Segunda-feira, 24 de Janeiro de 2011

Cerca de 25% dos eleitores elegeram o Presidente da República

Luis Moreira ( esta análise é pessoal não reflecte, até porque não existe, a opinião do estrolábio)

 

O discurso de Cavaco não foi feliz, nem bonito, nem apaziguador, nem para todos os portugueses. Está magoado, mas um político não pode ter estados de alma. E, muito menos o Presidente da República. Espera-se que se recolha na "coelheira" e descanse, bem precisamos de ter um Presidente calmo, sem rancores, racional e virado para o futuro.

 

Espera-se igualmente que ajude o governo a tomar as decisões certas, se não estiver para isso, para colaborar, então, antes do lamaçal marque eleições. Seja frontal, fazer que anda e não anda é o pior que nos pode acontecer. O governo tem legitimidade para governar, como tal há que lhe dar a maior ajuda possível.

 

Mas, também, o facto de haver tão grande abstenção não belisca em nada a legitimidade de Cavaco Silva, ganhou, ponto, nem que fosse por um só voto, não se mudam as regras democráticas só porque não nos agrada o resultado das eleições. Aliás, os que por essa CS fora inventam mirabolantes explicações deveriam antes explicar como é que Alegre não atingiu sequer o limite dos votos somados do PS e do BE. Não o apoiavam?

 

Traições, feias, que depois se querem limpar à custa de esconder a mão. Uma vitória importante teve-a Fernando Nobre, como já Alegre tinha mostrado há 5 anos há lugar para independentes, oxalá os partidos percebam o significado.

 

Na Madeira, o Jardim encontrou um rival, as pessoas foram votar sem medo e deram uma boa percentagem a Coelho e um bom aviso ao senhor das ilhas.

 

Francisco Lopes, revelou-se um bom candidato, bom discurso, segurou o seu eleitorado, com uma presença serena, corajosa e afável. Jerónimo, já pode descansar, encontrou substituto.

 

Defensor de Moura, vazou o "cabaz" contra Cavaco, desceu o nível da campanha e não ganhou nada com isso. Ficamos todos a saber que ningém é santo? Já sabíamos!

publicado por Luis Moreira às 01:21

editado por João Machado em 03/05/2011 às 00:02
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Quarta-feira, 15 de Dezembro de 2010

Debates presidenciais - Safa!

Luis Moreira


Nobre, tem contra si todos os partidos, vem da sociedade civil, é o maior pecado que algum candidato pode ter, todos os seus adversários lhe vão dizer que não tem experiência política. Nobre sempre poderá dizer que isso o torna o melhor de todos mas ninguem o ouvirá.

Moura, vem do PS e foi deputado, mas corre por fora do sistema, vão-lhe dizer que não pode ganhar o país quando, a bem de ver, perdeu o partido, não o escolhendo. Ele bem pode dizer que isso só mostra que é bem melhor que Alegre, é rigorosamente independente, como convém a um Presidente da Republica e tem a experiência política de vários anos de deputado.

Alegre, dirá que já antes do 25 de Abril lutava contra o fascismo, é um homem livre, nunca foi político de estruturas partidárias, junta a independência à experiência política, já foi candidato independente e obteve uma votação expressiva, tem a confiança dos portugueses. Vai apontar insistentemente para Nobre e Moura acusando-os de darem a vitória a Cavaco de mão beijada.( o que é habitual em Cavaco)

Lopes, repetirá sem cessar que se for presidente da república, mudará de política e de políticas, contra este estado de coisas, a favor dos trabalhadores e contra o grande capital, contra este orçamento, contra os usurários, contra os especuladores. Estamos todos de acordo mas só 8% gostam de o ouvir. Cumpre a sua função de segurar o seu eleitorado e ocupar tempo de antena.


Cavaco, dirá que nunca foi político, apareceu na política porque a situação o exigiu, outros viram nele o que não viam em mais ninguem, é apartidário, isento, independente, não reage a ofensas, é professor de finanças públicas, sabe muito bem para onde vai, avisou vezes sem conta o governo, deixou governar sem deixar de usar a sua influência. Mas não pode dizer em público o que diz em privado.

E, nós , vamos votar em quem? Falta-nos uma série de informações para podermos votar em consciência. Antes de tudo devíamos saber o que fará cada um dos candidatos depois de eleito em relação ao governo. Demite-o? Mantem-no? Tenho para mim que Alegre apesar de receber tarde e a más horas o apoio do PS, não tem condições partidárias para demitir o governo. Penso o mesmo de Nobre, veja-se como figuras conhecidas da ala Soarista se insinuam na sua candidatura e, Sócrates, é o último trunfo de Soares.( não foi assim nas últimas eleições presidenciais?).

