Sábado, 4 de Dezembro de 2010

Portugal Fatimizado e a faixa de Gaza (num país anticlerical)

Raúl Iturra

Nos dias da minha inocência, escrevia estes textos.

Nos dias de hoje as ideias mudaram. Vou lembrar essas palavras, essa minha premoniçao…Especialmente pelos assassinatos na faixa de Gaza pelos hebraicos, que enterraram o seu holocausto, para criar outros…

Com a licença das pessoas que acreditam em Deus. Queiram estimar que o que vou dizer é apenas uma análise do observável na população. Dessa população da qual eu também sou parte. Uma população não apenas portuguesa, mas ocidental e das suas antigas colónias. Com a licença das pessoas que acreditam serem criadas por uma divindade eterna e omnipotente. Uma divindade que dá descanso eterno no prazer do não trabalho, ou trabalho eterno na ira do mau comportamento. Como cientista social, só posso observar o agir dessas pessoas e respeitar a sua forma de pensar e de sentir a existência duma divindade, o que é denominado fé. Fé na existência duma testemunha que observa todos esses agires, desejos e pensamentos. Como se fizesse observação participante dos afazeres de todos, em todo o sítio.



Acreditar que provêm da circulação das ideias entre pessoas ao longo do tempo. Que nasce do que nós próprios observamos como ritual da nossa conduta, como explicação do que pensamos ser correcto. Eu denominaria esta ideia, a lógica religiosa do comportamento. Uma lógica que advém do que nós gostamos de designar como pensamento analógico, ou pensamento retirado do que somos capazes de observar. Um pensamento mímico, que reproduz fora da interacção quotidiana, o ideal do que gostaríamos de viver: eternamente, quer dizer sem tempo; omnipotente, quer dizer fazer sem comprometer o corpo, a saúde, as forças: só com o pensamento. Um pensamento analógico é a lógica orientada pela abstracção do real, em símbolos. O mundo é de interacção, é caótico na sua interacção, é hierárquico na sua interacção, é tendencialmente igual na sua interacção. E, no entanto, socialmente desigual na dita interacção. Caótico, porque há a luta pelo poder. Caótico, porque há a luta pelo ganhar. Caótico, porque é preciso dar nas vistas. Dar nas vistas com a roupa, com os factores que dizem publicamente quanto é que temos, logo, quanto podemos. Caótico, porque um dia ama uma pessoa, para, depois, passarmos a amar outra. Caótico, porque abandonamos. Caótico, enfim, porque subjuga outros pela produção, de que poucos de nós lucram. Para usarmos o que somos como garra de poder. Garra que agarra a opção dos outros, ao nosso pensar, sentir, interpretar. Então se o mundo, na sua interacção é tão caótico, como é que vivemos em paz?



Como é que podemos viver em paz? Queremos viver calmos, serenos, em comunhão de debate, em respeito pelo contexto de ideais e feitos do qual depende o pensamento e o agir do outro. Queremos viver uma vida de qualidade, na qual as nossas acções sejam respeitadas e sábias no pensamento do outro. É o ver, ouvir e calar até sermos perguntados ou solicitados, que vamos procurando na vida. Procura desaparecida desde o dia em que o lucro económico, passou a ser um objectivo que define a paz procurada. Paz procurada na base dos outros fazerem por mim e para mim. E de eu ser capaz de ocupar o meu tempo a tecer pensamentos, observar para decidir, desenhar as cores da pintura que desejo materializar, definir as leis pelas quais o outro e todos os outros, se devem orientar. E administrar a justiça que a minha mente pensa ser fundamental para o convívio sereno que me traz prazer. É o objectivo que tenho vindo observar entre seres humanos de vários continentes e de vários grupos ao longo da minha (comprida) vida, já quase gasta e desejosa de acabar. Não por desilusão, mas sim por abatimento.



Abatimento que todo o ser retira do processo estruturado de proibições que comanda a vida. Processo, conjunto de mandamentos e proibições, a que a mente humana obedece desde os inícios dos anos mil, aquando do surgimento dos manuscritos dos Mandamentos. Que me dizem que aos domingos não devo trabalhar, que devo ser fiel à mãe e ao pai, e leal à companheira. Que me mandam traçar um círculo entre o que é meu e o que é do outro mas, ao mesmo tempo, falam da caridade de dar e entregar tudo o que eu tenho, a todos os que não têm. Um conjunto de contradições para orientar a minha disciplina e conservar o corpo descansado, esse corpo que serve, se estiver descansado, para trabalhar. Para trabalhar para os outros. Um limite entre o meu agir e o agir dos outros. Imitando o que faz bem ao social, fugindo do que não deixa o social em paz, ainda que me apeteça não fugir. Sei que se não fujo desse segundo desejo de desandar pelo mandado, vou ficar melhor, andando que desandando. E andando, demanda de mim a lealdade ao compromisso social. Há esse ver, ouvir e calar e falar só quando for solicitada a minha opinião.

