Quarta-feira, 1 de Junho de 2011

Solos europeus perdem anualmente para o betão e asfalto superfície do tamanho de Berlim

 

 

 

 

 

Com a devida vénia, reproduzimos aqui um texto saído no Público de 23 de Maio passado. Ao jornal e à Helena Geraldes, os nossos agradecimentos. O assunto tratado é da maior importância para o nosso país, sendo muito esquecido pelas autoridades responsáveis. A título de exemplo recorde-se a pouca atenção dada à necessidade de controlar o aumento dos perímetros urbanos e da impermeabilização dos solos. Outro caso é o do aquífero de água doce existente sob o estuário do Tejo, importantíssimo para o equilíbrio ecológico e ambiental da região, e até para o fornecimento de água em períodos de escassez de chuvas. Para quando informações precisas e regulares sobre estes assuntos? Para quando uma maior prudência nas autorizações de obras nas suas margens e nas ilhas e mouchões que o integram?

 

 


23.05.2011
Helena Geraldes

 

 

Todos os anos, os solos europeus perdem para o betão e asfalto uma superfície correspondendo ao tamanho da cidade de Berlim, uma tendência que a Comissão Europeia considera “insustentável”.

 

A expansão das cidades e das estradas – que impermeabiliza os solos - “compromete o legado de solos férteis e de aquíferos subterrâneos a deixar às gerações vindouras”, alerta hoje a Comissão Europeia em comunicado. De 1990 a 2000 perderam-se por dia na União Europeia 275 hectaresde solos, o que representa mil quilómetros quadrados por ano. Metade desses solos está definitivamente impermeabilizada por edifícios, estradas e parques de estacionamento.

Esta tendência baixou para 252 hectares por dia nos últimos anos, segundo um relatório da Comissão apresentado hoje. Ainda assim, a taxa de perda de solos continua a ser preocupante. Entre 2000 e 2006, o aumento médio das superfícies artificiais na União Europeia foi de três por cento, tendo atingido 14 por cento na Irlanda e em Chipre e 15 por cento em Espanha.

Em Portugal, os autores do relatório sublinham que a expansão urbana massiva aconteceu, sobretudo a partir de 1990. O documento salienta a rede de estradas, “entre as mais densas da Europa, com o maior número de quilómetro por habitante e área”. As áreas mais afectadas pela impermeabilização ficam no litoral e nas regiões de Lisboa, Setúbal e Porto. No Algarve, o documento lembra que 30 por cento das habitações são casas de férias.

O relatório recomenda uma intervenção a três níveis: redução da impermeabilização do solo através de um melhor ordenamento, atenuação dos efeitos da impermeabilização – como por exemplo através da construção de coberturas verdes - e compensação da perda de solos de qualidade por acções noutras áreas.

“Dependemos dos solos para alguns serviços ecossistémicos fundamentais, sem os quais a vida na Terra desapareceria. Não podemos continuar a perder solos pavimentando-os ou construindo sobre eles. Tal não significa parar o crescimento económico ou deixar de melhorar as nossas infra-estruturas, mas exige maior sustentabilidade”, disse o comissário europeu para o Ambiente, Janez Potočnik.

Os resultados deste relatório serão incorporados num documento técnico da Comissão no domínio da impermeabilização do solo, que está a ser elaborado com a colaboração de peritos nacionais. O documento facultará às autoridades nacionais, regionais e locais orientações sobre boas práticas de redução da impermeabilização do solo e de atenuação dos seus efeitos, prevendo se que esteja concluído no início de 2012.

“A impermeabilização dos solos provoca a perda irreversível das funções biológicas do solo. Como a água não se pode infiltrar nem evaporar, aumenta a escorrência, originando por vezes inundações catastróficas. A paisagem fragmenta se e os habitats tornam-se demasiado pequenos ou demasiado isolados para sustentar determinadas espécies. Além disso, o potencial de produção alimentar das terras é perdido para sempre”, explica a Comissão. Segundo as estimativas do Centro Comum de Investigação da Comissão, a impermeabilização dos solos acarreta a perda anual de 4 milhões de toneladas de trigo.

