Ser contra o império americano e todos os malefícios que tem espalhado pelo mundo, não implica ser completamente contra tudo o que diz respeito à América, aos Estados Unidos da América. Há um “Quase”, no quase-completamente contra, que é preciso respeitar, e esse quase são os grandes vultos da sua cultura - nas artes, incluindo o cinema, na ciência e na literatura. Relativamente a esta última, George Steiner, brilhante figura de pensador da actualidade, afirmou, em entrevista recente à revista “LER”, serem as literaturas americanas, quer a da América do Norte, quer a da América do Sul, as mais florescentes dos nossos dias, tendo mesmo ultrapassado a literatura europeia.
Daí que o "Jardim" tivesse decidido assinalar a data de 4 de Julho com um poema da bela obra “Folhas de Erva” (Leaves of Grass) de Walt Whitman a fazer-nos lembrar que, se a cultura nunca nos salvou da barbárie, sem ela o mundo seria bem pior.
Walt Whitman Do Oceano Que Avança, A Multidão
Do oceano que avança, a multidão, uma gota veio docemente até mim,
Murmurando: Amo-te, morrerei brevemente,
Fiz uma longa viagem apenas para te olhar, para te tocar,
Poisnão podia morrer sem te haver olhado uma vez,
Pois receava perder-te a seguir.
Agora que nos encontrámos, nos olhámos, estamos tranquilos,
Regressa em paz para o oceano, meu amor,
Também faço parte desse oceano, meu amor, não estamos assim tão separados,
Olha para o grande globo, a coesão de tudo, como é perfeito!
Mas quanto a mim e a ti, ao mar irresistível que deve separar-nos,
Quanto a uma hora que nos leve em direcções opostas, nada há-de poder levar-nos assim para sempre;
Não estejas impaciente — por um instante — e fica a saber que saúdo o ar, o oceano, a terra,
Todos os dias ao pôr-do-sol, por ti, meu amor.
(in Walt Whitman, Folhas de Erva (Leaves of Grass), Vol. I, Relógio d'Água)
E quem não se lembra da cena do filme "Esplendor na Relva", de Elia Kazan, em que Natalie Wood (Deanie) lê e discute uma parte do poema de William Wordsworth "Ode: Intimations of Immortality" na aula de inglês?
Com a série de textos sobre France Télécom quase a terminar e agora a percebermos bem que tudo o que nesta empresa se passou faz parte e é consequência lógica de um modelo de sociedade que aos cidadãos tem estado a ser imposto, podemos bem perceber que a sequência não menos lógica das mesmas políticas será transformar a Europa num enorme espaço de pobres ou mesmo de párias, se com o nosso silêncio o consentirmos, se com o nosso voto o permitirmos. Afirmação crua e dura esta, mas não creio haver outra leitura possível, por exemplo, com o documento da Troika pelo Governo assinado e que pelos Durão Barroso desta Europa foi bem carimbado com a garantia terrível de que são os pobres que a crise produzida pelos ricos terão que liquidar e em que a estes a Troika, ah! a esses, tudo fez , tudo faz e tudo fará para os salvaguardar.
É pois todo o tecido social da Europa que se está a romper e é esta mesma Europa, como um todo, que passa a estar em perigo de se desfazer como sucessivamente o temos vindo a demonstrar. Por tudo isto, lembrámo-nos então de um jantar que ocorreu a 20 de Junho de 1790 em Nova Iorque, bem perto de Wall Street.
Gostaríamos de conseguir realizar um jantar equivalente e de sentir que os mesmos resultados foram conseguidos. Aceitam-se três candidatos para jantar no melhor restaurante português, com garrafas de vinho português, por causa da balança comercial, à descrição e com uma só restrição : não poderem ultrapassar os 500 euros por garrafa.
Vejamos então a história do outro jantar, do jantar que se comeu nas vizinhanças de Wall Street em 20 de Junho de 1790. Aceitam-se como vencedores o trio que conseguir repetir para a Europa de agora o que três homens de têmpera de ferro de então conseguiram para os Estados Unidos de então. Verificada a proeza, a melhor mesa possível à disposição de quem a ganhou.
Para já, a história desse famoso jantar, depois a realização do projecto equivalente para a Europa e a seguir, talheres na mesa e garrafas à temperatura escolhida. Para terminar, bom apetite, então.
PS. Há automaticamente figuras não admissíveis como candidatos para este jantar e são todos os políticos europeus que estão no poder. Excluem-se, imediatamente: José Sócrates, Passos Coelho, Durão Barroso, Herman Achille Van Rompuy, José Luís Zapatero, Silvio Berlusconi, Sarkozy, Tony Balir, Merkle, e muitas outros da mesma extirpe.
Razões para esta exclusão ? Excluem-se uns, por incapacidades mentais, para a história poderem sequer compreender quanto mais para a poderem refazer, e são muitos deles, e os outros, mais inteligentes, mais cínicos também, excluem-se por falta de garantias de idoneidade intelectual e moral, por serem capazes de nos inventar uma realidade de tal modo credível que nela seriamente venhamos a acreditar tal o poder de mistificação de que são capazes e disso já deram provas, criando uma realidade virtual portanto, e de que só daremos conta de enganados podermos ficar quando o jantar formos a pagar. E, desses, na lista, há alguns.
Júlio Marques Mota
Assim nasceu uma moeda, assim se construiu uma Nação - por Jacques Gravereau e Jacques Truman
Thomas Jefferson mora no 57 Maiden Lane em Nova Iorque, a dois passos de Wall Street .Ao passear pela rua encontrou o seu colega Alexander Hamilton, sombrio, de má cara, vestido de forma um pouco descuidada, ele que andava sempre bem vestido. O problema de tudo isto é o problema que ele tem em mãos para resolver e que lhe faz insónias. Para falarem , Jefferson convida-o para jantar na sua casa, para um domingo, o domingo seguinte, a 20 de Junho de 1790. Convida igualmente um outro colega, James Madison.
Estas três personagens, não são simples desconhecidos, pertencem ao pequeno grupo dos pais fundadores dos
Estados Unidos. Jefferson é um dos signatários da Declaração de Independência. Os outros dois assinaram a Constituição americana.
Estamos a 20 de Junho de 1790. Os Estados Unidos só desde há três anos é que têm uma Constituição. O primeiro Presidente, George Washington tinha tomado posse apenas no ano anterior. Nova Iorque é o centro de gravidade do poder, na ausência de uma capital definida. As instituições estão ainda como a terra virgem, não criadas ou ainda não rodadas, sem moeda bem clara, sem sistema federal bem preciso. A imensa confusão criada com a guerra da Independência - que tinha acabado apenas sete anos antes - continua a perturbar toda a gente, entre os desmobilizados completamente arruinados, os interesses contraditórios e um Estado que está a dar os seus primeiros passos.
O jantar informal dos três homens terá grandes consequências, muito grandes mesmo, ainda hoje bem presentes na vida americana. Exactamente porque foi nesse jantar de 20 de Junho de 1790 que se fizeram as grandes escolhas para o funcionamento da América.
O problema do Ministro das Finanças Hamilton é um terrível problema. Os oito anos de Guerra da independência contra a Inglaterra( 1775-1783) uma sangria dramática a todos os níveis. Os 13 Estados que compõem a Federação Americana da época estão endividados até à ponta dos cabelos. Além do mais, ciosos da sua especificidade, cada um tem as suas próprias leis, o seu orçamento, os seus impostos, a sua moeda.
Neste país de agricultores, as explorações agrícolas estão todas endividadas junto dos banqueiros, em geral, filiais dos bancos ingleses em Nova Iorque. Os plantadores da Costa Leste, a única que conta, do Massuchetts à Geórgia, passando pela Carolina ou pela Virgínia, , estão ex sangues. E foram eles que levaram à independência.
George Washington, James Maddison, Thomas Jefferson, são todos eles grandes plantadores de Virgínia, perto do lago Potomac. São eles que estão à frente da Nação. Para o cidadão comum, é ainda pior. Os desmobilizados da guerra da Independência foram pagos em moeda que não tinha qualquer valor. Em forma de pré, os Estadosemitiram certificados, uma forma de reconhecimento de dívida a que se chamou IOU (I owe you, deve-lhe).
Que devia fazer Hamilton? Retomar a dívida dos Estados ao nível federal e reembolsar pelo seu verdadeiro valor? Gerir de maneira central a assustadora complexidade de treze moedas diferentes? Mas aqui seria necessário que o Estado pudesse contrair empréstimos e levantar impostos. O Estado da federação e o establishment dos plantadores opunham-se ferozmente a toda e qualquer perda de autonomia e era por esta razão que a reforma necessária não avançava, semana após semana, enquanto que o conjunto do sistema vacilava. Era por isto que Hamilton já não sabia o que devia fazer.
A única solução que perspectivou o hábil Jefferson era negociação de igual para igual. Jefferson e Maddison não pertenciam ao mesmo círculo que Hamilton, que não era um plantador de Virgínia. O seu interesse político era de regular para vantagem deles a difícil questão da capital, o que ainda estava por decidir. Nova Iorque era a capital, mas provisória. A Constituição de 1887 diz claramente que é necessário encontrar um local mais neutro. Dez cidades se batem para serem a escolhida. Esta questão da residência envenena os debates políticos da muito jovem república . Os plantadores da Virgínia não querem co-habitar com os financeiros de Nova Iorque que os tinham na mão dadas as suas dívidas e de quem desconfiavam como se da peste se tratasse. Nova Iorque era o Anti-Cristo; um centro de especuladores corruptos! Eles veriam com bons olhos que a capital fosse mais próxima deles, que eles poderiam, pensavam eles, controlar.
