Henry Christy. (26 July 1810 – 4 May 1865), etnólogo inglês, nasceu em Kingston upon Thames.
Começou a trabalhar na industria de sombreiros do
seu pai em Londres, para passar depois a ser director do London Joint-Stock Bank, que abandonara para se dedicar à sua paixão de coleccionador. Tylor era um perigo. A sua religião quacre era uma ameaça social: Contrários tanto ao catolicismo, a religião da Igreja, como ao protestantismo, a religião do livro, os quacres promovem uma religiosidade inspirada na busca da manifestação de Deus, como ocorria no cristianismo primitivo. A fé quacre nasce no ambiente dos "inquiridores" (Seekers) ingleses, por obra de George Fox, que, em 1647, inicia a sua pregação nas Igrejas dissidentes. O nome quacre (quakers) deriva do inglês "to quake", que significa tremer e refere-se ao temor de Deus ou ao êxtase da inspiração, no decorrer das assembléias espirituais. Fonte: http://cf.uol.com.br/jubilaeum/historia_texto.cfm?id=705 Ou: http://www.guia.heu.nom.br/quacres.htm
Regressou ao Reino Unido, dedicou o seu tempo de investigação etnográfica, a ampliar sua formação académica e publicou o primeiro livro, Anahuac, or Mexico and the Mexicans, Ancient and Modern (1861; Anahuac, ou o México e os mexicanos, antigos e modernos), crónica da experiência mexicana. A consagração internacional de Tylor deveu-se entretanto a dois tratados que escreveu a seguir, Researches into the Early History of Mankind and the Development of Civilization (1865; Pesquisas sobre a história antiga da espécie humana e o desenvolvimento da civilização) e, sobretudo, Primitive Culture (1871; Cultura primitiva), no qual, sob a influência de Charles Darwin, Tylor expõe sua visão da história da humanidade como resultado do processo das capacidades mentais dos homens, do estado primitivo ao civilizado, que tem reflexos, por exemplo, na escala de crenças religiosas:
animismo, politeísmo, monoteísmo. Para Tylor, o objectivo da antropologia seria, portanto, estudar as leis do pensamento e da actividade humana em seu desenvolvimento nos diferentes estágios do conjunto uniforme da cultura, formada pela soma de conhecimento, ciências, arte, leis, moral, costumes, aptidões e hábitos dos homens. O último livro do pesquisador, Anthropology, an Introduction to the Study of Man and Civilization (1881), foi considerado excelente sumário do pensamento antropológico de sua época. O antropólogo dedicou-se, a partir de 1884, ao magistério na Universidade de Oxford e em 1912 recebeu o título de cavaleiro. Sir Edward Tylor morreu em Wellington, Somerset, Reino Unido, em 2 de Janeiro de 1917. Fonte: as minhas notas, os textos do autor, as minhas aulas e as palavras de: http://www.biomania.com.br/bio/conteudo.asp?cod=1652 Foi o seu derradeiro livro, um excelente resumo de como era, nos finais do Século XIX, conhecida e pensada a nossa ciência. Como todos os trabalhos de Tylor, rende conta do saber antropológico na base de uma vasta quantidade de informação, como um estilo lúcido e energético. (Minha tradução) O original inglês diz: His last book, Anthropology, an Introduction to the Study of Man and Civilization (1881-Macmillan and Company Londres e Nova Iorque-2ª Edição, 1889, comigo), is an excellent summary of what was, late in the 19th century, known and thought in that field. Like all Tylor’s work, it conveys a vast quantity of information in a lucid and energetic style.) Em: http://www.britannica.com/facts/5/81989/Facts-about-Anthropology-an-Introduction-to-the-Study-of-Man-and-Civilization-as-discussed-in-Sir-Edward-Burnett-Tylor-British-anthropologist-Assessment
Daryll Forde (1902 – 1973) Antropólogo Britânico, formado na Universidade de Califórnia, Berkeley, sob a orientação de Alfred Kroeber e RobertLowie. Nos EUA foi influenciado pelo crescente movimento da ecological anthropology. Ao tornar ao seu país, foi o líder da criação de antropologia ecológica no ensino da Antropologia Britânica. No University College de Londres, onde foi aceite como académico e leitor em 1945, organizou um convénio de tipo americano, que permitia trazer para a Grã-bretanha estudantes norte-americanos.
Forde trabalhou junto a Radcliffe - Brown, Meyer Fortes and Evans-Pritchard, contribuindo largamente a formação da escola structural functionalist. Entretanto, o orientados de Forde, Alfred Louis Kroeber(June 11, 1876 – October 5, 1960), era uma das mais influentes personalidades da American anthropology. Kroeber nasceu em Hoboken, New Jersey, formando-se no Columbia College aos 20 de idade, obtendo um Bacharelato em Arte (A.B) em Inglês em 1896, e um Mestrado (M.A) em Drama Romântico em1897. Foi orientado para o seu doutoramento, por Franz Boas na Columbia University, em 1901, aos seus 25 anos. A sua dissertação para o doutoramento, era um texto de 28 páginas sobre simbolismo decorativo, retirado do seu trabalho de campo com os Arapaho.
Apesar de ser principalmente conhecido como um cultural anthropologist, fez importantes trabalhos de archaeology, contribuindo com a Antropologia ao conectar as teorias de arqueologia com a de cultura.
John Ferguson McLennan (October 14, 1827 - June 16, 1881), Scottish ethnologist, nasceu em Inverness. Formou-se no King's College, Aberdeen, graduação com distinção em 1849,a seguir foi a Cambridge, Universidade na qual ficou até 1855 sem procurar outra graduação. Tinha-se formado em Direito e foi chamado a exercer a sua profissão (bar) na Escócia de 1857, tendo sido nomeado, em 1871, parliamentary draughtsman ou delegado parlamentar para Escócia, governada como era pelo Parlamento da Inglaterra, até os anos 90 do Século XX .
Em 1865 publicou o seu texto Primitive Marriage, livro que argumentava que dentro das formas simbólicas do matrimónio marriage das raças primitivas, existia o cerimonial de rapto ou roubo A partir de este facto pesquisado por ele, desenvolveu uma ideia inteligente da evolução da relação matrimonial e do crescimento das ideias de parentesco kinship, que, primitivamente, baseavam-se na lei primitiva.
