Domingo, 19 de Junho de 2011

A República nos livros de ontem nos livros de hoje - CLXXVIII e CLXXIX, por José Brandão

Sidónio Pais

 

Ídolo e Mártir da República

 

Rocha Martins

 

Bonecos Rebeldes, 2008

 

Na redacção da Luta, pelas noites quentes de Agosto, o senhor Brito Camacho jogava o bluff no jardim coberto, e pela sua frente, em cumprimentos respeitosos, passavam oficiais, de todas as Armas, alguns fardados, que iam conspirar com Sidónio Pais. O chefe unionista, fingindo-se atento às cartas, enviesava o olhar para essa gente nova que chegava, cheia de fé, e num furor mal contido contra o Governo democrático.

 

Desde 1913 que se amontoavam revoltas, se excitavam ânimos, se soltavam cóleras, se faziam envolvimentos, de todos os partidos, sempre fracassados, o que enchia de orgulhosa força os detentores do Poder e os fazia aguardar, desdenhosos e audazes, as explosões da rua, para as dominar aumentando o seu prestígio.

 

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O Sidonismo e o Movimento Operário Português

 

António José Telo

 

Ulmeiro, 1977

 

É inútil realçar a importância dos anos de 1917-1919 a nível da história mundial. Já na história portuguesa, contudo, a sua importância é geralmente desprezada, apesar de os acontecimentos então vividos terem então marcado profundamente todo o século XX português.

 

Em Dezembro de 1917, Sidónio Pais, oficial do exército praticamente desconhecido, é levado por um golpe militar vitorioso ao lugar cimeiro da política portuguesa, apoiado num amplo bloco de classes possuidoras, e mesmo no proletariado durante os primeiros meses. O que parecia ser mais um vulgar golpe militar não tarda muito em transformar-se numa experiência politica única e insólita em Portugal e mesmo no mundo, cujo total alcance só poderia ser compreendido a posteriori.

 

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publicado por João Machado às 17:00
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Sábado, 19 de Março de 2011

A República nos livros de ontem nos livros de hoje - XXVI e XXVII, por José Brandão

A Regra do Jogo, 1980

 

 

 

 

Decadência e Queda da I República Portuguesa

 

1º Vol.

 

António José Telo

 

Regra do Jogo, 1980

 

Este livro começou por ser um estudo sobre o 28 de Maio, seu carácter e causas. Simplesmente, ao fim de pouco tempo tornou-se claro que as verdadeiras causas do 28 de Maio e do fim da República se tinham de ir buscar ao pós-guerra, ao modelo então ensaiado e às contradições geradas. Aquilo que era para ser um pequeno estudo, foi-se alargando e prolongando ao longo de meses e anos, interrompido algumas vezes por força das circunstâncias. De uma maneira quase imperceptível para o próprio autor, foi abrangendo sectores inicialmente desprezados e transformou-se num grosso maço de centenas de folhas.

 

Finalmente tornou-se necessário dividir o conjunto em dois livros, para não se ser obrigado a publicar uma obra demasiado volumosa e cara.

 

O primeiro período abrange os anos 1919-1922, aquilo a que se pode chamar o pós-guerra.

 

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Decadência e Queda da I República Portuguesa

 

2º Vol.

 

António José Telo

 

A Regra do Jogo, 1980

 

 

 

 

 

 

A imprensa conservadora recebe favoravelmente a estabilização e o novo decreto sobre os bancos, mas não se mostra satisfeita, O «Jornal do Comércio e das Colónias», por exemplo, reclama contra a continuação do «monopólio» do desconto directo da Caixa Geral dos Depósitos e contra a nomeação governamental de directores para o Banco de Portugal e o Banco Nacional Ultramarino.

 

Mas também neste campo o gabinete revela a sua mudança de atitude ao nomear para o Banco Nacional Ultramarino Cunha Leal, um dos principais dirigentes conservadores. Assiste-se assim ao paradoxo de Cunha Leal, um dos maiores opositores do decreto de José Domingues dos Santos, entrar para a direcção do BNU pela mão do Governo que atacava e por obra e graça do decreto que esconjurara violentamente.

 

 

 

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publicado por João Machado às 17:00
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Sexta-feira, 3 de Dezembro de 2010

Dicionário Bibliográfico das Origens do Pensamento Social em Portugal (49)

O Sidonismo e o Movimento Operário Português
António José Telo

Ulmeiro, 1977


É inútil realçar a importância dos anos de 1917-1919 a nível da história mundial. Já na história portuguesa, contudo, a sua importância é geralmente desprezada, apesar de os acontecimentos então vividos terem então marcado profundamente todo o século XX português.
Em Dezembro de 1917, Sidónio Pais, oficial do exército praticamente desconhecido, é levado por um golpe militar vitorioso ao lugar cimeiro da política portuguesa, apoiado num amplo bloco de classes possuidoras, e mesmo no proletariado durante os primeiros meses. O que parecia ser mais um vulgar golpe militar não tarda muito em transformar-se numa experiência politica única e insólita em Portugal e mesmo no mundo, cujo total alcance só poderia ser compreendido a posteriori.

