Na primeira parte desta série, a que cobria os anos 1900 a 1950, não conseguimos incluir nenhuma canção catalã, pois o uso do idioma catalão não era autorizado pelo regime franquista. Muitos de nós se lembram como em 1968, Joan Manuel Serrat vencedor do festival que o indigitava como representante do estado espanhol no Eurofestival da Canção, foi impedido de participar pois recusou-se a cantar em castelhano. Massiel, que o substituiu, venceu o festival com a canção La,la, la, do Dúo Dinámico.
Fazemos, pois, questão de que a primeira canção catalã aqui apresentada seja de Joan Manuel Serrat(1943) - Paraules d'amor, composta em 1967. Como se pode verificar por esta gravação ao vivo, os catalães conhecem-na bem.
Every Breath You Take é uma composição e interpretação de Sting e dos The Police, uma banda britânica criada em 1977. Every Breath You Take (A Cada suspiro teu), foi lançada em 1986. Podemos ouvir esta canção num concerto realizado em 8 de Dezembro de 2007 no Rio de Janeiro, em apresentação única no Brasil.
Como já disse, a falta de tempo obriga-me a ir buscar coisas antigas – estou a publicar poemas que já saíram noutro blogue sob a designação genérica de “Poemas com história”. Na realidade, todos foram escritos em circunstâncias peculiares ou foram a resposta a situações concretas – daí a história que a todos antecede. A de “Canto da cela 10” é assim:
Em Janeiro de 1965, envolvido na grande vaga de prisões que afectou estudantes e intelectuais das duas organizações clandestinas existentes – o Partido Comunista e a Frente de Acção Popular – fui preso e, antes de ir para a sede da polícia política onde, durante muitos dias, fui interrogado da forma que se sabe ou imagina, estive uns dias na cela nº 10 do Aljube, num daqueles desumanos cárceres a que se chamava os «curros», celas estreitas e insalubres onde a luz filtrada através das grades e atravessando o corredor, era a única coisa agradável que acontecia.
Quando, três meses depois, fui libertado, a recordação daqueles dias num «curro» do Aljube (que nem foram os piores…), ditou-me este texto que depois publiquei em A Voz e o Sangue (1968-2ª ed.). A publicação deste livro seria a causa próxima para uma outra prisão, mais prolongada.
De notar, e não me canso de insistir neste tópico, que a Liberdade que invoco não é esta que vivemos – muito feita de «liberdades» - mas sim aquela que, há mais de 40 anos, eu e muitos sonhávamos alcançar. Foi por ela que lutámos e pela qual fomos presos, espancados e torturados. Foi por ela e não por isto. Ao meu poema junto a magnífica canção do Fausto.
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