Luis Moreira
O caminho da Paz é dificil e muitas vezes é interrompido por acções e eventos que se diria constituirem apenas más opções ou até má sorte. Claro que há também muita gente interessada em impedir esse caminho
Na Conferência de Madrid foi adoptado um principio político importante para a resolução do conflito israelo-palestiniano, "territórios em troca de paz" o que quer dizer que Israel devolveria aos seus legítimos donos os territórios árabes ocupados e os países árabes garantiriam a paz e a segurança a Israel.
Apesar deste acordo a primeira intinfada continuou, com as pedras palestinianas a enfrentarem os blindados israelitas, devido à falta de confiança entre as partes. No entanto houve desenvolvimentos muito positivos que levaram ao acordo de Oslo, em Washington, em 1993, quando Isaac Rabin era primeiro-ministro de Israel e possuía uma visão concreta e capacidade de implementação do que foi acordado, só que os extremistas israelitas não lhe deram tempo e foi assassinado antes de concretizar a paz verdadeira.
Netanyahu, o primeiro-ministro seguinte encarregou-se de introduzir alterações radicais no acordo alcançado, trocando "territórios em troca de paz" por "segurança em troca de paz", querendo dizer com isto que Israel garantia segurança aos palestinianos em troca destes não atacarem Israel, em suma a palavra "território" desapareceu .
Barak e a sua indecisão, refugiou-se em zigue-zagues, no método progressivo na busca de soluções até que perdeu as eleições para Ariel Sharon , abrindo-se assim, as portas do inferno com o extremismo da sociedade israelita. Quando Sharon mostrava algum interesse na paz foi acometido do avc que o mantem há cinco anos em coma.
Voltou-se ao principio "segurança para Israel...paz para Israel...territórios para Israel " e os árabes só têm que obedecer pois perante a capacidade bélica que ultrapassa toda a capacidade militar de todos os países árabes juntos não há resposta possível nesse plano. 30 000 mortos do lado palestiniano e milhares de feridos, do lado israelita mais de um milhão de pessoas voltaram aos seus países de origem tendo mais de 80% dos colonatos sido abandonados. Cada colono que resta é guardado por cinco soldados israelitas e a fuga de capitais e o encerramento de muitas fábricas são alguns dos prejuízos do lado israelita.
A extrem-direita israelita apresenta o "slogan" dos problemas geográficos para impedir qualquer hipótese de negociação política, enquanto que a extrema esquerda apresenta o perigo demográfico como via para chegar a uma solução com os palestinianos.
As negociações em curso são uma hipótese real de se chegar à paz, assim os USA o queiram, já reconheceram o direito a um Estado Palestiniano, vários países já reconheceram o Estado Palestiniano e o caminho da paz vai fazer-se como única solução para o conflito. Oxalá os "puros" da esquerda e da direita não deitem gasolina para cima do fogo!
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