Quinta-feira, 27 de Janeiro de 2011

Dia das Beiras - Covilhã cidade industrial

 

Luis Moreira

 

A cidade da Covilhã sempre teve uma vocação para a cultura, principalmente pela necessidade de sustentar o crescente aumento da tecnologia necessário ao constante progresso de suas indústrias nomeadamente a Indústria de Laníficios que para manter a sua competitividade requeria tecnologia de ponta.

Por ação do filantropo José Maria da Silva Campos Melo (1840-90) que cede uma casa situada na Rua dos Tanoeiros (atual Fernão Penteado) para a instalação provisória da Escola, compra a expensas suas o mobiliário e custeia a preparação, em Lisboa, de um seu funcionário, José da Fonseca Teixeira, que virá a ser o 1º Diretor da Escola, puderam as aulas começar a funcionar em 16 de Dezembro desse ano com a disciplina de Desenho Industrial. O plano de estudos (curso bienal) compunha-se de várias disciplinas entre as quais se destacavam as de Química Industrial com destaque para o alemão Wustner, que leccionava a disciplina de Desenho Industrial Mecânico, e o Suiço Martin Kuratlé, que dirigia o Curso de Tecelagem.

 

Universidade da Beira Interior – UBI
Os primeiros passos a caminho do que hoje é a Universidade da Beira Interior foram dados na década de 70, quando nasceu o Instituto Politécnico da Covilhã, em 1973. A cidade, outrora considerada 'Manchester portuguesa', pela longa tradição da sua indústria de lanifícios e pela dinâmica e qualidade da sua produção têxtil, havia sido atingida, nessa década, por uma crise ao nível da indústria: grandes e pequenas fábricas começam a revelar debilidades graves que levariam ao seu encerramento, com consequências sociais e económicas desastrosas para a região.

 

Antigas fábricas reconvertidas em instalações de ensino
Uma das características físicas mais interessantes da UBI resulta da recuperação de antigos edifícios, de elevado valor histórico, cultural e arquitectónico. Ao mesmo tempo que se preservam marcos históricos da cidade, estes são revitalizados em espaços agora vocacionados para o ensino e a investigação. Já a edificação do Instituto Politécnico havia começado através da recuperação das anteriores instalações do quartel do Batalhão de Caçadores 2, instalado na pombalina Real Fábrica dos Panos, de importante valor arquitectónico, localizada num dos núcleos tradicionais de concentração fabril na Covilhã, junto à Ribeira da Degoldra.

 

Durante as obras de reconversão, em 1975, foram descobertas, soterradas, estruturas arqueológicas que pertenciam às tinturarias da Real Fábrica dos Panos, uma importante manufactura de lanifícios, mandada construir, no século XVIII, pelo Marquês de Pombal. Após duas campanhas de intervenção arqueológica e uma ampla investigação, seria criada a estrutura que daria lugar ao primeiro núcleo do Museu de Lanifícios da Universidade da Beira Interior, aberto ao público em 1996. Assim, as antigas edificações fabris localizadas na entrada Sul da Covilhã tornar-se-iam, quase naturalmente, não só uma solução lógica e de continuidade no que respeita à expansão física da Instituição, mas uma opção que viria a resultar num enorme benefício para a cidade, em termos urbanísticos e de impacto ambiental, através da recuperação de edifícios abandonados ou em ruínas que constituíam parte significativa do património industrial covilhanense, fazendo da Instituição um caso único na Universidade portuguesa.

 

Entre as propriedades mais emblemáticas, são de salientar o Convento de Santo António, no Pólo II, destinado à Reitoria, o palacete da Família Melo e Castro, os edifícios da Fábrica do Rato, da Fábrica dos Tapetes, da Fábrica do Moço, da Fábrica Paulo Oliveira, da Empresa Transformadora de Lãs, e da Capela de S. Martinho, monumento românico dos finais do século XII, classificado como Imóvel de Interesse Público e que apoia o serviço religioso da UBI. Foi ainda adquirida a antiga residência da Família Mendes Veiga, que hoje acolhe a Biblioteca Central da Universidade, após concretização do projecto de reconversão.

 

 

publicado por siuljeronimo às 09:00

editado por Luis Moreira em 25/01/2011 às 02:02
link | favorito
Domingo, 16 de Maio de 2010

Santos Pinto




Carlos Godinho

O "velhinho" Santos Pinto, renovado e pintadinho de fresco vai servir de local para a maioria dos treinos a efectuar no pré-estágio da Covilhã. Nas minhas mais longínquas memórias do futebol, tenho um lugar reservado para este estádio. É que nesse tempo o Sporting Clube da Covilhã andava lá por cima, pelas divisões maiores, e dava ao futebol português alguns jogadores que acabaram por fazer história.

Hoje, falava-me António Florêncio, cujas memórias ainda estão mais distantes que as minhas, que há uma foto histórica do seu clube, "Os Belenenses", aqui neste estádio, onde Matateu era retratado de uma forma espectacular. Ao fazer uma busca na internet encontrei a foto que de facto é fantástica. Longe vão os tempos.





--
publicado por Carlos Loures às 11:00
link | favorito

.Páginas

Página inicial
Editorial

.Carta aberta de Júlio Marques Mota aos líderes parlamentares

Carta aberta

.Dia de Lisboa - 24 horas inteiramente dedicadas à cidade de Lisboa

Dia de Lisboa

.Contacte-nos

estrolabio(at)gmail.com

.últ. comentários

Transcrevi este artigo n'A Viagem dos Argonautas, ...
Sou natural duma aldeia muito perto de sta Maria d...
tudo treta...nem cristovao,nem europeu nenhum desc...
Boa tarde Marcos CruzQuantos números foram editado...
Conheci hackers profissionais além da imaginação h...
Conheci hackers profissionais além da imaginação h...
Esses grupos de CYBER GURUS ajudaram minha família...
Esses grupos de CYBER GURUS ajudaram minha família...
Eles são um conjunto sofisticado e irrestrito de h...
Esse grupo de gurus cibernéticos ajudou minha famí...

.Livros


sugestão: revista arqa #84/85

.arquivos

. Setembro 2011

. Agosto 2011

. Julho 2011

. Junho 2011

. Maio 2011

. Abril 2011

. Março 2011

. Fevereiro 2011

. Janeiro 2011

. Dezembro 2010

. Novembro 2010

. Outubro 2010

. Setembro 2010

. Agosto 2010

. Julho 2010

. Junho 2010

. Maio 2010

.links