Entender ser uma imagem das ideias que a humanidade me fez herdar, e não o original. O original é que vê, sabe, percebe antes, julga, decide.

Abatimento por estar cansado de debater entre iguais e não acumular riquezas entre seres que disputam, lucram, subordinam, afastam, não trazem o amor a si próprios nem aos demais. Abatimento pelas causas perdidas que cumprir o mandado faz. Cria. Envergonha. Fuzila em vida. Mete a vida numa prisão vital. Prisão dita dourada. Mas é preta. Abatimento das contradições que o amar dá. Que o esperar, dá. Abatimento que me disseram, era vida normal, por amor à imagem que devo imitar para ser bom. Que a política do religioso, denominada Igreja, manipula com os exemplos mais neurotizantes, que a obedecer me manda. É como ver a vida de Ghandi, é como ver a vida de São Vicente, a de Santo António, o Lenho da Cruz que me faz ressuscitar um dia. A mão de Teresa de Ávila, que tanto tempo acompanhou o ditador do país vizinho. Abatimentos por não entender porque são condecorados os que mais matam pessoas, que mais roubam pessoas no salário, que mais exibem a sua capacidade de mandar, de se juntar, conjunturalmente, para se desfazer de quem pensa na persistência do servir. Abatimento, enfim, incutido na catequese que ensina a não dormir pelo temor dos sonhos, a não dizer pelo temor ao compromisso, a não amar com devoção e compromisso a paixão que esbarra nos pensamentos diferentes do meu. E que eu posso bater, por não entender. Enfim, a contradição entre o mandado e o querer fazer. E cuja via é inventar uma fantasia para nunca dizer o que se quer.




Queira desculpar o leitor. Mas, já percebeu que vive num país anticlerical, berço da República? Que confunde a República com o não amar o outro como um igual, como a si próprio? Não reparou o leitor, por acaso, que a República é cristã? E que cristã não quer dizer católica, ou anglicana, ou presbiteriana, ou budista, ou maometana? Já percebeu que a lógica da sua cultura é a lógica do religioso, isto é, da ordem, do caos abatido e ordenado pelos mandamentos? Mandamentos, mesmo no melhor dos ateus, vivem em nós? Quem de nós é poligínico, poliandrico, adúltero, bissexual, mono sexual, ladrão, que penetra o círculo íntimo do outro? Que dessa intimidade do outro, fala em conversas de corredor? E que tem um espelho fácil e simples para poder fazer como melhor entender, e arrepender-se depois, na confissão? E os seus manuais, pelos quais percorre a sua situação ideal para ser (sempre) perdoado? E que ser sempre perdoado é a prática típica do amor ao próximo? Porém, pode-se sempre falar? Queiram desculpar os pais, formados na mais antiga catequese, a de Pio XI, a de João XXIII, e não na do João Paulo II, ou de quem por ele escreveu, mas, por acaso, a disciplina do ser não está na lógica que, sem saber, anda a governá-los? Como governa os seus filhos? Num país cristão que nem tem reparado que a sua economia é derivada do pensamento de Agostinho de Hipona - esse São Agostinho – e de Tomás de Aquino. Esse São Tomás dominicano, em livros escritos há séculos (IV o primeiro, XII o segundo), em África A cidade de Deus; e em Paris e Peruggia a Summa Teológica. Fontes básicas para o desconhecido Tratado de Economia Política do parisiense Henri de Montchrestien do século XVI, da famosa Riqueza das Nações de Adam Smith do século XVIII, do seu homónimo actualizado Liberdade para Escolher de Milton e Rose Friedman de 1979. Esses textos que hoje nos governam e que são ensinados na catequese ou na conversa diária ou na prática de sermos bons parentes, vizinhos e amigos. Ou de cantarmos como Godinho já cantou, que força é essa amigo que te cresce nos dentes….