Moura, demitiria de imediato o governo, é um republicano e socialista mas já percebeu que as traves mestras do socialismo, vão à vida com Sócrates. Não é o estatismo que é de esquerda, é o Serviço Nacional de Saúde que é preciso reformar para ser salvo, a escola estatal e pública, o estado social.. está profundamente em desacordo com estas políticas estatais confundidas como de esquerda.

E quanto a Cavaco, que fará Cavaco? Se as sondagens derem uma maioria ao PSD ou ao PSD+CDS, demite o governo e vai para eleições antecipadas, se não tiver essa certeza vai continuar a dizer que não pode dizer em publico o que diz em privado.

Safa!

publicado por Luis Moreira às 11:00
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Terça-feira, 26 de Outubro de 2010

A candidatura de Cavaco Silva



Luis Moreira



A Cavaco Silva, basta-lhe uma regencia de exemplo, apontando soluções, objectivos, estar fora do Orçamento mas juntar os dois maiores partidos sempre dando a ideia que a sua tarefa é facilitar, aplanar caminhos...

Mas sabemos que não é assim, mais do que uma vez que ergueu a voz contra os megainvestimentos, chamou a atenção para a dívida pública, correu o país numa política de proximidade, enaltecendo a obra regional e local. Bateu-se e bate-se pelas empresas que produzem para exportação, nunca se lhe ouviu uma palavra sobre as grandes empresas públicas, porque está contra elas, mas que representam muitos milhares de pessoas a ganharem muito bem e que formam opinião. Nem uma palavra sobre a intervenção governamental nos bancos, teria tudo a perder e nada a ganhar, há por lá muitos amigos e antigos colaboradores e como era fácil de perceber, tornaram-se num buraco negro sem fundo onde já se enterraram muitos milhões. Ninguem se apresentou à privatização, os milhões necessários para tornar o BPN viável, travam veleidades.

A máquina de apoio à candidatura já está em marcha, sempre foi assim, manter tabus e gerir o tempo que corre a seu favor, sem pressas, vai apresentar formalmente a candidatura e vai dizer que só o faz agora porque não quiz prejudicar a governamentação, o melhor seria que o PS e o PSD se despachassem e acordassem até logo à noite, seria ouro sobre azul.

Cavaco, igual a si próprio, anda a aquecer os motores, fazer rodagem, não quer nada mas quer tudo, sempre lhe cairam os lugares no regaço, a bem da nação.
publicado por Luis Moreira às 13:35
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Terça-feira, 15 de Junho de 2010

Sondagem: alegres e nobres para Cavaco




Luís Moreira


A sondagem do CM dá 54% para Cavaco, 28% para Alegre e um resultado residual para Nobre. Cavaco ganharia à primeira volta, ele que há quatro anos ganhou com 51%. Os 28% de Alegre são o que vale hoje o PS, embora não se confundam pois andarão por aqui os 8% do BE.

A direita agita-se por causa do casamento gay, procura, ou faz que procura, alguem que possa pressionar Cavaco, desde logo a Igreja pela voz do Cardeal de Lisboa e do CDS lançando para a mesa o nome de Bagão Félix.É fogo fátuo, a direita não vai correr o risco de dar a vitória a Alegre como, ao contrário, a esquerda deu a vitória a Cavaco com as suas divisões entre Alegre e Soares.

Quem está Presidente tem grandes vantagens, como mostra o facto de terem sido sempre reeleitos, e numa situação miserável como a que temos pela frente, com um governo descredibilizado e forçado a tomar medidas impopulares, ninguem se atreve a abrir um "melão" novo na Presidência da Republica.Vamos pois ter Cavaco.

Mas Cavaco bem pode começar, como já começou, a usar expressões mais duras como "situação insustentável" que é raríssima no seu discurso, mas que se viu obrigado a usar, num cada vez maior distanciamento do governo e de Sócrates, não vá apanhar com a "peçonha" que de um momento para o outro assaltou o governo.

Se Alegre fizesse o pleno da Esquerda, talvez o máximo que conseguisse fosse obrigar Cavaco a uma segunda volta vexatória, mas nem isso vai conseguir, há muito PS que não lhe perdoa e o PCP vai, como sempre faz, tocar a reunir à volta de um candidato que só serve para isso, para tocar a reunir.

