De CM a 26 de Janeiro de 2011
Gostava de saber como é que uma organização que tem meios para fazer o registo por fotografia aérea de todas as suas movimentações, gente a tempo inteiro e dinheiro com fartura, não arranja ninguém que faça um jornal de parede para o Estrolabio com um mínimo de senso. Em nome da qualidade que o assunto já enjoa.
Ó Luís, vocês não percebem absolutamente nada de Agiprop.
De António Sales a 26 de Janeiro de 2011
A Suécia é um país atrasado, todos sabemos disso.
Nós cá neste burgo mal frequentado nem copiar sabemos fazer, meu caro António Sales.Somos profundamente sectários, facciosos, conservadores. Gostamos da quietude dos cemitérios...
De António Sales a 27 de Janeiro de 2011
Não saber fazer nem será bem o caso. Não queremos fazer bem porque dá trabalho, incódo, chatice, esforço e tem de se puxar pela pinha. Além do mais tratar do tema em causa bem será preciso planificar, falar com as partes intervenientes, estudar os fatores positivos e negativos, ponderar os danos sobre as as pessoas intervenientes no processo, etc. e tal. Para isso será preciso estudar quem já pôes métodos iduais ou semelhantes em prática. Saber resultados (bons e maus), como se passaram as coisas, mastigar bem tudo como os bois no pasto, isto é ruminar, para quando chegar ao estômago termos reduzido ao mínimo as indigestões, ou seja, as reprecussões negativas e fazer a má figura de voltar atrás com o processo. Mas nós não gostamos disto assim, é demorado, dispendioso, complicado, burocrático. Gostamos mais de não levantar o cu da cadeira e vai disto, tudo ao molho! Improviso, confusão, balbúrdia, emendas, reuniões de horas inclusivas, muitos cafés, muita conversa, poucos resultados. Mas tenhamos esperança. Este tempo não é pior do que após Alcácer-Quibir nem do terramoto de 1755 e, no entanto, o país cá está vivo e teso a enfrentar a dívida soberana. Deus é pai!... dos portugueses? Com certeza.
De Carlos Mesquita a 26 de Janeiro de 2011
Mas o que é que nesta novela tem a ver com descentralização ou com a Suécia?
As escolas contratualizadas recebiam 114 ou 100 mil euros por turma e vão passar a receber 80.000, cortes que também existem na escola pública, segundo o Ministério para haver equidade. Há escolas que já aceitaram os cortes, o resto está a esticar a corda, é normal, pois há quem tenha feito fortuna ( ou não queira viver com menos) á custa do dinheiro do Estado para a Educação. Não há aqui nenhum projecto educativo, nem sueco nem minhoto.
A escola que eu referia há uns dias, de Roriz-Barcelos, é do Dr. Alvarenga, aqui novamente citado pelo Luís, que no outro post (sem conhecer o nome) aceitava que ele fazia batota por causa dos rankings. Dois sobrinhos meus frequentaram-na e também a pública de Barcelos, disseram-me que eram a mesma coisa, (em minhoto, a mesma merda) uma ou outra, sendo na privada tudo mais caro. O segredo para ser uma "boa escola" é, (segundo a minha cunhada que foi directora da escola pública de lá e cujo marido também foi lá professor) quando os alunos com piores notas, nem sequer precisam ser negativas, chagam ao 9º ano, os pais são chamados e aconselhados e mudar de escola; é essa a falácia dos rankings, toda a gente sabe. Eu e quem acredita na escola inclusiva, que só é a Escola Pública, não aceitamos. A minha mulher com dezenas de anos de professora recebeu muitos alunos que não prestavam para o ensino particular.
A ministra Isabel Alçada, e bem, diz que não vai continuar a financiar privilégios nem lucros de algumas instituições que constroem piscinas, que oferecem golfe, que têm equitação, porque isso é um nível que o ensino público não pode assegurar. A minha opinião é que tem toda a razão, enquanto houver escolas como na minha região de Trás-os-Montes, que nem sequer têm assegurado o aquecimento durante o Inverno., é um facto, não uma demagogia sueca. E quem tem piscina, golfe e equitação é a escola do Alvarenga, que se fechar não acontece nada no ensino, como outras privadas que vão buscar alunos a 30 quilómetros com o Estado a financiar os transportes.
Ista nada tem a ver com as escolas privadas onde não é suficiente a oferta estatal, que têm de receber o financiamento adequado (escrevi isto ontem para outro lado) e que, penso, serão analisadas com rigor, até porque há muita gente em cima das negociações estando garantida a transparência, salvaguardando os interesses dos alunos, famílias e contribuintes.
Outros colégios privados, com projectos ideológicos e religiosos, que andam misturados na contestação, vão ter de esperar; Cavaco não teve votos suficientes para fundamentalismos.
De Miguel Abreu a 27 de Janeiro de 2011
Carlos Mesquita,
O seu comentário é deplorável.
A falta de precisão nas suas informações revelam falta de bom senso na análise desta problemática.
Não vou perder tempo a explicar-lhe como as coisas funcionam… até porque se entende que tem facilidade no acesso a informação. Só precisa de a interpretar da forma adequada!
O senhor – ou alguém – pode provar que o custo no ensino público é mais barato que nos colégios com contrato de associação?! Sabia que, para além de um ministro, há tempos atrás, ter dito que o estado poupava dinheiro com os contratos de associação, também um estudo da OCDE prova que existe uma diferença em cerca de 1000 euros/aluno/ano!!!
