morreram 10 militares.

publicado por estrolabio às 18:00

editado por Luis Moreira às 18:09
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Quarta-feira, 12 de Janeiro de 2011

Cronologia da Guerra Colonial - 1962 (4) - por José Brandão

 

OUTUBRO

?

- É enviada para Moçambique a Companhia de Fuzileiros Navais nº 2 que fica baseada em Lourenço Marques, enquanto um pelotão era destacado para Metangula, no Niassa.

- Franco Nogueira é recebido por John Kennedy.

1

Morre em combate 1 militar da CCaç 187.

5

Morre em combate 1 militar da CCaç 128.

7

Início da operação “Quero Saber”, em Angola, que se prolongou até dia 24, realizada por Pelotão de Reconhecimento de Infantaria.

9

- Dec. 44620. Cria em Lisboa o instituto de Estudos Sociais, destinado à investigação e ensino dos princípios informadores da política social no domínio do trabalho, da organização corporativa e da previdência.

- Portaria 19425. Cria no Instituto Superior de Estudos Ultramarinos o Centro de Estudos Missionários, com o fim de, em colaboração com a Junta de Investigações do Ultramar, estimular e promover o estudo dos fenómenos missionários.

10

A revista alemã Der Spiegel publica um artigo sobre a NATO em que critica o Exército alemão (os escritórios da redacção são ocupados pela Polícia a 16 de Outubro). Três redactores do jornal foram acusados de alta traição.

16

- O ministro da Presidência, Correia de Oliveira, trava conversações em Bona sobre o estatuto de Portugal face à CEE.

- Cessar-fogo no Congo.

17

Morrem em combate 2 militares da CCaç 368.

20

Num Despacho, Salazar declara que “os Serviços de Censura dependem exclusivamente da Presidência do Conselho e não recebem ordens de qualquer outro departamento de Estado.”

22

- John Kennedy denuncia na televisão a instalação de bases de mísseis soviéticos em Cuba.

- Morrem em combate 3 militares do BCav 350. Um alferes e dois soldados.

23

Morrem em combate 5 militares da 5ª CCaç.

24

Os EUA iniciam o bloqueio a Cuba.

26

Kruchtchev propõe a retirada dos mísseis soviéticos de Cuba contra a retirada dos mísseis americanos da Turquia; Kennedy rejeita esta proposta.

28

Referendo francês a favor da eleição directa do presidente da República.

30

A Assembleia-Geral da ONU rejeita a proposta da URSS de admissão da China Popular.

31

- A Assembleia-Geral da ONU pede à Inglaterra que suspenda a entrada em vigor da nova Constituição da Rodésia do Sul (apesar disso a Constituição entra em vigor a 1 de Novembro).

- Durante este mês as baixas das forças portuguesas totalizaram 18 mortos. Em acções de combate morreram 12 militares.

 

NOVEMBRO

2

- O presidente Kennedy anuncia que a URSS iniciou o desmantelamento das bases de mísseis em Cuba.

- Julius Nyerere é eleito presidente do Tanganhica.

5

- Port. N.° 19480. Cria na Junta de investigações do Ultramar a Missão Organizadora do Museu do Ultramar, com o fim de recolher, estudar e catalogar todo o material e documentação que deva ser reunido no Museu do Ultramar.

- F. J. Strauss é demitido do cargo de ministro da Defesa da Alemanha Ocidental devido ao caso da revista Der Spiegel.

7

D. n.° 44672. Aprova o Plano Rodoviário do Arquipélago de Cabo Verde.

9

Morre em combate 1 militar da CCav 122.

12

D. n.° 44680. Cria as estações Loran NATO de Sagres, de Porto Santo, de Santa Maria e das Flores e define as condições da sua manutenção e funcionamento.

15

- Carta de Viriato da Cruz aos elementos do MPLA, manifestando-se contra Agostinho Neto.

- Cinco militares da CCav 351 morrem num acidente.

16

Morre em combate 1 militar da CCaç 327.

17

Morrem em combate 5 militares da CCaç 189.

20

A URSS aceita retirar os bombardeiros Ilyushin de Cuba e os EUA anunciam o fim do bloqueio a este país.

22

Morre em combate 1 militar da CCav 351.

23

Depoimento de Eduardo Mondlane, em nome da FRELIMO, perante o Comité Especial da ONU para os territórios administrados por Portugal.

24

Port.° n.° 19521. Determina que o Instituto Superior de Estudos Ultramarinos passe a designar-se Instituto de Ciências Sociais e Política Ultramarina.

26

Morre em combate 1 militar da CCaç 189.

30

- U Thant é eleito secretário-geral das Nações Unidas.

- Durante este mês as baixas das forças portuguesas totalizaram 23 mortos. Em acções de combate morreram 9 militares.

 

DEZEMBRO

?

Declarações de David Mabunda, secretário-geral da FRELIMO, no Cairo, segundo as quais seria inevitável nova guerra, como em Angola, se Portugal não tomasse medidas imediatas para garantir a autodeterminação de Moçambique.

