Sexta-feira, 1 de Abril de 2011

Sempre Galiza! - wiki-faq AGAL (4) : A AGAL e o Portal Galego da Língua

 

publica-se às 3ªs e 6ªs

coordenação Pedro Godinho

 

 

wiki-faq do reintegracionismo

( http://agal-gz.org/faq/ )

 



Que é a Agal?

A Associaçom Galega da Língua (AGAL) é umha entidade sem ánimo lucrativo constituída em 1981 na Galiza para defender:

  • Umha estratégia reintegracionista para a língua da Galiza (a visom e a vivência desta como umha variedade do sistema lingüístico galego-português).
  • A sua plena normalizaçom lingüística.

 

 

Em 1983, a sua Comissom Lingüística editou um estudo crítico das normas ortográficas e morfológicas do idioma galego. Em 1989, a segunda ediçom, corrigida e acrescentada, incluía a proposta normativa da Agal.


Para levar a cabo a sua missom, tem utilizado diferentes formatos:

 

Que é o Portal Galego da Língua?

 

O Portal Galego da Língua é o principal sítio na rede que informa da atualidade da língua e cultura dumha óptica galega. É promovido pola Associaçom Galega da Língua (AGAL).

 

 

O PGL é herdeiro direto dos primeiros trabalhos na rede iniciados em 1999 pola AGAL, com a página web lançada da mao do professor José Henrique Peres Rodrigues; em Setembro de 2001 nasceu um novo sítio corporativo, impulsionado polo novo Conselho presidido por Bernardo Penabade. Esse novo site começou a incorporar notícias e aos poucos meses resultou no projeto atual, lançado em maio de 2002, cujo nome é devido a Miguel R. Penas.

 

Entre 2002 e 2008 fôrom inúmeras as colaboraçons recebidas, e as quase cem mil visitas mensais confirmam o seguimento e impacto do projeto, com mais de 4.500 artigos publicados durante os seus seis anos de vida, entre os quais 500 peças de opiniom, além de muitas outras secçons, todas voltadas para aproximar a estratégia luso-brasileira de umha maneira simples e didática.

 

O novo PGL estreou em 2008 endereço próprio, novo delineamento e estrutura renovada, mais moderna, simples e que torna mais fácil de navegar, com as notícias em destaque ordenadas por releváncia na capa e por secçons específicas no histórico. Pode-se contudo seguir a aceder ao velho PGL, se bem que a navegaçom nem sempre seja fácil, mas existe um guia que permite orientar-se melhor.

 

Deve destacar-se a secçom de Opiniom, que ganhou um espaço próprio e alargou os seus conteúdos além da questom lingüística; a comunidade dos Blogues agal-gz e a dos Foros PGL, potenciadas agora para um maior conhecimento e debate.

 

Ainda, surgiu o Canal Aberto, espaço dirigido especialmente a acolher contributos ocasionais ou de outras temáticas. Por seu lado, a AGAL conservou um espaço para as suas próprias notícias, embora o resto das suas informaçons sairám a lume de aqui a pouco na sua própria web corporativa, hoje em construçom.

 

Desde entom, a nova etapa tem consolidado o projeto, aumentando a atualizaçom de notícias (quase 2.500 em ano e meio) e incorporando o PGL às redes sociais, como o Twitter ou o Facebook. Ainda, o canal Entrevistas viu-se enormemente potenciado, com reportagens exclusivas que dam a conhecer o bulir de umha estratégia abraçada cada mais transversalmente na Galiza.

 

Outros sites associados ao PGL som o Planeta NH, site lúdico com questionários culturais, a loja on-line imperdível e o dicionário e-estraviz, o mais completo dicionário galego. 

 

 

 

                    

 

 

publicado por Pedro Godinho às 11:00
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Sexta-feira, 25 de Março de 2011

Sempre Galiza! - wiki-faq AGAL (3) : Por que escrevedes tam raro?

publica-se às 3ªs e 6ªs

coordenação Pedro Godinho

 

 

wiki-faq do reintegracionismo 

http://agal-gz.org/faq/ )

 



Por que escrevedes tam raro?

 

Na verdade, a imensa maioria das pessoas que falam o galego-português escrevem como nós.


