Nos próximos tempos, as elites conservadoras europeias, tanto políticas como culturais, vão ter um choque: os europeus são gente comum e, quando sujeitos às mesmas provações ou às mesmas frustrações por que têm passado outros povos noutras regiões do mundo, em vez de reagir à europeia, reagem como eles. Para essas elites, reagir à europeia é acreditar nas instituições e agir sempre nos limites que elas impõem. Um bom cidadão é um cidadão bem-comportado, e este é o que vive entre as comportas das instituições.
Dado o desigual desenvolvimento do mundo, não é de prever que os europeus venham a ser sujeitos, nos tempos mais próximos, às mesmas provações a que têm sido sujeitos os africanos, os latino-americanos ou os asiáticos. Mas tudo indica que possam vir a ser sujeitos às mesmas frustrações. Formulado de modos muito diversos, o desejo de uma sociedade mais democrática e mais justa é hoje um bem comum da humanidade. O papel das instituições é regular as expectativas dos cidadãos de modo a evitar que o abismo entre esse desejo e a sua realização não seja tão grande que a frustração atinja níveis perturbadores.
Ora é observável um pouco por toda a parte que as instituições existentes estão a desempenhar pior o seu papel, sendo-lhes cada vez mais difícil conter a frustração dos cidadãos. Se as instituições existentes não servem, é necessário reformá-las ou criar outras. Enquanto tal não ocorre, é legítimo e democrático atuar à margem delas, pacificamente, nas ruas e nas praças. Estamos a entrar num período pós-institucional.
Os jovens acampados no Rossio e nas praças de Espanha são os primeiros sinais da emergência de um novo espaço público - a rua e a praça - onde se discute o sequestro das atuais democracias pelos interesses de minorias poderosas e se apontam os caminhos da construção de democracias mais robustas, mais capazes de salvaguardar os interesses das maiorias. A importância da sua luta mede-se pela ira com que investem contra eles as forças conservadoras. Os acampados não têm de ser impecáveis nas suas análises, exaustivos nas suas denúncias ou rigorosos nas suas propostas. Basta-lhes ser clarividentes na urgência em ampliar a agenda política e o horizonte de possibilidades democráticas, e genuínos na aspiração a uma vida digna, social e ecologicamente mais justa.
Para contextualizar a luta das acampadas e dos acampados, são oportunas duas observações. A primeira é que, ao contrário dos jovens (anarquistas e outros) das ruas de Londres, Paris e Moscovo no início do século XX, os acampados não lançam bombas nem atentam contra a vida dos dirigentes políticos. Manifestam-se pacificamente e a favor de mais democracia. É um avanço histórico notável que só a miopia das ideologias e a estreiteza dos interesses não permite ver. Apesar de todas as armadilhas do liberalismo, a democracia entrou no imaginário das grandes maiorias como um ideal libertador, o ideal da democracia verdadeira ou real. É um ideal que, se levado a sério, constitui uma ameaça fatal para aqueles cujo dinheiro ou posição social lhes tem permitido manipular impunemente o jogo democrático.
A segunda observação é que os momentos mais criativos da democracia raramente ocorreram nas salas dos parlamentos. Ocorreram nas ruas, onde os cidadãos revoltados forçaram as mudanças de regime ou a ampliação das agendas políticas. Entre muitas outras demandas, os acampados exigem a resistência às imposições da troika para que a vida dos cidadãos tenha prioridade sobre os lucros dos banqueiros e especuladores; a recusa ou a renegociação da dívida; um modelo de desenvolvimento social e ecologicamente justo; o fim da discriminação sexual e racial e da xenofobia contra os imigrantes; a não privatização de bens comuns da humanidade, como a água, ou de bens públicos, como os correios; a reforma do sistema político para o tornar mais participativo, mais transparente e imune à corrupção.
A pensar nas eleições acabei por não falar das eleições. Não falei?
Se não há alternativa que haja alternância
Chega de propaganda, de mentiras, de incompetência! Em Democracia é assim, tem todos os defeitos mas tem esta vantagem, com uma varredela tudo pode recomeçar .
