Parece-me haver elementos suficientes para entender as feridas causadas nos mais novos, que passam a ser, em adultos, ou mentes brilhantes ou mentes apagadas. É por esta questão que abordo a definição de anomia de Durkheim. O abuso sexual é analisado pelo autor recorrendo a trabalho de campo e a estatísticas, contudo, não faz qualquer referência ao abuso de crianças. São os analistas e os Etnopsicólogos, como Georges Devereux, Marcel Mauss e o seu afamado discípulo, hoje com cem anos, Claude Lévi-Strauss , que o irão fazer.
O abuso emotivo e sexual da criança, análise central nos textos de Freud, Klein e Miller, conduz a uma psicopatia como a relatada por Miller no seu Thou shalt not be aware, capítulo 4, parágrafo 2, página 37, quando estudou um caso completamente diferente dos, até agora, analisados por ela: a psicopatia desenvolvida por uma criança de 9 anos à morte do seu pai. Um pai que o tinha criado dentro de formas religiosas estritas. O analista que tinha tratado do caso comentou com Alice Miller que, as duas formas de aproximação ao facto eram correctas: a teoria de analisar impulsos definidos por Freud, e a mais usada por ela, a de uma pedagogia livre de preceitos, na que o desenho era parte importante. Mas, a criança tinha desenvolvido um problema Edipiano sentindo-se feliz com a morte do seu pai. A criança precisava de uma análise das suas ilusões de ver anjos que a ameaçavam pela morte do pai. Na minha opinião, este é o caso em que existe apenas medo, um medo edipiano, como anteriormente referi. No entanto, como Bion entendeu, a partir da sua experiência de trabalho em grupo com membros do exército em guerra, nos anos 40 do século passado, existem duas alternativas quando os abusos emotivos e perversões com a infância aparecem: ou aprendemos a ser criativos para sair do buraco do desencanto, ou essa dor dá cabo da nossa racionalidade , ideias, por sua vez, retiradas do conceito do Eros freudiano (1923 ), utilizado por Klein e Miller nas suas análises. É sabido que Freud recorria aos mitos gregos para definir conceitos e resolver problemas emotivos dos seus pacientes. Sabemos também, que a mitologia grega está preenchida com a realidade da vida, de forma narrativa e não apenas como disciplina de vida social, como acontece nos textos do Talmude, da Bíblia, do Torah ou nos de Jean Calvin , Martin Luther e nos do Catecismos da Igreja Católica, textos que Freud ignorou porque causavam problemas aos que seriam seus pacientes.
Especialmente a doutrina de Lutero. Lutero, que de entre todos os Sacramentos definidos pela Igreja Romana, manteve apenas três: o Baptismo, a Confissão e o Sacramento do Altar ou a Comida de Deus, denominado Comunhão pelos cristãos romanos. O Baptismo declara publicamente a existência de mais um membro dentro do grupo local, como tenho definido noutros textos , a Confissão, promove o melhor convívio entre o grupo social e uma relação calma e serena do membro individual com a divindade, e a Ceia do Altar, é a partilha em conjunto de bens, sentimentos, profissão de fé. Tudo o que os outros careciam. Como sabemos, os grupos luteranos enriqueceram com base na ideia de vocação para a salvação da alma, ideia muito aprofundada na profissão de fé da cristandade, dos muçulmanos, dos budistas e de outras confissões. Possuidores de meios e temerosos pela salvação, os sacramentos eram apenas um ritual para manter a congregação unida, em paz e harmonia.