Quem entende de economia, é porque entende de religião. É porque, saiba ou não, todo o princípio económico é derivado dos textos antigos e modernizados nos recentes e recalcados Direito Canónico feito Civil pelo original liberalismo de Napoleão Bonaparte. Esse que se fez Imperador para mandar nos reis e incutir o fim da escravatura subjugada do homem que deve dar a metade dos seus bens ao proprietário, ao patrão, ao banco. País fatimizado, todo o Ocidente. Que junta, sem dar por isso, o lucro e o credo. Esses conceitos batidos pela Enciclopédia já morta, ainda que cantada no Schiller de Beethoven, no Requiem do Mozart: alegria, o primeiro, descansa, o segundo. País fatimizado no qual aprendem as nossas crianças. Crianças às quais ensinamos o saber fazer económico, sem sabermos que essa lógica advém do religioso. Fatimizado, metáfora de vitimizado pela ignorada crença de que a lógica do religioso é a divina economia que perdoa juros e benefícios. Como dizem os manuais de confissão, esses que manipulam politicamente a dita lógica. Lógica religiosa que organiza toda a sociedade e toda a cultura: esse comportamento social interactivo, desejado igualitário, mas impossibilitado pela corrida que faz já sete séculos, o ocidente criou….Para travar quem ganha… Incentivando a concorrência….Fatimizando a meditação…


Mesmo no dia do desfile de milhares que pela estrada procuram alívio, à hoje ilusória necessidade de lucrar. Porque o crédito que dá estatuto à vida deve-se sempre pagar…. Aos modernos bonapartistas.

Epistemologia da criança assim criada. Saber sobre a criança. Um saber sem o qual não há médico que cure, analista que oriente, professor e catequista que ensinem, pais que amem, actor que divirta, media que comunique como a divindade encarnada na economia, manda. E, se se manda e não se faz, ai do pecador! Que leva à pobreza como Max Weber, em 1905, diz na sua Ética Protestante. Reproduzida a partir do ético fundador, em 1776, da Riqueza das Nações, Adam Smith. Incutida em nós pelos cristãos novos Milton e Rose Friedman em 1979. Esses que nos fazem acreditar na Liberdade de Escolha. E que nos ensinam que, se não fizermos como está mandado, andamos da falta de lucro, à pobreza; da pobreza à solidão; da solidão à delinquência; da delinquência à prisão; da prisão, à solidão que na vida diária nos agarra. Até morrer. Sem ter. Sem ser.

Epistemologia da criança que o senhor leitor nem sabe que sabe e pratica de forma lógica, quer no santuário, quer no banco, ao mesmo tempo. De forma igual, com o mesmo espírito.

Homens de fé, criam religião, arrebitam holocaustos, assassinam…e passeiam nas praias do mundo feliz.



Donde, em vozes e badaladas…cantamos…calculamos… Avé, Avé…
publicado por Carlos Loures às 02:00
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Quarta-feira, 1 de Dezembro de 2010

Palestina

Adão Cruz

Não há sol nos céus da Palestina não há luz nos olhos da Palestina.

Roubaram o sorriso à Palestina!

São de sangue as gotas de orvalho da madrugada e o vento só é vento quando as balas assobiam.

Roubaram as manhãs à Palestina!

O céu de chumbo esmaga as almas e os ossos e é de lágrimas a chuva quando cai.

Não há sol nos céus da Palestina!

Do ventre da lua cheia de aço e de amargura nasce a cada hora um menino com bombas à cintura.

Mataram a infância na Palestina!

Rasgam as mães os seios com arroubos de ternura para alimentar a raiva. Por cada filho que perdem
outro nasce da sepultura.

Semearam a dor na Palestina!

Nas casas esventradas rompem por entre as pedras leitos de sofrimento onde à noite se acoitam os amantes queimando a dor na paixão de um momento.

Fizeram em pedaços o amor na Palestina!

Cada instante é uma vida na vida da Palestina cada momento uma taça de vingança clandestina cada gesto um vulcão de raiva que nem a morte amansa.

Roubaram a paz à Palestina!

Na sombra do dia ou na calada da noite cravam os vampiros nazis seus dentes de ferro no coração da Palestina. Não há sangue que farte a fúria assassina.

Sangraram cobardemente a Palestina!

Para atirar contra os tanques uma pedra agiganta-se o ódio a cada bater do coração. Por não haver sangue de tanto sangue vertido outra força não há para erguer a mão...

e dar à Palestina algum sentido.


(Ilustração foto net)
publicado por Carlos Loures às 08:00
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Quarta-feira, 10 de Novembro de 2010

Em terras de Belém (

Eva Cruz



Em terras de Belém
Presépio de sangue
Estrelinha apagada
Magos sem rumo
Jesus nascido
P´ra nada.