E, quem ganhou e pode fazer maioria na AR vai para o governo, quem perdeu, vai para a oposição tomar um duche de humildade e preparar-se para daqui a uns anos voltar ao governo. É, assim, a democracia. E a maioria aritmética corresponde, sim, à maioria social, o que o PS quer é que, mesmo perdendo, se mantenha no governo. Na oposição vai ter que apoiar as medidas da Troika que ele mesmo assinou.
O que espero?
Que se aproximem eleitor e eleito por forma a existir uma relação de responsabilidade objectiva e pessoal. Esta aproximação, só se fará no quadro de uma democracia participativa para a qual devemos caminhar como uma das prioridades estratégicas por forma, a sair desta política que não cumpre o que oferece para ser eleita. isto é, usando a mentira para alcançar o poder.
Que se deixe a economia de casino à volta das grandes empresas que operam no mercado interno, com grandes rendimentos para o accionista e para os amigalhaços, e se canalizem os meios financeiros e humanos para a economia que produz bens transaccionáveis, que substituem importações e se exportem. Agricultura, mar, têxteis, novas tecnologias, sector automóvel, Turismo, reabilitação dos centros históricos para permitir a sua ocupação chamando população e criar postos de trabalho.
Que se tirem dos lugares chave os amigalhaços que impedem que a Justiça funcione.
Que se defenda o SNS abandonando-se os caquéticos - universal e gratuito - e se acrescente o "ninguem ficará sem tratamento por razões económicas".
Que as famílias tenham direito à escolha da escola autónoma e avaliada.O que se sabe hoje da estupidificação em curso na escola Estatal brada aos céus e explica por que se quer manter o sector em circuito fechado.
Que se reforce a participação da sociedade civil na vida nacional e, na inversa, que o Estado saia das nossas vidas em muitas vertentes.
Que se privatizem as empresas que há muito estão nas mãos dos privados e onde o estado faz papel de "pau de cabeleira" assegurando a cobertura de todos os riscos.
Que se mantenha nas mãos do estado a CGD reorientando a sua actividade para apoio da economia real e, não, para os negócios "finos".
Que a regulação dos mercados se faça por Reguladores independentes do poder político e dos interesses dos "players", com um mandato insusceptível de ser interrompido por 5 anos.
Que se usem os muitos e bons técnicos existentes na Função Pública e se deixe de pagar fortunas aos grandes escritórios de advogados e aos assessores externos.
E, gostava que me explicassem. Se crescemos ZERO e pagamos juros da dívida a 5% como é que pagamos os juros e, já agora, a dívida? Fazendo TGVs, aeroportos e mais autoestradas e hospitais, em parcerias- público-privadas onde as vantagens estão todas do lado do privado?
Que se crie uma Comissão para analisar as parcerias-publico-privadas e, outra, para assegurar a realização das metas e objectivos da troika.
O universalismo na saúde, na educação e na segurança social tem os dias contados. Em vez de cegamente, continuarmos a não ver o inevitável seria bom que se lançassem desde já as bases de sistemas sustentáveis. É bem melhor do que cortar subsídios a crianças, a famílas, a idosos enquanto se mantêm pensões milionárias.(foi o que Sócrates fez enquanto enchia a boca de estado social)
Vamos pagar com o empobrecimento de todo um povo! Eis a herança de José Sócrates!
E, mais uma vez se viu, que não apareceu qualquer sistema alternativo ao sistema vigente, apesar de todos os seus erros e injustiças.Mas podemos melhorá-lo, e é o que deveremos fazer até que se reunam as condições objectivas para implantar um socialismo democrático de rosto humano, democrático e participativo. A social-democracia do centro e do norte da europa tem muito por onde aprendermos e copiar.
Assim, não queiramos estar, novamente, orgulhosamente sós!
Há momentos na história dos países democráticos em que a democracia só pode ser resgatada por via referendária. Isso ocorre quando convergem duas condições: a distância entre representantes e representados atinge proporções muito elevadas e o que está em jogo põe em perigo o bem-estar colectivo muito para além das divisões partidárias. Penso que estas duas condições estão presentes na actual situação política do país.