O que esta mais que provável vitória de Cavaco possa meses depois influir nas eleições legislativas é coisa que não se adivinha, mas a direita está próxima de conseguir o velho sonho de Sá Carneiro: um Presidente, uma maioria, um governo!
publicado por Luis Moreira às 11:00
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Quarta-feira, 9 de Junho de 2010

Opinião. Manuel Alegre era um independente e agora…

Carlos Mesquita


Manuel Alegre percebeu, ao contrário de alguns dos seus apoiantes de 2006, que com o lirismo da candidatura da sociedade civil, jamais será alternativa ganhadora a Cavaco Silva. Nas condições actuais, de crise, com um governo socialista (que é o seu partido) obrigado a tomar medidas impopulares, concorrendo contra um presidente instalado, e a caminhar para o segundo mandato, ir a eleições sem amparos partidários é tempo perdido. Os apoios não são contraditórios, abarcam genericamente a esquerda e o centro esquerda, e cidadãos sem partido, é o espaço natural de Alegre, fruto do seu esforço nos últimos anos, de aproximação a sectores à esquerda do PS. Que o seu discurso seja hoje ajustado para atrair o maior número de militantes socialistas não é estranho, e que durante a campanha consiga com temas como o patriotismo, a defesa da língua, e o seu substrato cultural, conquistar votos que nem são da esquerda também será normal. O que é esquisito, embora esperado, é a quantidade de puristas da política que julgam ser possível cooptar Manuel Alegre para os seus restritos grupos ideológicos. Coisas como a unidade orgânica das esquerdas, partir o partido socialista, criar um novo partido, não correspondem a qualquer necessidade de recomposição partidária ou movimentação social visível. O equívoco, em cidadãos e em franjas dos dois partidos que lhe deram apoio, o Bloco e o PS, assenta na incompreensão do que Alegre quer significar com “aprofundar o diálogo à esquerda”. No BE entenderam “já é dos nossos”, e no PS perante a participação em eventos do Bloco e criticas pontuais à governação, chegaram a pedir a sua expulsão do partido. Exageros, a linha ideológica de Alegre é a mesma de sempre, a sua orientação estratégica antepõe ultimamente a abertura à esquerda em vez de à direita, com quem Sócrates tem governado, desfigurando na sua opinião a identidade do Partido Socialista, com a submissão a políticas neo-liberais. É só isso que se passa com Manuel alegre, e nessa relação com as outras esquerdas, como na Câmara de Lisboa, descobriu que também ele podia ganhar.


Manuel Alegre tem de contar com vários amuos; de Mário Soares, humilhado pelo resultado de 2006, de parte do BE que não consegue votar em alguém apoiado também pelo partido do governo, e no PS pela mesma razão em relação ao Bloco. Juntam-se ao coro alguns membros do MIC que estavam com Alegre por serem órfãos de partido à procura de adopção. Depois de feitas as contas, se verá se as minorias que representam as birras anunciadas são largamente compensadas pelo alargamento da base de apoio do candidato; Alegre pensará que sim.

O essencial anda arredado dos comentários; é Cavaco Silva. Não se pode discutir Alegre sem ir à hipótese de Cavaco ser o próximo presidente e o PSD ganhar as legislativas, antecipadas ou não. O grupo de Soares que vê na presidência de Cavaco maior estabilidade para um governo PS que tendo Alegre em S.Bento, não diz o que espera do país com toda a esquerda arredada de qualquer poder. O que vai acontecer por exemplo, à Segurança Social, à Escola Pública ou ao Serviço Nacional de Saúde? Para certa esquerda apologista do quanto pior melhor, é conveniente esse quadro, mas para os portugueses significa perder, talvez definitivamente, conquistas sociais até agora universais a toda a população.

Manuel Alegre não é uma corrente política, é tão só o candidato melhor colocado para enfrentar o candidato da direita, e vai por isso ter apoio de quem nunca esteve sequer próximo politicamente. Pessoalmente mais facilmente apoiaria uma personalidade como Boaventura Sousa Santos, mas a realidade são os candidatos que temos. Há quem afirme que Cavaco Silva pode ser derrubado na rua, pode, se conseguirem passar-lhe uma rasteira antes dos seguranças intervirem, mas para tirá-lo de S.Bento, alguém precisa de ter mais votos que ele.
publicado por Carlos Loures às 09:00
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Sexta-feira, 4 de Junho de 2010