Notas:Refiro Marcel Mauss como Etnopsicologo por dois motivos: primeiro, por estudar a mente humana através da teoria do sacrifício, do pecado, dos rituais, mitos e ritos campos de estudo nunca antes analisados da forma como Marcel Mauss o fez: com trabalho de campo, contexto histórico e etnográfico e com explicações etnológicas da mente humana. Etnológicas ou Etnologia, não são só a forma de denominar a Antropologia em França. É toda uma ciência que estuda a mente humana por meio das palavras, das ideias e das acções. O dicionário por mim usado para este texto diz: do Gr. éthnos, raça + lógos, tratado. s. f., ciência que estuda os factos e documentos recolhidos pela etnografia; estudo dos povos e das raças, nos pontos de vista dos seus caracteres psíquicos e culturais, das suas diferenças e afinidades, das suas origens e relações de parentesco, em: http://www.priberam.pt/dlpo/definir_resultados.aspx. O seu mais brilhante discípulo, Claude Lévi – Strauss, fala também de Etnologia. Um segundo motivo, é o seu famoso livro sobre a dádiva, que tenho severamente revisto num livro meu, citado antes, texto de Mauss resultante do estudo das formas de pensamento de vários povos, a partir das investigações etnográficas de outros, como Malinowski, Boas, Thurwald. A sua conclusão é paradoxal: depois de estudar de forma analítica as actividades de outros povos do mundo, denominados no seu tempo não civilizados, acaba por estudar a sua própria nação e de analista da psicologia dos porquês e dos como dos povos cujas etnografias foram estudados por outros, acaba por passar a estudar a antropologia da economia materialista histórica, socialista marxista. O texto é de 1923-24: Essai sur le don: forme et raison de l´échange dans les sociétés archaïques, publicado primeiro em duas partes da Revista fundada por Émile Durkheim, L’Année Sociologique, mais tarde editado como livro, intitulado L’Essai sur le don, Presses Universitaires de France, 1950, 197 páginas, enviado à editora pelo estudante de Marcel Mauss, Claude Lévi – Strauss. Este discípulo compilou e editou toda a obra de Mauss em três volumes no mesmo ano, e na mesma editora. Marcel Mauss, por causa da perseguição nazi, tinha as suas faculdades mentais perturbadas, não usava a razão, tendo retrocedido da idade adulta para a infância. “Marcel Mauss que, aterrorizado por causa dos seus descendentes, intelectuais e consanguíneos, poderem desaparecer na Segunda Guerra Mundial do Século XX, tal e qual tinha sido na Primeira Grande Guerra, fugiu do real refugiando-se numa calma paranóia”. Esta parte da nota foi retirada do meu texto “Marx, Durkheim e a teoria da infância”, publicado no periódico A Página da Educação, nº115, ano 11, Setembro de 2002, texto em linha em: http://www.apagina.pt/arquivo/Artigo.asp?ID=2013 . O trabalho mais interessante de Marcel Mauss, pode ser lido em: http://classiques.uqac.ca/classiques/mauss_marcel/socio_et_anthropo/2_essai_sur_le_don/essai_sur_le_don.html , ou no sítio web: http://pages.infinit.net/sociojmt. Há versões em português, da Editora Edições 70, uma de 1988, e uma outra com melhor tradução, de 2001. É esta última versão que sempre recomendo. Recensões e excertos de texto, em: http://www.google.com.br/search?hl=pt-PT&q=Marcel+Mauss+Ensaio+sobre+a+d%C3%A1diva&btnG=Pesquisa+do+Google&aq=f&oq=
Claude Lévi – Strauss ao falar da Antropologia, distingue entre etnografia ou saber dos outros com trabalho de campo, que, como actividade de cientista, não é a sua melhor opção. Donde, fala de Etnologia. Especialmente na conferência oferecida no dia do seu aniversário – nasceu a 28 de Novembro de 1908 em Bruxelas, filho de pais alsacianos. Na conferência afirma, entre outras coisas: “Detesto as viagens e os exploradores. Disponho-me a narrar as minhas expedições. Mas, quanto tempo [levei] para me decidir a fazê-lo!”. Citação retirada do início do seu livro publicado em 1955, que lhe valeu uma fama imediata: Tristes Trópicos, a sua autobiografia intelectual. Um livro tão magnificamente escrito que o júri do prémio Goncourt publicou nesse ano um comunicado manifestando o seu pesar por não poder premiá-lo pelo fato de se tratar de um ensaio e não de um romance, texto completo com o título de Centenário de Claude Lévi-Strauss, em: http://www.ambafrance.org.br/abr/atualidades/actualite_en_france_levi.html Tristes Trópicos é a tradução do seu livro Tristes Tropiques, Plon, Paris, 1955, editado em português pela editora Edições 70, Colecção Perspectivas do Homem. 