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O Sindicalismo em Portugal

Manuel Joaquim de Sousa

Afrontamento, 1976
História do movimento sindical em Portugal desde os primórdios das velhas associações de classe até ao ano de 1926, escrita por esse notável militante anarco-sindicalista que foi Manuel Joaquim de Sousa  secretário-geral da Confederação Geral do Trabalho e redactor principal d'A Batalha, então o terceiro jornal diário mais vendido no país! Esta edição conta com prefácio e notas de Emídio Santana
publicado por Carlos Loures às 18:00
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Sexta-feira, 24 de Setembro de 2010

República nos livros de ontem nos livros de hoje - 179 e 18 0 (José Brandão)

Sidónio Pais

Ídolo e Mártir da República

Rocha Martins

Bonecos Rebeldes, 2008

Na redacção da Luta, pelas noites quentes de Agosto, o senhor Brito Camacho jogava o bluff no jardim coberto, e pela sua frente, em cumprimentos respeitosos, passavam oficiais, de todas as Armas, alguns fardados, que iam conspirar com Sidónio Pais. O chefe unionista, fingindo-se atento às cartas, enviesava o olhar para essa gente nova que chegava, cheia de fé, e num furor mal contido contra o Governo democrático.

Desde 1913 que se amontoavam revoltas, se excitavam ânimos, se soltavam cóleras, se faziam envolvimentos, de todos os partidos, sempre fracassados, o que enchia de orgulhosa força os detentores do Poder e os fazia aguardar, desdenhosos e audazes, as explosões da rua, para as dominar aumentando o seu prestígio.

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O Sidonismo e o Movimento Operário Português

António José Telo

Ulmeiro, 1977

É inútil realçar a importância dos anos de 1917-1919 a nível da história mundial. Já na história portuguesa, contudo, a sua importância é geralmente desprezada, apesar de os acontecimentos então vividos terem então marcado profundamente todo o século XX português.

Em Dezembro de 1917, Sidónio Pais, oficial do exército praticamente desconhecido, é levado por um golpe militar vitorioso ao lugar cimeiro da política portuguesa, apoiado num amplo bloco de classes possuidoras, e mesmo no proletariado durante os primeiros meses. O que parecia ser mais um vulgar golpe militar não tarda muito em transformar-se numa experiência politica única e insólita em Portugal e mesmo no mundo, cujo total alcance só poderia ser compreendido a posteriori.

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publicado por Carlos Loures às 18:00
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Sexta-feira, 18 de Junho de 2010

República nos livros de ontem nos livros de hoje - 26 e 27 (José Brandão)

A Regra do Jogo, 1980


Decadência e Queda da I República Portuguesa

1º Vol.

António José Telo

 Regra do Jogo, 1980

Este livro começou por ser um estudo sobre o 28 de Maio, seu carácter e causas. Simplesmente, ao fim de pouco tempo tornou-se claro que as verdadeiras causas do 28 de Maio e do fim da República se tinham de ir buscar ao pós-guerra, ao modelo então ensaiado e às contradições geradas. Aquilo que era para ser um pequeno estudo, foi-se alargando e prolongando ao longo de meses e anos, interrompido algumas vezes por força das circunstâncias. De uma maneira quase imperceptível para o próprio autor, foi abrangendo sectores inicialmente desprezados e transformou-se num grosso maço de centenas de folhas.

Finalmente tornou-se necessário dividir o conjunto em dois livros, para não se ser obrigado a publicar uma obra demasiado volumosa e cara.

O primeiro período abrange os anos 1919-1922, aquilo a que se pode chamar o pós-guerra.

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Decadência e Queda da I República Portuguesa

2º Vol.

António José Telo

A Regra do Jogo, 1980




A imprensa conservadora recebe favoravelmente a estabilização e o novo decreto sobre os bancos, mas não se mostra satisfeita, O «Jornal do Comércio e das Colónias», por exemplo, reclama contra a continuação do «monopólio» do desconto directo da Caixa Geral dos Depósitos e contra a nomeação governamental de directores para o Banco de Portugal e o Banco Nacional Ultramarino.

Mas também neste campo o gabinete revela a sua mudança de atitude ao nomear para o Banco Nacional Ultramarino Cunha Leal, um dos principais dirigentes conservadores. Assiste-se assim ao paradoxo de Cunha Leal, um dos maiores opositores do decreto de José Domingues dos Santos, entrar para a direcção do BNU pela mão do Governo que atacava e por obra e graça do decreto que esconjurara violentamente.



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publicado por Carlos Loures às 18:00
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