Sexta-feira, 18 de Fevereiro de 2011

Petição aberta aos colaboradores e leitores do Estrolabio

Caros amigos,



O Mubarak pode ter roubado até $70 bilhões dos egípcios -- um terço da renda do país! A recuperação desta fortuna irá depender de ações imediatas de governantes ao redor do mundo. Assine agora a petição de emergência para congelar as contas do Mubarak, depois encaminhe esta mensagem!


O Mubarak está fora -- mas ele poderá levar uma riqueza inimaginável com ele. As estimativas da sua riqueza roubada vão até $70 bilhões, mais de um terço de toda a economia egípcia.

Não há tempo a perder, os governos precisam congelar as contas do Mubarak antes que o dinheiro desapareça em um labirinto de contas bancárias obscuras -- como as fortunas roubadas por muitos outros ditadores. A Suíça já congelou suas finanças e alguns ministros da União Europeia ofereceram ajuda -- mas sem um chamado global imediato, a reação poderá ser lenta demais para impedir que os bilhões do Mubarak sumam completamente.

Vamos convocar os líderes de todas as nações a garantir que o dinheiro do Egito seja devolvido ao povo. Se conseguirmos 500.000 assinaturas, a nossa petição será entregue aos ministros das finanças do G20 na reunião desta sexta-feira em Paris. Vamos assinar nossos nomes agora e divulgar a campanha!

http://www.avaaz.org/po/mubaraks_fortune/?vl

Milhões de egípcios vivem com menos de $2 por dia e os peritos dizem que a corrupção no Egito custa mais de $6 milhões em dinheiro público todo ano. A família Mubarak se beneficiou enormemente por uma rede de contratos de negócios, esquemas de privatização e investimentos garantidos pelo governo, ao longo dos 30 anos da presidência do Mubarak. Estimativas da sua riqueza vão de "meros" $2-3 bilhões até $70 bilhões, o que faria Hosni Mubarak o homem mais rico do mundo. 25 oficiais sênior do governo já estão sob investigação por alavancar fortunas enquanto trabalhavam para o Mubarak.

Talvez este seja o fim da linha para governantes corruptos que escapam com fortunas intactas. A nova Convenção Contra a Corrupção da Nações Unidas, explicitamente pede que fundos adquiridos pela corrupção sejam devolvidos aos países de origem, e o governo militar do Egito já pediu para governos da União Europeia congelarem a fortuna do Mubarak. A pergunta chave no momento é se a reação será rápida o suficiente: nenhuma lei no mundo será capaz de ajudar se os bilhões do Mubarak forem espalhados e escondidos antes que as autoridades possam se apropriar deles.

As nossas vozes como cidadãos pode ajudar o povo do Egito a continuar tendo esperança na sua revolução. Participe do chamado para devolver as riquezas do Egito ao seu povo.

http://www.avaaz.org/po/mubaraks_fortune/?vl

Milhões de egípcios arriscaram -- e até mesmo deram -- suas vidas pela democracia. Havia pouca coisa que pudéssemos fazer ao redor do mundo, além de enviar nossa esperança e solidariedade. Mas agora, nós devemos fazer o possível para restaurar a propriedade nacional roubada por uma ditadura que os nossos próprios governos toleraram por tanto tempo.

O povo do Egito está agora preparado para construir uma nova nação. Vamos garantir que eles recuperem os fundos que foram roubados, enquanto eles constroem um futuro que poucos ousaram sonhar.

Com esperança,

Ben, Alex, Ricken, Mia, Rewan, David e toda a equipe Avaaz

FONTES

Fortuna de Mubarak avaliada em 70 mil milhões de dólares:
http://aeiou.expresso.pt/fortuna-de-mubarak-avaliada-em-70-mil-milhoes-de-dolares=f631673

Egito pede congelamento de bens de ex-dirigentes:
http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,egito-pede-congelamento-de-bens-de-ex-dirigentes,679530,0.htm

Mubarak desviou riqueza nos últimos dias no poder, diz jornal:
http://ultimosegundo.ig.com.br/revoltamundoarabe/mubarak+desviou+bilhoes+nos+ultimos+dias+no+poder+diz+jornal/n1238006716619.html