1

Início do I Congresso do MPLA em Leopoldville, com Agostinho Neto na presidência e Mário de Andrade na vice-presidência.

3

Parte para Angola o BCaç 381.

4

- Remodelação ministerial, com a entrada de Manuel Gomes de Araújo para ministro da Defesa, de Luz Cunha para ministro do Exército, de Peixoto Correia para o Ultramar e de Francisco Chagas para secretário de Estado da Aeronáutica.
- Salazar tem um discurso sobre “Defesa de Angola, Defesa da Europa”.

5

- Morrem em combate 3 militares. Um sargento do BCav 350 e dois cabos do BEng 234.

- Partem para Angola o BArt 400 e o BCav 399.

6

Morrem em combate 4 militares da CCaç 368. Um alferes e três soldados.

12

Aprovação de uma moção na ONU recomendando um programa especial de assistência técnica para educação e treino de dirigentes nacionalistas dos territórios sob administração portuguesa.

13

Apresentação de Amílcar Cabral na Comissão de Curadorias da ONU como representante do PAIGC.

14

Resolução da Assembleia-Geral da ONU sobre Angola, condenando a atitude de Portugal, pedindo o reconhecimento imediato do direito dos povos não autónomos à autodeterminação e independência e a cessação imediata de todos os actos de repressão.

17

- Início da Operação “Roda-Viva” na região de Quibaco. Morre em combate um furriel da CCaç 327.

18

- Operação “Roda-Viva”. Morrem em combate mais 4 militares da CCaç 327.

- Resolução da Assembleia-Geral da ONU, reafirmando o inalienável direito do povo de Angola à autodeterminação e independência, condenando a guerra colonial conduzida por Portugal e requerendo ao Conselho de Segurança as medidas adequadas.

19

Início da Conferência das Forças Antifascistas Portuguesas, que funda a Frente Patriótica de Libertação Nacional (FPLN).

24

- Uma coluna de reabastecimentos da CArt 106 foi emboscada na estrada Quitexe-Aldeia Viçosa, a 2 Km do Quitexe. Ficou ferido o comandante da coluna, um alferes miliciano.

- Morre em combate 1 militar do BCaç 3.

28

Depoimento de Holden Roberto, líder da UPA, perante a comissão especial da ONU.

29

Morre em combate um furriel da CCaç 390.

31

- Em 1962 embarcaram para Angola treze Companhias de Caçadores Especiais, cinco para Moçambique e uma para a Guiné.

- Morre em combate 1 militar da CCaç 326.

- Durante este mês as baixas nas forças portuguesas totalizaram 31 mortos. Em acções de combate morreram 15 militares.

- Os efectivos das tropas portuguesas no final do ano são 44 925 militares em Angola, 5070 na Guiné e 11 852 em Moçambique, tendo sofrido durante o ano 232 mortos em Angola sendo 126 em combate.
As despesas com as Forças Armadas representaram 42,7 por cento das despesas públicas.

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Domingo, 9 de Janeiro de 2011

Cronologia da Guerra Colonial - 1961 (4) - por José Brandão

 

 

 

 

OUTUBRO

?

- Por determinação do comando-geral das forças armadas, é proibido aos militares dizerem que há guerra em Angola. “Há apenas acções militares para manter a segurança pública.”

- Chega a Angola o BCaç 248.

2

- Marcado o dia 22 de Novembro do ano corrente para a eleição geral dos deputados à AN – Assembleia Nacional.

- Morre em combate 1 militar da CCaç 164.

3

As tropas portuguesas retomaram Caiongo, o derradeiro posto em poder dos rebeldes. Em menos de 4 meses as Forças Armadas Portuguesas haviam reocupado toda a região afectada. Durante quase 6 meses os guerrilheiros da UPA, sob a coordenação de João Baptista Traves Pereira, ex-Alferes do exército colonial português, ocuparam uma área geográfica cuja extensão era 4 vezes maior do que Portugal.

5

Manifestações em Lisboa e Alpiarça, que originam várias detenções.

7

Discurso de Venâncio Deslandes, a dar por findas as operações militares no Norte de Angola, passando-se à fase das operações de polícia: “(...) Se a guerra se pudesse compartimentar em fases perfeitamente distintas, diríamos que teriam assim terminado as operações propriamente ditas e estaria iniciada a fase sequente de operações de polícia, embora ainda em grande parte no âmbito militar.”

8

No Norte de Angola actuam já 25 batalhões de caçadores, num total de 98 companhias operacionais com efectivos de 16.000 homens e cinco baterias de artilharia de campanha.

10

Morrem em combate 2 militares. Um da CCaç 89 e um da CArt 118.

11

Morre em combate 1 militar da CCaç 168.

12

- Partida para Angola da imagem de Nossa Senhora de Fátima, depois de uma cerimónia em que estiveram presentes o cardeal Cerejeira e o chefe de Estado.