1979, Lisboa, tradução de Jorge Constante Pereira. Para estarmos certos da sua opção, diga-se que o texto começa com um capítulo intitulado: “ O fim das viagens”. Consulte-se: http://www.google.com.br/search?hl=pt-PT&q=Claude+L%C3%A9vi+-+Strauss+Tristes+Tr%C3%B3picos+&btnG=Pesquisa . Nos seus livros de 1952: Race et Histoire, encomendado e editado pela UNESCO para comemorar a criação dos Direitos Humanos, define Etnologia já no título, ao falar de Raça, e no Capítulo 1, analisa a contribuição das raças humanas para a civilização, enquanto no seu texto de 1962: La pensée sauvage, Librairie Plon, antes de outra temática, começa por falar da Ciência do Concreto para combater a ideia de que o denominado pensamento primitivo não tem pensamento abstracto. Usa a língua da Etnia Chinook do Noroeste dos Estados Unidos para provar o seu acerto de que todas as civilizações têm pensamento abstracto, o que estuda nos oito capítulos do livro com a lógica das classificações totémicas, de casta e de totem. Lévi – Srauss demonstra que o pensamento mítico e o pensamento científico, enquanto formas de conhecimento, são partes do pensamento abstracto das diversas culturas das sociedades do mundo. Quem não tiver pensamento abstracto, é uma pessoa que recua no seu saber ou ainda não está capacitada para entender o pensamento da ciência do concreto. É o que Freud teria gostado de saber para enriquecer a sua teoria do inconsciente, só que a temática e o conteúdo do livro foram escritos dezenas de anos a seguir à morte de Freud. No entanto, os seus discípulos, usam este e outros textos, como fazem os analistas, para entender esse inconsciente descoberto por Freud. É o motivo de denominar Lévi - Strauss como tnpsicólogo. Aliás, usou muito a teoria freudiana para as suas análises, até criar a sua própria teoria estruturalista da Antropologia, que usou para estudar o pré-consciente e o consciente dos indivíduos.Porquê Etnologia? A Etnologia é o estudo ou ciência que estuda os factos e documentos levantados pela etnografia no âmbito da antropologia cultural e social, buscando uma apreciação analítica e comparativa das culturas. Em sua acepção original, era o estudo das sociedades primitivas, todavia, com o desenvolvimento da Antropologia, o termo primitivo foi abandonado por se acreditar que exaltaria o preconceito étnico. Assim, actualmente diz-se que a etnologia é o estudo das características de qualquer etnia, isto é, agrupamento humano - povo ou grupo social - que apresenta alguma estrutura sócio - económica homogénea, onde em geral os membros têm interacções presenciais, e há uma comunhão de cultura e de língua. Este estudo visa estabelecer linhas gerais e de desenvolvimento das sociedades. O etnógrafo observa basicamente as diferenças entre as sociedades, na proposição de Mauss como ensina no seu Manual de Etnografia, desde o modo de andar e usar o corpo (técnicas corporais) até à celebração do casamento e dos funerais. Deve-se descrever e analisar toda a vida social de um povo e um lugar, observa principalmente o que esse povo diz de si mesmo e o modo como identifica os seus participantes.Na prática o estudo da etnologia acompanhou a expansão do mundo europeu para o oriente, África, Austrália, Américas e Oceania. No início, confundia-se com o estudo das raças e dos povos conquistados, refira-se que a divisão humana nas raças que conhecemos foi uma invenção dos europeus que estudavam a desigualdade das raças para justificar os seus objectivos colonizadores. Texto que não me pertence, mas investigado por mim e retirado de uma das entradas Internet da página web: http://www.google.com.br/search?hl=pt-PT&q=Etnologia&aq=f&oq=, especialmente a entrada http://pt.wikipedia.org/wiki/Etnologia Bion, Wilfred, (1961e após várias reedições, a que tenho comigo) 2000: Experience with groups, Routledge, Londres. Este texto pode-se sintetizar assim: Freud escreveu do seu melhor sobre a estrutura da mente humana. Melanie Klein, por sua vez, deu do seu melhor saber, nomeadamente com os textos escritos sobre as ansiedades primitivas do ser humano em pequeno. Poder-se-ia dizer que Bion soube integrar as estruturas dos processos primitivos e os seus