Luis MoreiraComo tenho escrito várias vezes há um monstro insaciável ..." que será indomável enquanto não matarmos o que o gerou, uma sociedade de dependentes que destruiu a rede social" como escreve a Helena Garrido no Jornal de Negócios.
"Não há ataque nenhum ao déficite.Era preciso fechar institutos, organismos e direcções-Gerais" diz Mira Amaral, tambem no Jornal de negócios.
"Os gastos do Estado são um problema crónico de Portugal" escreve Eduardo Catroga no mesmo jornal.
A redução da despesa corrente do Estado só será possível com cortes nos salários da Administração Pública. Isto é, com mão-de-ferro nas Finanças", repete camilo Lourenço.
Como publicamos no
Estrolabio, a despesa em vez de descer ou manter-se, subiu 5.6 enquanto a receita cresceu 5.3, isto é, o déficite agravou-se em 473 milhões de euros. Correm notícias que foram propostas admissões de mais 5 000 pessoas na administração pública que o ministro das finanças terá impedido, mas sendo ou não verdade que não foram admitidas, serve para mostrar qual é o espírito que prevalece .
Ainda ontem falei aqui na
Educação responsável por 31% do aumento da despesa, mas se lermos os blogues dos professores podemos ver que a lamúria é que não são aumentados há 2,5 anos. Não ponho isso em dúvida, mas só aqui trouxe a questão para se perceber que mesmo sem aumentos, a despesa cresce sempre por via das progressões automáticas na carreira. Ao contrário do que nos querem fazer crer, o aumento dos salários na administração pública nunca são os 2% que cobrem a inflacção, ronda sempre os 5/6% pela tal via das progressões automáticas na carreira .
Estamo-nos a tornar num país inviável, com empobrecimento certo, profundamente injusto, ingovernável pelas muitas e variadas corporações que imobilizam os sucessivos governos.Neste país só há quem tenha vencimento certo e vínculo para toda a vida ou os que nunca terão oportunidade nenhuma, a não ser longe desta terra madrasta.
E não se pode calar esta realidade por muito que custe a quem o escreve e a quem o lê!