- Morre num acidente o tenente-coronel Fernando Lamelino do BCaç 159.

13

Carta aberta de Amílcar Cabral ao Governo português, reclamando a independência da Guiné e de Cabo Verde, ao mesmo tempo que a cooperação dos respectivos povos com o Governo português.

14

Morre num acidente o tenente da Força Aérea António Dias.

18

- Cerimónia da entrega das insígnias aos primeiros fuzileiros navais, no Alfeite, destinados a Angola.

Logo após os inícios das ocorrências em Angola constatou-se que a Marinha necessitava de unidades especialmente treinadas para operar em terra em acções contra guerrilha. Assim foram criadas a nova classe de sargentos e praças – a dos Fuzileiros e as respectivas unidades operacionais: Batalhões, Companhias e Pelotões de Fuzileiros e Destacamentos de Fuzileiros Especiais.

- Morre em combate 1 militar do DInt 209.

20

Morre em combate 1 militar da CCaç 111.

21

- Partem para Angola os BCaç 317, 321 e 325.

- Início de um colóquio internacional, promovido pela União Indiana, sobre as colónias portuguesas.

23

O Diploma Legislativo Ministerial n.° 54 do Ministro do Ultramar, de 23 de Outubro de 1961, conferiu a possibilidade de, em tempo de guerra ou de emergência, as milícias serem constituídas num Corpo de Voluntários, na dependência do Governador-Geral.

27

- Manifestações exigindo a demissão de Salazar e o fim da guerra.
- Constitui-se na Venezuela o Movimento Democrático de Libertação de Portugal e Suas Colónias.

- Álvaro Cunhal critica o Partido Comunista Chinês no decurso do XXII Congresso do Partido Comunista da União Soviética.

31

- Entrega ao presidente da República de uma carta pelos candidatos da oposição, a exigir a substituição do Governo.

- Durante este mês as baixas das forças portuguesas totalizaram 21 mortos. Em acções de combate morreram 6 militares.

 

NOVEMBRO

?

- Forças da ONU intervêm no Catanga para pôr fim à secessão.
- Recomposição do Comité Executivo da UPA, com Alexandre Taty, vice-presidente, e Jonas Savimbi, secretário-geral.

3

As forças portuguesas iniciam a Operação “Gazela” que tem como missão genérica neutralizar um bando inimigo assinalado na região do Vale do Loge.

5

O Governo define as bases para a «unidade económica da Nação».

6

Manifestação do Exército de apoio ao Governo, na sequência da carta da oposição de 31 de Outubro.

8

D. L. n° 44017. Cria a representação de Portugal junto da organização da ONU para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).

10

- Desastre de aviação do Chitado, em que morreu o general Silva Freire, comandante da Região Militar de Angola, e mais 14 militares do Exército a da Força Aérea. Entre os quais o brigadeiro José da Silva Correia, quatro tenentes-coronéis, dois majores, dois capitães, um tenente, um alferes, dois sargentos e um cabo.

- Tomada, em pleno voo, de um avião da TAP, da linha Casablanca-Lisboa, que sobrevoa a capital, o Barreiro, Beja e Faro, lançando milhares de panfletos. Do comando de seis pessoas fazem parte Palma Inácio, Camilo Mortágua, Maria Helena Vidal, Fernando Vasconcelos, José Martins e Amândio Silva.

11

Em Almada, durante confrontos com forças policiais no decurso de manifestações, é morto a tiro pela GNR Cândido Martins Capilé, militante do PCP.

12

- Eleições para a Assembleia Nacional tendo a oposição concorrido em oito círculos, mas desistindo.
- O adido militar da Embaixada dos Estados Unidos em Lisboa visita Angola.

13

Condenação por 90 votos contra 3, pela Comissão de Tutela da ONU, da política colonial portuguesa.

14

- Partida do primeiro Destacamento de Fuzileiros Especiais (DFE 1) para Angola. Os Destacamentos de Fuzileiros Especiais (DFE), inicialmente com um efectivo de 75 elementos e posteriormente com 80, estavam vocacionados para acções essencialmente ofensivas de limitada duração e de restrita profundidade a partir da orla ribeirinha.
- Abandono por Portugal de uma sessão da 4ª Comissão da ONU, em protesto pela audição de dois dirigentes do Movimento de Libertação da Guiné a Cabo Verde.

- Morre em combate 1 militar da CArt 102.

18

Início de uma acção de limpeza sobre a região de Quindaca, em Angola, no itinerário Nova Caipemba-Colonato. Intervieram duas Companhias de Caçadores com o apoio da Força Aérea.

19

Morre em combate 1 militar do BCaç 261.

22

Alteração do sistema tributário português, para fazer face às despesas de guerra.

23

Operação “Ventarola”, que se prolongou até dia 2 de Dezembro, no sector a norte e a sul do rio Bengo, no sector compreendido entre Lambrele-Matari e Caxia (Angola). Uma praça morta e uma ferida gravemente.

