No cinema português dos anos 40 do século XX, encontram-se pelo menos três filmes em que Coimbra está em foco. O primeiro é "Inês de Castro",realizado por Leitão de Barros em 1944, uma adaptação da obra de Afonso Lopes Vieira,"A Paixão de Pedro, o Cru". Foi a primeira co-produção luso-espanhola. Pensamos que a Coimbra do filme é reproduzida em cenários dos estúdios de Madrid onde o filme foi rodado. Estreado em Portugal, no São Luíz em Maio de 1945, foi exibido comercialmente, além de em Portugal e Espanha, em França e na Alemanha. António Vilar interpretava o papel de Dom Pedro e Alice Palacios o da infortunada Inês. Uma produção protegida pelo Secretariado Nacional da Informação português e pelo falangismo recém-vencedor da Guerra Civil.
Camões
"Camões", também realizado por Leitão de Barros em 1946 e igualmente protagonizado por António Vilar, foi um filme de orçamento relativamente elevado, muito premiado pelo Secretariado Nacional da Informação, dirigido por António Ferro.
O regime falava através do poeta, a Pátria morria ao mesmo tempo que Camões, mas iria renascer. Tal como o Portugal levado ao caos pela República, renascera com o Estado Novo.
Coimbra é o cenário das primeiras imagens do filme que podemos ver no vídeo abaixo.
Capas Negras
Em 1947, ainda com o SNI dirigido por António Ferro, com estreia no cinema São Luiz, em Lisboa, é apresentado o filme Capas Negras, realizado por Armando de Miranda. Os principais actores são Amália Rodrigues, Alberto Ribeiro e Artur Agostinho, Vasco Morgado, Barroso Lopes e Humberto Madeira. Com 22 semanas em cartaz, tornou-se no maior sucesso do cinema português até então.
Diz Luís de Pina na sua História do Cinema Português (Lisboa, 1986):"Capas Negras conta, à partida, com duas supervedetas no auge da popularidade, com todas as suas canções na boca do povo. Depois, junta numa mesma acção os mitos nacionais do fado, o fado de Lisboa e o fado de Coimbra, este reforçado por uma piscadela de olho a outro fortíssimo mito, o do estudante de capa e batina, tudo reforçado com um final portuense que traz para as imagens esse outro mito da solidez, do dinheiro, da prosperidade, que é a imagem do Porto em certos cineastas da capital. Em terceiro lugar, o argumento é o melodrama absoluto, com o advogado defendendo no tribunal a mãe solteira do seu filho ilegítimo, um final que, quer se goste ou não, é das sequências mais emocinantes e melhor encenadas do nosso cinema."
Embora, como vemos, a história percorra três principais cidades do País, o nó dramático do entrecho situa-se em Coimbra.
Vejamos como tudo começa:
"Coimbra, eterna!" Esta é a mensagem central do filme . A canção de Raúl Ferrão correrá mundo.
Cristóvão Colombo é Italiano, Grego, Espanhol ou Português?
O Dr. Manuel Luciano da Silva e sua mulher a Drª Sílvia Jorge da Silva,ambos a viveram nos Estados Unidos acreditam que é Português.
Não só os documentos autênticos e escritos pela mão do grande navegador, escritos em espanhol apresentam provas irrefutáveis que se trata de um português a escrever espanhol, como o seu brasão apresenta palavras portuguesas.
Mas o mais extraordinário é que o grande capitão deu mais de quarenta nomes portugueses a localidades e até às próprias ilhas na América Central e que se podem encontrar nos mapas da época (Cuba há muito que existe no Alentejo e quer dizer "a do centro")e nunca deu nenhum nome Italiano, quando cidades como Génova, Roma,Veneza, Florença e outras já eram muito famosas há 500 anos. Nem sequer deu o nome da sua própria terra que seria Génova, segundo os Italianos. Que se saiba tambem não há nomes Gregos.
Mas há Fernandina, de Fernando, pai do navegador; San Salvador o primeiro nome de Cristóvão Colombo; Cuba, terra natal do navegador; Isabella, nome de sua mãe Isabel; Belém que só existe em Portugal e no Brasil; o livro de Mascarenhas Barreto - "O Português Cristóvão Colombo - Agente Secreto do Rei D. joão II- apresenta um mapa comparativo com mais de quarenta nomes, entre a toponímia que existe no Alentejo e no Algarve com os nomes iguais que existem nas Ilhas da América Central depois de quatro viagens do navegador.
Mas o tira teimas está no famoso cromossoma Y que passa de homem para homem sempre igual sem qualquer alteração, entre gerações e os autores do livro, querem mostrar ,cientificamente, que o único filho de Cristóvão Colombo herdou o cromossoma Y de D. Pedro I de Portugal.
Assunto que será objecto de outro texto, mas para já, ficamos todos a saber que Cristóvão Colon era o nome que ocultava a verdadeira identidade do navegador : o português Salvador Fernandes zarco!
Poderá ser espanhol já que fez as viagens em nome dos Reis Católicos de Castela, repousa na Catedral de Sevilha, seu filho iniciou, por casamento com uma nobre Espanhola uma família nobre no país vizinho. Mas não há um só texto da época que o dê como Castelhano, embora tenham aparecido sem grande força, pretensas origens Catalãs e de Palma de Maiorca. A verdade é que os textos autênticos escritos por um homem que em vida viu reconhecida uma enorme importância, teria que ser um homem culto, mas escreve textos, pela sua mão, em mau espanhol, com palavras portuguesas ou "portunholas". Há toponímia espanhola nas terras descobertas, mas o que é extraordinário é haver portuguesas já que o navegador trabalhava para Espanha.
