Sexta-feira, 8 de Julho de 2011

Assassinos económicos - vale a pena lembrar - por Luis Moreira

Bateram à porta de muita gente, mas não era nada com a Europa.Agora chegou a nossa vez. Numa guerra sem quartel ao Euro que ameaçava fazer frente ao dólar nos pagamentos internacionais, "os assassínos económicos", agora com a máscara de "independentes" agências, colocam à beira da falência países como a Grécia e Portugal. A seguir outros virão se na UE não houver orgulho e coragem de fazer frente a este ataque especulativo nunca visto.
Portugal à beira da bancarrota! Estados Unidos estão perto de provar o próprio veneno, é provável uma situação de default (incumprimento) no próximo mês de Agosto.
Vejam este e os outros vídeos que podem aceder aí em baixo.
publicado por Luis Moreira às 13:00
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Sexta-feira, 17 de Junho de 2011

A baixa da notação grega será o toque de finados para a zona euro? - Georges Ugeux

A baixa da notação grega é o toque de finados para a zona euro?

 

É difícil não considerar as obrigações soberanas gregas como estando na categoria de podres “junks” com rendimentos de 25% para maturidades a dois anos e 15% para dez anos. Nenhum país europeu atingiu uma tal deriva: CCC são três níveis abaixo da solvabilidade.

 

Esta notação representa  definitivamente o toque de finados da dívida grega : ela não vale mais do que apenas uma fracção do seu valor nominal e a ausência de solução a longo prazo para o país não permite mesmo mais uma nota de esperança. A este nível a Standard and Poor' s anuncia perspectivas negativas. Claramente, isto significa que a situação se pode ainda degradar mais. A razão: o risco, agora inegável, de uma reestruturação da dívida grega, inclusive os impactos negativos nos detentores de obrigações. Isto significa, uma falência virtual dos bancos gregos e um impacto severo nos bancos europeus dos quais 3% dos fundos próprios estão investidos em obrigações gregas.

 

O contexto europeu não ajuda. Este quadro dá uma ideia da situação dos países europeus. Trata-se do custo de uma cobertura de seguro contra uma situação de não pagamento ( Credit Default Swaps). Os outros países estão largamente abaixo de 1%. Aquilo quer dizer que o detentor de uma obrigação de 1.000.000 € está pronto a pagar anualmente 161,000 € para cobrir o risco de não reembolso pela parte da Grécia.

 

Grèce

16.1%

Portugal

7.0%

Irlande

6.9%

Espagne

2.5%

Italie

1.6%

Belgique

1.5%

 

 

Esta notação é o toque de finados da gestão da zona euro: mais ninguém acredita hoje que as tentativas desesperadas de evitar uma reestruturação serão frutuosas. O Parlamento alemão votou a semana passada uma moção que prevê que uma reestruturação implicará reduções de valores para o sector privado. Há um ano, ter-se-ia ter podido evitar esta carnificina. Mas desde as indecisões a medidas erradas ou falsas medidas, diremos, reencontramo-nos agora numa situação já claramente irreversível. Só os actos permitirão voltar a dar esperança. E aqui trata-se de dezenas de milhares de milhões de euros que terão sido deduzidos na conta dos contribuintes europeus.

 

Esta notação não é o toque de finados para a zona euro. Disse-se demasiado frequentemente que o Euro ia desaparecer ou que a Grécia ia sair da zona euro. A única esperança de salvar a Grécia é mantê-la na zona euro. O regresso ao dracma mergulharia o país numa falência virtual. Além disso para os membros da zona euro, não há outra escolha que não seja a opção de apoiar a Grécia que enfraquece o Euro sem o destruir. O custo da saída da Grécia para as nossas economias calcula-se em centenas de milhares de milhões.

 

Entre dois males, devemos escolher o mal menor. A agência Standard & Poor’s diminui a nota da Grécia porque há uma grande probabilidade de reestruturação da dívida. Os bancos conseguem ganhos suficientes para absorver uma tal reestruturação. Os bancos gregos deverão ter que ser ou inevitavelmente nacionalizados ou inevitavelmente recapitalizados pelo Governo.

A injecção de capitais a fundos perdidos para evitar uma situação de incumprimento vai ser taxada sobre os contribuintes europeus e não faz mais do que apenas adiar o problema. O plano previsto para a Grécia está agora morto e bem morto.

 

Tomemos, com coragem, o problema com muita garra mesmo. O tempo das poções mágicas já passou Chegou agora o tempo das grandes e urgenbtes cirurgias. Quanto mais cedo aceitarmos a realidade e reestruturarmos a dívida grega menor será o sofrimento a que seremos sujeitos .