24

Parte para Angola o BCav 345.

27

Anúncio, pelo governador-geral de Angola, de «nova actividade terrorista» no Norte do Território.

28

- Morrem em combate 2 militares. Um furriel da CCaç 89 e um cabo da CArt 102.

- Em Angola inicia-se a operação “Lagarto”, acção executada na sequência de acções psicológicas levadas a cabo tendo em vista a recuperação parcial dos elementos refugiados nas matas.

29

Seis militares da CCav 121 morrem num acidente em Angola.

30

Durante este mês as baixas das forças portuguesas totalizaram 35 mortos. Em acções de combate morreram oficialmente 4 militares.

 

DEZEMBRO

?

- Embarcaram para Angola, em 1961, seis Companhias de Caçadores Especiais cujos comandantes receberam instrução no CIOE – Centro de Instrução de Operações Especiais. Os instrutores do CIOE eram oficiais e sargentos com formação obtida além fronteiras e conhecedores das envolventes da luta anti-guerrilha, com passagem prolongada por centros de instrução e treinos conjuntos com forças estrangeiras nomeadamente nos Estados Unidos, em França e na Argélia.

- Acordo entre Mário de Andrade, líder do MPLA, e Humberto Delgado, para a formação de uma Frente Unida contra o regime português.

- O Bispo de Luanda, D. Moisés, afirma em Carta Pastoral apoiar “as aspirações justas e legítimas dos negros” e bate se pela libertação do padre Joaquim Pinto de Andrade, preso pela PIDE.

2

- Expulsão de Portugal de quatro missionários norte-americanos, acusados de apoio aos movimentos angolanos.

- Morre em combate 1 militar da CCaç 63.

4

Um grupo de militantes comunistas – Francisco Miguel, José Magro, Costa Carvalho, António Gervásio, Domingos Abrantes, Ilídio Esteves e Rolando Verdial – evadem-se da prisão de Caxias, utilizando o automóvel blindado que estivera ao serviço de Oliveira Salazar.

9

- A Índia concentra tropas junto à fronteira de Goa.

- Morre em combate 1 militar da CCaç 190.

12

Evacuação de mulheres e crianças de Goa.

13

Morre em combate 1 militar da 3ªCCaç/RINL

14

- Determinação de Salazar sobre a Índia: «Apenas pode haver soldados e marinheiros vitoriosos ou mortos». Salazar ordena a sua defesa a qualquer preço.

- Portugal dispunha neste local de um total de cerca de 3.500 homens, mal armados, contra uma força que, no mínimo, integrava 45.000 soldados indianos, com apoio aéreo e marítimo.

- Início da operação “Marlene” em Angola, executada por duas Companhias de Caçadores, tendo o IN atacado Quissalávoa, e reagido defensivamente ao longo do itinerário Aldeia Viçosa-Cólua-Quissalávoa-Quipedro, especialmente nas regiões de Zeia Tema, Quicas e Quissalávoa.

16

- Intimação do Governo da União Indiana para a evacuação dos territórios de Goa, Damão e Diu.
- Veto da União Soviética a um projecto de resolução do Conselho de Segurança da ONU, a condenar a União Indiana pela ameaça militar contra Goa, apresentado pelos Estados Unidos, França a Turquia.

17

Início da operação militar que leva à ocupação de Goa, Damão e Diu por parte da União Indiana.

19

- Apresentação da rendição das tropas portuguesas ao comando indiano, contrariando as ordens de Salazar. Nos combates morreram 25 militares portugueses. Os restantes foram feitos prisioneiros. Salazar deixou-os ficar prisioneiros largos meses. Quando regressaram, demitiu os oficiais do quadro a partir da patente de capitão.

- Instituição pela Assembleia-Geral da ONU de um Comité Especial para os Territórios Administrados por Portugal (Comité dos Sete), a convidar os estados membros a recusar qualquer ajuda ou assistência utilizável contra as populações dos territórios coloniais.

- Uma brigada de agentes da PIDE assassina numa rua de Alcântara, o escultor José Dias Coelho, militante e funcionário clandestino do PCP.

25

Dois militares da CArt 118 morrem em combate.

28

Mais 2 militares da CArt 118 morrem em combate.

30

- Discussão de Salazar com alguns ministros sobre a hipótese de abandono da ONU por Portugal.

- Humberto Delgado entra clandestinamente em Portugal, passa por Lisboa e dirige-se a Beja, para comandar a revolta que deverá eclodir a partir do Regimento de Infantaria 3.

31

- Durante este mês as baixas das forças portuguesas totalizaram 15 mortos. Em acções de combate morreram 7 militares.

- No final do ano Portugal tem 33 477 efectivos militares em Angola, 4 736 na Guiné e 11 209 em Moçambique, tendo as tropas portuguesas sofrido oficialmente um total de 240 mortos em Angola sendo 151 em combate.
A percentagem das despesas com as Forças Armadas representou 38,6 por cento das despesas públicas.