Na coroa os espinhos
Nas mãos as chagas
Cristo perdido
Entre os homens
O Gólgota erguido.

Um muro de ódio
Feito de mortos
Feito de corpos
Cristo de novo crucificado
Mártires lado a lado
Eternos heróis
Rebentados de pólvora
Atada à cintura
Um muro erguido
Entre a fome
E a fartura.

Ergue-se a lua
Em forma de crescente
À Palestina sem terra
Resta apenas
O céu do Oriente.
publicado por Carlos Loures às 08:00
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Terça-feira, 28 de Setembro de 2010

Um barco para encalhar em Gaza e em Washington

Luis Moreira

As negociações entre a Autoridade Palestiniana e o Estado de Israel defrontam-se com o primeiro grande problema, como aliás, já se sabia. A moratória que impede a construção de mais colonatos termina hoje. Este assunto é, tanto para os Israelitas como para os Palestinianos, absolutamente fundamental para que se encontre um caminho para a existência de dois estados. A moratória vai ser renovada?

Então de que se iriam lembrar os corajosos "amantes da paz" para ajudar as negociações? Enviar um barco para Gaza com a finalidade confessa de romper o bloqueio que os Israelitas fazem naquela região. Se passa, no caso dos Israelitas acharem que não vale a pena prejudicar as negociações, os extremistas vão cantar vitória, o que terá uma reacção muito negativa na opinião pública israelita; se não passa, aqui d'el rei que há um bloqueio ilegal a pessoas que só querem ajudar; e afastemos a possibilidade de haver mortos e feridos como bem há pouco tempo aconteceu.

Perante este cenário alguém tem dúvidas que há muita gente que com palavras mansas mais não quer que a injustiça se mantenha e os mortos e feridos se amontoem? Que a situação interessa a muita gente, que há muita gente que só tem poder nesta situação e não querem que mude? Que tudo farão ainda e sempre para que a guerra continue ? Da direita já sabemos que quer uma vitória unilateral Israelita, não há que estranhar.

Não se arranja um barco assim sem mais, custa muito dinheiro, quem paga? Há bem pouco tempo foram os Turcos, às voltas com a liderança na região. Perguntaram ao povo mártir da Palestina se está interessado em trocar uns quantos pacotes de arroz pela possivel paz que se negoceia em washinton?

Perante um assunto tão sério e onde tanta gente sofre, os observadores exteriores ao conflito deviam, se estão de boa fé, deixarem as ideologias de lado e manterem uma atitude reservada, tendente a contribuir para o que realmente interessa. A PAZ!
Tudo o resto são atitudes negativas para parceiro ver, entre um bem regado jantar e um último charuto.

PS: Já depois deste texto estar escrito, soube-se que o barco transporta Judeus de diversas nacionalidades e que a moratória não foi prolongada, embora com o pedido que as 2 000 casas autorizadas não sejam construídas. Há coincidências curiosas.
publicado por Luis Moreira às 13:30
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Terça-feira, 3 de Agosto de 2010

Em Gaza - templo de consumo

Luís Moreira

Não é para todos, mas em Gaza, há de tudo, como se pode ver nesta loja .

Lá como cá a injustiça é enorme, o que nos chega são imagens horríveis, mas são imagens dos que sofrem, porque há uma parte de priveligiados que estão a salvo da fome e da violência. Chama-se a isto, em tempo de guerra, "contra-informação", colocar as pessoas e a opinião pública do nosso lado.

Naquela, como em todas as guerras, os mais fracos e os mais humildes ainda sofrem mais do que habitualmente,a única forma de ajudar é pugnar pela PAZ! Estas prateleiras a abarrotar de alimentos são bem a imagem da mentira dos que usam a dor alheia para venderem a sua ideologia e que lhes permite manter os lugares confortáveis de quem manda.



Não há justos e pecadores!Há os que sofrem de ambos os lados!
publicado por Luis Moreira às 14:17
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Sábado, 5 de Junho de 2010

O ataque mortal de Israel à frota de barcos humanitários que iam em direção a Gaza chocou o mundo.

Israel, como qualquer outro Estado, tem o direito de se defender, mas isso foi um uso abusivo de força letal para defender o bloqueio vergonhoso de Israel a Gaza, onde dois terços das famílias não sabem onde encontrarão sua próxima refeição.

As Nações Unidas, a União Européia e quase todos os outros governos e organizações multilaterais têm pedido a Israel para acabar com o bloqueio, e agora a ONU convocou uma investigação sobre o ataque à frota. Mas sem pressão maciça dos seus cidadãos, os líderes mundiais vão limitar sua resposta a meras palavras – como eles já fizeram tantas vezes.