Em 1866 escreveu na Revista Fortnightly Review (April and May) um ensaio sobre o parentesco na Grecia Antiga- Kinship in Ancient Greece-, para testar a sua hipóteses do Greel - matrimónio por rapto e toda a sua teoria exposta no seu livro que é analisado em estas linhas - Primitive Marriage; três anos mais tarde, aparecem uma série de ensaio sobre Totemism, na mesma Ver, entre os anos der 1869-1870.passos largos para o seu estudo sistemático das sociedades primitivas e antigas.
Julian Haynes Steward (31 de Janeiro de 1902 – 6 de Fevereiro de 1972) foi um antropólogo conhecido pelo seu papel no desenvolvimento de uma teoria científica de evolução cultural após a segunda guerra mundial. Fez os seus estudos de pré grau durante um ano em Berkeley, com dois tutores Alfred Kroeber e Robert Lowie. Transferiu-se para a Cornell University, formando-se em 1925 como Bachelor em Ciências de Zoologia. A maior parte das Universidades desses tempos careciam de departamentos de Antropologia, o Presidente da Universidade, Livingston Farrand, tinha ensinado previamente na Columbia University.
Farrand aconselhou a Steward que continuara o seu interesse (ou, nas palavras de Steward, escolhera uma vida de trabalho) em antropologia em Berkeley (Fonte: Kerns 2003:71-72). Foi assim como Julian Haynes Steward estudara com Kroeber e Lowie, em Berkeley. Sua tese de doutoramento: The Ceremonial Buffoon of the American Indian, a Study of Ritualized Clowning and Role Reversals, foi aprovada em 1929. A tese foi feita em biblioteca, baseado no seu conhecimento dos povos mencionados. O título da tese é uma autêntica palhaçada, com um profundo significado. Eram os rituais do povo que estudou e com o qual vivera, usados para criar a agua que faltava. Uma forma de reprodução até esse dia nunca pensada. Era a palhaçada par ensinar ecologia aos povos das montanhas altas, os Shoshone locais e ao povo Paiute, que não apenas estudou, mas viveu com eles, povo que acordou em ele um grande interesse em estas área do saber. Steward organizou um Departamento de Antropologia na University of Michigan, onde ensinara até 1930.
O Departamento ganhou notoriedade por ter contratado, como orientador dos estudos antropológicos, a Leslie White. Steward não concordava com os princípios dos universais da cultura do novo orientador, um evolucionista cultural. Em 1930, Steward transferiu-se para a Universidade de Utah, que chamara a atenção de Ateward pela sua proximidade com a Serra Nevada, e a proximidade com novos campos de investigação arqueológicas em Califórnia, Nevada, Idaho, e Oregon. As suas experiências na Montanhas Altas e os povos já mencionados, Shoshone e Paiute, foram um grande incentivo para desenvolver a sua teoria. A natureza é cuidada enquanto se ensina à pessoas a não ter medo delas. Daí o título e conteúdo da sua tese.
O interesse de Steward para pesquisar, estava centrado na subsistência ou a interacção dinâmica entre o ser humano, médio ambiente, tecnologia, estrutura social e a organização do trabalho sobre estas correlações — uma aproximação que Kroeber qualificara como excêntrica, original e inovadora. (Fonte: Ethno Admin 2003) Em 1931, Steward pressionara por dinheiro para começar uma pesquisa para começar uma pesquisa na Grã Bacia Hidrográfica dos Shoshone, com o apoio dos recursos de Kroeber Culture Element Distribution (CED) para investigação; em 1935 foi designado membro da endinheirada Smithsonian’s Bureau of American Ethnography (BAE), que publicara os seus trabalhos mais influentes. Entre eles: Basin-Plateau Aboriginal Sociopolitical Groups (1938), onde explicara até o mais mínimo detalhe o paradigma da ecologia cultural, afastando-se assim, com grande brilho, da orientação difusionista da antropologia americana. Fonte: DeCamp, Elise. Julian Steward; Kerns, Virginia. 2003:151 Scenes from The High Desert: Julian Steward's Life and Theory University of Illinois Press. Bem como as palavras com mais história, de: http://en.wikipedia.org/wiki/Julian_Steward Foi a maneira de esta equipa, que até no Peru, organizara a reprodução social conjuntural do Grupo Doméstico, dentro da teoria da Antropologia Ecológica.
Entre outras ideias importantes de Tylor, desenvolvidas no seu livro de 1871, está o de cultura, lato, como tinha já advertido: Cultura (do latim cultura, cultivar o solo, cuidar) é um conceito desenvolvido inicialmente pelo antropólogo Edward Burnett Tylor para designar o todo complexo e metabiológico criado pelo homem [1]. São práticas e acções sociais que seguem um padrão determinado no espaço. Se refere a crenças, comportamentos, valores, instituições, regras morais que permeiam e identifica uma sociedade. Explica e dá sentido a cosmologia social, é a identidade própria de um grupo humano em um território e num determinado período. Várias ciências desenvolvem o conceito da cultura, especialmente a fornecida por Voltaire em Filosofia Iluminista, Tylor Em Antropologia, já sabemos: esta ciência entende a cultura como a totalidade de padrões aprendidos e desenvolvidos pelo ser humano. Segundo a definição pioneira de Edward Burnett Tylor, sob a etnologia (ciência relativa especificamente do estudo da cultura) a cultura seria “o complexo que inclui conhecimento, crenças, arte, morais, leis, costumes e outras aptidões e hábitos adquiridos pelo homem como membro da sociedade”. Portanto corresponde, neste último sentido, às formas de organização de um povo, seus costumes e tradições transmitidas de geração para geração que, a partir de uma vivência e tradição comum, se apresentam como a identidade desse povo. O uso de abstracção é uma característica do que é cultura: os elementos culturais só existem na mente das pessoas, em seus símbolos tais como padrões artísticos e mitos. Entretanto fala-se também em cultura material (por analogia a cultura simbólica) quando do estudo de produtos culturais concretos (obras de arte, escritos, ferramentas, etc.).