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Cronologia - 1962 (1)

1962

 

JANEIRO

1

- Ataque ao quartel de Beja, levado a cabo por Varela Gomes, Pedroso Marques, Brissos de Carvalho, Manuel Serra, Edmundo Pedro e outros, no âmbito de um movimento militar que não teve êxito. Durante a noite e madrugada decorrem as operações da revolta, que se frustra. É morto o subsecretário de Estado do Exército, Filipe da Fonseca, e o capitão Varela Gomes é ferido e aprisionado. Nos dias seguintes são feitas dezenas de prisões em vários pontos do país, os oficiais das Forças Armadas envolvidos são imediatamente demitidos. Humberto Delgado abandona de novo Portugal.

- Constituição, em Dar-es-Salam, do Comité de Unificação dos Movimentos Nacionalistas de Moçambique.
- A Assembleia-Geral da ONU aprova uma resolução reafirmando o direito do povo angolano à independência.
- Formação, em Argel, da Resistência Republicana Socialista.

- Morrem em combate 2 militares da CCaç 103.

2

Morrem em combate 2 alferes da CArt 118 e da CCaç 103.

3

- Discurso de Oliveira Salazar na AN (“Invasão e ocupação de Goa pela União Indiana”). Devido ao facto do Chefe do Governo não poder falar, é Mário de Figueiredo, presidente da Assembleia, quem lê a alocução.

- Estabelecimento, em Lisboa, de um governo do Estado da Índia.

6

Morre em combate 1 militar da CCaç 285.

9

- Acordo comercial entre a URSS e Cuba.

- Morre em combate 1 militar do BCaç 3.

10

Norma de Segurança a observar na publicação, radiodifusão ou televisão, de notícias, crónicas, reportagens, fotografias e filmes relativos à acção das Forças Armadas no Ultramar.

12

Partem para Angola o BCav 350 e o BArt 346.

13

Morre em combate 1 militar da CCav 253.

15

Portugal abandona a Assembleia-Geral da ONU, em virtude do debate sobre Angola.

21

Morre em combate 1 militar da 12ª CCaç.

25

Os chefes de Estado africanos do grupo de Monróvia (Libéria, Togo, Nigéria e Camarões) assinam a Carta de Lagos com vista a uma cooperação pan-africana.

26

Morre em combate 1 militar da CCaç 194.

27

Acordo entre Portugal e a União Indiana para o repatriamento de mais de três mil prisioneiros.

30

Resolução da Assembleia-Geral da ONU, reprovando a repressão e acção armada desencadeada por Portugal contra o povo angolano, reafirmando o direito deste à autodeterminação e independência.

31

- Manifestação no Porto com gritos de ordem contra guerra colonial, o que acontece pela primeira vez.

- O Boletim da Frente Antitotalitária dos Portugueses Livres Exilados divulga o Manifesto da Frente, com as principais linhas de acção e os pontos capitais do seu programa.

- O governo decretou a criação do Instituto do Trabalho, Previdência e Assistência Social em Angola.

- Morrem em combate o tenente pára-quedista Luís Ramos Labiscat da Silva e um cabo da CCaç 142.

- Durante este mês as baixas das forças portuguesas totalizaram 16 mortos. Em acções de combate morreram 11 militares.

 

FEVEREIRO

?

Criação da Missão de Estudos Económicos do Ultramar.

1

Morrem em combate 4 militares. Dois são da CCaç 103, um da CCaç 142 e um da CCaç 89.

2

- Operação “Sofia Bela” realizada pelas forças portuguesas, efectuando reconhecimentos aéreos e missões preliminares de reconhecimentos ofensivos, a fim de se efectuar uma acção sobre um quartel IN de Quilenge. Interveio uma Companhia de Caçadores e a Força Aérea.

- Marcelo Caetano preconiza uma modificação constitucional com vista a transformar o Estado unitário em Estado Federal.

3

Dirigentes das Associações de Estudantes de todo o País, reunidos na Associação de Estudantes do ISCEF, Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras, decidem a criação provisória do Secretariado Nacional dos Estudantes Portugueses e a realização, nos dias 9 a 11 de Março, do I Encontro Nacional de Estudantes.

5

Morre em combate um alferes da CCaç 270.

9

- Parte para Angola o BEng 234.

- Morre em combate 1 militar da CCaç 138.

10

D. L. n.° 44 184. Autoriza o ministro do Exército a mandar admitir à Academia Militar, a título excepcional e por uma só vez, para futuro ingresso nos quadros permanentes das armas, oficiais milicianos e estabelece as respectivas condições.

13

1ª fase da Operação “Pé Leve”, até dia 16, na região de Quicabo, no sector entre Birila e Quipasso (Angola).

14

Morrem em combate 2 militares. Um da CCaç 63 e um da CCaç 270.