Todas as línguas tenhem histórias atraentes, a nossa nom é umha exceçom. Nasceu no noroeste da Península Ibérica, num território que incluía a atual Galiza e o Norte de Portugal1) e daí avançou para sul chegando até o Algarve, sul de Portugal cruzando depois os oceanos e assentando-se em todos continentes.

Factos históricos provocárom que o território a norte do Minho ficasse a depender do Reino de Castela enquanto a sul do Minho constituía um reino independente. Isto tivo as pertinentes conseqüências lingüísticas:

  • A norte do Minho, o galego ficou reduzido a variedade oral e as falas castelhanizárom-se.
  • A sul do Minho, o galego constitui-se na Língua de todos os habitantes e as falas modernizárom-se.

Quando no séc. XIX há um processo de recuperaçom escrita da nossa língua, escreve-se o “normal”, com a ortografia do castelhano, a única em que foram alfabetizados(as) os escreventes. No galeguismo que viria a seguir há sempre umha visom do português como referente de integraçom e do castelhano como referente de oposiçom. É por isso que começam a usar-se palavras “raras” como galego, Galiza, estrada, libertade, dúvida, Deus ou rua. Estas palavras foram substituídas por palavras castelhanas que eram as “normais” entre os nossos coetáneos(as).

No ano de 1980 e por encomenda da junta pré-autonómica, umha comissom dirigida polo professor Carvalho Calero elaborou umhas Normas ortográficas do idioma galego. Estas normas estavam chamadas a ser o quilómetro zero de umha estratégia luso-brasileira para a nossa língua. Infelizmente, no ano 1983, o decreto Filgueira Valverde promoveu umhas outras normas com um espírito diferente. Foram elaboradas polo Instituto da Língua Galega sobre a base do galego popular e a estrangeirizaçom do português.

 

A estratégia reintegracionista ou luso-brasileira para o galego trabalha sobre a base de a Galiza, Portugal e o Brasil compartilharem a mesma língua, na Galiza conhecida como galego e internacionalmente como português, no convencimento de que é a melhor estratégia para a nossa língua e para os seus falantes na Galiza.


Trabalhamos para a nossa forma de escrever e viver a nossa língua abandonar o adjetivo “raro”. O dia que isso aconteça será um indício de que a nossa língua chegou a um ponto de inflexom para começar a recuperar o terreno perdido.

 

1) Além de territórios que hoje em dia formam parte das Astúrias e de Castela Leom

 

 

 

publicado por Pedro Godinho às 11:00
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Sexta-feira, 18 de Março de 2011

Sempre Galiza! - wiki-faq AGAL (2) : Que é o reintegracionismo?

publica-se às 3ªs e 6ªs

coordenação Pedro Godinho

 

 

wiki-faq do reintegracionismo

( http://agal-gz.org/faq/ )

 


 


Que é o reintegracionismo?

 

O reintegracionismo postula que o galego, o português e o brasileiro som variantes da mesma língua. Esta tese foi a defendida tradicionalmente polo galeguismo.


A palavra reintegracionismo deriva de reintegrar que quer dizer ‘integrar novamente‘. O reintegracionismo é umha estratégia para a língua da Galiza que se baseia num facto histórico, umha análise e umha hipótese razoável.

Facto histórico

 

O facto histórico é que a nossa língua nasceu no Reino da Galiza, na Idade Média, num território que incluía a atual Galiza e o norte de Portugal1). Esta língua avançou para sul em direçom ao que seria o Reino de Portugal e depois cruzou os oceanos. Sucedeu que enquanto no Reino de Portugal triunfou socialmente, sendo a língua de todos os estamentos sociais, a norte do Minho, foi a língua castelhana a que ocupou a cúspide social aumentando a sua presença até o dia de hoje em todas as classes sociais.