 

publicado por João Machado às 15:00
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Terça-feira, 3 de Maio de 2011

Fundação Gulbenkian - Conferência no Auditório 3 - Environment. Why read the classics.

Walden by Henry David Thoreau (1845)

Conferences and activities based on the selection of 6 emblematic books focused on environmental issues

Fri, 6 Mai 2011
18:00
Aud.3
Free admission

 


PROGRAM

  

Walden, 1854.
Henry David Thoreau
CONFERENCE
Fri, 6 Mai 2011, 18:00
Speaker: Viriato Soromenho-Marques (Portugal)
Comentator: Isabel Capeloa Gil (Portugal)

- - - - -
PARALLEL ACTIVITIES
BOOK CLUB

. . . . . . . . . . . . .

Sand County Almanac
Aldo Leopold, 1949
Thursday, 7 Jul 2011, 18:00
Speaker: J.B. Callicott
Comentator: Maria José Varandas
 
. . . . . . . . . . . . .  
Small is Beautiful: Economics as if People Mattered
E.F. Schumacher, 1973
Fri, 2 Set 2011, 18:00
Speaker: Satish Kumar (India)
Comentator: Olivia Bina (Portugal)

. . . . . . . . . . . . .
 
Silent Spring
Rachel Carson, 1962
 
Fri, 7 Out 2011, 18:00
Speaker: Linda Lear (U.S.A.)
Comentator: José Manuel Lima Santos (Portugal)
 
. . . . . . . . . . . . .   
Our Common Future, (Brundtland Report)
Organização das Nações Unidas, 1987

Friday, 21 Nov 2011, 18:00, Aud.3
Orador: Marina Silva (Brazil)
Comentador: Francisco Ferreira (Portugal)

. . . . . . . . . . . . .

 

The Limits of Growth
Donella and Dennis Meadows, Jorgen Randers, and William W Behrens III, 1972
 

Wednesday, 7 Dez 2011, 18:00
Speaker: Timothy O'Riordan (U.K.)
Comentator: Paula Antunes (Portugal)

 
 

 


ABOUT THE PROGRAM

Environment. Why Read the Classics?
“Environment. Why Read the Classics?” is the new project launched by the Programa Gulbenkian Ambiente, in cooperation with the U.S. Embassy, which invites the readers to reflect and participate in several activities, inspired by books that, since the 19th century, contribute for an environmental movement.

Organised by: The Gulbenkian Environment Program
PROJECTS in cooperation with the Embassy of the USA in Lisbon

publicado por João Machado às 09:00

editado por Luis Moreira em 02/05/2011 às 23:37
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Sexta-feira, 13 de Agosto de 2010

Reacendimentos...


Fogos de média e alta intensidade.


Diz o João Miranda do Blasfémias que os fogos acontecem porque se juntam as seguintes condições:

a) Ambiente quente e seco b) grandes quantidades de biomassa c) incendiários (naturais ou humanos)

Em a) nada podemos fazer; em b) é preciso transformar a floresta num negócio de outra maneira ninguem limpa nada, só os fogos limpam.Como 80% da floresta é pública, nunca o estado irá conseguir montar o negócio : resta-nos o c) e aí talvez alguem possa explicar porque arde Portugal e não arde a Espanha. Até andam aí os aviões espanhóis, lá não precisam deles.

A seguir aos fogos planta-se novamente, as mesmas espécies e com a mesma densidade arbórea e dificeis acessibilidades, isto é, as zonas ardidas que poderiam servir de "zonas tampão" passam rapidamente a produzir mais biomassa. O mesmo estado que planta, não cuida, não trata, mas mais cedo que tarde vai apagar.Mas pode comprar os meios e equipamentos que quizer, um dia vão faltar, não chegam, e a floresta arde e os bombeiros morrem, a maioria de acidentes de viação, pois andam a cair de cansaço.

E vamos continuar a ter um ministro a dizer que estamos muito bem preparados para o ataque aos fogos, que já apanhamos o idiota lá da aldeia por ter pegado fogo...

Se não se envolverem os agentes económicos locais e autarquias na exploração da floresta, bem pode o ministro dizer que vai tudo bem, com as labaredas em pano de fundo, na televisão mais próxima.
publicado por Luis Moreira às 00:57
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