Vamos gerar um clamor global tão alto, que não possa ser ignorado. Assine a petição para exigir uma investigação independente sobre o ataque, a responsabilização dos culpados e o fim imediato do bloqueio à Gaza – clique para assinar a petição, e depois repasse essa mensagem a todos os que você conhece:

http://www.avaaz.org/po/gaza_flotilla_8/?vl

Esta petição alcançou 200.000 nomes em menos de 24 horas e já teve a sua primeira entrega para a ONU e líderes globais. Para ganhar ainda mais atenção, queremos alcançar 500.000 e entregá-la publicamente outra vez. Somente assim mostraremos aos nossos governantes que discursos e notas para a imprensa não são o suficiente -- cidadãos estão prestando atenção e demandando ações concretas, o momento é agora.

Enquanto a União Européia decide se irá expandir suas relações comerciais com Israel, e o Obama e o Congresso Americano definem o orçamento para ajuda militar a Israel para o ano que vem, e vizinhos como a Turquia e o Egito decidem seus próximos passos diplomáticos – vamos fazer com que a voz do mundo não seja ignorada: é tempo de verdade e de responsabilizar os culpados pelos ataques aos navios, e é tempo de Israel respeitar o direito internacional e acabar com o bloqueio a Gaza. Assine agora e passe essa mensagem adiante:

http://www.avaaz.org/po/gaza_flotilla_8/?vl

A maior parte das pessoas em qualquer lugar ainda compartilha o mesmo sonho: que haja dois Estados livres e viáveis, Israel e Palestina, que possam viver em paz lado a lado. Mas o bloqueio e a violência usada para defendê-lo, envenenam este sonho. Como um colunista israelense escreveu para os seus compatriotas no jornal Ha’aretz hoje, “Nós não estamos mais defendendo Israel. Nós estamos agora defendendo o bloqueio (a Gaza). O bloqueio por si só está se tornando o Vietnam de Israel.”

Milhares de ativistas pela paz em Israel protestaram hoje contra o ataque e o bloqueio, em passeatas desde Haifa até Tel Aviv e Jerusalém – se unindo a protestos ao redor do mundo. Independente de que lado atacou primeiro ou deu o primeiro tiro (o exército Israelense insiste em dizer que não foram eles que iniciaram a violência), os líderes de Israel mandaram helicópteros armados de tropas pesadas para atacar uma frota de navios em águas internacionais, que levava remédios e ajuda humanitária para Gaza, gerando mortes desnecessárias como conseqüência.

Não podemos trazê-los de volta. Mas talvez, juntos, nós possamos fazer deste momento trágico, um ponto de virada – se nós nos unirmos em um chamado de justiça inabalável e um sonho de paz inviolável.

Com esperança,

Ricken, Alice, Raluca, Rewan, Paul, Iain, Graziela e toda a equipe Avaaz

Saiba mais:

Entenda como funciona o bloqueio à Faixa de Gaza:

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/05/100531_entendabloqueiogaza_ji.shtml

Israel ataca barcos que tentavam furar bloqueio de Gaza e mata ativistas:

http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2010/05/31/israel-ataca-barcos-que-tentavam-furar-bloqueio-faixa-de-gaza-mata-ativistas-916736797.asp

Israel admite erros em abordagem militar em ataque a frota humanitária:

http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,israel-admite-erros-em-abordagem-militar-em-ataque-a-frota-humanitaria,559979,0.htm

Comunidade internacional condena ataque de Israel à frota humanitária:

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/743257-comunidade-internacional-condena-ataque-de-israel-a-frota-humanitaria.shtml


Conselho de Segurança da ONU condena ataque de Israel a frota humanitária:

http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2010/06/01/conselho-de-seguranca-da-onu-condena-ataque-de-israel-frota-humanitaria-916750622.asp

_______________________________________

A Avaaz é uma rede de campanhas globais de 4,9 milhões de pessoas que se mobiliza para garantir que os valores e visões da sociedade civil global influenciem questões políticas internacionais. ("Avaaz" significa "voz" e "canção" em várias línguas). Membros da Avaaz vivem em todos os países do planeta e a nossa equipe está espalhada em 13 países de 4 continentes, operando em 14 línguas. Saiba mais sobre as nossas campanhas aqui, nos siga no Facebook ou Twitter.

Para entrar em contato com a Avaaz não responda este email, escreva para nós no link www.avaaz.org/po/contact.
publicado por Carlos Loures às 23:30
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