Sábado, 25 de Junho de 2011

A República nos livros de ontem nos livros de hoje - CLXXXIX e CXC, por José Brandão

Um Ano de Ditadura – Discursos de Sidónio Pais

 

João de Castro

 

Lisboa, 1924

 

 

Os canhões da Rotunda em 8 de Dezembro de 1917, dia de Nossa Senhora, sagravam o Libertador.

 

O que era ele e o que queria? Isso não importa. Era o Libertador. Era o homem capaz de congregar numa só energia todas as energias, num só sonho de esperança todas as desventuras. Era alguém que sozinho, desacompanhado, sem preparação nem génio político, acordou um país para a esperança de viver. Era um Messias, um desejado, mas trabalhando como devia contra as falsas ideologias, contra os estrangeiros, contra a indisciplina e a anarquia, contra a horda invasora contra tudo o que se congregara na demagogia. Era o Desejado, o entusiasmador do povo, mas ao mesmo tempo aquele que pelo seu aparecimento e existência mostraria o novo caminho.

 

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Um Escritor Confessa-se

 

Aquilino Ribeiro

 

Livraria Bertrand, 1974

 

Penso às vezes – por poesia, claro está – que talvez tivessem cometido esse intrigante e ilógico disparate por respeito fidalgo pela população lisboeta – em 1919 republicana até ao fundo dos ossos. Pressentiram possivelmente que seria criminoso conquistar pela astúcia uma cidade em que os homens e as mulheres, quando tomaram consciência da situação, vieram para as ruas aos gritos de horror entusiástico, a rebuscar nos museus e nos recantos dos alçapões as poucas armas existentes.

 

Qualquer servia para os grupos combatentes improvisados: mosquetes com azebre, espetos de assar carne, bacamartes de carregar pela boca, pistolões ferrugentos, paus de vassoura afiados e, principalmente, essas espantosas balas de água que são as duras lágrimas dos olhos determinados.

 

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publicado por João Machado às 17:00
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Quinta-feira, 5 de Maio de 2011

A República nos livros de ontem nos livros de hoje - XCII e XCIII, por José Brandão

Lápides Partidas

 

 

Aquilino Ribeiro

 

Livraria Bertrand, 1969

 

A acção decorre no período em que a velha estrutura monárquica ia definitivamente cair e, caldeada de idealismos e esperanças, iria ser proclamada a República. «Foi essa uma viragem substancial, que eu pretendi traduzir», diz Aquilino Ribeiro, «o conflito visto não da crista da vaga, mas no seu recesso, lame de fond, anotando as reacções de uma personagem que entrava na constituição do magma revolucionário, a massa de fusão. Libório Barradas é um produto do meio, condicionado por ele, sua emanação, digamos.

 

Em 1906 Aquilino Ribeiro vai para Lisboa, onde a sua congénita personalidade de inconformado se adapta na perfeição ao ambiente revolucionário da capital nas vésperas da instauração da República. Em 1907 é preso e no ano seguinte evade-se, fugindo para Paris.

 

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A Leva da Morte

 

Artur Villares

 

Livros Horizonte, 1988

 

Há precisamente 70 anos Portugal fazia a primeira experiência totalitária da República, o Sidonismo, verdadeiro balão de ensaio do futuro consulado salazarista. Símbolo primeiro desse regime, Sidónio Pais dominou a época, as consciências e as pessoas.

 

Penetrando no dia-a-dia desse período, Artur Villares, sob a forma de memórias redigidas em 1933, cruza a realidade histórica com a ficção e relembra Fátima e o anti-clericalismo, a Grande Guerra e o dilema dos portugueses, a República e a Monarquia, o Poder e a violência, numa palavra, a Vida e a Morte entre 5 de Dezembro de 1917 e 14 de Dezembro de 1918.

 

70 anos depois, a crónica do Sidonismo, do Poder e da Ilusão, num texto emocionante, numa plena capacidade de comunicação, no limiar da Realidade e da Ficção.

publicado por João Machado às 17:00
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Domingo, 1 de Agosto de 2010

República nos livros de ontem nos livros de hoje - 92 e 93 (José Brandão)


Lápides Partidas

Aquilino Ribeiro

Livraria Bertrand, 1969

A acção decorre no período em que a velha estrutura monárquica ia definitivamente cair e, caldeada de idealismos e esperanças, iria ser proclamada a República. «Foi essa uma viragem substancial, que eu pretendi traduzir», diz Aquilino Ribeiro, «o conflito visto não da crista da vaga, mas no seu recesso, lame de fond, anotando as reacções de uma personagem que entrava na constituição do magma revolucionário, a massa de fusão. Libório Barradas é um produto do meio, condicionado por ele, sua emanação, digamos.

Em 1906 Aquilino Ribeiro vai para Lisboa, onde a sua congénita personalidade de inconformado se adapta na perfeição ao ambiente revolucionário da capital nas vésperas da instauração da República. Em 1907 é preso e no ano seguinte evade-se, fugindo para Paris.

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A Leva da Morte

Artur Villares

Livros Horizonte, 1988

Há precisamente 70 anos Portugal fazia a primeira experiência totalitária da República, o Sidonismo, verdadeiro balão de ensaio do futuro consulado salazarista. Símbolo primeiro desse regime, Sidónio Pais dominou a época, as consciências e as pessoas.

Penetrando no dia-a-dia desse período, Artur Villares, sob a forma de memórias redigidas em 1933, cruza a realidade histórica com a ficção e relembra Fátima e o anti-clericalismo, a Grande Guerra e o dilema dos portugueses, a República e a Monarquia, o Poder e a violência, numa palavra, a Vida e a Morte entre 5 de Dezembro de 1917 e 14 de Dezembro de 1918.

70 anos depois, a crónica do Sidonismo, do Poder e da Ilusão, num texto emocionante, numa plena capacidade de comunicação, no limiar da Realidade e da Ficção.

publicado por Carlos Loures às 18:00

editado por João Machado em 03/05/2011 às 00:35
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