Sabia que, na verdade, o estado não sabe quanto gasta com o ensino público?!
A ser verdade, e é isso que o governo nos deve – PROVAR O CUSTO ALUNO/ANO no ensino público – os colégios privados com contrato de associação deviam ser aplaudidos por terem usado o dinheiro para fomentar a excelência na educação e a educação integral dos projectos.
Parece-lhe mal que um colégio que custe o mesmo – ou menos – que uma escola pública e ofereça aos seus alunos a gratuidade de um conjunto de actividades que passem pela equitação, golfe, natação, etc…?!
O Ministério da Educação devia ter vergonha em referir-se a estes casos desta forma. Até porque estes colégios sempre foram vigiados pela inspecção. Os relatórios dos inspectores não mentem: ESCOLAS DE EXCELÊNCIA. São estas as escolas que subiram o nível da educação em Portugal. São estas escolas que são reconhecidas internacionalmente.
Portanto, caro Carlos Mesquita, a sua preocupação devia ser outra: saber se a Ministra diz a verdade. Pergunte-lhe: quanto nos custa o ensino público?! E, se custa tanto ou mais que o Ensino Privado e Cooperativo, porque não temos escolas de excelência como os projectos educativos que o ME quer arrasar?!
Estamos perante um ataque à democracia e à Liberdade de Opção dos pais. Sabemos, SABEMOS TODOS, que o ensino público precisa de alunos para ocupar as suas salas vazias e os seus horários ZERO. Esta é mais uma forma deplorável que este governo arranjou para resolver o seu desgoverno.
De Carlos Mesquita a 27 de Janeiro de 2011
Caro Miguel Abreu
O seu comentário é deplorável, inexacto, e não adianta nada à conversa.
Entende que o papel dum comentador é provar o quê? O que dizem os ministros? Pois não é; se tiver provas em contrário é desdizer os ministros, se acreditar nos ministros, ou se cala ou comenta que concorda.
Neste caso, Isabel Alçada, a ministra, disse que se tratava de rever contratos, pois "nenhum português compreenderia que o estado tivesse detectado estar a pagar a colégios um valor superior ao devido e o continuasse a fazer" ou "que pagasse a colégios privados um serviço que pode assegurar com qualidade e sem acréscimo de custo nas escolas públicas" e que "o Estado continuasse a duplicar despesas, sobretudo num momento de dificuldades para todos, como aquele que atravessamos". Portanto meu caro, sobre custos, isto que Isabel Alçada diz, basta-me, e lamento que o mesmo raciocínio não seja feito no Sector da Saúde.
Sobre a minha preocupação com a ministra dizer a verdade. Reparo que não veio das jotas, não é carreirista política, é uma personalidade conhecida de todos e particularmente no sector educativo; tem como ministra o dever de acautelar que o dinheiro dos impostos não seja para pagar privilégos de uns poucos. Está a ser competente.
A si, não conheço nem os seus interesses particulares.
Não sei onde foi buscar que "são essas as escolas que são reconhecidas internacionalmente"(?). Será alguma adenda em corpo 4 do Acordo de Bolonha?
Para as "escolas de excelência" já demos, nem digo mais nada, e no caso que conheço a equitação e o golfe mais a fanfarra, a dança e tudo o resto que são actividades extra lectivas é pago à parte, gratuito é termo "insoletrável".
Enfim, um bom negócio: Empresas privadas com financiamento público garantido são o bem mais desejado neste país; é na construção, na saúde e tinha de ser igualmente na educação.
Por último não fale em ataques à Democracia, o conceito que está subjacente a boa parte da militância contra a Escola Pública, é que seria uma elite o motor da sociedade, não precisando todos de terem acesso à educação, concepção essa do Salazar, um símbolo de uma certa democracia.
Carlos, acredito que sim, nunca ouvi falar neles nem sabia da sua existência, mas fechar escolas não é uma coisa boa. É preciso tirar as escolas das garras centralizadoras dos burocratas.
Carlos, o que escreves e que eu não tenho razões para duvidar só mostra que não é possível ter um conjunto de burocratas, metidos nun gabinete a mandar nas 3 200 escolas do país. É preciso dar autonomia, ter confiança nos professores e trabalhadores das escolas, que trabalham no local, junto dos problemas. Se fosse assim, já muitos teriam denunciado a injustiça e os privilégios.Com burocratas a mandar no país todo encolhem os ombros e andou a "marinha"...
Não ouvi as ditas escolas de contrato contestarem a centralização nos burocratas, apenas que lhes reduzam a subvenção. Gostava também de saber quais as margens de lucro dessas escolas privadas.
E já agora que me confirmassem, ou infirmassem, se é verdade que as tabelas salariais dos professores são mais baixas no acordo de trabalho assinado entre a associação das escolas privadas e os sindicatos.
Pedro, se segures os links verificarás que há gente que já fez as contas.Mas não sei se estão ou não certas.
Tambem não sei, Pedro, o ME não informa. Mas a descentralização é necessária e urgente. Eu falo nisto ,porque é bom de ver que estas escolas vão ser substituídas por escolas estatais a reportarem directamente para uns quantos burocratas que, há 36 anos mantêm o ensino neste estado e com estes resultados que nos colocam no fim da tabela. Como sempre, os outros países é que vão de passo trocado!Em Inglaterra já têm as "free schools" = professores + famílias.
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