Análise

 

A análise revela que:

  1. Do ponto de vista lingüístico, as falas galegas estám mui castelhanizadas sendo esta a principal barreira para comunicarmos com os falantes do resto do nosso domínio lingüístico.
  2. Do ponto de vista funcional, a nossa língua na Galiza está ausente em áreas estratégicas para umha língua: meios de comunicaçom, justiça, empresa, etc, espaços ocupados polo castelhano.
  3. Do ponto de vista cultural e identitário, a maioria dos falantes sentem mais familiar o castelhano que as variedades lusitana ou brasileira. A cidadania galega está empapada de cultura expressada em castelhano mas desconhece a lusitana, a brasileira ou a africana de fala portuguesa. Isto verifica-se especialmente quando queremos aceder a produtos culturais noutras línguas (traduções de livros, cinema, software), ocasiom em que inércia nos leva a recorrer ao castelhano.

Hipótese

 

A hipótese razoável é que das duas estratégias que se postulam para inverter o estado atual da nossa língua, a autonomista (galego é só a língua da Galiza) e reintegracionista (galego é a língua da Galiza e de vários países mais), a segunda pode ser a mais eficaz.

Porquê?

  1. Do ponto de vista lingüístico porque as variedades de Portugal e do Brasil som as línguas comuns nos seus países e a língua é soberana a respeito do castelhano ou de qualquer outra. Apoiar-nos nelas permitiria soberanizar a nossa variedade.
  2. Do ponto de vista funcional, muitas das carências da nossa língua na Galiza poderiam superar-se com outras variedades da nossa língua, nomeadamente a do Brasil e a de Portugal.
  3. Do ponto de vista cultural e identitário, a nossa cultura inserida na lusófona, veria-se reforçada e alcançaria mais difusom. Umha identidade compartilhada com os outros países que falam a nossa língua, reforçariam a identidade da nossa língua como sendo independente do castelhano

Para umha visom de conjunto: A estratégia luso-brasileira para o galego

 

1) Além de territórios que atualmente fam parte das Astúrias e de Castela-Leom.

 

 

 

Eu sou reintegracionista?

 

Talvez. Umha forma de o saber é realizares o reintegrametro que medirá o teu grau de reintegracionismo.

Muitas pessoas compartilham muitas das teses reintegracionistas mas ao nom combiná-las entre si, não chegam às conclusons finais. Seria como ter todas as peças de umha máquina mas carecer do mapa de instruções para a montar e que funcione. 

 

publicado por Pedro Godinho às 11:00
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Sexta-feira, 11 de Março de 2011

Sempre Galiza! Achegas ao reintegracionismo

publica-se às 3ªs e 6ªs

coordenação Pedro Godinho

 

 

«Sabemos, porque se tem dito e se diz com a recorrência venerável do lugar-comum, que galego e português são uma e a mesma língua. Sabemos ainda que essa mesma língua veio a cindir-se em dous nomes e em duas histórias. Com o nome de português, foi língua de um reino, de um império colonial e de uma nação. Com o nome de galego, ficou-lhe a honra de se ver reduzida a ser língua rústica duma província espanhola. E ainda bem, porque muitos houve e durante bastante tempo que lhe pleitearam a condição de língua, que queriam reservada para a língua oficial, a castelhana, deixando apenas à galega o atributo de rústica. Cumpriu logo pugnar por cobrar ou recobrar um nome e uma qualidade regateadas. Para tanto, exaltou-se a originalidade, antiguidade e riqueza expressiva da língua galega; e,mal se teve notícia dele, recordou-se um passado de glórias cortesãs e literárias. E entre os méritos alegados, o menor não era o ter sido a matriz do português.

Questão complexa, acirrada, estimulante, a do português da Galiza, a do galego de Portugal. Do lado de cá, tem feito correr regueiros de tinta rabugenta e estragado alguns almoços em cantinas universitárias, posto imediato termo a algumas amizades e tecido um movimento cívico de vigor crescente e que procura construir um futuro para a comunidade linguística galega orientando-a na convergência ou reintegração no seio da língua comum – na comunidade lusófona. Termo este que arrepuinharia as carnes de qualquer galeguista histórico, a começar pelo nosso Autor.»

 

   do prefácio de Fernando Vasquez Corredoira ao Sempre em Galiza de Castelão

 

 

 

Reintegracionismo - respostas AGAL a perguntas frequentes


Para melhor conhecimento desta problemática, a partir de hoje, nas edições das sextas-feiras publicaremos extractos da wiki-faq do reintegracionismo da AGAL – Associação Galega da Língua ( www.agal-gz.org ).