Essa forma de cultura (material) é preservada no tempo com mais facilidade, uma vez que a cultura simbólica é extremamente frágil. Fonte, as anteriores citadas, especificamente o livro de Tylor de 1871, Primitive Culture: Tylor é considerado um representante do evolucionismo cultural. Em seus trabalhos Cultura primitiva e Antropologia, ele definiu o contexto do estudo científico de antropologia, baseado nas teorias evolucionárias de Charles Darwin. Ele acreditava que existia uma base funcional para o desenvolvimento da sociedade e religião, que ele determinou ser universal. A primeira definição científica de cultura é do antropólogo inglês Edward Tylor (1832-1917). Para Tylor cultura é a expressão da totalidade da vida social do homem. Desta forma, ele rompe com a teoria da degeneração que considerava os primitivos seres à parte. Tylor acreditava na capacidade do homem de progredir. Como cientista, partilhava dos postulados evolucionistas do seu tempo. Tentando provar a continuidade entre a cultura primitiva e a cultura mais avançada, se esforçava para demonstrar a inevitável caminhada do selvagem em direcção ao civilizado. Entre primitivos e civilizados não há uma diferença de natureza, mas, simplesmente, de grau de avanço no caminho da cultura (evolução). Para desvendar a passagem da cultura primitiva para a cultura civilizada, Tylor introduz na etnologia o Método Comparativo, buscando estabelecer estágios de evolução da cultura. Fundador do método comparativo, conforme me confidenciara a estudante de Malinowski, a minha querida velhinha Lucy Mair (28 January 1901 - 1 April 1986) da London School of Economics e do Royal Institute for International Affairs , torno a dizer que me contara nos nossos seminários das Sestas Férias do nosso Departamento de Social Anthropology em Cambridge, Tylor utilizava em suas pesquisas a "aritmética social", ou seja, dispunha os costumes em tabelas para ver como se relacionavam. Até este ponto a confidência. Li os livros de Tylor: estudou a questão da primordial ou primitivo e da patrilinearidade ou da matrilinearidade – que sistema surgiu primeiro? Após descobrir que nas sociedades matrilineares a mulher não exercia a autoridade, rejeitou os termos ‘matriarcal e ’patriarcal’. Frisou a importância do casamento entre filhos de irmãos e irmãs nas sociedades simples, desenvolvendo a frase casamento de primos cruzados, e também introduziu em Antropologia o termo sobrevivência, sendo esta instituição: • Processos, costumes, opiniões, etc., que foram transportados pela força do habito para um novo estado da sociedade diferente daquele em que se tinham organizado e, que, desta forma permanecem como provas e exemplo de uma condição cultural mais antiga de onde a mais nova se desenvolveu, [Tylor em Primitive Culture, 1913, vol.i, p.16, citado por MAIR 1985. Pp31] • Fonte: Comentários sobre o Evolucionismo Cultural: Edward B. Tylor (1832 - 1917) e J.C. Frazer (1854 - 1941) e o Evolucionismo Cultural
Sir James George Frazer (1 de Janeiro de 1854, Glasgow, Escócia — 7 de Maio de 1941, Cambridge), foi um influente antropólogo deviam passar entre povos primitivos por comércio, vigilância, tomar conta da ordem; ou por exploradores, missionários e outros viajantes e não por antropólogos formados em essa ciência ou etnógrafos treinados nos primeiros estágios dos estudos modernos de mitologia e religião comparada. Foi a sua obra a que inspirou a Malinowski pela metodologia comparativa, não por causa de trabalho de campo in situ. De facto, o primeiro em usar a metodologia de observação participante, foi Malinowski...quem deparara com uma surpresa: tinha escrito o seu livro sobre a família aborígene, que a pensava como nuclear.
No tempo em que foi preciso ir a Austrália, por ser cidadão de países inimigos na primeira grande guerra, deparou com a surpresa da família ser um conglomerado de indivíduos separados ou reunidos pela organização clânica. A partir desse dia, não descansou em comparar os efeitos económicos e psicológicos diferentes que a também diferente organização de uniões matrimoniais, traziam. Muito escreveu sobre a não existência do Complexo de Édipo e os rituais económicos prévios a compra e venda de bens. Foi a sua grande descoberta e, a partir desse dia, não há antropólogo que não faça observação participantes para ou reconstruir a história do seu povo ou para entender as formas psicológicas, emotivas e de pensamento de outros povos.
Malinowski marcou e definiu o começo de uma nova era para a Antropologia Social. Entre as suas obras, podem ser referidas «The economic aspects of the Intichiuma ceremonies», ensaio escrito no Nº11 Fetshrifl Tillegnad Edwuard Westermarck, Helsingfors, 1923; The foundalions of failh and morais, The Riddel Memorial Lectures, Oxford University Press: Londres, 1936. B. Malinowski e Júlio de la Fuenle, Mali¬nowski in Mexico: the economics of a Mexican market system, Routledge and Kegan Paul: Londres, 1982. Textos todos que, antes de ser livros, foram os escritos da juventude de Malinowski, que podem ser lidos no livro editado por Robert Thorton e Peter Shalnik The Early writings of Bronislaw Malinowski, 1992;ou na compilação do seu discípulo Robert Redfield: Magic, Science and Religion and other esays, Beacon Press: Boston, Massachussets, 1948. Há versão portuguesa, Edições 70: Magia, Ciência e Religião, 1984.
Robert Henry Lowe (June 12, 1883 – September 21, 1957) foi um American anthropologist nascido na Austrian. Perito em North American Indians, foi instrumental para o desenvolvimento da Antropologia Moderna. Lowe nasceu em Vienna, mas transferiu-se para United States em 1893, graduou-se no College of the City of New York (A.B.) em 1901, e na Columbia University (Ph.D.) em 1908, baixo a orientação de Franz Boas. Em 1909, foi curador assistente no American Museum of Natural History, Nova Iorque. Influenciado por Clark Wissler, Lowie passou a ser especialista indigenista das etnias Americanas. Desde 1921 até o seu se aposentar em 1950 foi Catedrático de Antropologia na University of California, Berkeley, na que, junto com Alfred Kroeber, passou a ser uma figura central no ensino e orientação de bolseiros em Antropologia.