Um agente secreto do rei Português na corte espanhola?
Organizado pela Apordoc na segunda metade de Outubro, o DOClisboa apresenta todos os anos em antestreia os melhores documentários da última temporada e reúne uma série de programações não competitivas, incluindo a retrospectiva de um autor internacionalmente aclamado.
Este filme faz parte de uma Rede – a Rede DOCTV CPLP, com uma iniciativa de produção de documentários, integrando uma operação de fomento e teledifusão do audiovisual em TVs públicas nos nove países da Rede DOCTV- CPLP. (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor Leste e, ainda Macau. A exibição dos filmes permite que a população dos países de língua portuguesa se vejam uns aos outros num circuito de teledifusão especialmente desenhado.
O objectivo é estimular o intercâmbio cultural e económico entre os povos lusófonos e a implementação de políticas públicas de fomento à produção e teledifusão do género documentário.
A série DOCTV-CPLP leva ao público nove documentários inéditos produzidos nos países da CPLP e em Macau (Região Administrativa Especial da República Popular da China), que serão veiculados simultaneamente, a partir deste mês até dezembro de 2010, na grade de programação das TVs que integram a Rede DOCTV CPLP. A iniciativa da produção dos documentários integra uma operação de fomento e teledifusão do audiovisual em TVs públicas nos nove países da Rede DOCTV- CPLP.
Li Ké Terra recebeu Prémio Competição Portuguesa e Prémio Escolas no DOCLisboa 2010.
O documentário conta a história de Miguel Moreira e Ruben Furtado, jovens descendentes de emigrantes cabo-verdianos em Portugal. Eles sonham com o futuro, mas o dia a dia é tomado por contradições. Ambos não se vêem mais como cabo-verdianos. Ao mesmo tempo, têm dificuldades de inserção na sociedade portuguesa.
Li Ké Terra significa qualquer coisa como "esta é a minha terra". É uma frase que os jovens do Casal da Boba, na Amadora, escrevem nas paredes do seu bairro. "Boba Li Ké Terra". Como quem diz: é aqui que me sinto bem. Por motivos vários (entre os quais o descuido dos pais em tratar dos papéis), estes jovens não têm a sua situação regularizada.
Miguel perdeu a mãe aos três anos e o pai foi preso e repatriado; desde sempre morou com a avó e, apesar de não ter documentos portugueses, frequenta a escola, gosta de música e até participa num workshop onde está a aprender como realizar um filme. Bruno tem dez irmãos de pais diferentes, só estudou até ao 6.º ano e, desde então, está sem fazer nada. Miguel tem uma teoria interessante sobre a diferença entre as miúdas a que chama "damas" e as outras a que chama "namoradas". Bruno não acredita em Deus, mas acredita que pode controlar o seu futuro: está disposto a correr de guichet em guichet para conseguir a nacionalidade portuguesa e prefere passar os dias a não fazer nada a tornar-se um criminoso: "O que iria depois dizer aos meus filhos?"
É este dia-a-dia que se mostra em Li Ké Terra, o filme de Filipa Reis, João Miller Guerra e Nuno Baptista. O trio começou por de-senvolver um projecto social no bairro em conjunto com a Fundação Gulbenkian . Foi assim que conheceram Miguel e Ruben. Produzido pela Vende-se Filmes, o documentário foi financiado pela CPLP - Comunidade de Países de Língua Portuguesa e tem, por isso, uma versão mais reduzida (52 minutos) para passar em televisão e uma versão maior (66 minutos) que irá andar por aí em festivais. No DocLisboa, além da competição portuguesa, Li Ké Terra venceu também o prémio Escolas.
Os autores pretendem passar o filme em escolas e dizem que não quiseram retratar aqueles jovens nem como uns coitadinhos, nem como heróis.
Sons, cores e palavras do universo lusófono, foi o que prometemos para este Terreiro. Tudo isso existe no cinema. Pois então, que venham os cineastas! Nem sequer se nos colocou a dúvida sobre qual deveria ser o primeiro a vir ao Terreiro da Lusofonia - Manuel de Oliveira, obviamente.
É um fenómeno! À beira dos 102 anos, continua a trabalhar e a manter uma lista de projectos. Em entrevista dada no final do ano a Gregorio Belinchón do El País, a propósito da estreia em Espanha de «Singularidades de uma Rapariga Loira», com o entusiasmo de um jovem explicou o porquê da escolha – «O filósofo Spinoza dizia que nos julgamos livres porque ignoramos que os nossos actos são comandados pelas mais obscuras forças. Ortega y Gasset, que de dia para dia mais me agrada, fala do homem e da sua circunstância. Isto define o que penso da paixão».
Em 1931, Manoel de Oliveira realizou «Douro, Faina Fluvial» e, desde então, nunca mais parou. Os cineclubistas (há alguns no Estrolabio) conheciam esse filme, fotograma a fotograma. O mesmo acontecia com «Aniki-Bobó», realizado em 1942, de que mostramos as primeiras cenas.