Segunda-feira, 27 de Junho de 2011

A República nos livros de ontem nos livros de hoje - CXCIII e CXCIV, por José Brandão

A Verdade Sobre Afonso Costa

 

Alberto Guimarães

 

Lisboa, 1935

 

«Almocei e jantei bem. Provavelmente, venho a sair da prisão ainda mais gordo, e sobretudo com maior abdómen, do que tinha quando cá entrei.»

 

Muito mais engordaria ele depois da proclamação da República.

 

Mas é notar a sua insistência no problema alimentar. Não há um único dia de cativeiro em que tal preocupação não se apresente ao seu espírito. Até ao oitavo e último dia da sua detenção ele exprime o seu contentamento ante a boa mesa, anotando no seu canhenho:

 

«Esta manhã, depois de um bom almoço de linguado, bife de vitela, queijo da serra, fruta e doce…

 

O estilo é o homem... Este estilo que resume gulodice, que deixa desvendar em embrião o homem que à frente de um bando voraz havia de roer o Pais até aos ossos, só podia ter saído da mão pesada e papuda de Afonso Costa.

 

__________________

 

                                                          

 

 

 Vermelhos, Brancos e Azuis

 

Rocha Martins

 

Lisboa, 1948

 

Julgo não ser lícito ocultar o que se sabe quando a verdade pode servir de exemplo, de incentivo ou de aviso para não se repetirem erros, delitos e até crimes.

 

Não manifesto opiniões; apresento factos à semelhança do que fiz nos meus livros anteriores do mesmo género, desde João Franco e o seu Tempo a D. Carlos, História do seu Reinado e de D. Manuel II às Memórias sobre Sidónio Pais.

 

São testemunhos sinceros. Já que o destino me colocou em situação de, por vezes, lidar com personagens históricos, aqui os apresento como os considerei, sem paixão nem parcialidade.

 

Eram meus amigos esses portugueses ilustres; mas a sua amizade não me leva a enaltecê-los. Joeirei tudo na peneira do tempo. Ficou só o grão; voou a poeira, a que ainda podia cegar-me.

 

Rocha Martins

publicado por João Machado às 17:00
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Sábado, 2 de Outubro de 2010

República nos livros de ontem nos livros de hoje - 195 e 196 (José Brandão)

A Verdade Sobre Afonso Costa

Alberto Guimarães

Lisboa, 1935

«Almocei e jantei bem. Provavelmente, venho a sair da prisão ainda mais gordo, e sobretudo com maior abdómen, do que tinha quando cá entrei.»

Muito mais engordaria ele depois da proclamação da República.

Mas é notar a sua insistência no problema alimentar. Não há um único dia de cativeiro em que tal preocupação não se apresente ao seu espírito. Até ao oitavo e último dia da sua detenção ele exprime o seu contentamento ante a boa mesa, anotando no seu canhenho:

«Esta manhã, depois de um bom almoço de linguado, bife de vitela, queijo da serra, fruta e doce…

O estilo é o homem... Este estilo que resume gulodice, que deixa desvendar em embrião o homem que à frente de um bando voraz havia de roer o Pais até aos ossos, só podia ter saído da mão pesada e papuda de Afonso Costa.

__________________

                                                           Vermelhos, Brancos e Azuis


Rocha Martins

Lisboa, 1948

Julgo não ser lícito ocultar o que se sabe quando a verdade pode servir de exemplo, de incentivo ou de aviso para não se repetirem erros, delitos e até crimes.

Não manifesto opiniões; apresento factos à semelhança do que fiz nos meus livros anteriores do mesmo género, desde João Franco e o seu Tempo a D. Carlos, História do seu Reinado e de D. Manuel II às Memórias sobre Sidónio Pais.

São testemunhos sinceros. Já que o destino me colocou em situação de, por vezes, lidar com personagens históricos, aqui os apresento como os considerei, sem paixão nem parcialidade.

Eram meus amigos esses portugueses ilustres; mas a sua amizade não me leva a enaltecê-los. Joeirei tudo na peneira do tempo. Ficou só o grão; voou a poeira, a que ainda podia cegar-me.

Rocha Martins
publicado por Carlos Loures às 18:00
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