Wagner Tanhaüser o coro dos peregrinos
Andamos a falar de realeza desde o dia 29 de Abril, essa festa comentada por mim num ensaio em que defini realeza como a pessoa sagrada que orienta ao povo, toma a liberdade que lhe pertença para orientar o povo. Povo, a quantidade de pessoas que obedece ao monarca e lhe presta obediência pela sua sabedoria e bom guiar. Há também, como comento no texto, os monarcas escandalosos que apenas sab
em bater na plebe e criar códigos para definir impostos e encher as arcas do país e as suas pessoais como o trabalho dos outros, como comento com o de Hamurabi, na Mesopotâmia, faz cinco mil anos antes. Há as realezas sagradas, como a que exercia Karol Wojtila no seu pequeno país, o Vaticano, Estado em que sempre se diz que era um homem santo por andar sempre a rir, ditado que refere que onde a alegria, há santidade, sendo santidade esse estar perto sempre da divindade venerada, acredita-se nela como existência não corpórea, pede-se-lhe favores, na esperança da sua concessão. Como o caso de Fátima e os seus pastorinhos, em Portugal, Lourdes no sul da França com Bernadette Soubirou, ou os milagres da Nossa Senhora de Kinoch, na República Católica de Irlanda. Todas elas são a mesma pessoa, Senhoras mães de uma divindade corporizada, Jesus. As Senhoras mais conhecidas são as de Guadalupe
no México e del Carmen (Carmo em português) do Chile.
Devotos carregam a estátua da Virgen del Carmen em celebração na cidade de Valparaíso,18 de Julho de 2010.
Foto: Reuters
A mesma Senhora é a mãe da divindade encarnada, referida antes. Mas, não são todas várias pessoas, não é uma multidão de mães que teve o menino. Esta heterogeneidade de pessoas, sagradas como os reis ou rainhas são também denominadas Auxiliadoras, na Itália, ou simplesmente a Mãe de Deus. Há também as denominações dogmáticas ou definidas pelo chefe dos católicos, como Imaculada Conceição Encarnação do Verbo de Deus, Maternidade, Paixão de seu Filho, Glorificação, Veneração a Maria. Se pensarmos com calma, é quase uma relação erótica, como definiriam Freud, Melanie Klein e Alice Miller. É, se repararmos, a adoração de uma mãe pelo seu filho ou incesto, ou a subordinação da mãe a esse pequeno ou pedofilia, seja carnal ou espiritual.
De todas as denominações nas confissões iconoclastas, que excluem as confissões reformadas que não têm imagens para exibir, passear, venerar, a mãos famosa é a de Guadalupe. Nossa Senhora de Guadalupe (em espanhol Nuestra Señora de Guadalupe, em náuatle Nicān Mopōhua), também chamada de Virgem de Guadalupe, é um culto mariano originário do México. É considerada pelos católicos a Patrona da Cidade do México (1737), do México (1895), da América Latina (1945) e Imperatriz da América (2000). Sua origem está na aparição da Virgem Maria a um pobre índio da tribo Nahua, Juan Diego Cuauhtlatoatzin, em Tepeyac, noroeste da Cidade do México, em 9 de Dezembro de 1531. A partir de Guadalupe, nasce a padroeira da Espanha, Desde 1653 que a Virgen de la Vega é a padroeira de Salamanca. Já no século VIII esta Virgem era adorada numa pequena ermida junto ao Rio Tormes. Os monges agostinhos fundaram o Convento de la Vega para se poder praticar culto à Virgem.
A princípio, o dia da festa da Virgem era o dia 15 de Agosto, mas a data foi mudada, de forma a coincidir com as festas da cidade, tendo, deste modo, sido fixada no dia 8 de Setembro.
Embora tenha havido a mudança da data, a 30 de Agosto ainda é feita uma novena em sua honra. Inicialmente, a do Pilar, padroeira dos Catalães e Aragoneses e o norte da península ibérica. A realeza é venerada e respeitada como todas estas senhoras, mas deve comportar-se a maneira e laia das padroeiras. Foi a própria Isabel I da Inglaterra, anglicana, que quis ouvir os concelhos do seu vassalo, o Conde de Wolshingham, quem lhe diz, ao perceber os seus desesperos de governante solitária, esta frase: o povo, para ser organizado, deve ter alguém em quem acreditar e venerar. Foi assim que Isabel nunca casou, vivia quase em reclusão e desde a sua câmara privada governou Inglaterra, Escócia, Gales, as novas terras ou colónias, descoberta e submetidas a monarquia inglesa, por um aventureiro denominado Walter Raleigh, que foi o seu amante e fez Cavalheiro. Venerada seria, a Nossa Senhora da Inglaterra também, mas, como comento de Maria e Jesus, de virgem tinha apenas a fama.
Porque esta cumprida volta, falar de confissões religiosas, dentro de um texto denominado o povo se faz realeza - o amigo? É por causa de entregar, como se diz em língua rural, uma volta de mão. Tinha escrito um texto que me dera muito trabalho, na investigação e na síntese dos achados históricos e não tinha como o publicar. Um homem da realeza da luta pelo povo, ofereceu-me a sua hora e sítio, para publicar a minha pretensão de famílias unidas eem festa. Carlos Loures foi um rei e se fez povo, para me oferecer o seu sítio e hora. É o comportamento da realeza, que representa a veneração do povo por quem sabe o que é a vida em reciprocidade.