Londres investiga Mubarak mas não congela contas:
http://www.dn.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=1783604&seccao=M%E9dio%20Oriente

Em 30 anos, ditador obteve fortuna de US$ 70 bilhões:
http://odia.terra.com.br/portal/mundo/html/2011/2/em_30_anos_ditador_obteve_fortuna_de_us_70_bilhoes_143963.html


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publicado por Carlos Loures às 11:00
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Sábado, 12 de Fevereiro de 2011

Derrubando o autocrata - por Tariq Ali [*]

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Uma noite alegre no Cairo. Que felicidade estar vivo, ser egípcio e árabe. Na Praça Tahrir estão a cantar: "O Egipto está livre" e "Vencemos!"

A remoção de Mubarak por si só (e levando o grosso dos seus US$40 mil milhões saqueados do tesouro nacional), sem quaisquer outras reformas, seria considerada na região e no Egipto como um enorme triunfo político. Isto colocará novas forças em movimento. Uma nação que testemunhou milagres de mobilizações de massa e uma enorme ascensão na consciência política popular não será fácil de esmagar, como o demonstra a Tunísia.

A história árabe, apesar das aparências, não é estática. Logo após a vitória israelense de 1967 que assinalou a derrota do nacionalismo secular árabe, um dos grandes poetas árabes, Nizar Qabbani, escreveu:
Crianças árabes,
Grãos de milho do futuro,
Vocês romperão nossas cadeias.
Matem o ópio nas nossas cabeças,
Matem as ilusões.
Crianças árabes,
Não leiam acerca da nossa geração sufocada,
Somos um caso sem esperança,
Tão sem valor quanto uma casca de melão.
Não leiam acerca de nós,
Não nos macaqueiem,
Não nos aceitem,
Não aceitem nossas ideias,
Somos uma nação de vigaristas e trapaceiros.
Crianças árabes,
Chuva da Primavera,
Grãos de milho do futuro,
Vocês são a geração que ultrapassará a derrota.

Quão feliz ele teria sido se visse a sua profecia ser cumprida.

A nova onda de oposição em massa aconteceu num momento em que não há partidos nacionalistas radicais no mundo árabe, e isto ditou as tácticas: enormes assembleia em espaços simbólicos que colocam um desafio imediato à autoridade – como que a dizer, estamos a mostrar nossa força, não queremos testá-la porque não estamos organizados nem preparados para isso, mas se você nos picar recorde que o mundo está a observar.

Esta dependência da opinião pública global está a mudar, mas também é um sinal de fraqueza. Tivesse Obama e o Pentágono ordenado ao exército egípcio que limpasse a praça – ainda que a alto custo – os generais provavelmente teriam obedecido às ordens, mas teria sido uma operação extremamente arriscada para eles, se não para Obama. Isto poderia ter dividido o alto comando dos soldados comuns e oficiais júnior, muitos do quais têm parentes e famílias a manifestarem-se e muitos do quais sabem e sentem que as massas estão do lado certo. Isso teria significado um levantamento revolucionário de uma espécie que nem Washington nem a Irmandade Muçulmana – o partido do cálculo frio – desejavam.

A demonstração de força popular foi suficiente para despedir o actual ditador. Ele só ia se os EUA decidissem tirá-lo. Depois de muita hesitação, ele fez isso. Eles não tinham qualquer outra opção séria. A vitória, contudo, pertence ao povo egípcio cuja coragem e sacrifícios infindáveis tornaram tudo isto possível.

Hillary e Mubarak. E assim isso acabou mal para Mubarak e o seu homem de confiança. Tendo lançado bandidos da segurança só há quinze dias atrás, o fracasso do vice-presidente Suleiman para desalojar os manifestantes da praça foi mais um prego no caixão. A maré ascendente das massas egípcias, com trabalhadores entrando em greve, juízes a manifestarem-se nas ruas e a ameaça de multidões ainda maiores na semana seguinte, tornou impossível para Washington suportarem Mubarak e seus cúmplices. O homem a que Hillary Clinton se referiu como sendo um amigo leal, na verdade "família", foi jogado no lixo. Os EUA decidiram cortar as suas perdas e autorizaram a intervenção militar.