Fonte: o meu saber, o livro de Marvin Harris de 1969: The Rise of Anthropological Theory, Routledge and Kegan Paul, Londres, 806 pp. e a informação da Wikipedia em: http://en.wikipedia.org/wiki/Robert_Lowie The Andaman Islander, Cambridge, Cam¬bridge University Press, 1922; The mother's brother in South Africa, ensaio publicado antes de ser livro, na Revista South African Journal of Science, vol. XXI, pp. 542-555. Sir A. R. Radcliffe-Brown e Daryll Forde, African systems of kinship and marriage, Oxford University Press: Londres, 1950. Pode parecer ao leitor que esta análise pormenorizada de tantos académicos que ensinaram, neste caso, a Radcliffe-Brown, pode ser um exagero. No entanto, parece-me que o conhecimento de uma ciência, não derive apenas do saber do candidato à academia, mas sim de transferências de conhecimentos dos mais velhos aos mais novos. A aprendizagem, como tenho provado em outros livros, é uma linha de cima para baixo, não é um círculo que começa com quem estudou antes e fecha quando as leituras do candidato estão feitas e provadas. Aliás, quem começa o seu treino académico, precisa viver com outros de diferente cultura, precisa de um intelectual que tenha passado antes por essa experiência. Muito bem lembro o meu próprio caso, narrado em outro livro meu, quando o meu orientador de doutoramento passava meses ao fio comigo no meu trabalho de campo. Ou essa a minha lembrança de antropólogos sob a minha orientação em qualquer país do mundo, e eu aparecia sem aviso prévio para observar os seus trabalhos. Parece-me conveniente dizer que a vida académica, toda ela, é uma colaboração do mais novo para os mais sabidos. Pequenas indicações, acabam por ser uma grande ajuda para o aprendiz de feiticeiro. Como esse caso de dois orientados meus, um alemão e um português, que iam comigo a terreno. A primeira questão que coloquei ao sairmos do carro e andar poucos quilómetros, foi dizer: essa pedra que está aí faz-me lembrar o cerimonial corrobbori estudado por Durkheim. Solicitei uma explicação do porque parecia ser, a resposta foi inteligente, pedi para a apontarem para não esquecerem da sua habilidade. Pediram-me papel e lápis para apontar. Fingi estranheza – bem sabia eu que nada tinham – e perguntei: meus senhores, e os vossos diários de campo, por onde andam? No carro! Tornaram a andar baixo o sol muito quente do sítio no qual estávamos e nunca mais esqueceram a lição. É o que eu chamaria a hermenêutica do saber ou interpretação do sentido das palavras, factos e ideias. Também definiria como arte de interpretar leis, códices, textos sagrados, etc. Sem sabermos os caminhos percorridos por Haddon, Rivers, as suas surpresas, ou a constelação de intelectuais como Kroeber, Lowie e os outros citados, era impossível entender as mudanças às que Radcliffe-Brown submetera à ciência da antropologia, ou essa a sua proposta de denominar Etnólogos aos que estudavam ritos e mitos em textos, e Antropólogos Sociais aos que iam ao terreno e retiravam o seus dados de genealogias, histórias de vida, trabalho físico, participar em rituais e festas de danças com orquestra ou gramofone.
Em síntese, sem Durkheim, Whitehed, Haddon, Rivers, Boas, não teria havido Kroeber. Sem Kroeber, não haveria Radcliffe-Brown; sem este, não haveria Evans-Pritchard, Meyer Fortes, que também precisou de Seligman para ser cientista trabalho de campo. Todos eles, fizeram um Goody, um Macfarlane, um Stuchlik, sem todos eles, eu não era o que sou, um Antropólogo Social com trabalho de campo, comparado com os trabalhos de Antropólogos dos académicos que Jack me apresentara: Maurice Godelier e de ai, Pierre Bourdieu, Françoise Heritiér, Louis Assieur – Andrieu, Philippe Descola e a incomparável colega e amiga, Marie – Élisabeth Handman. Uma equipa completa que, ao longo dos anos, fuomos juntando seminários no Collège de France, em Paris e o ISCTE em Lisboa. Sem todos eles, eu teria sido incapaz de andar essas milhas de trabalho de campo, percorridas por vários países. De mim para baixo, na cronologia do tempo...tantos, que nem me lembro e que ainda andam por ai...penso eu. Uma genealogia intelectual difícil de construir pela proximidade ou distância dos anos e experiências, as vezes distantes, as vezes a par um de outro. É-me impossível não deixar esta nota: os velhos académicos eram sempre acompanhados pelos académicos novos. Hábito que, parafraseando a famosa escritora norte-americana Margareth Mitchell, o vento do neoliberalismo levou…
Johann Jakob Bachofen * (Basiléia, 22 de dezembro de 1815 -. † ibid, 25 de novembro de 1887) foi um advogado, antropólogo, sociólogo e estudioso suíço, teórico do matriarcado. Ele é lembrado principalmente por sua teoria do matriarcado (em alemão, Mutterrecht, que literalmente significa "lei mãe"), título de sua prolífica obra Matriarcado: Uma investigação sobre a natureza religiosa e jurídica do matriarcado no mundo antigo (1861). E
Este apresentou uma visão radicalmente nova do papel das mulheres em uma ampla gama de sociedades antigas. Bachofen coletados e contou com vários documentos para provar que a maternidade é a origem da sociedade humana, religião, moralidade e decoro, escrevendo sobre as antigas sociedades de Lycia, Creta, Grécia, Egito Índia, Ásia Central, Norte de África e Espanha. Concluída a obra, ligando a lei arcaica da mãe com o culto cristão da Virgem Maria.
