Sábado, 4 de Dezembro de 2010
Luís MoreiraUm companheiro do Estrolabio, o Professor Fernando Pereira Marques, lançou ontem, dia 3, um livro com este título. Como viemos durante os últimos dias a anunciar, o lançamento realizou-se na Fundação Mário Soares, com intervenções dos Professores Eduardo Lourenço e Paulo Ferreira da Cunha e sob a presidência da mesa do Dr. Mário Soares, que abriu a sessão.
Foi um bonito lançamento, com uma sala ampla cheia de gente conhecida, ligada à cultura e à política. Os apresentadores da obra discorreram sobre o tema central da obra - as razões que explicam o atraso português, com grande sabedoria, recuando vários séculos para mostrar que as gentes que descobriram novos mundos pagaram " a colonização de outros povos" e continuam a pagar.
Habituados à escravidão e serventia de outros, desde muito cedo o português se habituou a não trabalhar, sempre importou quase tudo do que come. Não é de hoje nem de ontem,o trabalho braçal é visto como indigno, falhou a constituição de uma "burguesia" industrial, que resultou das artes e ofícios que, por sua vez, tinham sido trocadas pela navegação e pela colonização de outros povos.
Grandes figuras da cultura portuguesa (como Antero nas célebres «Conferências do Casino»), se debruçaram sobre este problema e detectaram os mesmos índicios que ainda hoje persistem. A procura de um emprego no Estado, a aversão à iniciativa individual, a ideia de que se mantem o nível de vida sem resultados visíveis do trabalho...
Vamos ler o livro e escrever uns quantos textos sobre este assunto.
Sexta-feira, 28 de Maio de 2010
Luís MoreiraSomos um país moderno, pensamos em grande, grandes autoestradas, as pontes maiores da Europa, o TGV, o aeroporto “HUB” à volta do qual vão cirandar os aviões de todas as companhias…
Eu, no sábado, comprei um bilhete no Pendular para ir ao Porto, paguei o que me pediram, aliás não há concorrência, se quiseres escolhe, podes ir de carro ou de avião, mas de comboio é mesmo aquele, aí vou eu todo contente, adoro andar de comboio, já dei uma volta à Europa de comboio, e nos países escandinavos acordei no mar alto dentro de um comboio que por sua vez estava dentro de um barco, e o horário é cumprido ao minuto.
Pois, no sábado, ao fim de 10 minutos de viagem o comboio parou, trabalhos na linha, quando me venderam o bilhete (trata-se, para todos os efeitos, de um contrato) já sabiam que não podiam cumprir a parte deles que era colocarem-me em Campanhã em 2 horas e 45 minutos depois. Estivemos parados 60 minutos ou perto disso, cheguei ao destino com duas horas de atraso, diz-me o revisor do comboio que apanhei de ligação para Pinhão, não é este o comboio era o anterior, pois era, digo eu…