O jantar de 20 de Junho de 1790 termina com a realização de um acordo. Uma capital contra uma centralização financeira. Uma separação de poderes políticos e financeiros contra um poder federal forte. A partir do dia seguinte os pais fundadores ligam um a um os eleitos do Congresso exactamente como ainda o farão os futuros Presidentes dos Estados Unidos na véspera das grandes reformas. A 9 de Julho a questão da capital federal é resolvida pela maioria parlamentar. Será Filadélfia por dez anos antes de se mudar definitivamente para um território ainda virgem à beira do lago Potomac a que se dará o nome de Washington depois da morte do pai da Independência. A 26 de Julho Hamilton obtém o apoio dos membros do Congresso para fazer aprovar o seuplano.
Tratou-se de uma revolução. As moedas dispersas dos diversos Estados serão abolidas e é criada uma moeda federal, o dólar. O Estado Federal vê-se autorizado a emitir dívida e a levantar impostos nacionais. Pode então proceder à compra dos certificados de pré pelo seu justo valor e assim de imediato bloqueia uma revolução que já estava a fermentar . Para fechar o processo cria nessa dinâmica um Banco Central, the First Bank of United States. O debate entre centralismo e federalismo ficou assim resolvido pelo menos quanto a esta matéria crucial que é o nervo da guerra e a garantia da prosperidade futura.
As negociações do jantar de Junho de 1790 não envelheceram, não ganharam uma ruga sequer com o andar do tempo, dos séculos, perderam em actualidade, ainda hoje mesmo. A mesma questão se coloca na Europa: poder-nos-emos nós satisfazer de ter uma moeda única, o euro, sem controlar a dívida dos países e sem dispor aonível europeu das alavancas do imposto, da dívida, de um orçamento digno deste nome? Nos Estados Unidos, a separação entre o poder político - em Washington- e económico - em Nova Iorque continua a dirigir dois mundos um contra o outro mas também a corrigir os excessos de um ou do outro.
Jacques Gravereau, Jacques Truman, L’Histoire incroyable de Wall Street, Albin Michel, 2011.
Passam hoje 235 anos sobre a publicação da Declaração da Independência dos Estados Unidos da América. Em 4 de Julho de 1776 foi publicada o texto da Declaração, ao que se sabe da autoria de Thomas Jefferson, e a nova nação foi, naquele último quarto do século das luzes, um farol de liberdade e de esperança para os povos oprimidos, ofuscando as candeiazinhas do pensamento iluminista. Diz a Declaração em certo passo - «a prudência recomenda que não se mudem os governos instituídos há muito tempo por motivos leves e passageiros.» (…) «Mas quando uma longa série de abusos e usurpações, perseguindo invariavelmente o mesmo objecto, indica o desígnio de reduzi-los ao despotismo absoluto, assiste-lhes o direito, bem como o dever, de abolir tais governos e instituir novos Guardiães para sua futura segurança». O que ainda hoje é pertinente.
Porém, em pouco mais de dois séculos, esse capital de esperança foi dissipado, a luz radiosa do american dream transformou-se no american nightmare, no buraco negro onde a liberdade e a democracia se precipitam e desaparecem, sorvidas para uma realidade paralela – «a realidade americana». É assim desde a Segunda Guerra Mundial, quando após a grande depressão de 1929 e que se prolongou pelos anos 30, os Estados Unidos emergiram como grande potência. O colapso da União Soviética com a qual os americanos dividiam a tarefa de gerir o pesadelo, dirigindo e policiando o planeta, deixou-os sozinhos e entregues ao seu grande poder . Os parceiros europeus são meros mandatários de Washington. As esperanças que tivemos em que um Barak Obama inteligente procedesse de forma diferente de um George W, Bush imbecil, esfumaram-se É a nave que conduz o timoneiro.
O realizador cinematográfico francês Alain Resnais, o director de Nuit et Brouillard (1955), de Hiroshima, mon amour (1959), e de Mon oncle d’Amérique (1980), disse numa entrevista que era doloroso «viver na era americana e não ser americano». Isto foi dito há quarenta anos, talvez, quando ainda nós, europeus, não nos tínhamos apercebido totalmente da carga de perversa prepotência existente na democracia americana, embora tivéssemos já elementos históricos para tal (o lançamento de duas bombas nucleares sobre o Japão, por exemplo). Hoje em dia, o inglês impôs-se como língua franca e não foi por mérito ou pressão da Grã-Bretanha que isso aconteceu, pois enquanto a Grã-Bretanha, no século XIX, foi a principal potência mundial, o francês era a língua internacional por excelência.
A american way of life constitui um modelo implantado à escala global, desde os cereais do pequeno-almoço até às séries televisivas e aos programas com que preenchemos os serões. Sentimo-nos como se deviam sentir osnossos ancestrais depois da ocupação romana da Península - obrigados a arranhar o latim e a adoptar hábitos e leis impostos desde Roma. Viviam na era romana e não eram romanos – dissolveram-se no decurso do processo de romanização.
God Bless America , é uma canção com música e letra do compositor Irving Berlin, em 1938., quando do outro lado do Atlântico a guerra em Espanha servia de banco de ensaio para uma tragédia de proporções ainda mais vastas. A melodia do judeu - russo é bonitinha, a letra é uma chachada mas faz vir as lágrimas aos olhos dos americanos. Talvez lhes evoque aquela América que um dia Thomas Jefferson e os seus companheiros de sedição sonharam. Que seria a de Walt Whitman, mas não é de certeza a dos seres abjectos que dirigem os Estados Unidos e os arredores – o Mundo.
Deus abençoe a América. Mas, só um Deus alienígena pode cometer tal disparate.
While the storm clouds gather far across the sea,\Let us swear allegiance to a land that's free, \Let us all be grateful for a land so fair, \As we raise our voices in a solemn prayer. " \God Bless America, Land that I love. \Stand beside her, and guide her \Thru the night with a light from above. \From the mountains, to the prairies, \To the oceans, white with foam \God bless America, My home sweet home. “
Na manhã de 14 Maio, o dia em que foi preso, Dominique Strauss-Kahn (DSK) tinha sido aconselhado pelos serviços secretos franceses (DGSE) a abandonar os EUA e regressar rapidamente à Europa, descartando-se do telemóvel para evitar que pudesse ser localizado. A delicadeza da informação secreta que lhe tinha sido entregue por agentes "d...elatores" da CIA justificava tal precaução.
Strauss-Kahn tinha viajado para os Estados Unidos para clarificar as razões que levavam os norte-americanos a protelar continuamente o pagamento devido ao FMI de quase 200 toneladas de ouro. A dívida, com pagamento acordado há vários anos, advém de ajustes no sistema monetário - "Special Drawing Rights" (SDR's).
As preocupações do FMI sobre o pagamento norte-americano ter-se-iam avolumado recentemente. Nestaviagem Strauss-Kahn estaria na posse de informação relevante que indiciava que o ouro em questão já não existem nos cofres fortes de Fort Knox nem no NY Federal Reserve Bank.
Mas Strauss-Kahn terá cometido um erro fatal: ligou para o hotel, já da plataforma de embarque,pedindo que o telefone lhe fosse enviado para Paris, o que permitiu aos serviços secretos americanos agir nos últimos minutos. O resto dos factos são do conhecimento público.
Já em prisão domiciliária, em Nova Iorque, DSK terá pedido ajuda ao seu amigo Mahmoud Abdel Salam Omar, um influente banqueiro egípcio. Era muito importante, para fundamento da defesa, que o egípcio lhe conseguisse obter a informação privilegiada sobre a "mentira" do ouro, que DSK tinha deixado "voar" em NY, para justificar a teoria da perseguição.
No entanto a intervenção voluntariosa do banqueiro egípcio saiu gorada. Dias depois Salam Omar foi igualmente preso nos Estados Unidos, também ele acusado de assédio sexual a uma empregada de hotel. Relatórios de diferentes serviços secretos internacionais convergem na conclusão: os factos que motivaram aprisão do egípcio são altamente improváveis, Salam Omar é um muçulmano convicto e um homem com 74 anos de idade.
A inversão de sentido na história da suite do Sofitel de NY começava aqui a ganhar consistência e outros factos viriam ajudar.
Em Outubro de 2009, Pequim terá recebido dos EUA cerca de 60 toneladas de ouro, num pagamento devido pelos americanos aos chineses, como acerto de contas no balanço de comércio externo. Com a entrega, Pequim testou a genuinidade do ouro recebido tendo concluído que se tratava de "ouro falso". Eram barras de tungsténio revestido a cobertura de ouro. As 5.700 barras falsas estavam devidamente identificadas com chancela e número de série indicando a origem - Fort Knox, USA.
O congressista Ron Paul, candidato às eleições presidenciais de 2012, solicitou no final do ano passado uma auditoria à veracidade das reservas do ouro federal que foi rejeitada pela administração Obama. Numa entrevista recente, questionado sobre a possiblidade de ter desaparecido o ouro federal de fort Knox, ocongressista Ron Paul gelou os interlocutores respondendo liminarmente: "É bem provável!"
À "boca fechada" têm vindo, aqui e ali, a escapar informações, a avolumar-se incertezas sobre as reservas de ouro norte-americanas. Mas as notícias referentes aos fortes indícios que de o ouro seja apenas virtual têm colhido uma tímida atenção na comunicação social americana.
A "verdadeira história" por detrás da prisão de DSK, agora pública, consta de um relatório secreto preparado pelos serviços de segurança russos (FSB) para o primeiro-ministro Vladimir Putin. Talvez por isso Putin tenha sido o primeiro lider mundial a assumir publicamente a ideia de que DSK terá sido "vítima de uma enorme conspiração americana".
Estes factos, a confirmarem-se, em nada ilibam DSK na suspeição que sobre si recai do eventual crime de assédio sexual a uma empregada do hotel mas, quem sabe, essa possa revelar-se como a pequena e ingénua ponta de um grande iceberg. A ser verdade, os serviços secretos norte-americanos, seguramente bem informados, terão sabido tirar partido das fraquezas do inimigo-alvo, aniquilando-o com eficácia cirúrgica - um pequeno crime de costumes, tão ao gosto do imaginário popular, pode bem ter contribuído para abafar crimes de contornos bem mais sérios, por eliminação de testemunha ou de prova.