Bachofen tirou conclusões sobre o matriarcado arcaico que ainda hoje são válidas. Houve pouca reação inicial à teoria de Bachofen da evolução cultural, em grande parte devido ao seu estilo literário impenetrável, mas, eventualmente, bem como uma feroz crítica, o livro solicitado várias gerações de antropólogos, filósofos sociais, e mesmo os escritores: Friedrich Engels, que costumava Bachofen para seu Origens da Família, da Propriedade Privada e do Estado, Thomas Mann, Erich Fromm, Robert Graves, Rainer Maria Rilke, Henry Lewis Morgan, Jane Ellen Harrison, que se sentiu inspirado a dedicar Bachofen sua carreira com a mitologia, Joseph Campbell, Otto Gross e Julius Evola. _________________ * Em Castelhano no original.
Este texto foi incluído no Estrolabio, pela primeira vez, em 29 de Agosto de 2010. Pelo seu especial interesse e por ter relação com algumas matérias que temos abordado voltamos hoje a publicá-lo.
Prosseguindo neste debate em que, com o Adão Cruz, tenho vindo a dar achegas para a compreensão da poesia enquanto fenómeno social, trago hoje um testemunho de um filósofo e antropólogo britânico, George Derwent Thomson (1903-1987). Num estudo que publicou em 1945 e que a que deu o título de «Marxism and Poetry» (com uma edição portuguesa, da Teorema, em 1977 – «Marxismo e Poesia»), aborda o tema de uma óptica onde se integram a sociologia, a antropologia e a linguística. Baseia-se, principalmente, em estudos de campo e na recolha de testemunhos de sociedades primitivas, já que a poesia produzida por esse tipo de sociedades não pode ser estudada em espécimes escritos; a sua natureza oral antecede em muitos milhares de anos a escrita e o conceito de literatura. Como Thomson diz, a poesia representa um tipo especial de palavra – se queremos estudar a sua origem, temos de a procurar na origem da palavra e isto, em última análise, significa estudar a origem do homem, pois a palavra constitui um dos traços distintivos mais importantes do homem.
O aparecimento do homem não está cabalmente explicado e localizado no tempo. Há, porém um ponto em que os investigadores estão de acordo – o homem diferencia-se dos outros primatas através de duas características principais: pelo uso sistemático de utensílios especializados e pela palavra. De uma forma mais geral, os primatas diferem dos vertebrados inferiores por serem capazes de permanecer de pé e de usar as extremidades anteriores como mãos. Ter-se-ão desenvolvido e evolucionado a partir de condições particulares do meio e que determinaram um progressivo aperfeiçoamento da região do cérebro que comanda os órgãos motores. Animais florestais, a vida nas árvores, exigiu-lhes agilidade, rigorosa coordenação da vista e do tacto (visão binocular e um delicado controlo muscular). Desenvolvidas as mãos, elas colocaram ao cérebro uma gama de novos problemas, recebendo em troca um mundo de novas possibilidades. Desde a origem, portanto, existiu sempre uma total ligação entre a mão e o cérebro.
O homem difere dos outros primatas evoluídos, por conseguir não só colocar-se de pé, mas andar erecto, usando só os membros inferiores. Há quem defenda que esta aptidão se desenvolveu em consequência de um despovoamento arborícola que o forçou a instalar-se no solo. Seja isto verdade ou não, o importante é ele ter operado uma completa divisão, uma especialização, entre as funções das mãos e as dos pés. Os dedos grandes dos pés perderam a preensabilidade; os dedos das mãos atingiram um elevado grau de destreza, desconhecida entre os demais primatas superiores – gorilas e chimpanzés, por exemplo, podem manipular troncos e pedras e usá-las como armas ou ferramentas, mas só as mãos humanas conseguem transformar esses materiais em utensílios especializados.
Esta terá sido uma etapa decisiva, pois marcou o início de um novo sistema de vida – o homem, equipado com utensilagem, lançou-se na produção dos seus meios de subsistência, em vez de pura e simplesmente deles se apropriar – cavou a terra, plantou-a, regou-a, colheu, moeu os grãos, fez o pão. De utente passivo da natureza, passou a controlá-la e, nessa luta por dominá-la, apercebeu-se de que ela se regia por leis próprias, independentes da sua vontade. Apreendendo o sentido dessas leis naturais, deixou de ser escravo da natureza, passou a ser seu amo.
Necessitando de encontrar uma explicação para o universo, concebia-o como coisa que pudesse ser transformada por actos arbitrários da vontade – terá surgido a magia como técnica ilusória compensadora da falência da técnica real; ou digamos antes que é a técnica real apresentada sob um aspecto subjectivo. O acto mágico é a tentativa que os homens fazem para impor a sua vontade ao meio, imitando o processo natural que querem desencadear – se querem chuva, executam uma dança em que imitam o movimento das nuvens adensando-se, o ruído do trovão, o raio que cai… Nos estádios iniciais, o trabalho de produção era colectivo. As mãos da comunidade trabalhavam em conjunto e, o emprego de utensílios, motivou um novo meio de comunicação. A gama de gritos animais é limitada. No homem, porém, esses gritos tornaram-se articulados, foram elaborados e sistematizados como meios de coordenação dos movimentos do grupo. Por isso, quando inventou os utensílios, o homem inventou a palavra. Mais uma vez se verifica a íntima ligação entre a mão e o cérebro.
Quando vemos uma criança a tentar manejar pela primeira vez um pequeno martelo, podemos imaginar o grande esforço mental que as tentativas iniciais para usar um utensílio devem ter custado ao homem. Tal como as crianças na orquestra do infantário, o grupo trabalhava em comum e cada movimento da mão ou do pé, cada golpe sobre uma pedra ou sobre uma vara era ritmado por um recitativo mais ou menos inarticulado que todos cantavam em uníssono. Sem esse acompanhamento vocal o trabalho não poderia ser executado. A palavra terá, pois, surgido como elemento essencial da produção colectiva.
À medida que a habilidade foi evoluindo, o acompanhamento vocal ritmador foi deixando de constituir uma necessidade psíquica. Os elementos do grupo foram sendo capazes de trabalhar individualmente. Mas o aparelho colectivo sobreviveu sob a forma de uma repetição executada antes do início da tarefa concreta – uma dança através da qual os trabalhadores reproduziam os movimentos colectivos que anteriormente eram indissociáveis da tarefa propriamente dita. É aquilo a que os antropólogos chamam «dança mimética» e que ainda hoje se pratica entre as tribos primitivas.