Omar Suleiman, um velho favorito do Ocidente, foi seleccionado por Washington como vice-presidente, endossado pela UE, para supervisionar uma "transição ordeira". Suleiman sempre foi encarado pelo povo como um torturados brutal e corrupto, um homem que não só dá ordens como também participa no processo. Um documento da WikiLeaks contem um antigo embaixador dos EUA a louvá-lo por não ser "melindroso". O novo vice-presidente advertiu as multidões de manifestantes terça-feira passada que se não se desmobilizassem voluntariamente o exército estava à espera: um golpe podia ser a única opção restante. Foi ela, mas contra o ditador que eles haviam apoiado durante 30 anos. Era o único meio de estabilizar o país. Dali não podia haver retorno à "normalidade".

A era da razão política está a retornar ao mundo árabe. Os povos estão fartos de serem colonizados e intimidados. Enquanto isso, a temperatura política está a subir na Jordânia, Argélia e Iémen.

 

 

[*] Escritor. Seu último livro: "The Obama Syndrome: Surrender at Home, War Abroad", ed. Verso.

O original encontra-se em http://www.counterpunch.org/tariq02112011.html


Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .
publicado por Carlos Loures às 16:00

editado por Luis Moreira às 15:07
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Sexta-feira, 11 de Fevereiro de 2011

O Egipto e a política externa dos USA

Em entrevista a Amy Goodman, do Democracy Now, o linguista e professor do Massachusetts Institute of Technology (MIT), Noam Chomsky, analisa o desenrolar dos protestos no Egito e o comportamento do governo dos Estados Unidos diante deles.

Na sua avaliação, o governo Obama está seguindo o manual tradicional de Washington nestas situações.

Nas últimas semanas, os levantamentos populares ocorridos no mundo árabe provocaram a destituição do ditador Zine El Abidine Bem Ali, o iminente fim do regime do presidente egípcio Hosni Mubarak, a nomeação de um novo governo na Jordânia e a promessa do ditador de tantos anos do Iêmen de abandonar o cargo ao final de seu mandato.

Noam Chomsky fala nesta entrevista sobre o que isso significa para o futuro do Oriente Médio e da política externa dos EUA na região. Indagado sobre os recentes comentários do presidente Obama sobre Mubarak, Chomsky disse: "Obama foi muito cuidadoso para não dizer nada; está fazendo o que os líderes estadunidenses fazem habitualmente quando um de seus ditadores favoritos têm problemas, tentam apoiá-lo até o final. Se a situação chega a um ponto insustentável, mudam de lado". Veja abaixo a entrevista completa.

Democracy Now: Qual é sua análise sobre o que está acontecendo e como pode repercutir no Oriente Médio?

Noam Chomsky: Em primeiro lugar, o que está ocorrendo é espetacular. A coragem, a determinação e o compromisso dos manifestantes merecem destaque, E, aconteça o que aconteça, estes são momentos que não serão esquecidos e que seguramente terão consequências a posteriori: constrangeram a polícia, tomaram a praça Tahrir e permaneceram ali apesar dos grupos mafiosos de Mubarak.

O governo organizou esses bandos para tratar de expulsar os manifestantes ou para gerar uma situação na qual o exército pode dizer que teve que intervir para restaurar a ordem e depois, talvez, instaurar algum governo militar. É muito difícil prever o que vai acontecer.

Os Estados Unidos estão seguindo seu manual habitual. Não é a primeira vez que um ditador "próximo" perde o controle ou está em risco de perdê-lo. Há uma rotina padrão nestes casos: seguir apoiando o tempo que for possível e se ele se tornar insustentável – especialmente se o exército mudar de lado – dar um giro de 180 graus e dizer que sempre estiveram do lado do povo, apagar o passado e depois fazer todas as manobras necessárias para restaurar o velho sistema, mas com um novo nome.

Presumo que é isso que está ocorrendo agora. Estão vendo se Mubarak pode ficar. Se não aguentar, colocarão em prática o manual.

Democracy Now: Qual sua opinião sobre o apelo de Obama para que se inicie a transição no Egito?