Entretanto DSK prepara activamente a defesa em tribunal arregimentando já um verdadeiro "crack team" de ex-espiões da CIA, investigadores, detectives e media advisors.
(Texto enviado por um leitor bem informado que prefere guardar o anonimato.)
Na foto: MQ-9A «Reaper» (Predador-B) tipo de aeronave de ataque a operar sobre a Líbia.
Os Estados Unidos prevêem exportar 46 mil milhões de dólares em armamento durante o ano fiscal de 2011, informou ontem a Agência de Defesa, Segurança e Cooperação dos Estados Unidos (DSCA); um aumento de 50% em relação a 2010.
A France Press dá conta que as vendas de equipamentos militares americanos, que se limitavam a cerca de 10 mil milhões de dólares no início dos anos 2.000, alcançaram 30 mil milhões em 2005.
Segundo o vice-almirante William Landay, director da DSCA, informou na conferência de imprensa, “entre 2005 e 2010 mandámos via sistema FMS (Vendas Militares ao Estrangeiro) o equivalente a 96 mil milhões de dólares em equipamentos, materiais e serviços.” Disse ainda que “nos anos 2.000, os clientes buscavam principalmente reços baixos, mas com a guerra do Afeganistão eles passaram a querer equipamentos novos”, o que explicaria o aumento do valor das exportações americanas. “Nota-se uma procura crescente de aviões não tripulados norte-americanos”, acrescentou.
Em Agosto do ano passado, Barack Obama defendia novas regras na exportação de armamentos produzidos nos Estados Unidos, de forma a simplificar a venda de produtos pouco sensíveis, (incrementando as exportações e gerando empregos), enquanto por outro lado queria impor restrições sobre o armamento de tecnologia de ponta.
No fundo que não falte armamento para iniciar conflitos de baixa intensidade, essencial para a indústria, mas resguardando que os meios que definem a vitória no terreno, não vão parar a mãos indesejáveis.
O senão da estratégia tem sido o facto de em várias zonas do globo, os amigos de hoje dos americanos, virem a ser os inimigos de amanhã.
O horrível da estratégia, é que para ajudar a resolver o problema do insuficiente crescimento económico e do desemprego nos Estados Unidos, tenha de se promover a guerra.
Conflitos que não têm razão de existir, alguns que se transformam em guerras quando podiam ser resolvidos no campo diplomático por negociações, são semeados por todo o lado levando a morte e o sofrimento a gente pacífica.
Publicado por Carlos Mesquita em oclarinet.blogspot.com-.url
"Nunca vimos o fogo e o fume, nunca sentimos o odor do sangue, nunca nos crusazamos com os olhares atorrizados das crianças cujo os pesadelos serão doravante assombrados pelo ruído dos mísseis lançados por terroristas invisíveis, conhecidos com o nome de Americanos"
Martin Kelly, publisher of a nonviolence website - Tradução: Octopus
E eu a julgar que o problema da Líbia era a decorrência natural do contágio das revoluções da Tunísia e do Egipto. Todos nos
consideramos muito espertos até ao momento em que topamos com a nossa ingenuidade. Há momentos em que me sinto burro e vem-me logo à cabeça aquela frase de um velho médico meu amigo com quem trabalhei no início da minha carreira: “mais vale ser mil vezes tolo do que uma só vez burro”. Benza-te deus rapaz, como te deixas comer, diria minha mãe noutros tempos.
A verdade é que só comecei a topar a marosca quando dei conta pelos media, de alguns sinais de desinformação sobre os acontecimentos da Líbia, numa tentativa de semear a confusão no mundo. Quando comecei a ver as garras do monstro a sair, não só para o mediterrâneo mas para toda a imprensa mundial, através do grasnar das muitas aves agoirentas, denunciadoras da estratégia conspirativa do imperialismo, eu disse para os meus botões: aguenta-te nas canetas rapaz que isto é o princípio de um novo Iraque ou um novo Afeganistão. E arrepiei-me todo.
Muamar Kadhafi, que eu não gramo, por diversas razões, mas que não é comparável aos abjectos ditadores que os EU foram semeando pelo mundo, é uma pedra nos sapatos dos EU, apesar da reviravolta que deu no seu comportamento anti-americano. Se eu não o gramo, os EU gramam-no muito menos, por razões diferentes, e sempre se mantiveram como o leão à espera de desencadear o ataque para derrubar um líder sempre incómodo.
E a ocasião aí está, bem programada, incluindo a pré-medicação anestésica do mundo inteiro feita pela “Frente Nacional para a Salvação da Líbia”, ministrada pela experiente anestesista CIA. Obama condenou a violência, obviamente evitável pelo burro do Kadhafi, mas sem escrúpulos suficientes para ter vergonha na cara, se se lembrasse da extrema violência que desencadearam no Iraque e Afeganistão. E pediu sanções. E pôs a Senhora Clinton com um braçado de rosas nos braços, a dizer ao mundo que são apenas rosas, e que, para já, nem se pense que as rosas se transformarão em bombas. Somos lá nós, os justos do planeta, os emissários da paz, os polícias do mundo, capazes de usar bombas! Ámen! Entoa o execrável sacristão do sub-imperialismo europeu, não esquecendo a sábia recomendação de que os EU e a Europa deveriam "ajudar os líbios a derrubar Kadhafi". Desta forma matar-se-iam três coelhos de uma cajadada: eliminava-se o mal, fabricava-se a democracia, e por ali ficavam para manter a ordem. Belo!!!
Carlos Loures 1 de Janeiro é o dia em que os cubanos comemoram a independência relativamente à tutela de Espanha. O primeiro governo nacional, o de José María Gálvez Alonso, foi empossado em 1 de janeiro de 1898. Faz hoje 113 anos. No entanto, este governo que culminava uma guerra de dez anos contra a potência colonial, não significava uma verdadeira independência - Cuba fora ajudada pelos Estados Unidos e, na verdade, o que se passara com a derrota espanhola fora uma mudança de tutela. Agora, os donos de Cuba eram os Estados Unidos. Na guerra, várias tendências se haviam consolidado – os autónomos, de Rafael Montoro, os reformistas, de José Antonio Saco, e os separatistas de José Martí, os únicos que aspiravam a uma verdadeira independência. Foi nesse sentido que Martí organizou o Partido Revolucionário Cubano. Porém, Martí morreu em 19 de Maio de 1895 na luta contra as tropas espanholas. Com a entrada dos Estados Unidos no conflito, as coisas mudaram – Espanha não tinha poder bélico para opor aos modernos couraçados que destruíam os navios que da Europa seguiam para as Caraíbas, com uma logística complicada e dispendiosa. Em 1898, Espanha rendeu-se.
O desapontamento dos cubanos pela simples troca de potência colonizadora foi imediato. Porto Rico e as Filipinas que os americanos tinham «libertado» ao mesmo tempo que Cuba, foram assumidas como colónias norte-americanas por mais tempo, em Cuba as pressão por uma independência verdadeira, levou os Estados Unidos a retirar, mas deixando aberta a possibilidade de uma nova intervenção como forma de "garantir a independência", conforme expresso na emenda constitucional de 12 de junho de 1901, a Emenda Platt. Embora sem ocupação militar (com excepção de Guantánamo. onde instalaram uma base) os norte-americanos continurama ser os donos de Cuba, colocando no poder políticos corruptos e traidores. Até que...
Na madrugada de 1 de Janeiro de 1959, Fidel Castro e as suas forças revolucionárias entraram em Havana e proclamaram a segunda e, desta vez, autêntica independencia de Cuba. Porque, podemos concordar ou não com o Governo cubano, podemos aceitar ou não, as medidas que têm sido assumidas e com a política que tem sido seguida nos 52 anos que hoje se completam, mas do que ninguém terá dúvidas é de que Cuba é uma nação independente, pese embora o preço que os cubanos estão a pagar por essa independência.
Estive em Cuba, pude ver como o povo sofre, fustigado pelo desumano bloqueio económico a que a ilha está sujeita. Não concordo com a linha política do Governo. Mas, apesar disso, não posso deixar de admirar a dignidade com que um pequeno país resiste há tantas décadas ao cerco que a única superpotência mundial lhes move.
Tantas esperanças que tínhamos em que Obama mudasse as coisas! Os fascistas que ocupam o Pentágono, como sempre, levam a melhor.
Deixo-vos com um poema de José Martí
Cultivo una Rosa Blanca
Cultivo una rosa blanca En Junio como en Enero, Para el amigo sincero, Que me da su mano franca. Y para el cruel que me arranca El corazón con que vivo, Cardo ni ortiga cultivo cultivo una rosa blanca.
Esta pergunta pode parecer estranha e muitos pensarão que a formulação inversa talvez fizesse mais sentido: por que é que a esquerda se transformou num problema difícil para Cuba? De facto, o lugar da revolução cubana no pensamento e na prática de esquerda ao longo do século XX é incontornável. E é-o tanto mais quanto o enfoque incidir menos na sociedade cubana, em si mesma, e mais no contributo de Cuba para as relações entre os povos, tantas foram as demonstrações de solidariedade internacionalista dadas pela revolução cubana nos últimos cinquenta anos. É possível que a Europa e a América do Norte fossem hoje o que são sem a revolução cubana, mas já o mesmo se não pode dizer da América Latina, da África e da Ásia, ou seja, das regiões do planeta onde vive cerca de 85% da população mundial. A solidariedade internacionalista protagonizada por Cuba estendeu-se, ao longo de cinco décadas, pelos mais diversos domínios: político, militar, social e humanitário.
O que é “esquerda” e o que é “problema difícil”?