Entretanto, a palavra desenvolveu-se – de acompanhamento directo do emprego de utensílios, na origem, transformou-se em linguagem tal como hoje a conhecemos – um meio de comunicação, consciente e articulado, entre os indivíduos. Sobreviveu na dança mimética e, enquanto parte falada, manteve a função mágica. Assim, em todas as línguas, encontramos dois modos de conceber a palavra – a «palavra corrente», o meio de comunicação quotidiano entre os homens, e a «palavra poética», material mais expressivo e mais apropriado aos actos colectivos do rito fantástico, rítmico e mágico.
Tentei aqui sintetizar, reproduzindo o sentido, o raciocínio de Thomson. Se o seu raciocínio é correcto, isso significa que a linguagem poética é essencialmente mais primitiva do que a palavra corrente, na medida em que preserva em elevado grau as qualidades de ritmo, de melodia, de fantasia, inerentes à palavra enquanto tal. Sendo apenas uma hipótese, apoia-se no que se conhece das sociedades primitivas – verificamos que a diferenciação entre a palavra poética e a palavra corrente é relativamente incompleta. Thomson estabelece, pois, uma estreita ligação entre colectividade, trabalho e poesia. É uma tese que vem colidir com os que querem que a poesia se situe num plano isolado (e superior) da realidade objectiva; esta teoria vincula a palavra poética, desde a sua mais remota origem, às tarefas concretas do quotidiano, nomeadamente ao trabalho.
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É a metodologia usada por Radcliffe-Brown para a recolha de dados para escrever os seus textos que passo a analisar. Metodologia que começou a utilizar na sua pesquisa entre os Ilhéus do arquipélago Andaman the Birmânia, entre 1906 e 1908, como estudante do fundo Anthony Wilkin em Etnologia da Universidade de Cambridge da Grã-bretanha O seu objectivo era ser membro do Trinity College da Universidade, para se graduar em Etnologia com a colaboração do então Doutor em Etnologia, Alfred Cort Haddon (1855-1940), leitor na Universidade de Cambridge, etnólogo, ates era biólogo, e membro da Faculdade Christ's College desde 1900, e a colaboração de William Halse Rivers Rivers, da Faculdade St John’s College, English anthropologist, neurologist, ethnologist e psychiatrist ajudaram ao antigo estudante de medicina Radcliffe-Brown a se converter em Etnólogo, com formação em psicanálise. Colaboração que foi de grande utilidade para Radclffe-Brown, que andava a analisar Ilhéus do Arquipélago Andaman do Golfo de Bengala que banha à Birmânia. O nosso autor estudou os Andaman na época em que Etnólogos e Arqueólogos analisavam as suas instituições e costumes. Não foi em vão que William Rivers organizara uma expedição ao Estreito de Torres para compilar dados de como éramos antes de ser o que hoje somos. O Estreito de Torres é uma larga savana da água, entre Australia e as Ilhas Melanésicas ou Melanesian island de New Guinea. Seu comprimento é de 150 km (quase 93 milhas marítimas).
Ao Sul, limita com a Cape York Peninsula, o extremo mais ao norte continental do Estado Australian de Queensland. Ao norte o seu limite é Western Province do Estado Independente de Papua New Guinea. Sítio do estudo de Radcliffe – Brown, por iniciativa de Haddon, para estudar as instituições e a sua gestão. Rivers era necessário por causa de ser psicanalista, Seligaman, patologista, um professor primário para entender como eram ensinadas as crianças, Sidney Ray e o jovem estudante de 1890, Anthony Wilkin, para fotografar espécies raras. Esta viagem ao Estreito de Torres marcou uma ponta de viragem na ciência antropológica. Era a primeira vez que académicos iam a terreno. O que pensavam encontrar, não existia. Era bem mais complicado: formas de matrimónio, significado de palavras, compromissos, organização social e outras funções de interacção bem mais complexas do que era esperado. Foi o motivo pelo que animaram a Radcliffe-Brown a estudar as funções sociais que eles não conseguiam entender com o seu saber ocidental. Com as pesquisas e descobertas de Radcliffe-Brown, todos os formados em patologia, zoologia, ciências da educação, passaram a ser antropólogos, após as explicações do nosso autor. A primeira ideia de Radcliffe-Brown foi distinguir entre significado e função. Significado era o conteúdo de uma Função social. Os académicos antigos, estudavam a narrativas do mito, sem entrar pelo seu significado. Significado que Sir Archibald soube explicar no seu texto a função do mito, por exemplo. O significado é o conteúdo do facto. Há palavras que falam por elas próprias, como essa explicada por ele: a da Polinésia Tapu, traduzida ao inglês como Taboo encontrada por ele nas suas pesquisa na ilha Manus e que explica na sua lição Frazer de 1939, impressa pela Cambridge University Press esse mesmo ano, diz que em toda sociedade há comportamentos permitidos e outro proibidos e punidos. A punição não é apenas como no ocidente, onde está estabelecido que tabus são proibições para relações sexuais entre parentes consanguíneos, mas não apenas. Palavra introduzida da polinésia, que significa, principalmente, o quebre de regras sociais, a desobediência a um chefe, punição de crianças para não se intrometer em ideias e matérias definidas como o saber dos adultos.
(Continuação)
Este texto não precisa de comentários, excepto dizer que é retirado da realidade social, que segue as águas do moinho da procura da liberdade do homem. Mas, como já comentei, essa liberdade é a subordinação à lei que nos governa e define cada passo que damos na nossa vida e dá nomes às pessoas conforme o seu comportamento. A capacidade de raciocinar, de pensar e decidir, é o que traz a liberdade ao ser humano. O problema é que liberdade… O texto, como todos os outros denominados sagrados que referi, remete a actividade humana para uma metáfora que não vive entre nós, que radica na mente do ser humano e que dita leis por meio de pessoas como Moisés, Elias, Jesus, hierarquias pontifícias, formas de acreditar e que, no fim dos finais, é parte da cultura ou formas de comportamento adequadas às conveniências da nossa individualidade. O que é adequado à nossa pessoa, é viver sem pecado, quer dizer, sermos capazes de fixar um último bem, uma auto-estima que, em metáfora, está definida como a procura de Deus, muito embora a divindade não esteja definida em parte nenhuma. É aí que Freud e os seus seguidores foram capazes de ver as dificuldades da vida, para além da metáfora e entrar dentro de cronologias e contextos genealógicos, orientados por uma libido erótica que leva à reprodução. Ideia que o texto que comento não refere, antes pelo contrário, retira da materialidade da vida o que a ilusão de sermos pais tinha colocado: factos históricos, com provas complementares para demonstrar a sua verdade.
