Terça-feira, 24 de Agosto de 2010

Hiroxima e Esquerda – dois comentários

Carlos Leça da Veiga

Não quero intervir na polémica sobre a questão de Hiroxima, aliás, estéril. Quem eram os maus da fita? Os ianques ou os japoneses? Qual mais bárbaro se atacar Pearl Harbour ou Hiroxima? Uma questão do número das vitimas?

Nos passados anos quarenta, o General Norton de Matos, num texto jornalístico, a propósito do anunciado perigo nuclear, afirmou que na guerra seguinte nunca era usada a arma mais terrifica utilizada na anterior. Atrevo-me a pensar que tinha razão. São passados 65 anos e, felizmente, nada aconteceu.

Posso testemunhar – tinha 13 anos – que o lançamento da bomba no Japão foi um motivo de grande satisfação para a população portuguesa e, estou certo, para a de todo o mundo “aliado”. Quem não acompanhou a guerra não consegue compreender o modo como foi a reacção favorável ao lançamento da bomba. Os Homens não são nada bons e o ódio que havia aos japoneses (por ex. a sua acção em Timor) ditou que o seu genocídio fosse considerado como uma coisa boa. Naquele 6 de Agosto estava em Coimbra e quando a noticia chegou houve uma explosão de alegria!!! Esperemos que não haja razões para uma qualquer repetição. Não será por invectivar a "bomba" que ela não é deitada. É fundamental acusar os interesses mais profundos que estão na origem dos conflitos e não ter alianças com essa gente.

Uns já deitaram duas bombas; outros estão na mira duma necessidade. É muito saudável ver acusar as grandes potências e as sua corridas ao armamento nuclear mas curioso é nunca ver a esquerda a atacar os Estados da união europeia – os nossos aliados – que têm a “atómica”. Serão melhores que os outros?

Nunca vi nenhuma das chamadas esquerdas portuguesas a exigir que os seus comparsas da união europeia – estes, pelo menos – destruam os respectivos arsenais atómicos. Curioso? O prato das lentilhas alimenta todos!!!

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O nosso Carlos Loures, já há vários dias, nas páginas deste “Estrolabio”, pronunciou-se sobre o título “de esquerda precisa-se”. Razões de ordem vária impediram-me de, como agora, tentar-lhe um comentário que, aproveito, considerar extensivo aos demais intervenientes na pequena troca de impressões então suscitada.

Precisar-se-á?

Organizados há alguns partidos – não são poucos – que reivindicam serem a esquerda ou, modestamente, de serem de esquerda. Desorganizados há um ror imenso de Homens e Mulheres que, honrosamente, prosseguem a reclamar o seu estatuto de esquerdistas. Entre estes têm aflorado algumas intenções – aliás excelentes – de quererem dar origem a essa tão desejada esquerda. De tentativa em tentativa são consumidas as maiores energias e as melhores dedicações. Resultados? Uma sucessão de desilusões.

Pergunta-se, valerá a pena recomeçar?
publicado por Carlos Loures às 16:30
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Segunda-feira, 23 de Agosto de 2010

A China rica e os chineses pobres!

Luís Moreira

A China tornou-se a segunda maior potência económica mundial, ultrapassando o Japão e só ficando atrás dos US.No entanto, o PIB por habitante, é ainda muito baixo, continua a ser vista como um país em vias de desenvolvimento, pois o valor por habitante é menos de 1/10 dos 39,7 mil dólares do Japão e dos 56,4 dos US. Em Portugal o PIB por habitante foi de 21.400 dólares.

E o que é que vai fazer a China? Vai continuar a exportar assente em salários de miséria ou vai abrir as suas fronteiras aos produtos e bens Ocidentais, incitando a procura interna, para o que tem que favorecer os trabalhadores com melhores salários e direitos sociais ?

Boa parte da economia vai passar pela China, no futuro, não só como exportadora mas tambem como importadora e consumidora. O Japão, que passou por decisão semelhante quando se apoiava, fundamentalmente, na exportação viu-se, de um momento para o outro, confrontado com uma Europa e uns US em declínio, o que teve como resultado uma recessão que é o pior que pode acontecer a um país. Parece que a lição a tirar é a da dona de casa. Equilibra primeiro a tua casa e, só depois, aventura-te no "shoping".Produzir e consumir o que é da casa e, só depois, exportar e importar.

Se a China seguir o caminho de aumentar o poder de compra dos seus cidadãos, o número de consumidores é de tal forma impressionante que resolve os problemas da procura com que estamos confrontados no Ocidente.

Com a capacidade de acesso ao bem estar e ao consumo ( tambem de informação e cultura) vem a reinvindicação de mais direitos e melhores salários, e as primeiras greves já estão a acontecer no gigante adormecido que não que entrar em recessão como o seu vizinho Japão.

PS: neste momento, tal como nos US, a China debate-se com um horrível desastre, por explosão de "pipe-lines" que transportam combustíveis. Lá, como deste lado, o preço do desenvolvimento.
publicado por Luis Moreira às 13:30
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