Apesar de tudo, penso que a pergunta a que procuro responder neste texto faz sentido. Mas antes de tentar uma resposta, são necessárias várias precisões. Em primeiro lugar, a pergunta pode sugerir que foi apenas Cuba que evoluiu e se tornou problemática ao longo dos últimos cinquenta anos e que, pelo contrário, a esquerda que a interpela hoje é a mesma de há cinquenta anos. Nada mais falso. Tanto Cuba como a esquerda evoluíram muito neste meio século e são os desencontros das suas respectivas evoluções que criam o problema difícil. Se é verdade que Cuba procurou activamente mudar o cenário internacional de modo a tornar mais justas as relações entre os povos, não é menos verdade que os condicionamentos externos hostis em que a revolução cubana foi forçada a evoluir impediram que o potencial de renovação da esquerda que a revolução detinha em 1959 se realizasse plenamente. Tal facto fez com que a esquerda mundial se renovasse nos últimos cinquenta anos, não com base no legado da Revolução Cubana, mas a partir de outros referentes. A solidariedade internacional cubana manteve assim uma vitalidade muito superior à solução interna cubana.
Em segundo lugar, devo precisar o que entendo por “esquerda” e por “problema difícil”. Esquerda é o conjunto de teorias e práticas transformadoras que, ao longo dos últimos cento e cinquenta anos, resistiram à expansão do capitalismo e ao tipo de relações económicas, sociais, políticas e culturais que ele gera, e que assim procederam na crença da possibilidade de um futuro pós-capitalista, de uma sociedade alternativa, mais justa, porque orientada para a satisfação das necessidades reais das populações, e mais livre, porque centrada na realização das condições do efectivo exercício da liberdade. A essa sociedade alternativa foi dado o nome genérico de socialismo. Defendo que para esta esquerda, cuja teoria e prática evoluiu muito nos últimos cinquenta anos, Cuba é hoje um “problema difícil”. Para a esquerda que eliminou do seu horizonte o socialismo ou o pós-capitalismo, Cuba não é sequer um problema. É um caso perdido. Dessa outra esquerda não me ocupo aqui.
Por “problema difícil” entendo o problema que se posiciona numa alternativa a duas posições polares a respeito do que questiona, neste caso, Cuba. As duas posições rejeitadas pela ideia do problema difícil são: Cuba é uma solução sem problemas; Cuba é um problema sem solução. Declarar Cuba um “problema difícil” para a esquerda significa aceitar três ideias: 1) nas presentes condições internas, Cuba deixou de ser uma solução viável de esquerda; 2) os problemas que enfrenta, não sendo insuperáveis, são de difícil solução; 3) se os problemas forem resolvidos nos termos de um horizonte socialista, Cuba poderá voltar a ser um motor de renovação da esquerda, mas será então uma Cuba diferente, construindo um socialismo diferente do que fracassou no século XX, e, desse modo, contribuindo para a urgente renovação da esquerda. Se não se renovar, a esquerda nunca entrará no século XXI.
A resistência e a alternativa
Feitas estas precisões, o “problema difícil” pode formular-se do seguinte modo: Todos os processos revolucionários modernos são processos de ruptura que assentam em dois pilares: a resistência e a alternativa. O equilíbrio entre eles é fundamental para eliminar o velho até onde é necessário e fazer florescer o novo até onde é possível. Devido às hostis condições externas em que o processo revolucionário cubano evoluiu – o embargo ilegal por parte dos EUA, a forçada solução soviética nos anos setenta, e o drástico ajustamento produzido pelo fim da URSS nos anos noventa – esse equilíbrio não foi possível. A resistência acabou por se sobrepor à alternativa. E, de tal modo, que a alternativa não se pôde expressar segundo a sua lógica própria (afirmação do novo) e, pelo contrário, submeteu-se à lógica da resistência (a negação do velho).
Deste facto resultou que a alternativa ficou sempre refém de uma norma que lhe era estranha. Isto é, nunca se transformou numa verdadeira solução nova, consolidada, criadora de uma nova hegemonia e, por isso, capaz de desenvolvimento endógeno segundo uma lógica interna de renovação (novas alternativas dentro da alternativa). Em consequência, as rupturas com os passados sucessivos da revolução foram sempre menos endógenas que a ruptura com o passado pré-revolucionário. O carácter endógeno desta última ruptura passou a justificar a ausência de rupturas endógenas com os passados mais recentes, mesmo quando consabidamente problemáticos.
Devido a este relativo desequilíbrio entre resistência e alternativa, a alternativa esteve sempre à beira de estagnar e a sua estagnação pôde ser sempre disfarçada pela continuada e nobre vitalidade da resistência. Esta dominância da resistência acabou por lhe conferir um “excesso de diagnóstico”: as necessidades da resistência puderam ser invocadas para diagnosticar a impossibilidade da alternativa. Mesmo quando factualmente errada, tal invocação foi sempre credível.
O carisma revolucionário e o sistema reformista
O segundo vector do “problema difícil” consiste no modo especificamente cubano como se desenrolou a tensão entre revolução e reforma. Em qualquer processo revolucionário, o primeiro acto dos revolucionários depois do êxito da revolução é evitar que haja mais revoluções. Com esse acto começa o reformismo dentro da revolução. Reside aqui a grande cumplicidade – tão invisível quanto decisiva – entre revolução e reformismo. No melhor dos casos, essa complementaridade é conseguida por uma dualidade – sempre mais aparente que real – entre o carisma do líder, que mantém viva a permanência da revolução, e o sistema político revolucionário, que vai assegurando a reprodução do reformismo. O líder carismático vê o sistema como um confinamento que lhe limita o impulso revolucionário e, nessa base, pressiona-o à mudança, enquanto o sistema vê o líder como um fermento de caos que torna provisórias todas as verdades burocráticas. Esta dualidade criativa foi durante alguns anos uma das características da Revolução Cubana.
Com o tempo, porém, a complementaridade virtuosa tende a transformar-se em bloqueio recíproco. Para o líder carismático, o sistema, que começa por ser uma limitação que lhe é exterior, passa com o tempo a ser a sua segunda natureza e, com isso, passa a ser difícil distinguir entre as limitações criadas pelo sistema e as limitações do próprio líder. O sistema, por sua vez, sabe que o êxito do reformismo acabará por corroer o carisma do líder e auto-limita-se para que tal não ocorra. A complementaridade transforma-se num jogo de auto-limitações recíprocas. O risco é que, em vez de desenvolvimentos complementares, ocorram estagnações paralelas.
A relação entre carisma e sistema tende a ser instável ao longo do tempo e isso é particularmente assim em momentos de transição.1 O carisma, em si mesmo, não admite transições. Nenhum líder carismático tem um sucessor carismático. A transição só pode ocorrer na medida em que o sistema toma o lugar do carisma. Mas, para que tal suceda, é preciso que o sistema seja suficientemente reformista para lidar com fontes de caos muito diferentes das que emergiam do líder. A situação é dilemática sempre e quando a força do líder carismático tenha objectivamente bloqueado o potencial reformista do sistema. Este vector do “problema difícil” pode resumir-se assim: o futuro socialista de Cuba depende da força reformista do sistema revolucionário; no entanto, tal força é uma incógnita para um sistema que sempre fez defender a sua força da força do líder carismático. Este vector da dificuldade do problema explica o discurso de Fidel na Universidade de Havana em 17 de Novembro de 2005.2
As duas vertentes do “problema difícil” – desequilíbrio entre resistência e alternativa e entre carisma e sistema – estão intimamente relacionadas. A prevalência da resistência sobre a alternativa foi simultaneamente o produto e o produtor da prevalência do carisma sobre o sistema.
Fidel Castro foi, na semana que ontem terminou, entrevistado por Jeffrey Goldberg, um jornalista norte-americano ligado à especialista e em Relações Exteriores, Julia Sweig. Foi uma longa entrevista, durante a qual se abordaram temas como o conflito israelo-árabe e a tensão entre os Estados Unidos e o Irão. Fidel parece ter encetado um processo de autocrítica – depois de ter reconhecido, em declarações anteriores, o exagero da sua política persecutória relativamente aos homossexuais, admitiu perante Goldberg que o modelo cubano não serve para exportação, porque nem sequer em Cuba funciona. O Carlos Antunes, em texto que aqui publicou no Sábado, já se referiu a este tema. Esta extraordinária afirmação de Castro, veio lembrar-me o fervor e o entusiasmo com que, no início dos anos 60, nós seguíamos as suas vibrantes intervenções.
Mas, quando em 1962, na sequência da chamada «crise dos mísseis», para se proteger dos Estados Unidos, Cuba foi forçada a transformar-se num satélite da União Soviética, ao fascínio seguiu-se uma profunda desilusão. Porém, aqueles primeiros três anos da Revolução Cubana, tal como os 18 meses da nossa Revolução dos Cravos, foram algo que marcou os jovens daquela época. Não escapei à regra. Ouvir o verbo emocionado e emocionante de Fidel, lendo na Praça da Revolução, as declarações de Havana, particularmente a segunda, era arrepiante. É sob a emoção dessas recordações que escrevo este texto. .Embora a admiração pela Revolução Cubana há muito tivesse morrido, era um projecto meu visitar Cuba, como quem revisita a juventude e algumas das ilusões perdidas (porque há outras que nunca se perdem e é isso que nos mantém vivos). Há poucos anos atrás, com a minha mulher e um casal amigo (o Gomes Marques e a Célia) metemos mãos à obra. As agências só ofereciam pacotes inaceitáveis – três dias em Havana e quatro em Varadero. Mas nós íamos lá fazer uma viagem de doze horas, atravessar o Atlântico para ir à praia, com a Caparica e as praias da linha aqui tão perto? Mas acabámos por descobrir uma alternativa aos pacotes usuais. Uma boa alternativa que agora vejo que já está mais divulgada. Um carro de aluguer à nossa espera no aeroporto de Havana, hotéis reservados por um itinerário escolhido por nós, a começar e a acabar na capital – Havana, Matanzas, Cienfuegos, Sancti Spíritus, Camagüey, Ciego de Ávila, Santiago de Cuba, Trinidad, Santa Clara, Havana… Tudo por um preço razoável, pouco acima do que custavam os tais pacotes. Durante duas semanas percorremos quase quatro mil quilómetros, vimos o que queríamos, sem guias turísticos a incomodar-nos. E lá fomos à Baía dos Porcos, ao Quartel de Moncada, à Sierra Maestra, ao museu da Revolução, a todos os lugares de culto. Visitámos Havana em pormenor, fomos aos locais frequentados por Hemingway, e até almoçámos em Varadero. Varadero é um local de veraneio, sem nada de especial (a não ser o mar maravilhoso das Caraíbas) – Hotéis, edifícios de apartamentos, etc. Nada, nesse aspecto, que Vilamoura ou Torre Molinos não tenham – tal como pensávamos, não se justifica ir tão longe. Mas o nosso itinerário foi uma maravilha.