15

D. n.° 44 189. Cria, nas províncias ultramarinas de Angola e Moçambique, delegações da Comissão de Coordenação de Telecomunicações do Departamento da Defesa Nacional.

16

- Morre em combate um furriel da CSap 235.

- D. L. n.° 44 190, que reformula a divisão territorial do Exército.

17

- 2ª fase da Operação “Pé Leve”, até dia 25, na região de Sasso – Quiesserongo, no sector entre Nambuangongo e Ambriz.

- Movimentos por aumentos de salários de trabalhadores dos Correios e Telecomunicações, Transportes Públicos, Seguros.

21

Morrem em combate 2 militares. Um do BCaç 280 e um do PelCanh 10.

24

Parte para Angola o BTm 361.

28

- Morre em combate um sargento pára-quedista do BCP 21.

- Durante este mês as baixas das forças portuguesas totalizaram 17 mortos. Em acções de combate morreram 12 militares.

 

MARÇO

?

- Abertura de negociações entre Portugal e a África do Sul sobre um projecto de aproveitamento do rio Cunene.
- Constituição, por intelectuais portugueses naturais ou residentes em Angola, da Frente Unida Angolana (FUA), de apoio ao MPLA.
- O ELNA (Exército de Libertação Nacional de Angola), dispunha de um estado-maior, instalado no Congo-Leo, sendo seu primeiro chefe Marcos Kassanga, que foi afastado por alta traição.

- Num reconhecimento aéreo à região Quindaca-Inga-Banza Quina, Angola, o avião é atingido, sem consequências.

2

- Criação de uma organização de voluntários de carácter permanente (OPVDC) em cada um dos territórios coloniais.
- Operação “Feitiço Branco” (até dia 6), na região do Bengo, no sector entre Cassoneca – Barraca – Maria Teresa e o rio Bengo (Angola).

5

Início em Angola da operação “Bela Luísa”, realizada em duas fases, no Inga e nas matas de Lombe e Quindaca, em que intervieram duas Companhias de Caçadores e uma Bateria de Artilharia.

9

Morre em combate 1 militar da CCaç 129.

12

Início das emissões da Rádio Portugal Livre, rgão de informação do PCP, a partir da Argélia.

13

- Prisão, em Bissau, pela PIDE, dos dirigentes do PAIGC, Rafael Barbosa e Fernando Fortes.
- Carta do Comité dos Sete da ONU ao Governo português solicitando informação sobre as condições de uma visita do Comité aos territórios sob administração portuguesa.

15

Morre em combate 1 militar da CCav 295.

18

Deslocação a Lisboa do governador-geral de Moçambique, almirante Sarmento Rodrigues, por causa de actividades secessionistas de colonos da Beira.

23

Resposta do Governo português à carta do Comité dos Sete da ONU recusando a visita do Comité aos territórios sobre administração portuguesa.

24

- Proibição, pelo Governo, das celebrações do Dia do Estudante, abrindo-se a crise académica.

- A Policia de Choque, comandada pelo capitão Horta Veiga, invade a Cidade Universitária e carrega sobre os estudantes.

- Morre em combate 1 militar da CCav 296.

25

- Em nota oficiosa divulgada através do SNI – Secretariado Nacional de Informação, o Governo justifica a proibição do Dia do Estudante afirmando que”(…) elementos de acção declaradamente subversiva tentaram desviar das actividades escolares alguns estudantes universitários, liceais e até das escolas do Magistério Primário e colégios particulares com o pretexto de reuniões, colóquios e convívios a efectuar em Lisboa, nos dias 24, 25 e 26 (…)”.

- Em plenário realizado no Estádio Universitário é declarado o luto académico com ausência às aulas.

26

Também em Coimbra é decretado o luto académico em sinal de protesto contra a proibição do Dia do Estudante.

27

- Constituição da FNLA – Frente Nacional de Libertação de Angola, a partir da UPA e do PDA.

- Após uma reunião entre representantes de estudantes de Direito e Medicina e o Ministro da Educação Nacional, é decidido interromper o luto académico, dado que as comemorações do Dia do Estudante são marcadas para os dias 7 e 8 de Abril.

- O Presidente do Conselho concede uma entrevista a II Borghose: “Colóquio com Salazar”,

31

Durante este mês as baixas das forças portuguesas totalizaram 11 mortos. Em acções de combate morreram 3 militares.

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Sábado, 8 de Janeiro de 2011

Cronologia da Guerra Colonial 1961 (3) - por José Brandão

 

JULHO

?

- Operações do Exército e Força Aérea na serra da Canda, para reabertura da chamada «estrada do café».

- A Força Aérea é reforçada, em Angola, com caças-bomardeiros F-84G. Tal como com os PV-2, os F-84G são empregues na zona dos Dembos, utilizando bombas de napalm e metralhadoras.
- É inaugurada, por Américo Tomás, uma exposição cujo lema é «Por que nos batemos em África».