Noam Chomsky: Curiosamente, Obama não disse nada. Mubarak também estaria de acordo com a necessidade de haver uma transição ordenada. Um novo gabinete, alguns arranjos menores na ordem constitucional, isso não é nada. Está fazendo o que os líderes norteamericanos geralmente fazem.

Os Estados Unidos têm um poder constrangedor neste caso. O Egito é o segundo país que mais recebe ajuda militar e econômica de Washington. Israel é o primeiro. O mesmo Obama já se mostrou muito favorável a Mubarak. No famoso discurso do Cairo, o presidente estadunidense disse: "Mubarak é um bom homem. Ele fez coisas boas. Manteve a estabilidade. Seguiremos o apoiando porque é um amigo".

Mubarak é um dos ditadores mais brutais do mundo. Não sei como, depois disso, alguém pode seguir levando a sério os comentários de Obama sobre os direitos humanos. Mas o apoio tem sido muito grande. Os aviões que estão sobrevoando a praça Tahrir são, certamente, estadunidenses.

Os EUA representam o principal sustentáculo do regime egípcio. Não é como na Tunísia, onde o principal apoio era da França. Os EUA são os principais culpados no Egito, junto com Israel e a Arábia Saudita. Foram estes países que prestaram apoio ao regime de Mubarak. De fato, os israelenses estavam furiosos porque Obama não sustentou mais firmemente seu amigo Mubarak.

Democracy Now: O que significam todas essas revoltas no mundo árabe?

Noam Chomsky: Este é o levante regional mais surpreendente do qual tenho memória. Às vezes fazem comparações com o que ocorreu no leste europeu, mas não é comparável. Ninguém sabe quais serão as consequências desses levantes.

Os problemas pelos quais os manifestantes protestam vem de longa data e não serão resolvidos facilmente. Há uma grande pobreza, repressão, falta de democracia e também de desenvolvimento. O Egito e outros países da região recém passaram pelo período neoliberal, que trouxe crescimento nos papéis junto com as consequências habituais: uma alta concentração da riqueza e dos privilégios, um empobrecimento e uma paralisia da maioria da população. E isso não se muda facilmente.

Democracy Now: Você crê que há alguma relação direta entre esses levantes e os vazamentos de Wikileaks?

Noam Chomsky: Na verdade, a questão é que Wikileaks não nos disse nada novo. Nos deu a confirmação para nossas razoáveis conjecturas.

Democracy Now: O que acontecerá com a Jordânia?

Noam Chomsky: Na Jordânia, recém mudaram o primeiro ministro. Ele foi substituído por um ex-general que parece ser moderadamente popular, ou ao menos não é tão odiado pela população. Mas essencialmente não mudou nada.

Fonte: Carta Maior - Tradução: Katarina Peixoto







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publicado por Luis Moreira às 20:00
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Mubarak resignou. Viva o povo Egípcio!

Mubarak resignou numa comissão constituída por militares e políticos quanto se pode perceber pelas notícias que pode acompanhar na Aljazeera .

publicado por Luis Moreira às 17:58
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Quinta-feira, 10 de Fevereiro de 2011

Decálogo de MuBarack Obama, de César Príncipe*

 

 

 

 

 

 

 

 

Com a devida vénia, reproduzimos este post que nos foi remetido pelo Adão Cruz:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Assegura o Livro do Êxodo que Javé/Deus ditou as Tábuas da Lei a Moisés/Profeta. Assegura o Deuteronómio que foi o próprio punho de Javé a passar a letra de forma os Dez Mandamentos. Doutos e circunspectos biblistas garantem haver Javé gravado as pedras, pois os humanos tendiam a quebrá-las. De qualquer modo, o Verbo é Divino e as dúvidas tiram-se na Guerra dos Seis Dias no Sinai ou na Escola de Gaza. A sublevação do povo egípcio vem recolocar na Agenda o papel de Deus no Médio-Oriente. Desde logo, a actualização da Lei de Moisés. Em verdade vos digo, a Lei de MuBarack Obama. De resto, o presidente dos EUA confessou ter redobrado as preces desde que o povo egípcio saiu à rua. De facto, desta vez, não foi para exibir chagas e pedir esmola. Foi para reclamar direitos e liberdades. Cansou-se de dormir nos cemitérios. Optou por dormir, com alarmes ligados, na Praça Tahrir. Mas os profetas também não dormem. Eis as Novas Tábuas da Lei (versão sugerida pelo velho católico, apostólico e romano Silvio Berlusconi e pelo cristão-novo Tony Blair: o primeiro, porque Ruby, estrela do serralho bunga-bunga/Palácio da Ordem de Malta, é egípcia e Silvio é persona grata; o segundo, porque é um compagnon de route de serial-Killers e salteadores de Enciclopédia):

