Luis Moreira
Henrique Neto, empresário e ex-deputado do PS, no Público fala-nos de exportações e do BPN: " O governo de José Sócrates não tem, nunca teve, uma visão acertada da economia portuguesa e menos ainda um plano credível e políticas sectoriais para os sectores exportadores"
Henrique Neto é uma autoridade no assunto, toda a vida liderou uma das principais empresas exportadoras na área dos moldes, concorrendo com o que há de mais avançado e inovador no mundo.
"Governo não se preocupa com o baixo valor acrescentado nas exportações, iludindo propositadamente a realidade" diz Henrique Neto. ..." as empresas exportadoras não têm nas actuais condições qualquer alternativa ( preços esmagados) seja pelas dificuldades de crédito, seja porque os impostos e a burocracia não param de crescer para manter um Estado gordo e ineficaz.Isto além de terem de sustentar um sector de bens não transaccionáveis, protegido pelo regime, de grandes empresas igualmente bem instaladas e obesas".
" ...uma parte importante das recentes exportações é gasolina e muitas outras são ar, como as que passam pelo off-shore da Madeira, da ordem dos três mil milhões de euros"..." o governo não é capaz de " conduzir, através da concorrência interna, os grupos económicos do regime a investirem na exportação".
Sem duplicar o valor actual das exportações não conseguiremos resolver as deficiências do nosso modelo económico que é próprio de grandes países beneficiando de um grande mercado interno que Portugal não tem. A AIP já apresentou uma estratégia que enquadra empreendorismo, um ambiente macroeconómico mais favorável, com maior cooperação entre as empresas e o sistema científico, mais concorrência no mercado interno, custos dos factores de produção mais baixos e maior incorporação nacional nos produtos exportados.
"Mas disto Sócrates não fala, seja porque não sabe, seja porque é apenas um vendedor de ilusões, -uma caso perdido- como lhe chamou Jerónimo de Sousa no debate quinzenal"
PS :Sócrates que passou seis anos a falar de megaprojectos que todos viam que não tinham prioridade nenhuma e que, por falta de dinheiro, não se concretizaram, vem agora no meio do aperto disponibilizar mais dois mil milhões de euros a ver se ainda vai a tempo de as empresas exportadoras salvarem a situação. Quando chega o momento da verdade, adeus banca, adeus construção civil, adeus empresas públicas, olá PMEs....
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