2

Morre em combate 1 militar do BCaç 109.

3

O ministro da Defesa da África do Sul, J. Fouché, visita Lisboa para conversações com Salazar.

7

Comunicado das Forças Armadas sobre as actividades dos meses de Maio e Junho, no Norte de Angola.

10

- Morrem em combate 2 militares da CCaç 62 e da CCaç 110.

- Início da Operação “Viriato”, em que intervieram os Batalhões de Caçadores 96 e 114 e o Esquadrão de Cavalaria 149, por três eixos de ataque convergentes sobre o objectivo, Nambuangongo, sendo apoiados por meios de artilharia, engenharia e pela Força Aérea.

11

Morre em combate 1 militar da CCaç 105.

12

- Termina em Leopoldville, sem qualquer acordo, uma ronda de conversações para a criação de uma Frente Comum de organizações nacionalistas angolanas.
- Inicia-se em Dakar a Conferência das Organizações Nacionalistas da Guiné e Cabo Verde.

13

Morre em combate 1 militar da CCaç 111.

14

- Difusão de Novas Directivas Gerais de Censura que exigem atenção especial aos títulos e subtítulos referentes a acontecimentos militares do Ultramar.
- Operação “Raio” (de 14 a 17), no sector compreendido entre a Fazenda Américo e Barraca a sul do rio Bengo (Angola).

- Morre em combate 1 militar da CCaç 128.

15

Morrem em combate 8 militares. Dois da CCaç 103 e seis da CCaç 115 em Quicabo durante Operação “Viriato”.

18

- Partem para Angola os BCaç 184, 185 e 186.

- Início da operação de cerco a Nambuangongo, ocupada pelos rebeldes desde o início da sublevação em Angola.

19

Morre em combate 1 militar da CSap 123.

20

Morre em combate 1 militar da CSap 123.

24

Morre em combate 1 militar da CCaç 142.

25

Morre em combate 1 militar da CCaç 103.

26

- Início da Operação “Pedra Verde”, que se prolongou até dia 31.

- Reconhecimento armado às matas da Quibaba (Angola), de que resultou a morte de duas praças da CCaç 63.

27

- D. L. n.° 43 823. Regula a concessão dos abonos a que têm direito os militares e civis militarizados que, nas Províncias Ultramarinas, façam parte de forças com a missão de restabelecer a ordem nas zonas onde a acção terrorista ponha em perigo as condições normais de existência da população.

- Morre em combate 1 militar da CSap 123.

28

Morrem em combate 3 militares. Dois do RIL (Regimento de Infantaria de Luanda) e um da CCaç 63.

29

Morrem em combate 2 militares. Um do RIL e um da BCaç 1.

31

Durante este mês as baixas das forças portuguesas totalizaram 32 mortos. Em acções de combate morreram 24 militares.

 

AGOSTO

1

O ministro do Exército visita Cabinda e Luanda.

3

Morrem em combate 2 militares. Um sargento da CCav 147 e um soldado da CCav 107.

4

- Ocupação de Zala e Quicunzo pelas forças portuguesas, que progridem para Nambuangongo.
- É morto o soba de uma sanzala na zona de Catete-Cassoneca (Angola), tendo avançado para lá um pelotão de caçadores, visto o IN [Inimigo] tentar pela força persuadir a população nativa da região a abandonar as sanzalas e segui-lo. Morre em combate 1 militar da CCaç 168.

6

Numa acção para recuperar material abandonado a norte de Cassoneca, onde na noite anterior as forças portuguesas sofreram uma emboscada, há a registar a morte de uma praça e de um oficial subalterno da Polícia Militar o tenente Jorge Manuel Cabeleira Filipe.

7

- Declaração do Ministro do Exército à emissora oficial de Angola, onde afirma que aos «terroristas» se colocava apenas um dilema: «Rendição incondicional ou aniquilamento total».

- Morrem em combate 4 militares. Três da CCaç 116 e um da CCaç 105.

8

Morrem em combate 2 militares. Um cabo do BCaç 96 e um soldado do BCaç 158.

9

- Morrem em combate 2 militares da CCaç 89.

- As forças portuguesas do tenente-coronel Maçanita reocupam Nambuangongo, principal reduto da UPA, após cerca de cinco meses de ocupação pelos rebeldes e de que resultaram pelo menos 21 mortos e 61 feridos entre forças portuguesas.

10

- O Movimento Nacional Feminino passa a ter constituição jurídica, com estatutos aprovados.

- Morre em combate 1 militar do BCaç 137.

11

Primeira operação militar com lançamento de Pára-quedistas, efectuado sobre a região de Quipedro, em Angola. A 1ª Companhia de Caçadores Pára-Quedistas saltou a partir de aviões C-54 Skymaster.

12

- Partem para Angola os BCaç 261, 262 e 279.

- Reocupação de Madimba (São Salvador – Angola), pela 8ª CCE do RI 11, de que resultou 1 militar morto.

