Sábado, 30 de Abril de 2011

Chernobyl - por Carlos Godinho

 

 

Em 1996, mais ou menos por esta altura do ano, desloquei-me a Kiev, acompanhado pelo meu amigo Sr. José Carlos Esteves, actual médico do FC Porto, a fim de preparar o jogo Ucrânia/Portugal que teria lugar em 5 de Outubro desse ano. Fomos visitar os hotéis, estádio e possíveis campos de treino.                                                                                                                                                                                                 A

 

Ucrânia era na altura uma sociedade com imensos problemas a sair ainda do poder soviético de que fez parte integrante, mas cujos dirigentes eram ainda praticamente os mesmos do passado. Fomos extremamente bem recebidos dado que era a primeira vez que uma delegação da FPF visitava aquele país e aquela federação. Depois de cumprido o trabalho fomos convidados para uma refeição pelo Presidente e Secretário Geral da Federação de Futebol da Ucrânia.                                                                                                                                                                               

 

O jantar começou com brindes, sempre acompanhados de vodka, servidos em pequenos copos. Ao fim de alguns brindes e já com alguns deles a serem despejados por nós, não pelos anfitriões, discretamente, num vaso com plantas, o Presidente fez um brinde à vida. Perguntei-lhe o significado mais exacto do brinde e rapidamente explicou-me  que a sua/deles esperança de vida era um mistério em função do desastre de Chernobyl, ocorrido dez anos atrás e pelo facto de se sentirem quase sempre doentes sem explicação plausível a não ser o facto de terem estado muito próximos do local onde ocorreu a explosão e portanto sujeitos a uma enorme exposição.                                                                   

 

Nunca mais os vi e nada mais soube deles e como recordação desse ainda tenho duas garrafas de vodka produzida localmente na propriedade rural do Presidente. Hoje passam 25 anos do desastre, sem se conhecer solução para aquela central, e ainda há quem sugira a energia nuclear como futuro.

 

O Mestre e o Disciplo - Cruyf e Pep Guardiola

 Curiosa esta imagem já com alguns anos onde se pode ver Cruyff e o seu discípulo Pep Guardiola o actual técnico do FC Barcelona. Cruyff tem sido protagonista habitual de bastantes críticas a José Mourinho censurando-o por ser treinador de títulos e não treinador de futebol.                                                                                            
Pensava eu que ser treinador é essencialmente algo que tem a ver com ganhar, jogos e títulos. Claro que alguns não o conseguem, neste caso a maioria, mas uma minoria, como Guardiola e Mourinho têm estado sempre na primeira linha dos vencedores. Quando se ganha um grande estatuto pode-se dizer as maiores baboseiras com a maior dos à vontade.
   
                                                
publicado por Luis Moreira às 11:00
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Segunda-feira, 16 de Agosto de 2010

Notas de cêntimo (3)

Carlos Mesquita

Perigo nuclear. Há gerações que vivemos com medo do nuclear, demos-lhe nome e apelido – “ameaça nuclear” – do receio fizemos nome próprio; Ameaça. Perante ela exigem-se cautelas, fica-se de atalaia aos sinais de perigo. Desde a detonação da primeira bomba atómica sobre o Japão, visto o rasto de destruição e terror que causaram, que a humanidade teme ser atingida pela libertação de energia nuclear e pela poluição radioactiva. Assistimos à escalada armamentista dos dois blocos durante a guerra-fria, vimos proliferar o arsenal nuclear por outros países que se tornaram por isso potências militares. Duas gerações ainda vivas presenciaram os momentos de crise internacional em que o Mundo esteve perto de se digladiar com armas nucleares. Quando após a queda do muro de Berlim, se pensava irmos viver com mais acalmia, soube-se que não havia controle sobre parte dos arsenais espalhados pelas republicas da ex União Soviética, e que a desordem no próprio exército russo, punha em causa a segurança dos meios militares que utilizam energia atómica. Como fabricar engenhos nucleares deixou de ser segredo, aumenta o número de países com capacidade tecnológica para enriquecer os combustíveis necessários, e alguns deles parecem dispostos a resolver problemas regionais com o recurso a essas armas. Não estamos mais seguros que durante a guerra-fria, ninguém sabe se o próximo conflito será na zona do Paquistão, das Coreias ou no Médio Oriente, mas há ameaças latentes nessas regiões do mundo e outras poderão ser acrescentadas nos anos vindouros.

Outros perigos nucleares. Em 1986 aconteceu Chernobyl, um acidente numa central de energia nuclear. O perigo de desastre numa central, que mobilizou milhares de militantes contra o nuclear, principalmente desde os anos sessenta, ocorreu na Ucrânia. Foi o maior acidente do género na história, sete mil pessoas morreram, meio milhão continuará a sofrer os efeitos do desastre durante gerações. A radioactividade (200 vezes as das bombas de Hiroshima e Nagasáqui) atingiu mais de 100 mil quilómetros quadrados da Ucrânia, Bielorrússia e Rússia, contaminando solos e águas. Inutilizou milhares de hectares de terra e atingiu centenas de milhar de hectares de floresta. É parte dessa floresta que agora arde na Rússia. Os incêndios florestais que ocorrem desde o mês passado atingiram, segundo as notícias, quatro mil hectares de área poluída pela radiação de Chernobyl. Os ventos poderão levar cinzas radioactivas resultantes dos incêndios a outras regiões do país ou até a países vizinhos. Dezanove anos após o acidente, quando o mundo descansava acreditando que o sarcófago de Chernobyl tinha a ameaça controlada, soa o alarme, a radioactividade uma vez libertada fica connosco durante muitas gerações.
publicado por Carlos Loures às 11:00
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