 


1.º Amar a Deus sobre todas as coisas. Onde se lê Deus, ler Petróleo.

 

2.º Não invocar o nome de Deus em vão. Onde se lê Deus, ler JuDeus.

3.º Guardar domingos e dias santos de guarda. Onde se lê de guarda, ler da guarda.


4.º Honrar pai e mãe e outros legítimos superiores. Onde se lê legítimos superiores, ler superiores.


5.º Não matar. Onde se lê não, ler só.


6.º Não pecar contra a castidade. Onde se lê pecar, ler vacilar.


7.º Não roubar nem injustamente reter ou danificar os bens do próximo. Onde se lê não roubar nem injustamente, ler justamente roubar.


8.º Não levantar falsos testemunhos. Onde se lê falsos, ler verdadeiros.


9.º Não desejar a mulher do próximo. Onde se lê não desejar mulher do próximo, ler desejar a próxima mulher.


10.º Não cobiçar as coisas alheias. Onde se lê as coisas alheias, ler os 70 mil milhões do faraó.

 

Assim falou Javé aos revoltosos, instando a que não se deixem guiar pela Al-Jazira nem por SMS/redes tele-sociais; que se mantenham imóveis como esfinges, tocados pelo disco solar de Ámon-Hosni, o que contempla os construtores de pirâmides com dois a três dólares e trinta chibatadas por dia. O raís falou. Disse compreender os sinais das tecnologias de ponta. Reforçou o escudo de protecção e os diplomatas de carreira e de correio entram em frenesim. Desconfiando de Alá, Javé antecipa-se e prepara um Governo para a Ditadura atravessar o Deserto da DemocraCIA. O Programa de Transição não poderia ser mais abrangente e transparente. O déspota/super-corrupto conduzirá os escravos do Nilo até Setembro. O vice-chefe do crime organizado velará pela tranquilidade dos Senhores da Região & da Globalização. Em Portugal, a ditadura mudou de ditador e chamou ao processo evolução na continuidade. Só uma revolução militar-popular interrompeu a evolução do regime, seis anos depois. Imaginemos um 25 de Abril com Américo de Deus Mubarack Tomás a presidir à sua queda e o director da PIDE, Suleiman Silva Pais, elevado a vice-presidente. Para que a múmia Hosni seja removida e toda a sua corte seja desalojada e julgada em Tribunais Populares (o TPI não julga fiéis de Javé), convidamos os democratas do Planet a dar um empurrão, ajudando uma das civilizações mais remotas da Humanidade a estilhaçar as Tábuas de MusBarack Obama.



Todos a Tahrir.

 

Liberation Square.



[*]Escritor/Jornalista.

Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .

publicado por João Machado às 16:00

editado por Luis Moreira às 17:16
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Sábado, 5 de Fevereiro de 2011

Egipto - deverá Mubarak resignar imediatamente?

Egypt Government Cracks Down on Foreign Observers, Death Toll Rises

posted by: Kristina Chew
Egypt Government Cracks Down on Foreign Observers, Death Toll Rises
    Just this evening, today's New York Times reports that the Obama administration is in discussions with Egyptian officials about a proposal for President Hosni Mubarak to resign immediately and to turn over power to a transitional government headed by Vice President Omar Suleiman with the support of the Egyptian military. The proposal calls for the new government to 'invite members from a broad range of opposition groups, including the banned Muslim Brotherhood, to begin work to open up the country’s electoral system in an effort to bring about free and fair elections in September.'

