A Associação Agostinho da Silva foi constituída no dia 20 de Abril de 1995, em Lisboa, por Maria Violante Vieira, Maria Natália Duarte Pires Dias Lima de Faria e José Avelino Pais Lima de Faria.
Maria Violante, doce senhora, presidente do Comité Português para a UNICEF foi nos últimos anos de vida de Agostinho da Silva sua companhia. Viviam no mesmo prédio, em apartamentos separados. Agostinho da Silva com os seus gatos. Maria Violante com Manuela, a sua fiel empregada e amiga que tratava dos assuntos mais prosaicos da vida de ambos.
Jantei várias vezes em casa de Maria Violante, onde mal nos podíamos mexer e de onde saía com a cabeça cheia de ideias novas e o coração cheio de afecto. Eram ambos amigos de minha mãe e, à boleia, disso tirei proveito. E quando os juntava com outro amigo comum, o psicanalista João dos Santos, então sentia-me mesmo pequenina, com desejos que os meus ouvidos pudessem ser um gravador, para depois voltar a ouvir aquelas conversas entre dois “dinossauros” do saber…
Agostinho da Silva muito me incentivou no prosseguimento da minha vida profissional, num caminho que ele achava que seria útil socialmente e que também me satisfaria a mim. É com carinho que recordo as suas conversas e que guardo os seus recadinhos de letra quase indecifrável. Agostinho da Silva utilizava muito a comunicação via correio. Todos os dias enviava dezenas de cartas. Umas com as suas “Folhas Soltas”, batidas à máquina e fotocopiadas, uma espécie de Newsletter que seguiam para um número certo de amigos. Outras, à mão, às vezes um simples cartão com uma mensagem. Como teria ele utilizado as novas tecnologias e a internet?
Assim, depois do falecimento de Agostinho da Silva, fundou-se a Associação Agostinho da Silva que tem um site fabuloso - www.agostinhodasilva.pt/ - que aconselho vivamente a visitarem. O esforço na procura de documentação e em a disponibilizarem a todos tem sido monumental.
Esta Associação presta um bom serviço à Sociedade e, pessoalmente, agradeço a todos os que nela se empenham.
Louis Wain (1860 – 1939) foi um artista britânico conhecido por seus desenhos, que caracterizavam antropomorfismo de gatos e gatinhos com grandes olhos. O pintor sofria de esquizofrenia. É usual associar o estado mais perturbado da sua doença a figuras mais fragmentadas e de olhar mais esgazeado.
Bosh e Tommy – dois gatos que passavam a vida a lutar um com o outro e que iam fazendo companhia a Anne Frank quando esta e sua família se escondiam dos nazis em Amesterdão. Bosch é a palavra em calão que se usa para designar depreciativamente os alemães, e Tommy quer dizer soldado inglês.
Delilah – gata preferida de Freddy Mercury, vocalista da famosa banda de rock inglesa The Queen. A gata malhada foi imortalizada na música “Delilah” no album Innuendo (1991). A letra, embora enumere muitas das suas qualidades, também a repreende por urinar pela casa.
Grimalkin – o famoso gato de Nostradamus, o astrólogo francês. Era também o nome do gato das bruxas de Macbeth.
Jellylorum – gato de T.S. Eliot que serviu de modelo para a criação do livro O Livro dos Gatos, recolha de poemas que deu origem ao musical Cats.
Koroun – gato do famoso escritor e realizador francês Jean Cocteau.
La Chatte Dernière – nome que todos os gatos de Colette iam tendo, uns a seguir aos outros:
“O meu gato não fala comigo tão respeitosamente, como eu o faço com ele!”
Minou – gata de George Sand, escritora francesa. Eram tão unidas que se diz que a gata e Sand partilhavam a mesma tigela ao pequeno almoço.
Rupi – gato do fundador dos Jethro Tull, Ian Andersen, que inspirou a música que deu título ao seu álbum a solo de 2004, Rupi’ dance.