As medidas de austeridade e o modo como foram impostas criaram um fosso de credibilidade muito profundo entre os cidadãos e o PS. Mas, ao contrário do que se pode supor, criaram-no também em relação ao PSD pois este, não só esteve de acordo até há bem pouco tempo com as medidas, como não apresenta (e os portugueses sabem que não pode apresentar) nenhuma alternativa real.
Os portugueses estão chocados não apenas com as medidas de austeridade como sobretudo com o facto de as decisões nacionais terem sido sequestradas por uma Europa, que bem na lógica neoliberal, considera que os países pobres são pobres por culpa própria e não porque foram empobrecidos num sistema de relações sistémicas que lhes foram desfavoráveis. Neste contexto, as eleições são irrelevantes e até podem ser prejudiciais quando se aprofundam as contradições da política europeia e se abre um espaço de manobra que só um governo em plenas funções pode explorar eficazmente a favor do país. Não admira que nem empresários nem trabalhadores estejam interessados em eleições.
Não é preciso ser sociólogo para prever que se se fizesse um referendo hoje, a esmagadora maioria dos portugueses seria contra a realização de eleições. Porque se vão então realizar? Primeiro, porque, na impossibilidade da realização do referendo, competiria ao Presidente da Republica assumir a vontade do país e chamar os partidos à razão. Mas, infelizmente, Cavaco Silva é mais parte do problema do que da solução. Segundo, porque uma pequena fracção da classe política, dentro do PSD, pretende não perder a oportunidade de chegar ao poder, não por mérito próprio, mas pela exploração da fragilidade e desorientação dos portugueses.
Que o possa fazer impunemente e até com êxito é a prova da baixa intensidade da nossa democracia. Sempre centrada nos seus próprios interesses e com total desprezo pelos dos portugueses, esta fracção tem a seu favor os seguintes argumentos. O PS é um deserto ideológico e por isso a vulnerabilidade do líder significa a vulnerabilidade do “projecto”. É um partido sem condições para discutir a sua rendição e só a lógica do voto útil o salvará de uma catástrofe. O CDS é um catador de migalhas políticas e estará disponível para tudo, diga o que disserem os seus dirigentes. O Bloco de Esquerda cometeu o erro histórico de pensar que havia em Portugal espaço para mais um partido catalizador do voto de protesto e do ressentimento. De facto, só há espaço para um partido e esse é o PCP, que, aliás, o tem ocupado de modo exemplar. Não foi totalmente por culpa do PS que se perdeu a oportunidade histórica de criar uma verdadeira alternativa de esquerda com vocação de poder.
Os portugueses vão passar por um período em que vão ser objectos da política. Mas, como já sugerido pelas manifestações de 12 de Março, não tardará que venham a reivindicar ser, de novo, sujeitos da política.
Boaventura de Sousa Santos in Público em 22-03-2011
Não se perca tempo a ouvir e a ver os debates dos líderes políticos porque basta ir a um qualquer livro de "marketing" e de comunicação televisiva para se perceber ao que cada um vem.
Sócrates, jura que tudo começou há 3 semanas, ía tudo bem, tudo nos carris ( não é piada para o TGV) e o pantomineiro do homem da estação mandou parar o comboio. Foi nestas 3 semanas que começamos a pedir dinheiro a taxas de juro altíssimas, que a economia deixou de crescer, que os salários e pensões foram congelados, que o IRS aumentou, o IVA e todos os outros impostos começaram a trepar.Nada disto aconteceria se o deixassem ao leme.
E, para o futuro? O TGV vai continuar e nós temos o dinheiro todo para o pagar, a juros baixíssimos, claro!
Portas, faz de conta que nunca esteve no governo mais os seus boys e que não houve uma razia de processos e de suspeições, está pronto a defender a "lavoura" os idosos e as famílias. Está só à espera que as eleições digam com quem vai para o governo a bem de Portugal. Não governa com Sócrates? É preciso ver em que contexto essa afirmação foi proferida.
E, para o futuro? Desenvolver a lavoura, e a peixeirada.