Edmund Leach (1910-1989), foi um Antropólogo Britânico que influenciou notavelmente à teoria da ciência da social anthropology. Foi um dos líderes na via de propagar o método neo-structuralism dentro da academia britânica, em conjunto com Mary Douglas, Rodney Needham, e Victor Turner. Leach nasceu em Sidmouth, Devon, foi educado no colégio privado em Marlborough School e na Faculadade Clare College, da Universidade de Cambridge. Fez os seus estudos de pós graduação na London School of Economics (LSE), orientado por Bronislaw Malinowski, e quando este se transferira para as Universidades de Cornell, Harvard e Yale University dos EUA, essa orientação passou para Raymond Firth. Continuou a sua carreira académica ensinando na London School Economics na da Cambridge. Continuou a sua carreira de docente universitário como Provost ou Reitor da Faculdade do Rei o King’s College, entre (1966-1979), presidente do Royal Anthropological Institute (1971-1975), membro académico da British Academy desde 1972, e foi armado Cavalheiro da Monarquia em 1975. Fonte: a minha memória e privacidade com ele, especialmente na sua casa.
O seu trabalho de campo começou com uma viagem a Tobago em 1936, como médico de uma expedição antropológica. A seguir fez a sua própria expedição entre os Kachin, hoje em dia Myanamar, interrompido por causa da Guerra. Mais tarde fez trabalho de campo Bornéu, entre os habitantes da região cultural Curda, Kurdish cultural region, hoje em dia a moderna Myanmar de Sri Lanka. A sua análise é um repto: o seu modelo de uma sociedade fluida e instável que possui comportamentos conflituosos, desafiou a ideia tradicional britânica de ser os grupos estudados modelos de estruturas estáveis e funcionais, enraizada na mente antropológica britânica.
O seu trabalho influiu profundamente no desenvolvimento da antropologia política. Leach também interpretou e introduziu na Grã-Bretanha os textos de Claude Lévi-Strauss. Os vários trabalhos de Sir Edmund Ronald Leach, incluem livros afamados pelo seu posicionamento estruturalista semiótico, como: Political Systems of Highland Burma (1954); Rethinking Anthropology (1961); In Pul Eliya: A Village in Ceylon (1961); e Social Anthropology (1982). Em 1967 as suas Lições Reith, abalizando problemáticas sociais na Grã-Bretanha, foram transmitidas pela BBC. Era denominado o Lévi-Strauss Britânico. Dele aprendi como trabalhar com grupos sociais que não realizam funções específicas, mas são um tecido de interacção recíproca e solidária, em donde as palavras ditas tinham um objectivo: aprendi com ele que as palavras falam pelo que estudar parentesco e propriedade, era definir os lugares sociais que as pessoas representam. Esta aproximação estruturalista, é a sua análise da conjuntura da reprodução social dos grupos domésticos. Para ele o que existia não era moléculas de uma grande e larga sociedade: eram seres humanos hierarquicamente classificados pela sua interacção e pelas suas posses de terra e o saber trabalhar o que deles era.
Meyer Fortes (April 25, 1906 – January 27, 1983) era um South African social anthropologist, bem conhecido pelos seus estudos sobre parentesco, e cultures. Por meio das suas comparações objectivas entre o seu próprio Judaism e religious beliefs (crenças religiosas) dos grupos tribais Tallensi e Ashanti de Ghana. Teve grande influência na dinamização dos estudos comparados em ethnology, especialmente em relação aos aspectos religiosos de diferentes tribos africanas que ele estudara, Fortes encontrou numerosas semelhanças. Por estar bem formado em psychologist e anthropologist, o seu trabalho se endereçou sobre o papel que desempenhavam as crenças religiosas e sentimentos de fé na social structures e comportamento cultural, sem analisar para nada as crenças doutrinais. Assim, o seu trabalho foi um contributo inapreciável para o nosso entendimento de valores universais comuns entre vários grupos, apoiando assim o bom entendimento e harmonia da interacção entre vários povos do mundo. Fonte: as minhas leituras, as nossas conversas, a leitura da sua obra e a aplicação da sua teoria entre os grupos sociais por mim estudados, com as palavras de: http://www.newworldencyclopedia.org/entry/Meyer_Fortes, fonte de informação também
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Reo Franklin Fortune (1903 – 1979) era um Antropólogo Social da Nova Zelândia, que estudara os Dobu, leitor em Antropologia Social na Cambridge University, especialista em línguas e culturas melanêsicas. Formou-se primeiro em Psicologia. Após formatura, casou com Margaret Mead. Malinowski os enviou em trabalho de campo para New Guinea, entre 1928 e 1935. É também conhecido pela sua contribuição à matemática, com a sua teoria chamada Fortunate number, que pode-se aprender em http://en.wikipedia.org/wiki/Fortunate_number .
