Sábado, 22 de Janeiro de 2011

Educação - Premiar a competência, exige-se

Luis Moreira

 

As declarações de Eric Hanushek  no encontro na Gulbenkian e promovido pela FLE continuam a gerar reacções. Nuno Lobo, Lisboa, no Publico de hoje, " a qualidade dos professores é o elemento mais valioso da educação" e, por outro lado observa  que " os pais não escolhem escolas onde os professores são ineficazes".

 

"Os pais têm o direito de saber quais são as escolas e os professores que mais contribuem para o progresso académico dos seus filhos assim como têm a responsabilidade de escolher para eles as escolas e os professores que garantem uma boa educação."

 

Mas o ME que mandou efectuar um estudo ao ISEG, "não autoriza a divulgação da lista "das escolas que são classificadas como de "elite", "à sombra da bananeira", "que surpreendem" e "fatalistas". Bons estudos para serem base de boas políticas educativas são de apoiar mas que as suas conclusões não sejam reveladas ao país, reservando para si (ME) a informação relativamente à qualidade da escola e dos professores, mantendo os pais à margem desse conhecimento, é uma medida que tem que ser criticada.

 

Também Augusto Kuttner de Magalhães,do Porto, no mesmo jornal, referindo-se ao mesmo encontro diz que os estudantes " que tiveram bons professores conseguirão num prazo de três a cinco anos, anular os constrangimentos associados à situação socioeconómica dos seus familiares." E quanto ao nosso país, Eric Hanuschek, chegou à mesma conclusão "a diferença está nos professores e os salários destes devem basear-se, única e exclusivamente, no desempenho".

 

" os salários na maioria dos casos em todas as profissões, quer no público quer no privado,...estão directamente relacionados com o "posto, a categoria profissional, o patamar" ... e não nas competências e no desempenho..."

 

E Santana Castilho, também no Publico de hoje: "Os portugueses politicamente mais esclarecidos poderão divergir na especialidade, mas certamente acordarão na generalidade: os 36 anos da escola democrática são marcados pela permanente  instabilidade e pelo infeliz desconcerto político sobre o que é verdadeiramente importante num sistema de ensino. Durante estes 36 anos vivemos em constante serviço de reformas e mudanças, ao sabor dos improvisos de dezenas de ministros, quando deveríamos ter sido capazes de estabelecer um pacto mínimo nacional de entendimento acerca do que é estruturante e incontornável para formar cidadãos livres. Sobre tudo isto, o silêncio de Cavaco Silva é preocupante e obviamente cúmplice."

 

PS: Quanto ao que é "estruturante e incontornável" , creio que a autonomia da escola, entregue a quem nela labuta e a quem nela aprende e suas famílias, retirar as escolas do "centralismo do ME e dos sindicatos", tratar as escolas segundo o ambiente socioeconómico de cada uma delas ( ter um fato feito para as cerca de 3 200 escolas do país,é de doidos...) privilegiar os curriculuns e o desempenho, conceder o direito de escolha, ter um quadro de professores estável e escolhido pela direcção da escola e, retirar as consequências todas dos resultados atingidos, teríamos de certeza absoluta, como nos países mais adiantados, uma escola de excelência.

publicado por Luis Moreira às 13:00
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