Passos Coelho, privatiza, anestesia, luta contra todos os que vão votar, mesmo contra os que vão votar nele, não quer ser visto ao lado de Sócrates mesmo que isso lhe custe o lugar de primeiro ministro. Não governa com Sócrates, por isso ou o PS indica outro membro para líder, ou o povo tem que lhe dar a maioria absoluta. Tem Portas à mão para o que der e vier, tudo a bem da nação.
E, Cavaco? Até foi adversário dele, nas Jotas, nada tem a ver com a passagem do PSD pelo BPN...perdão, pelo governo.
E, para o futuro? Acabar com o intervencionismo salazarista na economia!
Jerónimo, estamos onde sempre estivemos, ao lado do povo trabalhador que não vota em nós, não nos juntamos a ninguém, ir para o governo "é sermos vítimas do abraço de urso", agora, menos gloriosamente, " o grilo falante".
E, para o futuro? Aprofundar a intervenção cívica do partido e dos sindicatos independentes.
Louçã, prepara-se para uma luta sem tréguas depois da derrota sem retorno nas presidenciais, nacionalisar tudo ao som da "internacional".
E, para o futuro? Nacionalisar tudo ao som da "internacional"!
PS: com qualquer um deles tu, ó parolo! vais pagar tudo o que eles gastaram "à tripa forra..."
ELEIÇÕES ANTECIPADAS
NÃO ME INTERESSAM PARA NADA
Esta coisa da demissão do senhor nosso Primeiro-ministro, provocada pelo próprio com as atitudes desonestas que são do domínio público, acrescidas das razões indecorosas e de cobiça que assistiram à oposição para tomarem as atitudes que o senhor nosso Primeiro esperava, e ainda, os ditos dos responsáveis máximos da dita oposição após o desfecho anunciado, fizeram-me pensar ainda mais que de costume.
Pelo que se entende da situação, iremos ter eleições antecipadas, o que, pensando bem, é coisa na qual não estou minimamente interessado. Nesta já pré-campanha eleitoral vejo o que a mesma virá a ser, e desde já me desinteresso dela. A campanha eleitoral que se aproxima não vai esclarecer ninguém, sendo que unicamente irá servir de pasto para alimentar troca de acusações e insultos pessoalizados. É certo que irei votar quando chegar a altura devida, mas, pelo andar da carruagem, dificilmente terei oportunidade de escolher em quem.
No que respeita aos partidos com assento no lado central e no lado direito do Parlamento, as suas direcções, a do PS, a do CDS e a do PSD, à qual se podem juntar os que à volta dela gravitam, são compostas por uma cambada de idiotas servis e manipuladores que ambicionam o poder que lhes dará, a uns, o acesso a não perderem os tachos já conquistados, a outros, o acesso ao 'direito' aos mesmos.
No que respeita aos que habitam o lado esquerdo do mesmo Parlamento, as suas direcções, a do PCP e a do BE, acrescidos da parte Verde dos comunistas e também dos que à volta deles se colocam, não passam de um punhado de desqualificados cinzentões que anseiam pelas migalhas miseráveis de um lugar nos poucos assentos destinados aos seus grupos parlamentares, sendo esta uma das maiores razões para não aceitarem a redução do número de deputados da Assembleia.
De todos estes, embora todos reclamem para si uma ideologia, só o CDS e o PCP a detêm, sendo que desse ponto de vista, nenhum dos outros existe.
Nestes anos pós-revolução, construímos uma falsa democracia. Os mandantes não a praticam, os menos mandantes também não e os outros quase se limitam a dizer 'yess sir'. O povo não manda, ou porque não quer (está cada vez mais desinteressado e preguiçoso), ou porque o não deixam. Em muitos dos aspectos da vida corrente, vivemos numa ditadura mais assanhada do que aquela em que anteriormente vivíamos, apesar dos rótulos de liberdade que temos em cima de nós. O Estado é o primeiro a derrubar as linhas pelas quais um Estado de direito se deveria reger, e o povo, desinteressado e preguiçoso, já o disse, quer (ou já não pode deixar de querer) que a sua soberania continue a ser praticada indirectamente pelos seus representantes, eleitos sem a existência de círculos uninominais, mantendo assim o 'status quo', o que satisfaz plenamente os que estão na esfera do poder.