 

 

 

 

 

 

Wiki reintegracionista da AGAL


 

«A estratégia reintegracionista ou luso-brasileira para o galego trabalha sobre a base de a Galiza, Portugal e o Brasil compartilharem a mesma língua, na Galiza conhecida como galego e internacionalmente como português, no convencimento de que é a melhor estratégia para a nossa língua e para os seus falantes na Galiza.

 

Sobre esta base criou-se um movimento social muito abrangente que, baseado nos postulados da filosofia reintegracionista, trabalha pola regeneraçom da língua da Galiza.

 

Esta wiki pretende fornecer informações teóricas e práticas sobre o reintegracionismo, tanto sobre a filosofia como sobre o movimento social. Se bem que esta wiki seja da Associaçom Galega da Língua, e logicamente preste especial atençom a esta organizaçom reintegracionista, pretende dar umha visom geral sobre o reintegracionismo. Se notasse a falta de algumha informaçom ou detetasse algum erro, agradeceríamos que no-lo comunicasse enviado-nos umha mensagem de correio-e a wiki-faq@agal-gz.org, para assim podermos colmatar lacunas e/ou corrigir estas páginas.»

 

 

 


publicado por Pedro Godinho às 11:00
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Sábado, 20 de Novembro de 2010

Sempre Galiza! – coordenação de Pedro Godinho: Síntese do reintegracionismo contemporâneo (13), por Carlos Durão


Síntese do reintegracionismo contemporâneo (13)
   por Carlos Durão

(continuação)

A AGAL realizou vários congressos internacionais, o primeiro em Ourense, em setembro de 1984: I Congresso Internacional da Língua Galego-Portuguesa na Galiza. A presidência de honra estava integrada por Ricardo Carvalho Calero, Ernesto Guerra da Cal, Manuel Rodrigues Lapa, Óscar Lopes, Leodegário A. de Azevedo Filho e Celso Ferreira da Cunha.  Entre as pessoalidades não galegas que contribuíram figuravam Salvato Trigo e Luciana Stegagno Picchio.  Também Sílvio Elia, Mª Helena Mira Mateus e Pires Laranjeira. O oficialismo tentou impedir a realização do evento, dirigindo-se ao Presidente da Câmara de Ourense, mas sem consegui-lo.  Contudo, em certa altura X. Alonso Montero conseguiu entrar na sala e falar com Stegagno Picchio. A seguir, ela fez a sua intervenção num bom português padrão, mas iniciou-a com umas palavras propositadamente “em galego”, melhor dito: em português acastrapado, com muitos -ción, thetacismo, etc., e ainda se permitiu fazer algumas referências pouco nobres às ideias linguísticas de Carvalho Calero (que não estava presente).  Coincidência?

Nas Conclusões, “O Congresso reafirma que as duas formas do galego e do português constituem um mesmo sistema lingüístico, umha mesma língua” (“Conclusons”, I Congresso Internacional da Língua Galego-Portuguesa na Galiza, Actas, p. 815, AGAL, 1986). O II Congresso Internacional da Língua Galego-Portuguesa na Galiza teve lugar em Compostela, em setembro de 1987. A presidência de honra estava integrada por Ricardo Carvalho Calero, Ernesto Guerra da Cal, Manuel Rodrigues Lapa, Óscar Lopes, Leodegário A. de Azevedo Filho, Celso F. da Cunha, Sílvio Elia, Joan Coromines, Fernando Cristóvão, Gladstone Chaves de Melo e Jenaro Marinhas, com comunicações de E. Coseriu, Fátima Mendonça, J.L. Álvarez Enparantza (Txillardegi), J.Mª Sánchez Carrión (Txepetx), Luciana Stegagno Picchio e José Saramago. Atas publicadas no 1989.

O III Congresso Internacional da Língua Galego-Portuguesa na Galiza teve lugar em Vigo e Ourense, em setembro-outubro de 1990, em homenagem a Carvalho Calero. A presidência de honra estava integrada por Sílvio Elia, Gladstone Chaves de Melo, Leodegário A. de Azevedo Filho, Jenaro Marinhas e José G. Herculano de Carvalho. Participaram, entre outros, Eugenio Coseriu, J.Mª Sánchez Carrión (Txepetx), Américo Lindeza Diogo e Beatriz Weigert. Atas publicadas no 1993.