Falámos com muita gente. Pudemos verificar que, apesar de algum medo à repressão que inegavelmente existe, as pessoas falaram connosco com à-vontade. Encontrámos mais descontentes nas grandes cidades, Havana e Santiago, principalmente. As condições de vida são constrangedoras. Racionamento dos bens mais elementares – lâminas de barbear, pensos higiénicos, géneros de primeira necessidade, arroz, ovos, leite, tudo é racionado. As casas de Havana, algumas lindíssimas, estão em ruínas. O turismo é uma das saídas. Cozinha-se em casa para os turistas. São os chamados «paladares», alternativas aos restaurantes. Combina-se previamente, escolhe-se a ementa e à hora combinada lá temos a mesa posta e anfitriões dispostos a deixar-nos sós ou a conversarem connosco, como preferirmos. Pelas ruas andam pessoas das mais diversas idades a cooptar clientes para os paladares. Em Ciego de Ávila um professor universitário de avançada idade andava nesta tarefa, recitando-nos de memória poemas de Nicolás Guillén. Para não falar da prostituição, mais ou menos encoberta, que pessoas normalíssimas, qualificadas, quase todas com cursos superiores, se vêem obrigadas a praticar para completar ordenados baixíssimos. A prostituição em Cuba é, de uma maneira geral, uma forma desesperada de sobrevivência.
Nos campos, sobretudo em granjas colectivas, encontrámos mais adeptos do regime, gente saudando-se de punho cerrado. Também é verdade que nos campos a vida não é tão difícil, pois os bens alimentares essenciais são ali produzidos e, portanto, escasseiam menos. Porém, numa coisa todos estão irmanados, fidelistas, antifidelistas: no ódio aos Estados Unidos. Mesmo os opositores ao regime, têm consciência de que sem o bloqueio norte-americano, o povo não sofreria tanto. É evidente que o bloqueio tem perpetuado a ditadura e impedido o advento da democracia. Toda a gente sabe isso. Só a CIA e a Casa Branca se obstinam em não o reconhecer. E Obama, que parece ser mais inteligente do que a generalidade dos antecessores, poderá, mesmo que queira, contrariar a CIA e os falcões do Pentágono? As recentes declarações de Fidel, reconhecendo erros, constituem metade da ponte. Será que o presidente norte-americano terá margem de manobra para construir a outra metade?
"Uma morte é uma tragédia; 300 000 são uma estatística" não sei quem disse isto mas tem absoluta razão, não há, aliás, capacidade emocional para lidar com um número destes senão transformado num valor estatístico.. Os americanos, com a possível excepção da Grande Guerra, na Europa, onde se metem militarmente, dão um exemplo deplorável de uma nação democrática.
As Forças Armadas são sustentadas pelos impostos dos contribuintes americanos que tambem entram com os filhos, estes como soldados, que abrem caminho aos negócios das empresas americanas e das dos seus "amigos" europeus (mas pouco). Acostumaram-se, agora é dificil travá-los, afinal foi o que fizeram em plena crise, "socializaram os prejuízos e privatizaram os lucros".
A verdade é que todos os políticos (com a honrosa excepção de Blair que tem às costas um processo crime por ter mentido ao seu povo) que juraram a pés juntos que tinham visto armas nucleares no Iraque, foram todos devidamente agraciados (Portas foi mesmo aos US receber a "comenda") e Durão foi para a UE fazer o que gosta. Reuniões, declarações, televisões e nenhum problema concreto para resolver (é muito português este gajo).
Agora, com o "rabo entre as pernas" vão sair, com uma guerra civil à vista, ainda hoje morreram dezenas de pessoas num atentado, 100 Saddam prontos a discutir o poder e a arrasar com o resto do país e do povo. Mas esta humilhação, é muita cara, depois do Vietnam ficaram vacinados por alguns anos, mas logo que pressentiram que o povo, o bom povo, tinha esquecido e acabado de chorar os seus entes queridos, voltaram ao que melhor sabem fazer.
A pata imunda do poder militar, pode esmagar sem contemplações quem se lhes opõe.
Não quero intervir na polémica sobre a questão de Hiroxima, aliás, estéril. Quem eram os maus da fita? Os ianques ou os japoneses? Qual mais bárbaro se atacar Pearl Harbour ou Hiroxima? Uma questão do número das vitimas?
Nos passados anos quarenta, o General Norton de Matos, num texto jornalístico, a propósito do anunciado perigo nuclear, afirmou que na guerra seguinte nunca era usada a arma mais terrifica utilizada na anterior. Atrevo-me a pensar que tinha razão. São passados 65 anos e, felizmente, nada aconteceu.
Posso testemunhar – tinha 13 anos – que o lançamento da bomba no Japão foi um motivo de grande satisfação para a população portuguesa e, estou certo, para a de todo o mundo “aliado”. Quem não acompanhou a guerra não consegue compreender o modo como foi a reacção favorável ao lançamento da bomba. Os Homens não são nada bons e o ódio que havia aos japoneses (por ex. a sua acção em Timor) ditou que o seu genocídio fosse considerado como uma coisa boa. Naquele 6 de Agosto estava em Coimbra e quando a noticia chegou houve uma explosão de alegria!!! Esperemos que não haja razões para uma qualquer repetição. Não será por invectivar a "bomba" que ela não é deitada. É fundamental acusar os interesses mais profundos que estão na origem dos conflitos e não ter alianças com essa gente.
Uns já deitaram duas bombas; outros estão na mira duma necessidade. É muito saudável ver acusar as grandes potências e as sua corridas ao armamento nuclear mas curioso é nunca ver a esquerda a atacar os Estados da união europeia – os nossos aliados – que têm a “atómica”. Serão melhores que os outros?
Nunca vi nenhuma das chamadas esquerdas portuguesas a exigir que os seus comparsas da união europeia – estes, pelo menos – destruam os respectivos arsenais atómicos. Curioso? O prato das lentilhas alimenta todos!!!
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O nosso Carlos Loures, já há vários dias, nas páginas deste “Estrolabio”, pronunciou-se sobre o título “de esquerda precisa-se”. Razões de ordem vária impediram-me de, como agora, tentar-lhe um comentário que, aproveito, considerar extensivo aos demais intervenientes na pequena troca de impressões então suscitada.
Precisar-se-á?
Organizados há alguns partidos – não são poucos – que reivindicam serem a esquerda ou, modestamente, de serem de esquerda. Desorganizados há um ror imenso de Homens e Mulheres que, honrosamente, prosseguem a reclamar o seu estatuto de esquerdistas. Entre estes têm aflorado algumas intenções – aliás excelentes – de quererem dar origem a essa tão desejada esquerda. De tentativa em tentativa são consumidas as maiores energias e as melhores dedicações. Resultados? Uma sucessão de desilusões.
[99] La definición de América Latina, aparece en el sitio electrónico de la Enciclopedia Wikipédia, escrita en lengua portuguesa y dice, entre otros hechos: A América Latina comprende todos os países do continente americano que falam espanhol, português ou francês, bem como outros idiomas derivados do latim. Compreende a quase totalidade da América do Sul, excepto a Guiana e o Suriname, que são países germânicos. Engloba todos os países da América Central, excepto Belize e engloba alguns países do Caribe como Cuba, Haiti e República Dominicana. Da América do Norte, apenas o México é considerado como parte da América Latina. (Lo que omite la información, es que en la forma elegante de hablar inglés, hay muchas palabras latinas usadas para hablar- bien mi nota personal, porque el Reino Unido fue el primer lugar invadido por los romanos en su expansión al Norte, por Britannicus. Hijo del Emperador Claudio, nació el 12 de Febrero del año 41 .A .C. In 43, el Emperador Claudius fue honrado por el Senado, al otorgarle el título honroso de "Britannicus" como recompensa por su conquista de Gran Bretaña conquest of Britain. El Emperador lo recusó para él, pero lo transfirió a su joven hijo y su heredero. Este es el nombre con el cual fue reconocido por la posteridad. Dice el historiador Suetonio, que Claudio dotó a su hijo de forma dispendiosa a Britanicus. Era supuesto ser un niño muy bien dotado en inteligencia y virtudes éticas. La cita está en inglés, pero la he resumido y traducido, para no perder ligaciones que vinculan a otros sitios de información o hiperligaciones a otros textos interesantes para la historia. Britanicus nunca fue Emperador. La cita es en inglés, y se puede leer en: http://en.wikipedia.org/wiki/Britannicus )
Os outros países americanos restantes tiveram colonização maioritariamente anglo-saxônica, com excepção de Quebec, que é de colonização francesa (portanto, latina) e dos estados do sudoeste dos Estados Unidos, de colonização espanhola, além da Louisiana, que tem colonização francesa.
