Sábado, 29 de Janeiro de 2011

O DRAMA DO PORTUGUÊS DE OLIVENÇA - por Carlos Luna

Dado o habitual silêncio do jornal Público sobre a questão de Olivença, a publicação deste artigo do nosso colaborador Carlos Luna no passado dia 24, assume o carácter de uma autocrítica.

Parece que Espanha ainda tem alguma dificuldade em aceitar a sua diversidade em todos os seus aspectos. Pelo menos o Senado, uma espécie de Câmara Alta das Comunidades. Na verdade, o Bloco Nacionalista Galego tinha apresentado, naquela Câmara, uma proposta no sentido de, no novo estatuto da Extremadura (espanhola, claro), a "fala" galaico-portuguesa de algumas regiões (Vale de Jálima) e o Português de Olivença e Táliga disporem de uma defesa, promoção, e protecção específicas. No caso de Olivença (e Táliga), esperava-se que, dado os esforços que organizações locais (como a Associação "Além Guadiana") têm desenvolvido, com êxito, desde há quase três anos (as ruas de Olivença já ostentam toponímia em Português), e dadas as recomendações da União Europeia no sentido da defesa e recuperação da cultura lusa naquela área geográfica, tal proposta fosse aprovada.

Todavia, em nome da unanimidade, o Bloco Nacionalista Galego viu-se levado a retirar a sua proposta. Assinale-se, todavia, esta iniciativa, que contrasta com a apatia que em Portugal parece reinar sobre esta situação... e estamos a referir-nos só aos seus aspectos culturais! Apesar de já se ter realizado em Olivença, organizado pela referida Associação "Além Guadiana", um Congresso da Língua Portuguesa, e de se ter restituído às ruas de Olivença a sua original toponímia lusa, a maioria dos órgãos de Comunicação Social portugueses prefere nada, ou quase nada, dizer, e muito menos opinar, sobre o assunto... preferindo destacar ocorrências lusófonas em pontos distantes da Europa e do Mundo, que têm obviamente muita importância, mas cuja relevância referida e repetida mais faz destacar e estranhar o silêncio (com honrosas excepções) sobre o que se tem passado em Olivença nos últimos dois anos. Isto para já não falar no Poder Político... cuja política cultural se parece pautar por vergonhosos silenciamentos... que contrastam em absoluto com as enérgicas manifestações de apoio cultural que outros estados dão a traços culturais seus no exterior... por mais insignificantes que sejam!

publicado por Carlos Loures às 09:00

editado por Luis Moreira em 28/01/2011 às 19:59
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1 comentário:
De Josep Anton Vidal a 29 de Janeiro de 2011
Espanha sofre, em grande parte, uma aversão patológica ala diversidade. Sendo ela mesma de natureza diversa, esta condição torna-se em auto-ódio, em negação de si mesma. Afirma-se na exclusão da maioria de si mesma. Solo reconhece-se ela mesma no obscurantismo, e isto faz que sempre olhe para trás, incapaz de futuro e de modernidade.

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