O IV Congresso Internacional da Língua Galego-Portuguesa na Galiza realizou-se em Vigo em outubro-novembro de 1993. Teve contributos, entre outros, de Stegagno Picchio, Evanildo Bechara, Sílvio Elia, Leodegário A. de Azevedo Filho, Gladstone Chaves de Melo, e E. Coseriu. Atas publicadas no 1996.

O V Congresso Internacional da Língua Galego-Portuguesa na Galiza realizou-se em Vigo em novembro de 1996. Participaram, entre outros, Eugenio Coseriu, Sílvio Elia e E. Bechara. Atas não editadas, mas com referências na revista Agália, no 47, 1996, pp. 371-376.

(continua)
publicado por estrolabio às 10:00
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Sexta-feira, 19 de Novembro de 2010

Sempre Galiza! – coordenação de Pedro Godinho: Síntese do reintegracionismo contemporâneo (12), por Carlos Durão


Síntese do reintegracionismo contemporâneo (12)
   por Carlos Durão

(continuação)

Em 1981 funda-se a Associaçom Galega da Língua (no do registo de saída do serviço de associações no 3962; na Rede http://www.agal-gz.org/), em 9 junho 1981, legalizada em 2 outubro no Ministério do Interior; assembleia fundacional em Santiago, 31 outubro; dela foi primeiro presidente Xavier Alcalá, depois Mª do Carmo Henriques Salido (6 novembro 1982; depois Bernardo Penabade, Alexandre Banhos e Valentim R. Fagim); “tem por objectivo fundamental conseguir uma substancial reintegraçom idiomática e cultural do galego (nomeadamente nas suas manifestaçons escritas), na área lingüística e cultural que lhe é própria: a galego-luso-africano-brasileira” (artigo 4 dos Estatutos; revista Agália, no 1, 1985, pp. 91-95); a sua “Comissom Lingüística é um órgao de carácter técnico [...] que tem como missom: a) propor as medidas de normativa idiomática reintegracionista que ham de ser submetidas à sançom do Conselho [...]” (artigos 24 e 25 dos Estatutos). No entanto, em toda a sua trajetória linguística manteve sempre uma opção diferencialista (nomeadamente a terminação -om nos derivados de -onem, e -am nos de –anem, algumas formas verbais, etc.). Foi convidada às sessões de debate do Acordo Ortográfico no Rio, 1986 (vide carta da Comissão para a Integração da Língua da Galiza no Acordo da Ortografia Simplificada, 12 dezembro 1985, pp. 80-81, revista NÓS, nos 2/3, 1986), e em Lisboa (1990), mas nas duas ocasiões manteve-se à margem (numa assembleia de Rianjo, em janeiro de 1985, decidiu não participar). A sua Comissom Lingüística apresenta um longo arrazoado para justificar a sua posição de ficar à espera: “a sua adopçom por parte dos galegos poderia acarretar na actualidade bastantes dificuldades” (“Sobre o acordo ortográfico”, revista Agália, no 8, inverno 1986, p. 460). Mais adiante especifica “que as propostas das ‘Bases de 1988’ da Academia das Ciências permitem a unificação [sic] gráfica da nossa língua numa [sic] só norma padrão [sic] e reforçam a sua unidade estrutural, atendendo tanto à história, quanto aos estados atuais [sic] da língua, evitando assim [sic] a sua desagregação [sic]” (“Acordo ortográfico para a lusofonia: Mais umha vez”, revista Agália, no 17, 1989, p. 104; do “Parecer” enviado pela Comissom à Academia das Ciências de Lisboa em 30 janeiro 1989). Noutro parecer (em 29 junho, acerca do Anteprojecto do Acordo Ortográfico) diz: “todos aqueles intentos que visem conseguir umha ortografia comum, pondo de parte as variantes inerentes a todo sistema lingüístico, som valorizados de forma muito positiva por esta comissom” (“Acordo ortográfico para a lusofonia”, revista Agália, no 18, 1989, p. 261, com facsímile). No “Relatório da Comissom Lingüística” diz-se: “só é defendível a inclusom do til de nasalidade nos casos em que se representaria a grafia tradicional (irmão, irmã, irmãos, capitães, corações) e nom nos restantes” (“Relatório da Comissom Lingüística”, revista Agália, no 19, 1989, p. 369); e mais adiante limita-se a fornecer infomação sobre o Projecto da Ortografia Unificada de 1990 (“Acordo ortográfico para a lusofonia (e II)”, revista Agália, no 24, 1990, pp. 492-512; por gralha diz “lousofonia”...), e inclui facsímile de um artigo onde diz: “La Agal argumenta que no lo asumirá mientras no sea realidad y funcione con normalidad en los 7 países soberanos” (1991) (onde também: “Antón Santamariña, director del Instituto da Lingua Galega (ILG), cree que lo firmado en Lisboa no tiene interés para Galicia”). Finalmente, o ditame da Comissom Lingüística é: “a prudência que aconselha a particular situaçom linguística [sic] da nossa comunidade na Galiza, leva-nos a adiar as repercussons do Acordo na nossa praxe ortográfica até o momento em que este for unanimemente efectivizado” (“Relatório da Comissom Lingüística a respeito doAcordo Ortográfico’”, revista Agália, no 31, 1992, p. 411; negrito no original). Posteriormente acordou assumir o Acordo quando Portugal o ratificasse, mas não o fez. A Comissom Linguística continuou a prometer novidades e, no 2010, numa “Atualizaçom” (http://www.pglingua.org/index.php?option=com_content&view=article&id=2324:a-proposta-reintegracionista-actualiza-se-conforme-o-acordo-ortografico-da-lingua-portuguesa-de-1990&catid=20:info-agal&Itemid=59), decidiu afinal adotar o AO, porém mantendo a sua peculiar norma ortográfica.