conteúdos, apesar de ser em textos com uma escrita difícil, às vezes grotesca e excêntrica. Klein conseguiu mostrar a, por vezes, demência do nosso comportamento; Bion soube desenhar em mapas a geografia dos nossos processos comportamentais inconscientemente psicóticos, sempre a bater por cima de nós, tomando ou angariando, por vezes, a nossa vida individual, em grupo ou institucional. O seu estilo de escrita é, às vezes, extremamente formal, ao ponto de usar a matemática para se exprimir, ao descobrir que as palavras tinham um sentido diferente do que queríamos exprimir, as palavras eram significativas. Esse estilo é tão formal, que usa não apenas a matemática, como recorre a símbolos algébricos no esforço de se afastar das formas comuns, de cliché, no uso de palavras e conceitos. Comentários a partir de vários sítios na net, da minha leitura de Bion e da minha análise do seu saber. A comparação entre Freud, Klein e Bion, está bem explícita em: http://www.human-nature.com/rmyoung/papers/pap148h.html. Sobre a sua escrita, veja-se: http://pt.wikipedia.org/wiki/Wilfred_Bion O texto citado, advém do facto de Bion ter sido psiquiatra do exército britânico durante a Segunda Guerra Mundial, trabalhando no sentido de melhorar a selecção dos oficiais e tratando vítimas. É conhecido particularmente pelo trabalho desenvolvido no Tavistock Institute, em Londres. Durante a estada no exército, centrou a sua observação em indivíduos e em grupos. Desta experiência, nasceu a ideia de psicanálise em grupo. Durante os anos 40, abriu o caminho na dinâmica de grupo, sendo Experiências com Grupos o ápice desse trabalho. Posteriormente dedicou-se à prática psicanalítica, elevando-se subsequentemente à posição de director da Clínica de Psicanálise de Londres (1956-1962). Para mais informação, consulte-se: http://pt.wikipedia.org/wiki/Wilfred_Bion . O texto original está referido em notas de rodapé anteriores.A definição do Eros Freudiano está baseada no Mito de Eros que, pela sua importância, a narrei no corpo central deste trabalho. Sigmund Freud, 1923: The Ego and the Id PublisherW. W. Norton & Company, Londres. Excertos do texto, em: http://www.mdx.ac.uk/WWW/STUDY/xfre.htm#FREUD,S.1923/EGO ou em francês, em: http://classiques.uqac.ca/classiques/freud_sigmund/essais_de_psychanalyse/Essai_3_moi_et_ca/moi_et_ca.html
Calvin, Jean, (1539 1ª Edição, 1559, edição emendada por ele por ter sido muito duro na Edição original) 1960, dois volumes: Institutes of the Christian Religion, The Westmninster Press, Philadelphia, USA e SCM Press, Ltd, London, texto que eu uso. Comentado por mim no meu livro de 2003: «A economia deriva da religião. Ensaio de Antropologia do Económico», Afrontamento, Porto. Jean Calvin tinha sido o melhor teólogo da Igreja Romana, usou o seu conhecimento para tecer criticas aos cristãos católicos romanos. A intenção de Calvino não era fundar igrejas, mas sim criticar a teologia a partir do seu saber. No entanto, teve muitos adeptos que fizeram da vida leiga um tormento, o que o levaou a mudar o seu primeiro texto de 1539, para um mais sensato e sensível em 1559. O primeiro tinha sido escrito em latim, o segundo, em língua vulgar ou vulgata francesa. Ganhou imensos adeptos e várias confissões cristãs foram fundadas, que continham em si formas de analisar a vida do dia-a-dia e a interacção. O texto que sintetiza a obra de Calvin, ou Calvino em português, diz: O protestantismo, conforme as ideias luteranas de Calvino (1509-1564) – Jean Calvin, reformador protestante, nascido em Noyon, França, no seio de uma família católica, abraçou a fé protestante em 1534, foi a Genebra, República nesse tempo, na qual passou grande parte da sua vida. A sua obra fundamental, escrita em latim: Institutio Religionis Christianae [Institução da Religião Cristã] publicada em 1539, foi finalmente revista por ele em 1559, obra que contêm as ideias fundamentais do hoje denominado calvinismo, nome imposto pelos luteranos a uma ideia de Calvino, que não parecia ter intenção de fundar uma religião. No entanto, as ideias do seu Texto a Instituição da Religião Cristã ganhou adeptos na Europa e uma confissão foi fundada com base na sua obra, denominada «Iglesia presbiteriana». Enquanto o luteranismo limitava-se, em grande medida, a sectores da Alemanha e da Escandinávia, o calvinismo propagou-se na Inglaterra - reino