Opinião. Cavaco, outro “berdadeiro” independente


Carlos Mesquita


Pronunciei-me sobre Fernando Nobre, hoje toca a vez a Cavaco Silva, o único dos três candidatos (este é oficioso por enquanto) à presidência da República, que foi secretário-geral de um partido, o PSD. Cavaco tem a tarefa de parecer independente facilitada; a campanha que o coloca distanciado do partido a que pertence, tem anos, resmas de artigos de opinião foram escritos com esse fim e são imensos os comentadores e jornalistas que ao longo da carreira política do actual presidente o têm arrumado fora do partido, criaram-lhe essa imagem, é mas não é, apesar de ser não se assume como sendo, está acima, ao lado, ou de costas, para o PSD, conforme as suas conveniências conjunturais. Pode-se duvidar se Cavaco quando líder do PSD era do PSD. No entanto o seu partido, (ou ex-partido) não lhe nega apoios; todas as linhas do PSD, e são mais que as linhas do TGV do tempo de Durão Barroso/Ferreira Leite, concordam em ampará-lo na candidatura ao segundo mandato como presidente. Todas? Não! Como se diria na introdução de mais uma aventura de Astérix. Alguns católicos do PSD juntos com o CDS e a Igreja, e os seus mais leais fiéis, (ou seja, o sector democrata cristão e cristãos pouco democratas) depois da promulgação por Cavaco Silva, do casamento entre pessoas do mesmo sexo, põem em causa esse apoio. Este novo elemento é decisivo para medir a facilidade de Cavaco em ser ou não reeleito; os cavaquistas desvalorizam a controvérsia, mas o país, diz-se, é maioritariamente católico. Os activistas anti-casamento gay juntaram mais de 200mil assinaturas para pedir um referendo, número semelhante aos dos movimentos anti-aborto.

Responsáveis da Igreja católica e figuras da direita procuram alternativas ao nome do actual presidente, e o CDS já disse que poderia sustentar um nome da sua área como opção a Cavaco Silva. Qualquer que seja a evolução destas iniciativas, a Igreja e também políticos e comentadores conservadores, não deixarão de levar o tema do “casamento gay” para o período da campanha presidencial, não sendo previsível que esses sectores deixem morrer o assunto em nome das contrariedades económicas e financeiras. Cavaco Silva desiludiu quem nele votou, também pelas comodidades oferecidas à governação de Sócrates, e agora para se furtar à discussão vem dizendo que só pensa na crise, em campanha eleitoral vai ter de abandonar esse paleio.


A forma como Portugal vai enfrentar no curto/médio prazo as dificuldades internas e as ameaças exteriores, depende do nível de estabilidade política e da situação social a par da capacidade de aumentar o crescimento. Com governos sem maioria parlamentar e na ausência de acordos partidários consistentes o desempenho do presidente da República será importante, o próximo presidente é fundamental para o rumo da política nacional; de Cavaco já se sabe que se não é presidente que agrade a todos os portugueses, é presidente que encanta os partidos da governação. O que é preciso tentar entender é que Cavaco seria o do segundo mandato, a campanha cavaquista diz que será diferente, os cavaquistas não estão satisfeitos com o desempenho de Cavaco Silva. Há um outro Cavaco? Ou só existe este, inseguro e inconsistente, refugiando-se na posição institucional e nas dificuldades económicas para não ter qualquer papel activo; seria bom nunca vir a saber.

O que é essencial para os portugueses é perceberem porque vão ser sujeitos a medidas severas de austeridade, e que vantagens essa necessidade vai trazer no futuro. De nada serve prometer grandes alterações no panorama político partidário, que não vão acontecer, nem imaginar mudanças radicais na Constituição. Com mais ou menos independência em relação aos partidos políticos o que seria honesto no próximo presidente, é que depois de eleito, a sua actuação não fosse uma surpresa para quem o elegeu. Cavaco Silva parte com a vantagem de agradar a todo o “centrão”, de forma natural ao centro direita e pela prática do actual mandato à direita do PS que governa o partido e o país. Para a direita mais conservadora Cavaco Silva só será seu presidente por inteiro, quando a direita ganhar o parlamento ou houver um governo de iniciativa presidencial.
publicado por Carlos Loures às 09:00
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Terça-feira, 1 de Junho de 2010

Opinião: - Eu é que sou o “berdadeiro” candidato independente!

Carlos Mesquita


Fernando Nobre não perdeu a oportunidade de reaparecer após o anúncio do apoio formal do Partido Socialista a Manuel Alegre. Descobriu mais uma vantagem para a sua candidatura, há mais um partido que o não apoia.