 

publicado por Augusta Clara às 12:00
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Sexta-feira, 25 de Março de 2011

Crise da zona Euro - 2 - por Henri Sterdyniak

Enviado por Júlio Marques Mota

Traduzido por António Gomes Marques

 

Zona euro: uma solidariedade deficiente

Durante a crise, as instâncias europeias (a Comissão Europeia, o Conselho, os Estados-Membros) foram incapazes de darem respostas vigorosas. As suas reacções foram tímidas, hesitantes, contraditórias. A sua (ausência de) estratégia não é compatível com o funcionamento dos mercados financeiros; mantendo a dúvida sobre a solidariedade europeia, sobre a possibilidade de certos países faltarem no cumprimento das suas dívidas, elas alimentaram a desconfiança e a especulação.

No final de 2009, o governo grego reviu fortemente em alta os valores do défice público anunciados pelo governo precedente, e foi esta informação que deu a partida para a crise de desconfiança contra a dívida grega. As instâncias europeias e os outros países-membros levaram tempo a reagir, não querendo dar a impressão de que os países-membros tinham direito a um apoio ilimitado dos seus parceiros e querendo sancionar a Grécia, pelo facto de a considerarem culpada por nunca ter respeitado o Pacto de Estabilidade e Crescimento e de ter escondido a dimensão dos seus défices. Os Estados Membros, em especial a Alemanha, anunciaram que ajudariam a Grécia apenas se esta aceitasse assumir o compromisso de organizar um plano de forte redução dos seus défices públicos e que a ajuda seria fortemente condicionada ao respeito deste compromisso, sujeito à regra da unanimidade (ao mesmo tempo, os alemães recordavam que o Tratado europeu proibia a solidariedade entre os Estados Membros e que o seu Tribunal Constitucional poderia proibir que se ajudassem os países em dificuldade), e que a taxa dos empréstimos concedidos “incorporaria um prémio de risco adequado”, o que é absurdo, uma vez que a ajuda tem precisamente por objectivo reduzir a zero o risco de incumprimento. Estas reticências contribuíram, também elas, para preocupar os mercados, o que os levava a continuarem a encarar os cenários de catástrofe.

publicado por Luis Moreira às 20:00
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Sábado, 19 de Junho de 2010

A moeda global de reserva

Luís Moreira


O dóllar americano tem funcionado como moeda de reserva as compras e vendas internacionais e as transferências entre países fazem-se em dóllares americanos e as poupanças soberanas tambem.E o petrodóllar, já agora, emitido propositadamente para pagar as transferências do crude.

Esta é uma vantagem extraordinária, afinal quem tem a máquina para imprimir dóllares são os US, por isso não há perigo de não pagar,nunca faltam, é só dar à manivela.O problema é que a manivela roda não por razões internacionais mas por razões caseiras, e a moeda de reserva é muito mais caseira do que devia.

A China está sentada em cima de grande parte da dívida americana,se o dóllar cresce não exporta se desce, vai-se-lhe parte da dívida. E a maioria dos países tem este problema que só é favorável aos US, daí que se procure encontrar consensos para a criação de uma moeda de reserva que possa ser controlada por um "cabaz de moedas" e, assim, fugir à hegemonia cambial dos americanos.

Claro que os US nem querem ouvir falar em tal coisa, pois pedem todos os anos um bilião de dóllares emprestados e enquanto houver quem compre os seus títulos de dívida pública, não largam mão da pechincha. O Euro nunca foi bem visto pelos americanos porque sempre recearam que lhes fizesse frente o que veio a acontecer, mas a crise recente provou que o Euro não é suficientemente estável e credível, e depende de uma tomada de decisão política que não convence,e é longa.

A crise que nasceu nos US e esfrangalhou a UE veio trazer muitas lições, uma delas é que a UE exige maior integração política, maior regulação dos mercados e um controle permanente e apertado nos bancos , a par com uma nova moeda de reserva global.
publicado por Luis Moreira às 09:00
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Quarta-feira, 12 de Maio de 2010

O euro - oportunidades!

„Quem falhar a primeira casa de botão atrapalha-se com o resto do abotoamento” Johann Wolfgang von Goethe -“

...O euro, por ter sido introduzido com base num raciocínio errado, acabará por desencadear uma viragem do actual paradigma para outro capaz de corresponder melhor que o actual aos anseios das pessoas. Obrigará a largar as “amarras” àquelas forças sociais que actualmente, por motivos egoistas, ignorância ou simples receio do desconhecido bloqueiam o desenvolvimento, sob pena de serem arrastados pelos acontecimentos...
Pergunte-se, então, de passagem: será que os responsáveis pelo euro teriam agido do mesmo modo se tivessem sonhado que a sua decisão solitária – a maioria dos povos estão a leste das coisas – teria como consequência precisamente aquela mudança do paradigma sócio-económico que eles a todo o transe parecem querer evitar?”. Foram estes os meus vaticínios chave do meu artigo “o euro: como transformar perigos em oportunidades” publicado no Semanário Económico de 28 de Agosto 1998. As minhas propostas de como atenuar as turbulências porventura violentas e como saír do atoleiro continuam actualíssimas e em vigor.

Rolf Damher (convidado)

publicado por Luis Moreira às 20:00
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