autónomo nesses tempos –, Escócia, França, Países Baixos, entre as colónias de fala inglesa na América do Norte, partes da Alemanha e da Europa Central. Esta expansão iniciou-se ainda em vida de Calvino, facto que o orgulhou e lhe deu forças. Embora não se quisesse afastar da Igreja Romana, o Concílio de Trento, realizado de 1545 a 1563 que promoveu a sua reforma, não o satisfez, vindo a falecer, de profunda tristeza, apenas um anos depois do encerramento do Concílio. As reformas não eram do seu agrado por manterem as formas sacramentais, as bulas e a celebração da Missa em latim. No Concílio, causado pelas críticas de Lutero e Calvino, a Igreja Romana não soube materializar a Reforma pretendida pelos reformadores. A frase que penso ter cabimento nesta parte do texto, é essa do romancista italiano Giuseppe Tomasi di Lampedusa, entre os dias finais de 1954 e 1957. O Gatopardo: “Cambiar algo para que nada cambie”. História completa em: http://es.wikipedia.org/wiki/El_gatopardo. Em Genebra procuravam refúgio religiosos perseguidos noutras latitudes, sobretudo de França durante os 1550s, pela intolerância do Governo Francês para com a Reforma Calvinista, como aconteceu, simultaneamente, com a Inglaterra, Escócia, Itália e com outras partes da Europa, países em que o Calvinismo se tinha estendido. Calvino acolhia-os amavelmente, enviando muitos deles, formados como Ministros de Fé, para os seus países de origem para pregarem o Evangelho como ele entendia que devia ser, apoiando-os com cartas de alento e conselhos. Genebra passou a ser, assim, o centro de um movimento internacional e um modelo para igrejas de outros lugares. John Knox, o líder calvinista da Escócia, descreve Genebra como "a mais perfeita escola de Cristo, que nunca existira antes na terra desde os tempos dos Apóstolos."É preciso esclarecer que as ideias de Calvino não construíram o calvinismo. A forma final deste protestantismo matizou-se com ideais de discípulos de Calvino, como Ulrico Zwinglio, Heinrich Bullinger y Martin Bucer. Texto em castelhano, traduzido por mim, pode ser lido na sua língua original em: http://historyofarthistoriadelarte.blogspot.com/2008/09/calvinismo.html, publicado por Angel Eulises Ortiz en 3:22 AM , proprietário do blogue. Mais tarde, conforme lembra a história, as confissões calvinistas passaram a ser confissões nacionais, como na Escócia, passou a ser a confissão Presbiteriana.Luther, Martin, (1529) 1986: Small Catechism with Explanations, Concordia Publishing House. Este texto é importante por impingir entre os mais novos, ideias de auto consciência e pré consciência. No início do período da história da Reforma, tornou-se importante, porque catecismos como o de Martin Luther insistem na instrução religiosa das crianças. Podemos afirmar, por outras palavras, que o catecismo de Martin Luther, resolve os problemas do inconsciente ao abrigar à análise do consciente e ensinar os crentes, desde a mais tenra idade, a orientarem as suas vidas e a desculparem-se da congregação ao manter o sacramento da confissão como uma proclamação das faltas cometidas perante toda a comunidade. Desde muito novos, os que seguiam a confissão luterana, sabiam estas ideias, escritas por Lutero no seu livro "A Liberdade de um Cristão" (publicado em 20 de novembro de 1520, onde exigia uma completa união com Cristo mediante a palavra através da fé, e a inteira liberdade do cristão como sacerdote e rei sobre todas as coisas exteriores e um perfeito amor ao próximo). As duas teses que Lutero desenvolve nesse tratado são aparentemente contraditórias, mas, em verdade, são complementares:"O cristão é um senhor livre e parece não estar sujeito a ninguém, apesar de acreditar na predestinação ou beruf" "O cristão é um servo oficialíssimo de tudo, a todos sujeito". A primeira tese é válida "na fé"; a segunda, "no amor".A história toda, com biografia, acessível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Martinho_Lutero 3) Que é a confissão? A confissão tem duas partes: Primeiro, confessamos os nossos pecados; segundo, aceitamos a absolvição que a pessoa que ouve a nossa confissão nos anuncia. Podemos aceitá-la como vinda de Deus mesmo, não duvidando de modo algum, mas crendo firmemente que por ela os pecados estão perdoados perante Deus no céu.O problema que se coloca é que a teologia luterana definia