Fonte: Adam, Kuper (1994). The Chosen Primate: Human Nature and Cultural Diversity. Harvard University Press. pp. 186-189. ISBN 0674128265. http://books.google.co.uk/books?id=OwhCKy-EYCUC&pg=PA187&dq=%22Reo+Fortune%22+-inauthor:fortune+-inauthor:mead&num=100&client=firefox-a&sig=wiwOPdrf0iFzvKsgg_yf_Ry-r1Q#PPA186,M1. Tive o prazar do conhecer e privar com ele no mesmo departamento de Antropologia e Arqueologia da mesma Universidade. A sua amabilidade, serenidade e humildade no seu saber, que constrangia. Como a minha amiga e vizinha Audrey Richards, nós dois a habitar na mesma rua, Bateman Street 63 nós e ela em Hills Road em Cambridge, eu com a minha família, e ela com a sua governanta. Para saber dela, pode-se ler a entrevista a sua antiga estudante, hoje Dame Marilyn Sthratern, em: Mana vol.5 n.2 Rio de Janeiro- Oct. 1999, acessível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-93131999000200007&script=sci_arttext A inteligência e sabedoria, diziam eles, do seu Prof. Malinowski, ajuda a comparar a necessidade do véu de ouros, aos bens e trocas de pessoas no Kula. Kasper Bronislaw Malinowsk aos seus 30 anos. É evidente, acrescentavam, que este título é resultado de conversas com Seligman e Frazer, peritos em mitos gregos e em trabalho de campo, quer no sítio, quer na Melanésia, como Seligman. Os Massim precisavam do alimento como os Argonautas do véu de ouro para reclamar direitos adquiridos por convénio. Não é pela viagem que os habitantes das ilhas Amphlet do arquipélago, o das ilhas Trobriand dos Massim, ou dos Dobu, dos Moratu e os Murua, ou ainda os Malú, que a viagem é feita. Bem que o Mestre se tenha concentrado nos Massim do Norte do Arquipélago, enquanto os seus discípulos, esses os meus velhos amigos, Reo Fortune estudava a etnia Dobu – com terror, pensava-se deles como um grupo canibal. Reo Fortune e a sua mulher Margaret Mead entenderam que comiam ritualmente carne humana, partes do fígado de um defunto dentro de um ritual para assegurar o seu retorno entre os vivos. Audrey foi enviada em trabalho de campo entre a etnia Bemba de antiga Rodésia, grupo transumante por causa da pastagem e de água. Audrey ficou tão habituada, que tinha a sua casa de inverno na nossa rua, Bateman St com Hills Rd, e outra fora da cidade, a que se transferia todos os verões para tomar conta das suas ovelhas no seu quintal da casa de campo.
MEMÓRIAS DE PADRES INTERESADOS - ENSAIO DE ETNOPSICOLOGIA DE LA INFANCIA
(Continuação)
Notas 141 a 160
[141] O que árvore tem a ver com música? Muita coisa. Isto porque mais de 200 espécies diferentes de árvores são utilizadas para fabricar instrumentos musicais - e 70 delas estão ameaçadas de extinção.
Entre estas árvores ameaçadas está o pau-brasil, que ocupa hoje 5% do seu hábitat natural na época do descobrimento do Brasil.
Para reforçar a conscientização ecológica, o saxofonista Courtney Pine, um dos grandes nomes do jazz britânico, vai participar de um concerto neste sábado, em Norfolk, na Inglaterra.
O evento é parte do projeto Sons das Florestas, uma parceria entre a ONG brasileira Amainan e a ONG britânica Flora and Fauna International.
Ressonância
A associação entre o uso de madeira e a confecção de instrumentos nem sempre é ressaltada, mas para se fabricar um violão, utiliza-se quatro tipos diferentes de madeira. A construção de um violino exige até sete variedades diversas.
Há séculos, madeiras nobres, como o mogno, são procuradíssimas por sua excelente ressonância.
A madeira de lei já imortalizou instrumentos incríveis como os violinos Stradivarius e os pianos Steinway, isso sem falar nas peças mais básicas que fazem a trilha sonora de todo o dia.
O concerto deste sábado será aberto pelo grupo de jazz Nóis, liderado pela brasileira Mônica Vasconcelos, seguido pelo sax de Courtney Pine, músico que carrega um pouco da natureza no próprio nome (Pine quer dizer Pinho, em inglês).
Dificuldades
Segundo Camila Iturra, coordenadora do projeto Sons da Floresta, o importante é conscientizar o mercado musical da importância do desenvolvimento sustentável das florestas, especialmente a Mata Atlântica, hábitat do pau-brasil.
"A árvore nacional brasileira, o pau-brasil, é procuradíssima para vários usos comerciais. No caso da música, os especialistas consideram que não há madeira melhor no mundo para fazer o arco do violino do que o pau-brasil. é uma árvore muito importante para o Brasil e para o mundo", diz Iturra. O texto está en luso brasileño y queda como está para no perder las ligaciones para otros sitios. El texto no tiene faltas, es la forma de escribir y hablar la lengua lusa por la población del Brasil.
[142] Laguna Verde es el espácio, a 15 kilómetros al Sur de Valsaríamos, donde nuestro padre tenái su indústria. Está mencioabada en las varias entradas Internet de: http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&q=Chile+Laguna+Verde&btnG=Pesquisa+do+Google&meta=. Fueron los mejores años de mi vida: hacer teatro com mi amiga Irmita y otros, com mis hermanos, com Juan González, uno de los chóferes del papá. El no era el dueño de todo, tenía sí, el mando y la mayor cantidad de acciones de la Empresa Norteamericana, chilenizada en los años 60 del Siglo XX, que pasó a llamarse Chilectra.Era ¡tan querido, simpático y divertido! Fue en dónde más enamoré y en el sítio que perdí mi virginidad a los trece años... con una empleada, como mis primos, amigos y hermano Jaime, hicieron después. Adoraban pasar sus vacaciones en nuestra quinta a la orilla del mar.- Todo quedó serio después, cuando formé dos sindicatos: el de los pescadores de la Caleta Hornillas, y en Chilectra, "contra" el papá. Y una compañía de teatro, para divertirnos, con mi amiga Irmita o Irma Ramírez Mella, con la cual aún nos corespondemos: ella bisabuela, yo, abuelo. En este día en que su hijo José António, 26 de Mayo, cumple. 39 años... Y yo, que me gloriaba de ser padre de una hija que en breve tendrá 40. Ella fue madre vieja, yo fui padre joven. A pesar de que estamos en empate, porque su hija mayor tiene 42 años... tres más que Eugenia. Informado al teléfono por mi Irmita, el 1 de Junio de 2008. Agradezco la información y la correción!
[143] El concepto, escrito en portugués y en inglés, significa: honrar con honor y respeto a alguien que nos hace un bien o que despierta admiración en nosotros por su comportamiento en la vida, casi como si tuviera un poder divino <los griegos antiguos worshipped muchos dioses diferentes>
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