Taki – gato de Raymond Chandler, pai dos romaces de detectives e criador do arquétipo do detective Philp Marlowe. Chandler lia os primeiros capítulos dos seus romances ao gato, que apelidava de “o meu secretário felino”.
White Heather – uma gorda gata angorá que era a preferida da rainha Vitória. A gata conseguiu viver mais do que a dona e passou a pertencer ao filho, o rei Eduardo VIII.
Jean Cocteau
(100 gatos que mudaram o mundo – Sam Stall, Guerra e Paz, Lisboa, 2007 Les Chats de Paris, Barnaby Conrad III, 1996, London)
Em Portugal estou a lembrar-me :
Zé e Luis – do Professor Agostinho da Silva, que mandavam lá em casa, era impensável sentarmo-nos nos sofás que suas excelências escolhiam para si…
Manuel Pina que escreveu em 2002 - "Perguntem aos vossos gatos e aos vossos cães" (teatro) e em 2008 - "Gatos" (poesia)
Louis Wain (1860 – 1939) foi um artista britânico conhecido por seus desenhos, que caracterizavam antropomorfismo de gatos e gatinhos com grandes olhos. O pintor sofria de esquizofrenia. É usual associar o estado mais perturbado da sua doença a figuras mais fragmentadas e de olhar mais esgazeado.
Bosh e Tommy – dois gatos que passavam a vida a lutar um com o outro e que iam fazendo companhia a Anne Frank quando esta e sua família se escondiam dos nazis em Amesterdão. Bosch é a palavra em calão que se usa para designar depreciativamente os alemães, e Tommy quer dizer soldado inglês.
Delilah – gata preferida de Freddy Mercury, vocalista da famosa banda de rock inglesa The Queen. A gata malhada foi imortalizada na música “Delilah” no album Innuendo (1991). A letra, embora enumere muitas das suas qualidades, também a repreende por urinar pela casa.
Grimalkin – o famoso gato de Nostradamus, o astrólogo francês. Era também o nome do gato das bruxas de Macbeth.
Jellylorum – gato de T.S. Eliot que serviu de modelo para a criação do livro O Livro dos Gatos, recolha de poemas que deu origem ao musical Cats.
Koroun – gato do famoso escritor e realizador francês Jean Cocteau.
La Chatte Dernière – nome que todos os gatos de Colette iam tendo, uns a seguir aos outros:
“O meu gato não fala comigo tão respeitosamente, como eu o faço com ele!”
Minou – gata de George Sand, escritora francesa. Eram tão unidas que se diz que a gata e Sand partilhavam a mesma tigela ao pequeno almoço.
Rupi – gato do fundador dos Jethro Tull, Ian Andersen, que inspirou a música que deu título ao seu álbum a solo de 2004, Rupi’ dance.
Taki – gato de Raymond Chandler, pai dos romaces de detectives e criador do arquétipo do detective Philp Marlowe. Chandler li os primeiros capítulos dos seus romances ao gato, que apelidava de “o meu secretário felino”.
White Heather – uma gorda gata angorá que era a preferida da rainha Vitória. A gata conseguiu viver mais do que a dona e passou a pertencer ao filho, o rei Eduardo VIII.