O ideal seria podermos mudar este estado das coisas. Mudar o tipo de democracia que temos, mudar o Estado que temos, mudar o tipo de governação que temos, e essencialmente e acima de tudo, mudar a mentalidade que temos.
E não é com este espectro político que vamos a caminho dessa mudança, razão pela qual me irá ser muito difícil escolher em quem votar, quando chegar a altura para o fazer.
Um discurso arrasador onde o Presidente da República avisa que o estado do país é muito pior que o que nos é apresentado. O Orçamento de 2011 tão laboriosamente negociado com a oposição não aguenta 3 meses, já aí está outro PEC, e não me venham dizer que é incompetência.
O governo faz tudo o que lhe é indicado pela UE numa tentativa de controlar os estragos mas nem os juros deixam de crescer (atingiram 8%,) nem os mercados acreditam no governo e na sua capacidade de sair da situação.
Sócrates já nem sequer comunica as medidas que toma aos parceiros sociais, nem aos partidos da oposição e, muito menos ao presidente a quem vai atirar-se como "gato a bofe", esticando a corda o mais possível para obrigar a que o tirem de uma situação para a qual não tem soluções.
Os buracos e o "lixo" debaixo do tapete estão a aparecer a um ritmo frenético, as medidas de hoje representam 0,8% do PIB exactamente o buraco que os especialistas do BCE que cá estiveram anunciaram em Bruxelas e que Teixeira dos Santos diz desconhecer.
A tentativa de incluir o buraco BPN nas contas de 2008 não colhe junto das autoridades financeiras europeias e vai ter que entrar no exercício de 2011. Dito de outra forma as medidas de austeridade ainda não acabaram, vêm aí mais.
A economia está em recessão o que explica menor cobrança de impostos e estas medidas vão contribuir para o afundar ainda mais da economia.
Há uma distorção completa do programa de governo apresentado aos Portugueses e a sua prática e a proposta política apresentada por Sócrates nas recentes reuniões do partido mostram que a realidade e a ficção são irmãs unidas pelo cordão umbilical do apego ao poder a qualquer preço.
É uma vertigem que vai mergulhar o país no empobrecimento, e na injustiça social, um governo que já não fala nas reformas prometidas e que apoiavam o orçamento, de melhor justiça, emagrecimento das diaposidades do estado, na racionalização dos institutos, fundações, empresas públicas e autárquicas, nos investimentos públicos duvidosos...
Tudo se resume a ir ao bolso dos que trabalham e que menos têm!
E o que diz a isto o PSD? ( do corta-fitas)
O «vasto conjunto de novas medidas de austeridade» e o método de ocultação escolhido traduzem uma «política de facto consumado» por parte deste governo, e evidenciam a sua «total falta de cultura democrática». O governo Sócrates evidencia, por estas subidas de impostos e mexidas nas pensões, na saúde, na educação, a sua «incapacidade» e «despudor ao transferir para os Portugueses o custo dos seus sucessivos erros». Todas essas medidas resultam de uma «obstinada inacção» e «são uma incompreensível insistência no erro».
«O governo está a denunciar o acordo que viabilizou o OE de 2011», a crise financeira e económica exigirá medidas duras ainda por vários anos, mas «este não é o caminho», e ele «não contará com o apoio do PSD». «Se o governo quer seguir por tal caminho, fa-lo-á sózinho, ou com outros, mas não contará com o PSD».
«O governo dispôs e continua a dispôr das ferramentas» para tirar o país da crise em que o lançou;
«O país precisa que o OE2011 seja cumprido» e o PSD mantém a palavra e apoia o OE, mas mais não.
O PSD não apresenta uma moção de censura, mas repõe a bola das culpas no campo do governo - diz que apoiará o cumprimento do OE2011, a que se comprometeu, mas que, sobre novas ocultações e austeridades, «o PSD tomou a sua decisão, cabe agora ao governo fazer a sua escolha.»
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