Luis Moreira
Começando por atacar o Passos Coelho por ter dito que as reformas não se fazem contra as corporações, acaba por dizer verdades incontornáveis. (Vital Moreira, Público)
"...Num país como o nosso, em que os grupos de interesses organizados, dentro e fora do estado,sempre foram os principais obstáculos à mudança, estará votada ao fracasso toda a reforma que antecipadamente contem o aplauso dos seus adversários.. Em Portugal, quase todos os desafios reformistas desafiam intereses estabelecidos, tanto mais que estes encontram quase sempre generoso eco nos media. Todas as reformas que visem limitar ou extinguir privilégios sectoriais ou profissionais ou promover a racionalização e eficiência dos serviços públicos estão antecipadamente condenadas a esse dilema : ou levam de vencida os que se lhes opõem ou ficam pelo caminho.
Mercê da sua coesão e organização, os grupos de interesses organizados gozam de visibilidade e de força incomparavelmente maiores que do que a dos interesses gerais difusos que podem apoiar as reformas mais controversas. Os eleitores e contribuintes em geral não têm sindicato nem organização representativa, muito menos a capacidade de manifestação e outros meios de acção colectiva de que as corporações profissionais e outras dispõem. Nessa desigual relação de forças só uma forte vontade política pode fazer prevalecer o interessa geral contra os interesses sectoriais. (...) "
O que o Prof Doutor de Coimbra não diz é que isto é assim porque não há alternativa aos serviços do estado, é negado o direito de escolha aos cidadãos e contribuintes e, por isso, as corporações não correm o risco de ficarem a "falar sozinhas". Possam as más escolas estatais serem trocadas por boas escolas privadas e terem autonomia efectiva; os maus hospitais públicos ficarem sem doentes por estes se recusarem a serem lá tratados; as instituições sociais serem confrontadas com o mau serviço que prestam e isso ter consequências; os agentes da justiça deixarem de ter 97% de "muito bons" e de " excelentes" para que todos cheguem ao topo da carreira e possa o cidadão recusar-se a aceitar que os processos se atrazem sete anos e queixarem-se aos tribunais internacionais...
O estado está prisioneiro das corporações porque concentra em si muitas actividades em monopólio que a sociedade civil pode fazer melhor. Porque preconceitos ideológicos impedem que reformas que foram levadas a cabo com bons resultados em países muito mais adiantados que o nosso, aqui sejam descaradamente torpediadas ( confunde-se, propositadamente, o direito da "livre escolha" por outra coisa qualquer que ninguém pode provar, como "custo" , "ambiente social", desmerecer os "rankings", as avaliações...) tudo para que nada mude. O centralismo e o estatismo no seu pior!
Mas tudo muda menos a mudança!
Luis Moreira
Os juízes, ou melhor, o sindicato dos Juízes fez queixa do governo para os Tribunais, onde eles, Juízes, vão ajuizar! Confusos? Não estejam, pois não é verdade que as multas por ilegalidades feitas pelos políticos são pagas pelos partidos (isto é, com o nosso dinheiro) ?
A moda agora é esta. Queixa-te do teu vizinho ou do teu patrão a ti próprio. Não gostas que te cortem o vencimento? Fazes a queixa de manhã como Juiz e à tarde decides, como juiz, a tua própria queixa. Isto é ínfalivel, ganham todos, a acção corre os seus termos num fósforo, (deixam de haver processos em atrazo, pelo menos os dos juizes) ganham sempre, nem precisam de testemunhas, é um sossego, resolvem-se os problemas sem aquelas chinesices do contraditório com gajos independentes a armar que são cegos ( a Justiça é cega...)
Bem vistas as coisas isto é até muito justo e razoável, pois não é verdade que no Ministério da Educação só há professores? E no Ministério da Saúde não estão só médicos e enfermeiros? Falam consigo próprios, sem intermediários, e a decisão está sempre à vista, clarinha, e depois sempre há os sindicatos que ajudam à festa, é o mesmo que os santos com o senhor, sem perdas de tempo e sem discussões. Um Estado prisioneiro das corporações que co-governam o país sem qualquer visão do interesse geral.
E, na banca? Os supervisores transitam entre a banca privada e as instutições de supervisão, saem dos bancos para o governo( de preferência para a secretaria dos assuntos fiscais) para fazerem umas leis justas e à medida e a seguir voltam para os bancos, a administração da CGD ( ou grande parte dela) faz uns "biscates" nos bancos nacionalizados ninguém sabe porquê, isto é uma irmandade e tudo aponta que sejam já os resultados do SIMPLEX.
Também, ficamos a saber que a administração da GGD que está, febrilmente, a tirar o BPN do buraco está lá em part -time,( hoje, veio a notícia que de sete administradores estão quatro em permanência...) também não há nada que saber, de manhã vão ao "buraco" de tarde levam uma pazada de dinheiro para fechar o "buraco" tudo com a benção do ministro das finanças que prevê que daqui a três meses já estaremos a pagar o BPN alegremente e sem dor...
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