Extracto de um artigo, de há três meses atrás, sobre a candidatura de Fernando Nobre.

…Algumas ocorrências mereciam reflexão, como a intenção de Fernando Nobre ser presidente da Republica, embora as luzes após o anúncio da candidatura, tenham iniciado uma queda de tensão tal, que desapareceu na penumbra. Fernando Nobre é uma das poucas individualidades portuguesas que pode ser apresentada aos nossos filhos como um exemplo de altruísmo, de entrega heróica a causas difíceis e solidárias, de obra feita que perdurará para além da sua vida. Mas isso fará dele um bom presidente? Madre Teresa de Calcutá seria uma boa Secretária-geral da ONU? A política, mesmo exercida de forma nobre, não é uma coisa menor comparada com a sua actividade? O propósito de Fernando Nobre suscita muitas perguntas, mas todas desaguam numa resposta singela, Fernando Nobre quer fazer política. E quando “faz” politica é simplesmente um politico; nessa actuação vai ser avaliado pela maneira como exerce esse novo ofício e não pelo passado, como para Manuel Alegre é secundária a sua arte poética ou em Cavaco Silva o jeito que tinha para saltar barreiras e subir aos coqueiros. O que se conhece das posições politicas do médico é de ter oferecido apoio a candidatos partidários desde Durão Barroso e António Capucho a Mário Soares e ao Bloco de Esquerda, atitudes que terão leituras politicas para todos os gostos. E que é monárquico. Fernando Nobre não tem que explicar donde vem, todos sabemos, mas ao que vem, pois dos três (até agora candidatos) é aquele, cuja prática num hipotético cargo de Chefe do Estado traz maior incógnita. Terá muitas ocasiões para esclarecer os portugueses, se conseguir deixar o discurso do pilar da cidadania, da supremacia moral dos que nunca tiveram partido, e outros populismos semelhantes com que se apresentou. Tivemos o PRD de Eanes o MIC de Alegre e já todos sabemos que quando se junta a “pureza” de vários apartidários, resulta numa organização política; e depois os militantes partidários não têm bicho, são tão cidadãos como os outros, e a maioria exerce a cidadania de forma exemplar, digo eu que não tenho partido. Há um discurso pelo primado do apartidarismo que mais parece um coro de igreja de ateus. Por outro lado tem de contar que a afirmação de que não é de esquerda centro ou direita, avaria a bússola de muita gente que não gosta de dar cartas em branco e que tem de afirmar a diferença para as outras candidaturas. Depois temos as contas, a utilidade dos votos para além dos proveitos das campanhas eleitorais; não vai ser indiferente ter (em crise profunda) um presidente de esquerda de direita ou a pairar acima das opções e realidades do país.

(in Semanário Transmontano de 26/02/2010)
publicado por Carlos Loures às 13:30
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Quarta-feira, 26 de Maio de 2010

E(Nobre)cer a sociedade civil!


Luís Moreira

Talvez se inicie aqui a construção de um pilar essencial de qualquer Estado moderno. Uma sociedade civil, esclarecida, com efectivo poder de influenciar as decisões políticas que dizem respeito a todos nós (é preciso lembrar uma e outra vez) capaz de escrutinar o “regabofe” a que chegou a vida partidária.

O sufoco da vida partidária sobre a sociedade civil, os seus cidadãos, contribuintes e eleitores, atinge hoje um desaforo de quem se sente impune, esboroados que estão os pilares do Estado de Direito, que começam com a separação dos poderes democráticos.

Hoje já ninguem duvida que os poderes legislativo, executivo e jurídico são uma e a mesma coisa, com os mesmos actores, a mesma indiferença pela Justiça, pela inclusão social, pela igualdade de oportunidades. Tudo sob o manto da partidocracia que ganhou “freio nos dentes” por circunstâncias que têm a ver com quarenta anos de “partido único”. Essas circunstâncias já não são hoje correctas, chegou o tempo da sociedade civil se libertar desse jugo infernal que empobrece o país e nos trás na lama dos escândalos!
O facto de um homem que não é nem nunca foi militante de um partido sentir que tem condições de se apresentar a eleições para o único orgão do Estado que ainda mantem alguma autonomia é, só por si, um sinal de esperança!

Os boys e as girls afiam as facas, vasculham carreiras, vida pessoal e amizades, vem aí a difamação, o seu recado vai ser ” nós somos maus mas não há melhor”!

Cumpre-nos ter a oportunidade de mostrar se sim ou não somos uma sociedade civil madura!

publicado por Luis Moreira às 10:00
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