a predestinação, ou esse denominado chamado, vocação ou call, dado desconhecer-se, se após a morte, se iria para o inferno ou para o céu (questão com que os cristãos também se debatiam), como está definido não apenas no Catecismo de Lutero para adultos, bem como no texto denominado Martins Luther ‘s Basic Theological Writings, Editado por Timothy Lull, Fortress Press, Minneapolis, EUA., que reúne textos escritos entre 1517-1539, onde a confissão é redefinida em 1528, páginas 50 a 62 do livro (com 755pg.) que tenho comigo. Os textos mencionados podem ser lidos em português em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Martinho_Lutero e o seu Catecismo Menor, em: http://www.monergismo.com/textos/catecismos/catecismo_lutero.htm.A questão que eu gostaria de colocar, sabendo que o seu interesse era ler a mente, era: porque é que Freud não se interessou pelos Luteranos? Nem leu os seus textos, como também não leu os de Calvino nem os romanos? A partir do Século IV, com base nos textos de Agostinho de Hipona, as pessoas passaram a acreditar na predestinação.Ou seja, ao morrer, fosse o que fosse feito na vida, não era garantido que a alma passasse para a Eternidade. No seu primeiro texto, Agostinho de Hipona, 398: Confissões, livro que tenho comigo (versão inglesa) designado The Confessions of St. Augustine, Thomas Nelson and Sons, Ltd, Londres e Edimburgo, 379 páginas, ano de 1937, confessa ter sido um libertino, devasso, dissoluto, desregrado, lascivo e ímpio. Vida que abandona, com a ajuda de sua mãe Mónica, ou Santa Mónica como é denominada, convertendo-se ao cristianismo. Nessa altura, confessa-se publicamente e, por ser sábio, fâ-lopor escrito. Mais tarde, já Bispo da cidade Africana de Hipona, escreve em 409 um texto sobre a liberdade, intitulado O Livre Arbítrio, onde aborda a predestinação. A Igreja Romana tem avanços e recuos sobre a possibilidade da eternidade, até ser definido no Século XVI, no mencionado Concílio de Trento e no Catecismo de Pio V, denominado São Pio, que o homem ganha a salvação se morrer na graça de Deus. O Catecismo (de Pio V) foi promulgado por Agostinho de Hipona, em 1563, ano da sua morte. Lutero e Calvino acreditavam fortemente na predestinação explicando através dos Evangelhos que o ser humano seria salvo pelas suas obras. Para isso, é necessário trabalhar, produzir e não gastar; pelocontrário, é preciso ser muito poupado nos gastos de casa, nas vestimentas, nos passeios e nas festas. Nunca esquecerei esses meus anos em Edimburgo, onde o Natal era comemorado ritualmente agradecendo-se o nascimento de Jesus, mas em silêncio, sem festas nem presentes, era um dia de oração. Como aos domingos, os crentes presbiterianos (confissão predominante, após séculos de domínio católico), iam para casa, onde ritualmente comiam pouco e faziam jejum. Como no tempo das Cinzas ou Lent, ou Quaresma em português.Contrariamente, as comemorações do ano novo eram uma verdadeira loucura: as pessoas ressarciavam-se dos dias de jejum e do respeito simbólico ritual. O barulho, as visitas, em grupo, de casa em casas e as bebedeiras eram tão frenéticas que, nós não habituados a tais comemorações, saíamos para Inglaterra. Em Londres, não havia festividades de Ano Novo, era um dia como os outros. Um curso que tive de frequentar, para a minha tese, sobre comunicações, na BBC, iniciou-se exactamente a 1 de Janeiro, pelas 9 da manhã...
Sacramento, no dicionário que me assiste na escrita, é definido a partir da teologia romano – católica, que diz: do Lat. Sacramentu s. m., juramento; acto religioso, instituído por Deus, para purificação e santificação da alma; rito sensível e simbólico da religião cristã, destinado a consagrar diversas fases da vida dos fiéis; eucaristia; a hóstia consagrada em exposição na custódia; (no pl. ) os últimos sacramentos (confissão, comunhão e extrema-unção). Em: http://www.priberam.pt/dlpo/definir_resultados.aspx
Iturra, Raúl, 1987 : « Stratégies de reproduction. Le droit canon et le mariage dans un village portugais, (1862- 1983)» em : Droit et Société. Revue International de théorie de Droit et de Sociologie Juridique, Nº 5, 1987, CNRS, páginas 7 a 23, texto completo em : http://www.reds.msh-paris.fr/publications/revue/pdf/ds05/005-02.pdf ou (com toda a Revista) em: http://www.reds.msh-paris.fr/publications/revue/pdf/ds05/005-00.pdf