A AGAL editou primeiro um Boletim e depois a revista Agália (1o no no 1985), que teve um suplemento: O máximo. Ao longo dos anos teve prestigiosos contributos de fora da Galiza: E. Guerra da Cal, E. Coseriu, E. Bechara, G. Chaves de Melo, J. Coromines, L.A. de Azevedo Filho, M. Rodrigues Lapa, Sílvio Elia, Amadeu Torres, Lluís Aracil, Yvo J.D. Peeters, V. Pitarch, Dónall O’Riagain, J.L. Pires Laranjeira, J.M. Sánchez Carrión; e de dentro: J. Marinhas, R. Carvalho Calero, I.A. Estraviz, C.Á. Cáccamo, M.J. Herrero Valeiro, A. Banhos, J.M. Beiras, A. Brea, A. Cristóvão, M. Cupeiro, C. Durão, C. Garrido, J. Nogueira Gil, A. Gil Hernández, Fuco Gomes, Joel Gomes, L. Gonçales Blasco, J. Guisam Seixas, Mª do C. Henriques Salido, C. Garrido, C. Lopes Garrido, R. Lopes-Suevos, M. Maria, H. Martins Esteves, J.M. Montero Santalha, J.M. Monterroso Devesa, Camilo Nogueira, I. Padim Cortegoso, B. Penabade, J.H. Peres Rodrigues, D. Prieto, J.C. Quiroga, J.C. Rábade, H. Rabunhal, V. Rodrigues Fagim, J.R. Rodrigues Fernandes, J.L. Rodrigues, J.J. Santamaria Conde, J.A. Souto Cabo, E. Souto Presedo, R. Varela Punhal, F. Vasques Corredoira, J. Vilhar Trilho, X. Alcalá e outros.

Publicou um Prontuário ortográfico (1985), um Guia de verbos (1989), e um Estudo Crítico (vide supra), além de outras obras académicas e literárias. Membros da AGAL participaram em encontros com representantes do oficialismo (por exemplo os Encontros Labaca, em 1983; vide: “Que galego na escola?”, Eds. do Castro, 1984). De um “Encontro Nacional sobre a normalización lingüística”, no 1986, surgiu a “Mesa pola Normalización Lingüística”.

(continua)

publicado por estrolabio às 10:00
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