Sexta-feira, 5 de Novembro de 2010

China - reflexões do filósofo Domenico Losurdo

Luis Moreira

De 4/10 a 19/10 estive de visita à China de onde enviei várias crónicas, fazendo eco do que via e, mais do que isso, do que parecia. Na verdade não é em 15 dias que se avaliam as potencialidades de um sistema político - um país dois sitemas - ainda para mais de um país com a dimensão da China e com a importância que tem no concerto mundial.

Consciente disso, não me cansei até encontrar uma visão daquele país que fosse substancialmente diferente da minha e que fosse credível. Mão amiga fez-me chegar um documento - Uma viagem instrutiva à China - reflexões de um filósofo - de Domenico Losurdo. Fez esta viagem a convite do Partido Comunista Chinês tendo feito parte de uma comitiva onde estão representados vários partidos comunistas europeus (Portugal,Grécia,França,Linke da Alemanha e de Itália).

Fica assim cumprida um dos princípios fundamentais do Estrolabio. Dar voz a todas as correntes de opinião.

É, pois, uma visão de um homem que olha para a China, interessadamente, procurando encontrar domínios onde se descubra a esperança num modelo que tenta fazer a ponte entre um Estado Comunista e uma economia de mercado.É um testemunho corajoso onde denuncia pontos fracos e antevê, também, lacunas e problemas.

Estamos, pois, confrontados com duas visões distintas, as mesmas realidades são vistas por mim, como opções já experimentadas sem resultados (partido único, estado militar, milhões de pessoas na pobreza, economia a crescer a dois dígitos) e para Domenico Losurdo, um sistema económico que assenta mais do que tudo na propriedade pelo Estado de todo o sistema financeiro e das riquezas do país consideradas estratégicas, de uma actividade privada orientada pelos macros objectivos do Estado,com regras de comportamento sociais muito bem compreendidas.

Mas ouçamos Losurdo: " A primeira coisa que salta aos olhos no decurso do encontro com os representantes do Partido Comunista Chinês e com os dirigentes das fábricas, das escolas e dos bairros visitados, é a tónica autocrítica, digamos mesmo a tónica autocrítica de que dão provas os nossos interlocutores. Neste ponto, é evidente a ruptura com a tradição do socialismo real. Os comunistas Chineses não deixam de sublinhar que o caminho a percorrer é longo, e numerosos e gigantescos são os problemas a resolver e os desafios a enfrentar, e que, apesar de tudo, o seu país continua a fazer parte do terceiro Mundo"

continua
publicado por Luis Moreira às 13:30
link | favorito

.Páginas

Página inicial
Editorial

.Carta aberta de Júlio Marques Mota aos líderes parlamentares

Carta aberta

.Dia de Lisboa - 24 horas inteiramente dedicadas à cidade de Lisboa

Dia de Lisboa

.Contacte-nos

estrolabio(at)gmail.com

.últ. comentários

Transcrevi este artigo n'A Viagem dos Argonautas, ...
Sou natural duma aldeia muito perto de sta Maria d...
tudo treta...nem cristovao,nem europeu nenhum desc...
Boa tarde Marcos CruzQuantos números foram editado...
Conheci hackers profissionais além da imaginação h...
Conheci hackers profissionais além da imaginação h...
Esses grupos de CYBER GURUS ajudaram minha família...
Esses grupos de CYBER GURUS ajudaram minha família...
Eles são um conjunto sofisticado e irrestrito de h...
Esse grupo de gurus cibernéticos ajudou minha famí...

.Livros


sugestão: revista arqa #84/85

.arquivos

. Setembro 2011

. Agosto 2011

. Julho 2011

. Junho 2011

. Maio 2011

. Abril 2011

. Março 2011

. Fevereiro 2011

. Janeiro 2011

. Dezembro 2010

. Novembro 2010

. Outubro 2010

. Setembro 2010

. Agosto 2010

. Julho 2010

. Junho 2010

. Maio 2010

.links