Jean Cocteau
(100 gatos que mudaram o mundo – Sam Stall, Guerra e Paz, Lisboa, 2007 Les Chats de Paris, Barnaby Conrad III, 1996, London)
Em Portugal estou a lembrar-me :
Zé e Luis – do Professor Agostinho da Silva, que mandavam lá em casa, era impensável sentarmo-nos nos sofás que suas excelências escolhiam para si…
Manuel Pina que escreveu em 2002 - "Perguntem aos vossos gatos e aos vossos cães" (teatro) e em 2008 - "Gatos" (poesia)
Sobre os níveis de representação fonológica, precisa o prof. Domingos Prieto: “várias variantes pertencem a uma mesma língua, do ponto de vista fonológico, quando estas variantes compartem a mesma representação morfemática. Pelo demais, as regras fonológicas que projetam o nível morfemático no nível fonemático e fonético, assim como estes dous últimos níveis, podem ser mais ou menos diferentes para cada variante./ Este é o caso das variantes oralmente autónomas do galego-português: todas compartem a mesma representação morfemática do ponto de vista fonológico e se queremos ser coerentes temos que respeitar esta mesma representação graficamente. Pouco importa que cada variante em particular tenha níveis fonemáticos e fonéticos diferentes das outras variantes; as regras próprias a cada uma delas permitem-lhes passar sistematicamente do nível morfemático ao nível fonemático e fonético, e estas regras e estes níveis não têm porque figurar no sistema ortográfico” (1985, 4/5: 82-83); “O rendimento dum sistema de comunicação mede-se pela sua capacidade em representar sistematicamente todas as palavras (e não as variantes das palavras) com um número limitado de símbolos gráficos. Para consegui-lo o sistema representa unicamente os traços idiossincráticos de cada palavra (os traços que não podem ser derivados por meio de regras fonológicas [...]). Os traços que não são idiossincráticos (que podem ser derivados por regras) não têm porque ser representados./ Em concreto, as palavras podem mudar de forma segundo a sua posição na oração (por exemplo a preposição a contrai-se com outras palavras dando lugar a formas muito diferentes [...]) mas todas estas formas podem ser derivadas pelas regras inerentes ao galego e não têm porque ser representadas graficamente (assim representar as palavras ao como ó ou ò, não somente é uma redundância [...] mas também deformação gráfica inútil da nossa língua” (1987, 11-12: 46-47); “A hegemonia do Sul sobre o Norte depois da separaçom da actual Galiza e de Portugal, traduziu-se logo na hegemonia lingüística do dialecto colonial sobre o dialecto metropolitano, como actualmente se poderia traduzir, seguindo esta mesma lógica, na hegemonia lingüística do brasileiro sobre o português comum europeu, sobre o galego, etc.” (1989, II: 292).
Testemunho do Presidente de Honra das Irmandades da Fala da Galiza e Portugal, e derradeiro das IF históricas, Jenaro Marinhas del Valhe: “ouvi-lhe comentar ao querido e admirado Filgueira Valverde que os galegos soemos topar mais dificuldades em aprender a falar bem o português que os próprios castelhanos. Isto é certo: nom aprendemos a falá-lo bem porque já o falamos; mal, pero já o falamos; igualmente que andaluzes e estremenhos que podem pronunciar correctamente inglês ou francês, nom conseguem aprender a falar bem o castelhano: é porque já o falam; mal, pero já o falam” (1985, 1: 38); “Já não se trata, portanto, de irmanarmo-nos numa fala, trata-se melhor de irmanar diversas falas, as diversas falas que têm por padrão a língua portuguesa” (1993, 29-34: 16).
E o professor Agostinho da Silva testemunha: “Parece, portanto que o que se tem de fazer é uma integração geral do Galego, do Português de Portugal e do Português do Brasil [...] Deve poder dizer-se indistintamente que o Galego é uma forma do Português, ou o Português é uma forma do Galego, ou os dois uma unidade com o Português ultramarino” (1972, 9). Já antes deixara patente o que pensava ao respeito: "se o Portugal da Península se perdesse, se perderia a Galiza; um viverá pelo outro, um se salvará pelo outro: lição que, esquecida na história, bem caro lhes custou"; e: "O que parecia uma pequena província obscura, tendo quando muito para se exprimir em têrmos de alguma universalidade a estrangeira língua castelhana, pode de súbito, usando sua própria língua, e apenas passando, como é necessário, e alguns vão já fazendo, a uma comum ortografia com o português do Brasil, atribuir-se a um papel de primeira plana" (1960.2009: 11-20).