A América Latina engloba 20 países: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, El Salvador, Guatemala, Haiti, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela. El texto no será traducido para no perder los vínculos con otros sitios con información sobre América Latina. El texto está en luso brasilero, no en luso portugués, e ciertas informaciones en ingluès, por lo que no hay faltas de ortografía, son formas diferentes de escribir la lengua común de Portugal, Galicia, la antigua África Portuguesa, vestigios de la colonización de los portugueses en las Islas Malakas de Melanesia, partes de India y otras del Japón. La misma Enciclopédia citada, agrega que: A expressão América Latina teria sido cunhada pelo imperador francês Napoleão III, que citou a região e a Indochina como áreas de expansão da França na metade do século XIX. Deve-se também observar que na mesma época foi criado o conceito de Europa Latina, que englobaria as regiões de predomínio de línguas românicas. Pesquisas sobre a expressão conduzem a Michel Chevalier, que mencionou o termo América Latina em 1836, durante missão diplomática feita aos Estados Unidos e ao México.
Nos Estados Unidos, o termo não foi usado até o final do século XIX, e só se tornou comum para designar a região ao sul daquele país já no início do século XX.
Ao final da Segunda Guerra Mundial, a criação da CEPAL consolidou o uso da expressão como sinónimo dos países menos desenvolvidos dos continentes americanos, e tem, em consequência, um significado mais próximo da economia e dos assuntos sociais. Convém observar que a ONU reconhece a existência de dois continentes: América do Sul, e América do Norte, sendo que esta última se subdivide em Caribe, América Central e América do Norte propriamente dita, englobando México, Estados Unidos e Canadá, além das ilhas de Saint Pierre et Miquelon, Bermudas e a Groenlândia. Escrito en luso brasilero, mantengo la lengua para no perder ligaciones externas al sitio.
[100] Día de la Raza es todos los 12 de octubre. El asunto de la cuestión, como habitualmente dice una hermana de mi madre, informado a mi por teléfono por la tía, española e hija de españoles todos los seis descendientes de Ángel Redondo del Cacho, Aragón, Ana Maria Carretero Grajera-Molano, Badajoz, y de la segunda mujer del Abuelo Ángel, la muy chilena Carolina Solís Bravo de Redondo, con esa querida hermana de ella, Vitalia, hija también nacida en Chile, Carola Redondo Solís de Gajardo, cual es la raza que se conmemora: ¿la chilena o la Española? No resisto colocar en esta nota un texto extraordinário del Historiador filósofo Eduardo Galeano, de Brasil , que dice: Até não muito tempo, o 12 de Outubro era o Dia da Raça.
Porém, por acaso existe semelhante coisa? O que é a raça, além de uma mentira útil para exprimir e exterminar o próximo?
No ano de 1942, quando os Estados Unidos entraram na Segunda Guerra Mundial, a Cruz Vermelha desse país decidiu que o sangue negro não seria admitido em seus bancos de plasma. Assim se evitava que a mistura de raças, proibidas na cama, se fizesse por injecção. Alguém viu, alguma vez, algum sangue negro?
Depois, o Dia da Raça passou a ser o Dia do Encontro.
Será que as invasões coloniais são encontros? As de ontem e as de hoje, encontros? Não deveríamos chamá-las de violações?
Quem sabe o episódio mais revelador da história da América ocorreu no ano de 1563, no Chile. O fortim de Arauco estava sitiado pelos índios, sem água nem comida, porém o capitão Lorenzo Bernal negou-se a se render. Da paliçada, gritou:
-e Nós seremos cada vez mais!
-Com que mulheres? Perguntou o chefe índio.
-Com as suas. Nós lhes faremos filhos que serão os vossos patrões.
Os invasores chamaram de canibais aos antigos americanos, porém mais canibal era o Cerro Rico de Potosi, cujas bocas comiam a carne de índios para alimentar o desenvolvimento capitalista da Europa.
E os chamaram de idólatras, porque acreditavam que a natureza era sagrada e que somos irmãos de tudo o que tem pernas, patas, asas ou raízes.
E os chamaram de selvagens. Nisso, pelo menos, não se equivocaram. Tão brutos eram os índios que ignoravam que deviam exigir visto, certificado de boa conduta e permissão de trabalho a Colombo, Cabral, Cortês, Alvarado, Pizarro e aos peregrinos do Mayflower.
[101] Hay un comentario de Alejandro Espíndola, en línea, que voy a reproducir completo: ¡Sesgada está la historia en este país!.. Señores, y digo sesgada porque nada se da a conocer en los colegios sobre el genocidio, abuso, humillación y usurpación de territorios ocurrido hace 514 años atrás.
No tenemos nada que celebrar! Porque el 12 de octubre de 1492 comienza la invasión que hasta hoy tenemos que soportar con sus graves consecuencias que han ido sufriendo nuestros pueblos andinos.
¿De qué descubrimiento nos hablan del 12 de octubre de 1492?, si lo que en verdad sucedió fue el Descubricidio de América más de 60 mil hermanos indígenas masacrados en todo el continente. ¿Es eso digno de celebración? Mientras muchos lo celebran como el Día de la Raza, se enorgullecen en mostrar y festejar el folclore latinoamericano, sin embargo, para nosotros esta fecha no es más que el recordatorio del comienzo del racismo expandido en todo el continente y, que hasta ahora, se siente en el país. Pues el racismo fue adoptado por el criollo peninsular, porque él se consideraba superior a nuestros hermanos aborígenes, se consideraba con derecho a prevalecer sobre ellos, a las que inclusive se creyó con derecho a perseguir y extinguir… eso es Racismo!
Hoy nuestros pueblos andinos sufren las consecuencias del denominado racismo que heredó el Estado chileno, esto se ve reflejado en las políticas que prevalecen en el gobierno, como ausencia de reconocimiento constitucional de nuestros pueblos, la ausencia de reconocimiento del convenio internacional de OIT 169 que habla sobre la protección de los derechos sociales y económicos.
Chile posee un racismo y una intransigencia hacia los pueblos indígenas, ha sido oídos sordos a las demandas de autonomía, pues se nos hace necesario tener el control para asuntos en materia de territorio y recursos naturales, que al menos se nos tome el parecer en las decisiones importantes que ocurren en nuestros lugares de hábitat, nuestras comunidades. Pues podemos ver cómo nuestros territorios ancestrales han sido entregados a manos de mineras transnacionales y al mundo tecnológico en pos del desarrollo del país. ¿De qué desarrollo nos hablan?, si hoy las mismas ciudades de Antofagasta y Calama no se ve reflejado un progreso con las ganancias del cobre, sus calles y poblaciones siguen siendo las mismas. Peor aún para nuestros pueblos, porque ellos cercanos a las mineras, éstos les succionan las aguas de las napas subterráneas provocando así la sequía de la flora y el exterminio de la fauna y de nuestros hermanos indígenas. Esto es la prueba del racismo exacerbado al querer extinguir nuestros pueblos con la extracción de sus aguas pues el agua es vida y sin agua no hay vida.
Recordemos lo que dijo la Presidenta Michelle Bachelet hace tres días atrás en el foro del "Bicentenario 2006" que trata de debate y reflexión para examinar la realidad cultural, social política y económica del país; ella dijo: "Mientras más conozcamos lo que nos pasó, podremos luchar mejor por lo que no queremos que vuelva ocurrir"; y yo me pregunto, ¿realmente están preocupados de los que les pasó, de la historia, de nuestros pueblos?, si aún existe una historia tergiversada en los colegios cuando se habla del Descubrimiento de América, pues creo que aún enseñan el "Encubrimiento de América", sólo en el año 92 el censo del país reconocía algunas etnias y en el 2002 integró a otras más. Hace pocos meses el senado aprobó la existencia de la etnia diaguita. ¡Es de esa manera que ellos existen! Nuestros pueblos han permanecido en estos territorios por más de 11 mil años. "Revisar la historia para que no vuelva a ocurrir lo que no queremos", como lo dijo la Presidenta Bachelet, es también querer mirar introspectivamente el país, el querer luchar por una democratización por la democracia porque "la integración no se logra cuando se funde en masas, se consigue cuando los otros respeten su identidad cultural, porque ésta les parece compatible con la pertinencia a una sociedad común, vale decir, que sólo se está integrado cuando es aceptado como tal, cuando su diferencia es reconocida como un enriquecimiento a la sociedad ", esa sociedad es la que hace falta hoy, sin los rebrotes del racismo del siglo XXI. Retirado del sitio electrónico: http://lickancabur.blogspot.com/2006/12/12-de-octubre-dia-de-la-raza-o-dia-del.html
[102] En el siglo XIX, al celebrarse el cuarto centenario del descubrimiento, un real decreto firmado en el monasterio de la Rábida el 12 de octubre de 1892 (bajo la regencia de doña María Cristina de Habsburgo) expresaba el claro propósito de instituir como fiesta nacional el aniversario del día en que las carabelas de Colón llegaron a las Indias. Pero el establecimiento definitivo se daría más tarde.
Durante la Primera Guerra Mundial las relaciones hispano-argentinas no estuvieron exentas de la conocida "política de gestos" y agasajos mutuos. Dentro de esta política puede ser considerada la promulgación por parte del gobierno argentino (a cargo del presidente Hipólito Yrigoyen en su primera presidencia) del decreto del 4 de octubre de 1917. Este decreto instituyó el 12 de octubre como "Día de la Raza" y declaró ese día como "Fiesta Nacional". Logró además la adhesión de casi todas las naciones americanas, incluyendo Estados Unidos.