     

    The uprising in Egypt entered its tenth day with more reports of violence and with the government arresting foreign journalists and human rights activists. The Feburary 3rd Guardian reports that, since violence between protesters and supporters of Mubarak broke out on Thursday, thirteen people have died and some 1200 injured. While the government seems to be making some concessions, Mubarak continues to refuse to step down immediately and claimed that, should he do so, there would be even more disorder and chaos in Egypt.

     

    Christiane Amanpour Interviews Mubarak

    In an interview with Christiane Amanpour of ABC News, Mubarak said that he is '"fed up"' with being Egypt's president and that '"after 62 years in public service I have had enough. I want to go."' With his son Gamal---who has resigned from the ruling National Democratic party, according to Egypt Daily News--beside him, Mubarak said that he had told President Obama:

    “You don’t understand the Egyptian culture and what would happen if I step down now.”

     

    The New York Times notes that the Egyptian government has been seeking to 'increasingly spread an image that foreigners were inciting the uprising' in which tens of thousands of Egyptians have taken to the street to call for Mubarak to step down after thirty years in power. These suggestions, the New York Times notes, are 'part of a days-long Egyptian news media campaign that has portrayed the protesters as troublemakers and ignored the scope of an uprising that has captivated the Arab world.' In Jordan, King Hussein dissolved his cabinet on Tuesday while in Yemen, the government offered concessions to the opposition, which has promised to call a demonstration every Thursday until March. And in Syria, there were calls for a “day of rage” this weekend against the government of President Bashar al-Assad.

     

    k, twitter, ElBaradei, january 25

    publicado por Luis Moreira às 01:00
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    Sexta-feira, 4 de Fevereiro de 2011

    Egipto - O dia D - dia 6 o dia da saída para Mubarak

    Manter-se em funções até Setembro é tão só uma estratégia para ganhar tempo. Os últimos acontecimentos, com o aparecimento de grupos organizados de "apoiantes" de Mubarak mostra que é preciso estender o tempo, sacudir a pressão de países estrangeiros para quem Mubarak já não serve e, assim, conseguir fazer a transição liderando-a e deixar os próximos nos lugares de decisão.

     

    A neutralidade dos militares vai tender a desaparecer, é da sua natureza, mais tarde ou mais cedo vão refugiar-se na hierarquia e, no topo, o que temos sempre são generais que têm muito a perder com a mudança, ainda por cima, democrática e com a "populaça" e o "poder a cair na rua". Curiosamente, foi também assim que no nosso 25 de Abril foi jogada a última cartada, Marcelo Caetano ao exigir entregar o poder a um oficial general, com o mesmo argumento de "o poder não cair na rua" deu íncio a todas as movimentações que tivemos no ano de brasa de 1975. Não foi sem surpresa que se viu Spínola nessa noite na televisão, o combinado era o capitão Salgueiro Maia no terreno e, Otelo na Pontinha, resolverem a questão de imediato.

     

    Na Argélia, o presidente fugiu o que resolveu parte importante do problema, pese embora os extremistas religiosos logo se fazerem anunciar o  que, as mulheres argelinas, as que conseguiram melhores e mais conquistas no mundo árabe, se apressaram a enxotar. Mas, no Cairo, o tempo está contra a democracia, um governo fantoche está em funções e se os militares deixarem a neutralidade, então os principais ingredientes estarão juntos para que a "normalidade" volte. É um perigo muito sério!

     

    Os "apoiantes" de Mubarak, assassinos soltos das prisões e mercenários armados, logo se encarregaram de matar gente numa tentativa , conseguida, de "esfriar" o entusiasmo do povo generoso mas sem organização e sem os mesmos meios de ataque e de defesa. Em Alexandria, estes mercenários misturaram-se fardados ( o que e quem pode impedir estes mercenários de se fardarem como militares?) e, assim, dar o "toque" de violência  necessário como convite à movimentação das forças militares e policiais.

     

    Israel, já veio em socorro de Mubarak, apoiando o "moderado" que lhe convém, um Egipto de 84 milhões de pessoas com o maior exército em efectivos daquela zona, e que é um elemento dissuasor junto dos países irmãos no confronto com a nação Judaica.