- Morrem em combate 3 militares. Um furriel da CCaç 82, um soldado da CCaç 81 e um soldado da CCaç 105.

15

Morrem em combate 3 militares. Um soldado pára-quedista do BCP 21, um do BCaç 1 e um da CCaç 127.

16

Morrem em combate 2 militares da CCaç 116.

17

Primeira utilização operacional dos aviões caças-bombardeiros F-84, a partir da base Aérea de Luanda.

19

- Morre em combate 1 militar da CCaç 115.

- Parte para Angola o BCaç 280.

22

Morrem em combate 4 militares. Dois da CCaç 164, um da CCaç 140 e um do BCaç 137.

24

- Início de uma operação conjunta, com aviação, Pára-quedistas e forças terrestres, na serra de Canda (Angola).

- Morre em combate 1 militar da CCaç 83.

25

Morre em combate um pára-quedista do BCP 21.

28

Adriano Moreira, ministro do Ultramar, abole o estatuto do indigenato.

29

Morrem em combate 3 militares. Um sargento da CCav 149 e duas praças do BCaç 261 e da CCav 122.

30

Morre em combate 1 militar do BCaç 141.

31

- Morre em combate 1 militar da CCav 149.

- Durante este mês as baixas das forças portuguesas totalizaram 39 mortos. Em acções de combate morreram 33 militares.

 

SETEMBRO

1

Início da I Conferência Plenária dos Países Não Alinhados em Belgrado apela à ajuda internacional do povo angolano para que constitua sem demora um estado livre e independente.

2

Morre em combate 1 militar da CCaç 164.

5

Morrem em combate 3 militares do BCaç 158.

6

- Revogação do Estatuto dos Indígenas.
- Operação “Fava” executada pelas forças portuguesas que ocupam o Colonato do Vale do Loge, em Angola, tendo sido capturados 4 elementos, sendo um deles o secretário da UPA, Pedro Tumissungo Cardoso.
- O Conselho de Segurança da ONU aprova uma moção contra Portugal.

8

Morrem em combate 3 militares. Dois são da CCaç 117, um do BCaç 184.

9

Criação do Serviço Militar Postal (SPM).

10

Início da operação militar que conduz à reocupação da “Pedra Verde”.

12

Morrem em combate 2 militares da CCaç 112 e CCaç 268.

13

Morre em combate 1 militar do BCaç 109.

14

Morrem em combate 2 militares da CCaç 89 e CCaç 268.

15

- Início da Operação “Sacandica” no Norte de Angola.

- Morrem em combate 3 militares. Dois da CCaç 115 e um da CCaç 268.

16

- Depois de várias tentativas do Exército e Forças especiais, especialmente Caçadores, sofrendo mortos e feridos, é tomada a “Pedra Verde”, de grande importância estratégica entre Luanda e Carmona, no decurso da reocupação militar do Norte de Angola.
- Desordem entre pára-quedistas e elementos da polícia em Luanda e que ficou conhecido como «Incidente da Versalhes».

19

Parte para Angola o BCaç 230.

22

Operação “Miguel”, realizada pelas forças portuguesas em Angola, que consiste na limpeza da mata que domina grande parte do Rio Loge e o itinerário para Nova Caipemba, tendo ficado feridos sete militares.

23

Morre em combate um sargento da CCaç 195.

25

Morre em combate 1 militar da CCaç 270.

26

Numa batida na margem esquerda do Rio Loge, com a missão de atingir Sanda, um Pelotão de Caçadores e duas Esquadras de Morteiros, sofrem uma emboscada, de que resultou a morte de um furriel da CCaç 167 e de um soldado da CCaç 192 e de mais cinco feridos.

27

- Encerramento da estrada Carmona-Negaje, devido a novas acções militares dos guerrilheiros da UPA.

- Numa fase inicial os guerrilheiros estavam mal equipados, sendo que as armas de que dispunham passavam por “catanas” bem afiadas, lanças, zagaias, flechas, algumas espingardas e carabinas (habitualmente roubadas a fazendeiros brancos) e “canhangulos” (espingardas artesanais  compostas por uma coronha de madeira e um cano de ferro comprido – por vezes tubos de canalização, que eram carregadas pela boca com pólvora e projecteis vários) usados tipicamente para caça pelos nativos – ao usarem como projecteis pedaços de metal e sucata (parafusos, restos de ferramentas partidas, etc.) o efeito destruidor desta arma a curta distância era apreciável e temido, provocando ferimentos dilacerantes de grande gravidade.

- Morre em combate 1 militar da CCaç 165.

29

Morrem em combate um alferes e duas praças da CCaç 117.

30

- Transferência da sede do MPLA de Conacri para Leopoldville.

- Durante este mês as baixas das forças portuguesas totalizaram 27 mortos. Em acções de combate morreram 23 militares.

publicado por estrolabio às 18:00

editado por Carlos Loures em 07/01/2011 às 21:07
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