El Día de la Raza fue instituido para unir aquellos pueblos o países que tienen en común la lengua, el origen o la religión. Se puede considerar entonces esta fecha como ocasión para detenerse a pensar y ver que las naciones americanas deben ser plurales en lo cultural, lo étnico y lo racial. Retirado del texto de la página electrónica: http://www.mendoza.edu.ar/efemerid/10_raza.htm#origen , texto que también dice: El Día de la Hispanidad es una conmemoración propuesta inicialmente en España hacia 1915 y secundada por los países hispanoamericanos, celebrada el 12 de octubre. Retirada de la misma página electrónica ya citada, del Blog webmaster[arroba]mendoza.edu.ar
[103] La Enciclopédia en línea, dice: Ulster é o nome dado a uma das quatro províncias históricas ou tradicionais da Irlanda, dividida em nove condados, dos quais seis, actualmente, localizam-se na Irlanda do Norte e três na República da Irlanda. A província não possui funções administrativas.
A Irlanda do Norte é frequentemente mencionada como Ulster ou província do Reino Unido, estes termos podem causar confusão, uma vez que uma parte da província histórica do Ulster faz parte da República da Irlanda. El texto está en luso brasilero, que no traduzco ni modifico, para no perder ligaciones con otras informaciones asociadas a la historia del Reino Unido, especialmente a la Provincia de Ulster. La información ha sido retirada de: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ulster
[104] O Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte (habitualmente referido apenas como Reino Unido) é um país, estado soberano, formado geograficamente pela Grã-Bretanha e ilhas adjacentes e pelo nordeste da ilha da Irlanda, sendo limitado a norte e a oeste pelo Oceano Atlântico, a leste pelo Mar do Norte, a sul pelo Canal da Mancha, que o separa do resto da Europa, e a oeste pela República da Irlanda (única fronteira terrestre) e pelo Mar da Irlanda.
O estado é formado por quatro nações: Inglaterra, Escócia, País de Gales (ilha da Grã-Bretanha) e Irlanda do Norte (ilha da Irlanda) além de territórios que não pertencem a nenhuma destas nações, como a Ilha de Man e as Ilhas do Canal (ou Ilhas Anglo-Normandas), e várias possessões espalhadas pelo mundo: Gibraltar (no sul da Península Ibérica, as Bases Britânicas Soberanas (no Chipre), o Território Britânico do Oceano Índico (na Ásia), a ilha de Santa Helena (no Oceano Atlântico na plataforma continental africana), Bermudas, Ilhas Caymans, Ilhas Virgens Britânicas, Montserrat, Turks e Caicos, Anguilla, Ilhas Malvinas (Falklands) no continente americano e Pitcairn (na Oceania). Información retirada de: http://pt.wikipedia.org/wiki/Reino_Unido
[105] La Enciclopédia livre define así: Commonwealth of Nations (Comunidade das Nações) é o nome em inglês de uma associação de territórios autónomos, mas dependentes do Reino Unido, criada em 1931 e formada actualmente por 53 nações, a maioria das quais independentes, mas incluindo algumas que ainda mantêm laços políticos com a antiga potência colonial britânica.
O nome original era British Commonwealth (Comunidade Britânica) até 1946. A Rainha Elizabeth II é actualmente a chefe titular da associação de Estados baixo a su Soberanoa. Esta fórmula foi inventada em 1950 quando a Índia tornou-se uma República Independente, embora não reconhecendo Jorge VI como chefe de estado, a Índia reconhecia-o como o símbolo da associação livre de nações.
A Commonwealth tem historicamente por objectivo promover a integração entre as ex-colónias do Reino Unido, concedendo benefícios e facilidades comerciais, mas agora os seus objetivos incluem a assistência educacional aos seus países-membros e a harmonização das suas políticas. Actualmente os países da Comunidade Britânica representam cerca de 30% de todo o comércio mundial.
A maioria dos membros da Commonwealth é antigas colónias do Reino Unido, com a excepção notável de Moçambique, a antiga colónia portuguesa, que acedeu a associação em 1995, com o apoio dos seus vizinhos, que eram antigas colónias britânicas (o Zimbabwe saiu da Commonwealth em 2004).
Outros países, como a Austrália, continuam reconhecendo o monarca do Reino Unido como chefe de estado, representado por um governador e usam a palavra Commonwealth como título da condição hierárquica de su forma de vida política.
Los Estados libres hacen parte de la Comunidad de Naciones, es largo e inmenso. La lista incluye Canadá, referido así en la Enciclopédia Electrónica: O Canadá é uma federação, apresentando como forma de governo uma monarquia constitucional e uma democracia parlamentar como sistema político. Constitui-se de dez províncias e três territórios. O chefe de Estado do país é a Rainha Elizabeth II do Reino Unido (Elisabeth II) - um símbolo dos laços históricos do Canadá com o Reino Unido " e o governo é dirigido por primeiror-ministros. Retirado de la página de La Enciclopedia electrónica: http://pt.wikipedia.org/wiki/Canad%C3%A1
[106] Vivaz, bonita, y lista (según cuentan sus contemporáneos), María tuvo una juventud prometedora. Coronada ya reina de Escocia y con su acuerdo matrimonial ya pactado por su madre, llegó a Francia en 1548, a la corta edad de cinco años, para vivir por los siguientes diez años en la corte francesa. Su propia pequeña corte que la acompañó desde Escocia consistía en dos lores o pares de la Reina, dos medios-hermanos, y las "cuatro Marías," cuatro pequeñas muchachas de su propia edad, todas llamadas María e hijas de las familias más nobles de Escocia: Beaton, Seaton, Fleming, y Livingston.
En la corte francesa, la joven reina era la favorita. Ella recibió la mejor educación existente en esos tiempos. Al término de su juventud, dominaba el francés, latín, griego, español y el italiano además de su escocés nativo. También aprendió a tocar dos instrumentos, prosa, equitación, cetrería y costura.
El 24 de abril de 1558, María se casó con el Delfín Francisco en la catedral de Notre Dame en París, y, a la muerte de Enrique II el 10 de julio de 1559, se convirtió en reina de Francia al acceder su marido al trono como Francisco II de Francia. Bajo las leyes ordinarias de sucesión, María era también la siguiente en la línea al trono inglés después de su prima, la reina Isabel I de Inglaterra, la cual no tenía hijos. Sin embargo, según la religión católica, Isabel era bastarda, lo que convertía a María en la legítima heredera del trono inglés. Sin embargo, de acuerdo al Acta de Sucesión Pro-Protestante que estuvo vigente en Inglaterra, la voluntad de Enrique VIII excluía explícitamente a los Estuardo de la sucesión al trono inglés. Los apuros de María aumentaron aún más con el levantamiento hugonote en Francia, llamado el tumulto de Amboise (6-17 de marzo de 1560), haciendo imposible para los franceses apoyar a María en el reino de Escocia y en sus pretensiones en Inglaterra.
[107] Stehan Zweig es el autor de la mejor biografía de María I, Reina da Escócia, como está referido en: http://en.wikipedia.org/wiki/Stefan_Zweig#Work, título del libro perdido por mí, por causa de exilio, pero recuperado en la versión inglesa; Mary, Queen of Scotland and the Isles or The Queen of Scots, 1935 (Original title: Maria Stuart), retirado da Enciclopedia referida en esta nota de pié de página.
[108] El 29 de julio de 1565, en el palacio de Holyrood, María se casó inesperadamente con Enrique Estuardo, duque de Albany, conocido como Lord Darnley, descendiente, como ella del rey Enrique VII de Inglaterra y primo suyo. Esta unión, con uno de los principales líderes católicos, precipitó que el medio-hermano de María, el conde de Moray, organizara con otros lores protestantes la rebelión abierta contra la Soberana. María se refugia en el castillo de Stirling el 26 de agosto de 1565 para enfrentarlos, volviendo a Edimburgo para reunir tropas el mes siguiente. Moray y los nobles rebeldes fueron derrotados. teniendo que marchar al exilio, siendo la acción militar decisiva que dio a la reina la victoria conocida como la Incursión de Chaseabout. El matrimonio también enfureció a Isabel, pues sentía que ella debería haber dado su consentimiento para la unión, pues Darnley era un noble inglés. Isabel se sentía amenazada por la unión debido a que con la sangre real escocesa e inglesa de Darnley, cualquier hijo de María y Darnley tendría una sólido derecho a los tronos de Escocia e Inglaterra, como efectivamente pasó años más tarde.
Poco tiempo después, María quedó embarazada, pero Darnley pronto se convirtió en un obstáculo para la reina, exigiendo con energía que se le diera el título de "rey". También estaba celoso de la amistad que había entre la reina y su secretario privado, David Rizzio, y, en marzo de 1566, Darnley participa en una conspiración secreta con los nobles que se habían rebelado contra María en la incursión de Chaseabout. El 9 de marzo un grupo de lores, acompañado por Darnley, asesinaron a Rizzio mientras conversaba con la reina en el palacio de Holyrood. Esta acción fue el motivo definitivo para la ruptura de su matrimonio. Darnley pronto cambió de lado otra vez y traicionó a los lores rebeldes. En otra ocasión, atacó a María para conseguir que abortara a su aún no nacido hijo... El 19 de junio de 1566, en el castillo de Edimburgo, la reina dio a luz un hijo, Jacobo. Entonces, se pone en marcha un plan para eliminar a Darnley, que se encontraba enfermo, posiblemente sufriendo de sífilis. Estaba en recuperación en Kirk o' Field, una casa en Edimburgo, en donde María lo visitaba con frecuencia, de modo que se pensara que una reconciliación podría acontecer. El 10 de febrero de 1567, la casa donde se alojaba explota, y Darnley fue encontrado muerto en el jardín; aunque parecía haber sido estrangulado antes de su cuerpo ser quemado por la explosión. Este acontecimiento, que pudo haber sido la salvación de María, sólo acabó dañando aún más su reputación. Jacobo Hepburn, IV conde de Bothwell, un aventurero que se convirtió en su tercer marido, fue generalmente considerado como el culpable del asesinato, fue juzgado en una parodia de corte, siendo absuelto. María procuró recuperar la ayuda entre sus Lores mientras que Bothwell consiguió que algunos de ellos firmaran el llamado pacto de la taberna de Ainslie, en el cual acordaron apoyar sus aspiraciones de casarse con María... La conspiración de Ridolfi dio otra vez motivos de sospecha a Isabel. En 1572, el Parlamento, a órdenes de la reina, introdujo una ley que eliminaba a María de la sucesión al trono inglés. Isabel, de manera inesperada, rechazó darle el consentimiento real a su legítima herencia del trono inglés. María Estuardo buscó refugio en el reino de su prima y en su país. Solo consiguió ver una vez a Elizabeth, quién cautivó a María de Escocia. Lo único que hizo para tratar de frenar a la cautiva reina fue en 1584, cuando promulgó un documento, el llamado Pacto de la Asociación dirigido a evitar que cualquier supuesto sucesor se beneficiara con su posible asesinato. No ataba a nadie legalmente, pero fue firmado por miles de nobles, incluyendo a la misma María.