Esta reciprocidade não é um movimento qualquer Depende com quem se trabalha, é o entendimento dos objectivos da pessoa de quem se fala Carlos e eu, não somos homens de fé, mas sim de respeito pelo que pensa e faz um próximo aos nossos objectivos: transferir o que pensamos, sabemos e fazemos, para os que estão mais peto de nós.
Isto é ser amigo: entregar o nosso a todos os que trabalham connosco, o que saibamos ou esteja ao nosso dispor.
É o que Carlos Loures, escritor poeta, rebelde contra os abusadores, sofredor de penas que i levaram a sítios fechados ou fora do pais.
É o meu amigo….Ofereço-lhe o que eu sei do mi segundo continente de origem, a ibérica América latina. Ele está comigo na nossa campanha indigenista, para salvar as memórias do que tenho narrado e as minhas sagradas imagens, tanto como a luta contra o modo de produção capitalista. Inimigos temíveis dos exploradores que até fazem acreditarem na divindade, um respeitável saber…
Carlos Loures, (Lisboa , Outubro de 1937) é um poeta e escritor português. Diplomado em Técnicas Editoriais pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, exerce actualmente a profissão de editor.
Foi, entre 1958 e 1960, um dos coordenadores da revista Pirâmide, da qual foram publicados três números. Nestes cadernos colaboraram numerosos escritores, na sua maior parte ligados ao movimento surrealista: Mário Cesariny de Vasconcelos, Luiz Pacheco, Herberto Hélder, Pedro Oom, António José Forte, Ernesto Sampaio, Manuel de Castro. Publicaram-se igualmente inéditos de Raul Leal, figura do Orpheu, e de António Maria Lisboa.
Em 1962 publicou a sua primeira colectânea de poemas, Arcano Solar, na qual se notava a influência de seus mestres surrealistas. Revelando um forte compromisso ideológico, A Voz e o Sangue, constituía um violento libelo contra a ditadura, pelo que foi apreendido e Carlos Loures preso por seis meses. Dentro da mesma linha de realismo socialista, A Poesia Deve Ser Feita Por Todos, foi também apreendido pela polícia política. Em 1985 estreou-se como ficcionista com o romance Talvez um Grito, obra distinguida pelo júri do Prémio Diário de Notícias. Em 1990 publica nova colectânea poética, O Cárcere e o Prado Luminoso. Em 1995 publica o seu segundo romance A Mão Incendiada. Em colaboração com Manuel Simões, publicou também três antologias poéticas de autores portugueses Hiroxima, Vietname e Poemabril. Em Janeiro de 2008 publicou o romance A Sinfonia da Morte.
Entre 1964 e 1966, teve a seu cargo a secção de crítica de poesia do Jornal de Notícias do Porto. Viveu algum tempo em Vila Real, onde desempenhou funções na Biblioteca Itinerante da Fundação Calouste Gulbenkian e onde estabeleceu laços de amizade e camaradagem com o grupo do Movimento Setentrião, no qual veio a ter papel importante. Foi funcionário da Radiotelevisão Portuguesa e director executivo de uma editora do grupo Hachette, de Paris.
Que grande amigo tem, este outro escritor Nunca o vi, mas não há dia que não nos falemos….
Viva Carlos! O teu súbdito cumprimenta-te…
Raúl Iturra
5 de Maio de 2011
Luis Moreira
Um rapaz de oito anos, Bruno (Asa Butterfield) é o protegido filho de um agente nazi (David Thewlis) cuja promoção leva a família a sair da sua confortável casa em Berlim para uma despovoada região onde o solitário jovem não encontra nada para fazer nem ninguém com quem brincar.
Esmagado pelo aborrecimento e traído pela curiosidade, Bruno ignora os constantes avisos da mãe (Vera Farmiga) para não explorar o jardim, por detrás da casa, e dirige-se à quinta que viu ali perto. Nesse local, Bruno conhece Shmuel (Jack Scanlon), um rapaz da sua idade que vive numa realidade paralela, do outro lado da vedação de arame farpado. O encontro de Bruno com este rapaz de pijama às riscas vai arrancá-lo da sua inocência e resultar no despontar da sua consciência sobre o mundo adulto que o rodeia. Os repetidos e secretos encontros com Shmuel desaguam numa amizade com consequências inesperadas e devastadoras.
Um belo filme que vi no cinema e que está agora a passar num dos canais alternativos na televisão, de madrugada, claro, que as coisas boas são para se esconder. A simples troca de um pijama mostra como o ser humano só se diferencia pela roupagem, nós e as nossas circunstâncias, ainda e sempre!
Ficha técnica
The Boy in the Striped Pyjamas
Género: Guerra, País
País: Reino Unido
Ano: 2007 Duração
Duração: 94m
Classificação: M12
Intérpretes: Asa Butterfield, Domonkos Németh, Zac Mattoon O’Brien
Realização e argumento: Mark Herman
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