     

    Fixar uma data para a saída do ditador foi um golpe de mestre, é o verdadeiro dia D, Mubarak sai ou alguém o vai tirar da cadeira onde se senta contra a vontade do povo! Entretanto, os alvos começam a ser mais específicos como mostra a prisão e morte de jornalistas, o silenciar de outros e dos meios de comunicação, como as redes sociais.

     

    Fiquem com a Aljazeera em directo.

    publicado por Luis Moreira às 01:00
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    Domingo, 30 de Janeiro de 2011

    Desde o Cairo - em directo a estação televisa "Al Jazeera" , em Inglês (2)

    Luis Moreira

     

    Mobarak na estação televisa "Al Jazeera" promete que vai demitir o governo e  nomear outro, avisa que a diferença entre o seu governo e o caos é uma "pele" finíssima, enfim, o estertor de todos os ditadores é igual. Mas o Egipto não é uma qualquer nação árabe, é a maior (84 milhões de habitantes) e representa um papel importantíssimo na "estabilidade" da região que os US não querem ver perturbada.

     

    O incêndio está a propagar-se rapidamente no Mundo Árabe, até o mais miserável de todos está a protestar, o Iémene, há uma juventude sedenta de liberdade que veio para a rua, quer a democracia, um futuro, uma vida melhor. Da mesma forma na Argélia o primeiro ministro tenta controlar a situação prometendo eleições dentro de seis meses, enquanto notícias dão como certas a prisão de várias pessoas familiares do ditador que fugiu.

     

    A miséria é muita, o petróleo está a acabar, os jovens querem ter um futuro, uma vida digna. Na sombra espreitam os extremistas de um e outro lado, inimigos da democracia e que os US temem por não conseguirem controlar como não controlam o Irão.

     

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    publicado por Luis Moreira às 02:10
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    Sábado, 5 de Junho de 2010

    5 de Junho – um dia como os outros

    Carlos Loures


    Um dia como os outros? Sem dúvida. Como já disse aqui, todos os dias se assinalam efemérides. O dia de hoje não escapa à regra. Houve nascimentos de pessoas famosas - Adam Smith em 1723, por exemplo, o falecimento de outras, como em 1443 , o irmão de D.Duarte, D. Fernando de Portugal, o Infante Santo, no cativeiro em Fez. Houve acontecimentos relevantes como, faz hoje quatro anos, o Parlamento da Sérvia ter proclamado a independência, dissolvendo a federação que mantinha com o Montenegro. Mas resolvi fixar-me em dois acontecimentos e de os vir lembrar aqui. dois entre muitos possíveis. Como todos os dias acontece.

    No dia 5 de Junho de 1967, teve início a Guerra dos Seis Dias entre Israel e os estados árabes do Egipto, Síria e Jordânia. Vejamos algumas imagens.



    Em 1989, Na China, um jovem desarmado, armado com a sua enorme coragem, desafiou o poderio chinês barrando a passagem de vários tanques de guerra durante os protesto na Praça da Paz Celestial ou de Tiananmen.



    Dois acontecimentos significativos e com ressonâncias no futuro. Na Palestina a paz continua ausente. A prepotência israelita continua a causar vítimas, 43 anos depois. Os palestinianos continuam a pagar a dívida que os israelitas entendem que a Humanidade contraiu para com eles. O Holocausto, a Shoah, de que foram vítimas, justifica aos olhos da mioria dos hebraicos o cometimento de todas as ignomínias. E os senhores do mundo apoiam-nos (sem o que a cobrança desta «dívida», pelos vistos eterna, não seria possível).

    Na China, uma violência política e social, um regime brutal, que em todos os seus contornos se aproxima mais do totalitarismo fascista do que do centralismo leninista, um regime que é a antítese de tudo aquilo em que o socialismo nos fez sonhar (uma terra sem amos), continua o seu tortuoso, mas célere, caminho para um capitalismo selvagem, agitando bandeiras vermelhas.  Um homem, um jovem, meteu-se à frente de uma coluna blindada e fê-la, por momentos, parar. Não se sabe o que lhe aconteceu, que preço pagou pela ousadia de enfrentar o exército da China Popular.

    Dia 5 de Junho, um dia como todos os outros.
    publicado por Carlos Loures às 12:00
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