La ejecución de María se convirtió en un tema que Isabel no podía seguir alargando más. Ella estuvo implicada en varias conspiraciones para asesinar a Isabel, levantar el norte católico de Inglaterra, y apoderarse del trono, posiblemente con ayuda francesa o española. Algunos de los partidarios de María creen que estos complots fueron inventados para perjudicarla.
María fue declarada culpable por traición por una corte de cerca de 40 nobles, incluyendo católicos, después de estar implicada en la supuesta conspiración de Babington, donde ella habría dado su autorización para asesinar a Isabel. La decapitaron en el castillo de Fotheringhay el 8 de febrero de 1587. María eligió usar un vestido rojo, declarándose una mártir católica. Tenía 45 años de edad.
La ejecución fue pésimamente realizada. Se dice que pudo haberse necesitado dos (o, según algunas fuentes, hasta tres) golpes para cortar su cabeza. Sobre la ejecución circularon posteriormente varios relatos, algunos totalmente inverosímiles: quizá no lo sea el que cuenta que al tomar el verdugo su cabeza para mostrarla al público se quedó inesperadamente con la peluca en las manos, mientras que la cabeza rodó por el piso.
María fue sepultada inicialmente en la catedral de Peterborough, pero en 1612 sus restos fueron exhumados por orden de su hijo, el rey Jacobo I de Inglaterra, VI de Escocia, quien la mandara enterrar en la abadía de Westminster. Permanece allí, a solamente 9 metros del sepulcro de su prima Isabel.
[109] Lo que dice Alice Miller, está en notas de pié de página más enfrente.
[111] Blanca Iturra Redondo, está citada en varias entradas del sitio electrónico: http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&q=Blanca+Iturra+Redondo&btnG=Pesquisar&meta= , especialmente, con foto y opiniones, en: http://www.uas.cl/site/talca/noticias.php?ID_VIEW=1045&VIEW_N=1 , que dice: Un Curso-Taller sobre "Abuso Sexual Infantil: Detección e Intervención", que se realizó recientemente en la Universidad Autónoma de Chile Talca, organizado por la Carrera de Sicología de esa casa de estudios. La actividad estuvo a cargo de las profesionales Dra. Zunilda Gambetta Alarcón, Ginecóloga Infanta-Juvenil, y Blanca Iturra Redondo, Asistente Social y Diplomada en Psiquiatría Comunitaria, contando ambas con amplia experiencia en dicho ámbito y que se desempeñan actualmente como Jefe del Servicio de Pediatría del Hospital Regional de Talca y Coordinadora del Equipo Regional PRAIS del Servicio de Salud del Maule, respectivamente.
[112] Es una pena que la lengua Castellana sea machista. No he encontrado una palabra que envuelva a los dos géneros dentro del mismo concepto, porque existe la palabra padres, pero suena a sacerdote para los chilenos. Después, pluralizar en "los papás", dónde es siempre masculino. Me he batido mucho contra el sexismo, soy un reconocido anti sexista, desde muy nuevo en la vida. Para mí, todos los seres humanos son iguales, especialmente desde que la mujer vota -en Chile, apenas desde el año de 1949 del Siglo XX, y en otros países de América Latina, después. La mujer es un ser creado en segundo lugar, como dicen todas las Biblias Cristianas de varias confesiones religiosas, que han tenido que luchar para tener su lugar en el mundo. Las mujeres generalmente quedan con los hijos menores cuando el papá se va con otra. No es por acaso que escribí el texto en mi periódico mensual A Páfina da Educação, Profedições, Porto, hoje Revista trimestral, este ensayo: Mulher a crecer, Machismo a tremer, texto de Octubre de 2005, texto dedicado a mi mujer, el cuál es posible encontrar completo en: http://www.mulheres-ps20.ipp.pt/mulher_a_crescer.htm Sobre anti sexismo, ver: http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&q=For+Men+Against+Sexism+Edited+Jon+Snodgrass&btnG=Pesquisa+do+Google&meta= El texto conmigo en formato de papel, es de 1977, Editora Times Change Press. New York, con el mismo título.
[113] La palabra pituco o pituca, refiere alguien que se siente por encima de los otros. Hay un texto que lo define, no de forma directa, pero se puede deducir: "Cuando Violeta Parra llegó a la discoteca donde tenía su oficina Gastón Soublette, él ya había escuchado a la folclorista. Encontraba notable sus creaciones, y ese fue el momento para preguntarle de dónde sacaba tantas ideas.
-“Me dijo que, por ser yo un pituco, no tenía noción de lo que era el folclor chileno.
No me lo dijo así directamente, pero me lo hizo sentir. Y yo acusé el golpe". El texto completo está en la página electrónica: http://www.memoriachilena.cl/archivos2/pdfs/MC0019145.pdf . También, Vicente Huidobro, el poeta chileno, al hablarse sobre él, se dice: “A Huidobro lo conocí a los 18 años, en 1936, y me fascinó. Era tan graciosamente distinto de los animales chilenos. Pituco (afectado), pero no odioso. Tenía incluso título de marqués de García Huidobro", rememora. El poeta chileno Gonzalo Rojas, http://www.google.pt/#hl=pt-PT&source=hp&q=Rojas%2C+poeta+chileno&btnG=Pesquisa+do+Google&aq=f&aqi=&aql=&oq=Rojas%2C+poeta+chileno&gs_rfai=&fp=d4c995620f3ab7fa de 90 años, confiesa además el último y desconocido acto poético de Huidobro, escondido entre la realidad y la ficción, entre el cielo y la tierra, como "Altazor", su obra cumbre. Texto completo en: Revista literaria AZUL@RTE , texto de Maurice Weibel, domingo 6 de enero de 2006. Las palabras citadas son del poeta chileno Gonzalo Rojas, Premio Cervantes, 2003, Blog de Francia, que puede ser leído en: http://revistaliterariaazularte.blogspot.com/2008/01/mauricio-weibel-huidobro-el-poeta-que.html Existe otra alternativa: Pituco es el apellido de una familia no chilena, muy elegante y afectada en sus modos, como se cuenta en el texto redactado en: http://www.ufv.br/dbg/BIO240/G09.htm Y, más una alternativa, definida por el Diccionario de la Real Academia de la Lengua Española (DRAE), sería: Ser Pituco (según DRAE) significa ser presumido en Argentina, Bolivia, Chile, Ecuador, Paraguay y Uruguay. En mi querido Perú, vivir por ejemplo en el Distrito de Miraflores (NSE "B" aspirante ó "A") es ser un pituco o sea una persona de clase alta. Bien, las palabras no son inventadas, y si existe sólo en los países citados, es necesario agregar que todos ellos comparten el origen del Castellano con la lengua Quechua, países todos éstos que fueron colonizados por los Incas hasta 1490, con la llegada de los españoles colonizadores. Sin embargo, en el caso de Chile, el ave denominado pájaro Tordo, es conocida como pituco desde hace mucho tiempo, derivado de la palabra mapudungún Kürew/, que refiere al tordo común como Pituco, desde Atacama hasta la Patagonia, por lo que es posible que venga del original quechua de los Inca, de la hoy República del Perú. Información en: http://www.avesvivenchile.blogspot.com/
[114] Karolus ou Karol Wojtila escribió, o más bien, mando estudiar la Teología de la Iglesia Católica Romana, y, basándose en ella, redactar un Catecismo, publicado en 1991, en el cual está referido el denominado Cuarto Mandamiento, que, antes era: Honrar Padre y Madre, pero que Karol Wojtila cambió para «AMARÁS A TU PRÓJIMO COMO A TI MISMO», donde define los deberes de los padres con los hijos, y al contrario también, como dice el texto, retirado de una lógica común o una lógica cultural como los Antropólogos decimos, es decir, con base en los hábitos y las costumbres de la población para dónde fue enviado el texto, después de su aprobación y de la orden famosa y tradicional de "Imprimatur", que en el texto en formato de papel que tengo, consta en la página 11, de la Editora Librería Editrice Vaticana, fechado a 11 de Octubre de 1992. La parte que más me interesa, el último & comienza así: Al terminar este documento que presentar el Catecismo de la Iglesia Católica, pido a la Santísima Virgen María, Madre del Verbo Encarnado y Madre de la Iglesia, que sostenga con su poderosa intercesión el trabajo de catequético de la Iglesia entera en todos sus niveles, en éste tiempo en que la Iglesia es llamada a un nuevo esfuerzo de civilización. Que la Luz de la verdadera fe libre a la Humanidad de la ignorancia y de la esclavitud del pecado, para conducirla a la única libertad digna de este nombre (cf. 8, 32): la de la Vida en Jesucristo bajo la guía del Espíritu Santo, aquí y en el Reino de los Cielos, en la plenitud de la Bienaventuranza de la Misión de Deus de cara a cara (cf. Nº 1Co, 13, 14; 2 Co, Nº 5,6-8). Por otras palabras, una Mujer es guía de la Humanidad, como confirma el & anterior.